Ao fim da tarde de dia 21 de Junho teve lugar mais uma sessão de “Leituras à solta” com os habitantes e mediadores do bairro dos Ameais (Torres Vedras) no projeto “Somos Comunidade”. Já tinha prometido que partilharia, com este grupo fiel, a metodologia da Máquina da Poesia” e a sessão correu bastante bem – surgiram muitos versos bem profundos e outros que nos fizeram rir. No final fizemos um poema coletivo pedindo emprestadas as palavras de Luís de Camões , “o Amor é fogo que arde sem se ver”. E que fazer com a produção poética que pode surgir, fértil? Apresentei uma solução possível, sussurrar poemas aos ouvidos utilizando sussurradores. Desafiei o grupo a organizar uma partilha poética no centro da cidade. Podem fazer novas sessões da Máquina com públicos diferentes, fazer uma oficina de construção plástica e personalização das ferramentas sussurradoras e partir para as ruas com um grupo grande à semelhança de Montemor-o-Novo. Vamos ver se pega… Esta iniciativa tem o precioso apoio da Memória Imaterial, numa parceria com o Projeto Somos Comunidade. Para o mês que vem teremos outra aventura.
preparada para escrever poesia, até de olhos vendados...
Uma máquina simples
Mercês - 17 de Junho Desta vez realizámos o nosso encontro no jardim da praceta Francisco Ramos da Costa, mesmo em frente à mesquita. Um local fresco, com espaço e sombras. Comecei por fazer uma pequena dinâmica em roda de corpo e concentração e depois fomos em busca da memória sentados no murete do jardim. Contámos com a presença da Maria José Vitorino e da Benita Prieto. Acho que o grupo central das histórias já se consolidou. Toda a gente falou animadamente e deu a opinião e isto é fundamental para se encontrar uma forma de participar que seja o retrato deste grupo de pessoas. Já nos estamos a habituar ao tempo lento, próprio da Guiné, de usar as palavras, sobretudo quando temos de encontrar a expressão exata em português – O Senhor Malan cativou-nos a todos com a descrição do seu casamento. Falou-se do casamento tradicional Mandinga da oferta das nozes cerimoniais de cola à entrega da vaca ao pai da noiva, embora o animal passe a ser propriedade da nubente. A sessão terminou com um texto muito bonito que a Senhora Maria nos leu que descrevia o seu jardim do Amor, com todas as cores, cheiros e paisagem. Comovi-me. A partir daqui vamos começar a trabalhar a participação de cada um, melhorando a postura, a dicção ou encontrando outras soluções de comunicação e partilha das suas histórias.
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Uma sessão intensa na Biblioteca Municipal sobre um belo tapete de Arraiolos. |
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Gotas de vozes: que bonitas ficaram as capas dos trabalhos... |
De regresso à Biblioteca Escolar de Vila Verde dos Francos, trabalhei a metodologia Filactera com uma turma muito inclusiva do 3º e 4º ano. Dividiram-se em dois grupos muito equilibrados. O nível da resposta foi bem elevado! Foi uma risada, imitar as vozes dos animais; ás tantas ninguém se lembrava qual era o verbo do burro… IÔN! IÔN! IÔN! Fartaram-se de trabalhar...No meio de todas aquelas crianças, uma com PEA, cada vez que se concentrava, acertava em cheio nos adjetivos; reparei como este aluno estava tão bem incluído na turma, tendo sempre um par para interagir com ele durante todo o desafio. Percebe-se que já existe, há muito tempo, uma prática inclusiva nesta escola básica do Agrupamento de Escolas Visconde de Chanceleiros (Merceana). Terminando a tarde, sentei-me à mesa com a professora bibliotecária e os dois professores titulares das turmas e conversámos sobre a atividade, o seu ponto de partida e objetivos, encerrando o encontro com a análise dos livros apresentados e que farão parte, em breve, do catálogo da biblioteca. Foi uma boa surpresa, este trabalho com as Bibliotecas da Merceana.
Encerrámos a nossa participação (este ano letivo) no programa da Rede de Bibliotecas Escolares (Re)ler com a Biblioteca com oficinas em Avis, na Biblioteca da Escola Básica. Ao longo das diferentes sessões fomos “puxando” pelos alunos, nesta sessão, as duas turmas participantes aderiram animadas ao desafio da máquina da poesia. Claro que, cada um com a sua velocidade; mas acho que atingiram os objetivos. Aproveitei para apresentar os meus livros a uma turma do 6º ano que acabou por viver um dia diferente na escola. A minha presença na escola foi variada propondo exercícios de movimento, palavra e foco, mediando a leitura, brincando com os verbos e adjetivos e, finalmente tentar transformar todos em poetas durante os 90 minutos, tempo estabelecido para cada sessão. Em Avis o trabalho foi muito facilitado pelo trio de acolhimento, a funcionária da Biblioteca, a Professora Bibliotecária e a Animadora Sociocultural, em conjunto coordenaram e e participaram nas sessões. Uma palavra de agradecimento às professoras titulares por acreditarem nas metodologias não-formais que propus ao longo do ano. Seria interessante ter um eco avaliativo de tudo o que se fez na Biblioteca, do mais ajustado ao que poderia ser dispensado. Aproveito para agradecer a Telma Bento o precioso apoio da Câmara Municipal de Avis na realização destas oficinas. Quero, também, agradecer este desafio alentejano que nos foi lançado pela Fátima Bonzinho, Coordenadora interconcelhia (RBE), trazendo a prática da Laredo às bibliotecas do Sul. Ficaram algumas sessões por realizar em duas localidades mas, no início do ano letivo, por certo as concretizaremos. Até já.
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Risada geral... |
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A fotografia não é desta sessão mas sim da anterior. Publico-a por sintetizar bastante a nossa intenção – dar força às palavras de cada um. É claro que também não tenho nenhum registo da sessão do dia 1 de junho...
Merceana
No dia 30 de Maio iniciámos uma sequência de Oficinas Improváveis no Agrupamento de Escolas Visconde Chanceleiros (Merceana), uma iniciativa da Biblioteca Escolar, projeto “Ler para Crer Ler”. As oficinas improváveis propõem a mediação leitora inclusiva em sessões dinâmicas que têm lugar na biblioteca escolar. Estes momentos de trabalho com as crianças são, também, espaços de partilha de metodologias e ferramentas junto de docentes e não docentes dos agrupamentos. As turmas do ensino básico são convidadas a participar nas sessões que se realizam na biblioteca, em torno de uma grande mesa onde trabalhamos o livro de forma transversal; por vezes, usamos objetos de mediação que se relacionam com os livros e ajudam a promover o foco dos alunos mais dispersos. Na primeira sessão estive na escola da Merceana e trabalhei com as crianças acompanhadas pela unidade de ensino especial; foi uma sessão específica, não inclusiva, mas que serviu bem para partilhar a forma como desenvolvo a mediação leitura inclusiva, usando igualmente recursos simples da educação artística. O tema escolhido foi o reino animal e os animais impossíveis, partindo do rosto de cada um. Acho que nos divertimos todos.
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Imagem recolhida na primeira sessão nas Mercês |
25 de Maio
Continuámos a Pegar pela palavra nas Mercês, trocando histórias e não só, nas instalações da Fundação Aga Khan, numa sessão fielmente concorrida. O nosso grupo, aos poucos, vai-se consolidando e cada um vem trazendo o seu contributo; muitas histórias de vida, lendas de antigos reinos de África, lengalengas e assim estamos de braços abertos a todos os seniores que se queiram juntar a nós nestes encontro. Desta vez, a equipa da Câmara Municipal de Sintra entrevistou os participantes, nesta fase (ainda) de arranque. Tenho uma boa intuição sobre este projeto; sabemos onde queremos ir mas ainda não conhecemos o caminho ... mas vamos lá chegar.
24 de Maio – Torrão
A última sessão do Reler com a Biblioteca na Biblioteca da escola básica do Torrão(Alcácer do Sal) correu muito bem. Gostei tanto de rever aquelas crianças; acho que fazem uma boa diferença desde a primeira sessão, acho-os mais encontrados, mais focados. Puxámos bastante por eles com a oficina Filactera, onde se trabalham os verbos a partir das onomatopeias e os adjetivos recorrendo aos populares emojis. No fundo, são recursos da banda desenhada que nos ajudam a trabalhar o Português. Fartaram-se de trabalhar, aprendendo uma boa mão cheia de palavras novas. Em tempos de sobrevalorização da imagem e empobrecimento do léxico ativo (o português de todos os dias), esta oficina funciona na contracorrente, acordando as palavras. Algumas palavras foram escolhidas também com a intenção de corrigir erros ortográficos comuns entre as crianças destas idades. Os adultos que acompanharam e participaram ativamente no desafio confessaram as dificuldades que sentiram na procura de verbos muito simples da nossa língua. Como despedida, resolvi brincar com as palavras usando pequenas canções, depois, encerrando a manhã, li uns quantos poemas do Rimas Salgadas. Que bela diversão... Até à próxima!
Entretanto, soube que o programa Reler com a Biblioteca vai terminar...Que pena... Este modelo de intervenção funciona, permite uma certa continuidade, uma cadência que gera aprendizagens.
Já lá vêm surgindo as palavras
Inserido na iniciativa “A cultura sai à rua” da Câmara Municipal de Sintra, o projeto “Pegar pela palavra” teve um novo ciclo de intervenções em duas localizações diferentes do Concelho: Mercês (Tapada) e Montelavar/ Almargem do Bispo. A primeira sessão com os mais velhos das Mercês teve lugar no espaço comunitário da Fundação Aga Khan, valiosa parceira no terreno. Foi uma sessão muito concorrida e participada num pequeno espaço que se tornou acolhedor com as palavras de todos os participantes. Vidas diferentes, vozes distintas e diversas formas de participar na proposta: um senhora trouxe um pensamento forte que tem orientado a sua vida e depois surgiu uma bela canção (afinada) que entoava à sua neta, o senhor Malan trouxe a África dos Mandingas e Fulas, rica em tradição oral; aqui e acolá histórias de vida, algumas em verso. Foi surpreendente a resposta que colhemos no dia 18 de Maio.
Torres Vedras, 18 de Maio de 2022Inventando palavras...
Cumpri com gosto o convite da Festa do Lugar (Memoriamedia) para trabalhar com os moradores e mediadores do projeto “Somos Comunidade”, propus um conjunto de dinâmicas em torno da palavras e do movimento a um pequeno grupo animado do bairro. Este Projeto é composto por uma mão cheia de voluntários e atuais moradores de um território que vai da Encosta de S. Vicente ao bairro dos Ameais; gente de diversas gerações, disponível e bem humorada, o que garantiu o sucesso da primeira sessão. Senti-me honrado por estrear o novo espaço do projeto com a minha oficina. Uma das intenções desta iniciativa, aberta à diversidade de Torreenses do campo da mediação cultural e social, é a partilha de algumas ferramentas que costumo utilizar neste trabalho de juntar pessoas e vontades – espero que sejam úteis... É nossa intenção realizar uma oficina por mês lá no topo da encosta. A próxima está prevista para 21 de junho e vamos trabalhar com a “Máquina da Poesia”. Lá vos esperamos. Uma oficina Laredo, pois claro...
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Um recanto do bairro |
Contos no Dia de África
Já não contava histórias há muito tempo, tenho andado desconfiado da minha voz (não posso abusar), mas não resisti ao convite do Adriano Reis para comemorar o Dia de África com a RJ Anima em Agualva/Cacém. Diverti uma mão cheia de traquinas e diverti-me passando pelo meu reportório de contos Africanos. Viva África!
9 de Maio 2022
1Perturbações do espectro do autismo
No dia 21 de Maio pelas 10.30h terá lugar no Museu de Almada - Casa da Cidade a oficina Construindo cidades. Será uma oficina inclusiva dedicada às famílias com crianças pequenas (a partir dos 5 anos é o ideal) mas aberta a mais gente. Vamos partir da cidade de Almada para construir as nossas cidades com as suas casa. Será um momento de brincadeira para usar as mãos, mexendo na cola, nos cartões e outros materiais reaproveitados. Podem trazer bonequinhos pequenos (duplo ou lego) os vizinhos da cidade e carrinhos que percorrerão as vossas ruas. E podem surgir coisas bem engraçadas - ora espreitem. Uma oficina aberta à diversidade funcional. Vamos trabalhar com as madeirinhas que o meu vizinho carpinteiro, o José Correia, junta pacientemente para estas ocasiões criativas. Lá vos espero - "Traz outro amigo, também"
Uma oficina da Laredo Associação Cultural - Almada
https://www.rtp.pt/play/p7330/e482810/quem-conta-um-conto
"Francisco Sarronca" - Conto de autor
As pessoas não sabem o que é a PEA (aqui um dos possíveis pontos de vista). Falam disso cheias de boas intenções mas com um discurso paternalista, típico de quem desconhece a realidade do convívio. Chegam a achar que o autismo está na moda e acham graça às narrativas extraordinárias dos estranhos acontecimentos que os autistas protagonizam. Entender o ponto de vista das famílias com crianças com perfil autista é meio caminho andado para a inclusão. Só o convívio efetivo traz a inclusão natural. A educação para a inclusão deve acontecer desde a mais tenra idade e numa atitude informada, justa e adequada à pessoa diferente que se tem na frente. A escola pública tem dado passos importantes neste sentido, as equipas crescem em qualidade (mas não em meios) e vão surgindo "projetos que nos animam" (como diz a minha amiga Maria José Vitorino). Mas é evidente a falta de capacitação específica dos profissionais da escola (incluo os auxiliares de educação entre outros) neste campo educativo, tão pouco existem momentos de reflexão serenos que permitam, às equipas da escola, conferir o rumo educativo. "Os autistas não são especiais" (citando Alexandra Lobato), não têm necessidades educativas especiais, têm necessidades educativas específicas que todos deveremos conhecer para que a inclusão seja efetiva. Os autistas não vêm acompanhados de brinde, nem são de ouro, por isso não são especiais; não vêm de outro planeta, são mesmo deste, nossos vizinhos reais. Tão pouco vêm acompanhados de bula nem necessitam que os coloquem em gavetas taxonómicas para descanso da nossa ignorância coletiva. Ah, já agora, a sua cor favorita não é sempre o azul!
Folhas e minas de grafite espalhadas pelo chão do Museu. O olhar curioso de quem vista o Museu Gulbenkian, desviando por momentos os olhos das obras expostas para observar aqueles artistas improváveis criando sobre o tabuado do chão. Assim vai decorrendo a visita desenhada “A Tempestade” dedicada ao público com doença mental. Desta vez tivemos a participação de “velhos amigos”, os utentes do Pisão (Alcabideche). Duas peças da coleção do fundador chamam a nossa atenção na galeria, onde pontuam retratos contemporâneos de Turner o autor eleito para esta oficina; Quillebeuf (Foz do Sena)e Naufrágio de um cargueiro. A primeira abordagem das obras parte da experiência pessoal dos visitantes; neste caso, a declaração de “alerta amarelo” pela meteorologia, serviu de mote para a aproximação à obra. Falámos de tempestades. Um senhor Cabo-verdiano, já de uma boa idade, recordou um grande dilúvio na sua ilha (Santiago) que arrastou tudo montanha abaixo, vacas incluídas. Eu confessei que gosto bastante de relâmpagos. Fui apelando à memória de cada um.
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Fonte: Museu Gulbenkian |
“E quando termina a tempestade o que aparece no céu?” Aqui surge o sol, por vezes um arco íris e assim começamos a falar da obra introdutória da oficina, Quillebeuf. “Costumamos dizer gaivotas em terra, temporal no mar,mas eu não vos sei dizer se esta pintura retrata o início ou o fim de uma tempestade. Qual a vossa opinião? O temporal já foi? Quem me consegue explicar o que estamos a ver? Surgem várias opiniões e vamos acordando a mente e os sentidos – por vezes este público aparece muito medicado e faz parte do nosso trabalho estimular o contacto com as peças da coleção. Falamos do remoinho de água luminosa que o vento ergue para o céu. “Ao longe vê-se um cais” - comenta um dos participantes - “talvez seja uma igreja...” Depois de ter conseguido um foco mais apurado, começo a falar da grande tela de William Turner, na parede oposta. Começámos a falar do quadro que “reporta” um naufrágio antes do aparecimento da fotografia; um tema muito escolhido pelos pintores da época. Neste ponto interrogo-me sempre sobre a possibilidade de aprofundar os conteúdos convocados pela peça. As características específicas do grupo que nos visita ditam sempre o grau de profundidade que utilizamos na abordagem da História de Arte, em contexto de visita ou oficina em Museu.
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Fonte: Wikipédia |
1 Nestas últimas oficinas, na fase de desenho, tenho introduzido uma proposta disruptiva quase no final da atividade - a utilização uma folha de papel circular.
Foi com muito gosto que aceitei, em nome da Laredo Associação Cultural, o convite para participar no projeto A Cultura sai à Rua, uma parceria da Câmara Municipal de Sintra com a Fundação Aga Khan Portugal, inscrita no Plano Municipal para o Envelhecimento Ativo, Saudável e Inclusivo, que tem como eixo prioritário o combate ao isolamento através de respostas sociais.1
No dia 12 de Abril, teve lugar um primeiro encontro no edifício da Junta (União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar) – e que belo encontro! Escutámos poemas, histórias locais onde não faltaram personagens marcantes, lugares de reis e mouras encantadas, anedotas do Alentejo (…). Foi uma bela conversa. Fiquei a conhecer a equipa local e os participantes, cada um com a sua individualidade criativa bem marcada. Rapidamente se constatou que faltavam ali alguns narradores locais, mais reservados e, já agora, poderíamos ter um maior equilíbrio de género? Esperamos a todo o momento a chegada de muitas outras histórias deste interior Saloio. O próximo encontro terá lugar em Vale de Lobos, estando agendado outro para Tapada das Mercês (Junta de Freguesia de Algueirão -Mem Martins). De repente lembrei-me do belo trabalho de Cristina Taquelim junto das mais velhas em Santa Vitória, da metodologia de recoleção de contos tantas vezes pacientemente explicada por António Fontinha, do recente trabalho do projeto “De Boca em Boca” ou a comovente intervenção de Jorge Serafim junto dos seniores da Mouraria de Beja – “Candeia que vai à frente ilumina duas vezes”... Por aqui vos darei conta deste caminho clareado.
1 “O projeto “A Cultura sai à Rua” surge através da candidatura Cultura para Todos, entretanto integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016 - Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável, cofinanciada pelo Fundo Social Europeu. O presente projeto vem contribuir para o combate/ redução da exclusão social, nomeadamente da população sénior do concelho, na medida em que visa dar mais voz aos seniores, melhorar a sua qualidade de vida e promover uma maior igualdade de oportunidades (perspetiva etária, diferentes características/perfis, diferentes territórios, nomeadamente de maioria vulnerabilidade social e económica).”