Os Crypto futures (futuros criptográficos) são negócios com um activo criptográfico subjacente, envolvidos num acordo de compra ou venda num dia exacto no futuro e a um preço pré-acordado fixado no acordo.
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No Brasil, a história dos casinos ainda é controversa, com breves períodos de legalização e muita discussão acerca do assunto. Se você está procurando aperfeiçoar suas habilidades ou simplesmente conhecer mais sobre os casinos, confira esses 5 livros clássicos que não podem ficar de fora da sua coleção!
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Fotografia de Carla Tavares |
No dia 22 de Novembro estive em Oliveira de Azemeis no Encontro Concelhio de Bibliotecas Escolares. Fiquei agradavelmente surpreendido pela dinâmica da RBE na zona, como ficou demonstrada nesta jornada formativa que contou com belo naipe de convidados. Na mesa em que participei moderada pela Professora Isabel Pardal, embora o tema fosse “A função das bibliotecas – do mundo virtual para o mundo real”, o rumo seguido foi um pouco mais livre. Antes de começar o meu colega Bruno Batista propôs que interrogássemos os docentes presentes sobre aquilo que gostariam mesmo de saber, o que fosse realmente útil para o seu dia a dia educativo, aproveitando a oportunidade de ter ali dois animadores culturais/Mediadores culturais muito empenhados na intervenção em escolas. Da assistência, muito participativa e atenta, chegaram uma série de perguntas e aquela conversa matinal seguiu o seu rumo. Receita para ter um animador cultural na Escola, assim surgiu a primeira questão. Foi muito interessante e panorâmica a resposta do Bruno que ainda referiu (e muito bem) a visão errada que continua a persistir, na escola, sobre o papel dos Animadores Culturais. Dei umas achegas sobre a presença dos mediadores na escola, comprometidos com os projetos da Biblioteca Escolar. Uma Professora Bibliotecária interrogou: Como faço para motivar para a Leitura? Foi a deixa para narrar, no tempo disponível, o trabalho da LaredoAssociação Cultural em parceria com as Bibliotecas Escolares do Forte da Casa, com forte participação de docentes e assistentes operacionais, um projeto que nasceu com o 14/20 a Ler+ (Plano Nacional de Leitura) e se prolongou por 3 anos acompanhando o crescimento dos jovens de 3 turmas do ensino profissional, curso de apoio à infância. Um projeto que apanhou a pandemia e desconfinou, utilizando, amiúde, os meios tecnológicos/virtuais para estar próximo dos alunos, mantendo o vínculo e a relação com a leitura. Houve ainda tempo para responder ao professor José Rosa sobre a oficina Caça Texturas, referindo a potencialidade das propostas em educação artística na escola, em articulação com a comunidade envolvente. . A conversa foi seguindo sem dificuldade com a assistência viva. Falou-se, ainda do trabalho da Biblioteca Pública e da articulação com as BE. Gostei da intervenção do Professor Bibliotecário José Saro que chamou a atenção para a necessidade de a escola concorrer aos fundos disponíveis com apoio dos municípios, estruturando projetos dando força à capacidade de proposta das Bibliotecas Escolares. Tempo ainda para um agradecimento ao Nuno Granja por toda a atenção dispensada e um beijo especial para a São Pimenta, uma das responsáveis pelo belo projeto 14/20 Ler+ no A E Forte da Casa.
As casas de apostas apostam em diferentes concursos e eventos, sejam desportos, casinos ou animais. Eles aceitam as apostas considerando todas as probabilidades daquele evento em particular. Se o cliente ganhar a aposta, ele pagará o dinheiro. Eles ganham mais dinheiro ao aceitar a aposta, e o pagamento é comparativamente menor. Uma casa de apostas de futebol faz e aceita apostas em partidas de futebol.
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A visita/desenhada “A tempestade”, uma proposta do setor de necessidades educativas específicas do Museu Gulbenkian, vai seguindo o seu caminho adaptando-se aos públicos diferentes mas sempre em torno da obra de William Turner, sendo a obra central da proposta o “Naufrágio de um cargueiro”.
Na semana passada (11 de Novembro) tivemos a presença de um grupo da Unidade de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, pessoas muito variadas com situações bem diferentes mas da área da Saúde Mental. O elevado nível de conhecimento de alguns participantes levou-nos a falar de alguns detalhes da história náutica, um caminho natural quando falamos do poderio marítimo Inglês durante o Sec. XIX, onde sobressai a batalha de Trafalgar ocorrida poucos anos antes da realização da obra exposta. São muitos os caminhos de mediação que se oferecem com esta pintura. Com estes grupos específicos costumamos aprofundar , um pouco mais, os temas da história de arte. Tudo isto acontece em paralelo com o trabalho de foco (concentração) e apelo à sensibilidade individual de quem nos visita, para que leve consigo uma opinião autónoma sobre as peças visitadas. Mas, para mim, o momento mais divertido da visita é a proposta de desenho expressivo a grafite sobre papel, sentados no chão da galeria os visitantes os visitantes aventuram-se num mar de riscos. Surgem desenhos vigorosos que nos falam da violência dos elementos, explicando o naufrágio. Aproveitamos estes desenhos para falar um pouco da escala e da composição, pedra de toque do Pintor.
Foi a primeira vez que participei no “Passa Palavra” em Oeiras. Muito agradeço o convite embora não tenha contado histórias (ainda estou em recuperação). Uma equipa, com grande apoio dos trabalhadores da Biblioteca Municipal, fazem acontecer este concorrido encontro onde apresentei a oficina “Desenhando os Medos” e o “Caça texturas”, tendo aproveitado a manhã de sábado dia 12 de Novembro para fazer alguns esboços para um conjunto de poemas para a infância que tenho vindo a escrever. Fiquei instalado numa banca do mercado; à minha volta dois ateliês plásticos animaram o espaço que foi pequeno para tanta gente - Tantas famílias! De vez em quando aproximava-se uma criança e lá mostrava o que estava fazendo de lápis na mão. Esboços e mais esboços – também é uma forma de partilhar o trabalho da ilustração...
Lá em baixo, junto à banca do peixe, a Renata Bueno fazia uns grandes e saborosos desenhos. De tarde foi a vez de caçar texturas na rua, bem em frente ao mercado. Um belo grupo de famílias aderiu à proposta e alguns dos mais pequenos demonstraram ser grandes caçadores de texturas – riscaram e riscaram... Depois com a preciosa ajuda da Susana Serrano, ficou montada uma pequena exposição. Faltaram alguns trabalhos, pois as famílias gostaram tanto do resultado final que levaram para casa a sua coleção de texturas. Gostei. Pois Viva o Passa Palavra!
O tempo vai passando e estamos todos cada vez mais soltos no “Pegar pela Palavra” (“Cultura sai à rua”). Na Tapada das Mercês, vamos afinando os textos e a participação coletiva. Aproveitei o final da última sessão para oferecer ao Sr. Malane um desenho a esferográfica do Lubu (hiena) feito por um artista popular de Beja (Vilas). O Lubu ocupa o lugar da raposa na tradição oral Mandinga. Esta oferta simboliza o momento de partilha mais profundo no grupo, para além das histórias de vida surgem os contos da infância, neste caso, da Guiné-Bissau.
É a primeira vez que participo no Festival Passa Palavra, não como narrador, mais como artista plástico/arte educador; o balanço não poderia ser mais positivo. É no meio das crianças que eu gosto de estar e partilhar o meu modo de fazer e os materiais que utilizo. O facto de os alunos utilizarem material de qualidade nos seus desenhos reflete-se claramente nos resultados expressivos. O tema desta oficina de desenho/ilustração (a preto e branco) foi o Medo. Que medos nos habitam? Que possibilidade existe de os exorcizar através de um traço? A turma de primeiro ano, de Oeiras que compareceu pontual na Galeria Municipal Verney, aderiu naturalmente à proposta. Ao princípio estranharam (a professora também) mas acabaram por entrar numa velocidade de criação muito bonita. Aos poucos libertaram-se do modo formatado com que se tratam as expressões na generalidade das escolas – a ideia é desconstruir e pegar num tema que faz pensar em profundidade. Em determinada altura, pegando no medo do Mar, pedi que me desenhassem uma tempestade feroz com vento e chuva - Tudo, desenhado a grafite sobre folhas grandes; quando a chuva chegou ao papel foi muito engraçado escutar a conversa do lápis contra o suporte - Tic! Tic! Tic! conversava a grafite e todos juntos fizeram uma saraivada. Nesta oficina tive o precioso apoio da Cristina Taquelim pois ainda necessito de apoio na realização destes ateliês; mas não tarda, estou fino. No fim de semana regresso a Oeiras para ilustrar/desenhar ao vivo e para realizar nova oficina, desta vez o “Caça Texturas” que se acontecerá no mercado municipal. Se o sol brilhar e tudo estiver bem seco, vamos para as ruas! Lá vos aguardamos – a entrada é livre.
Um dos miúdos disse-me que iria desenhar "uns monstros pequenos, uma espécie de minhocas, que entram dentro do meu corpo e roem-me o coração". E assim o fez, deixando-me a pensar...Jimi Hendrix tornou-se um mito além de seu tempo. Dono da guitarra flamejante mais famosa do planeta, foi catapultado para o sucesso de forma tão rápida quanto a velocidade com que sucumbiu ao vício em drogas. Contudo, apesar de seu estrondoso sucesso, a verdadeira história de Jimi Hendrix continua envolta em mistério e é pouco conhecida. Este é o ponto de partida para os fãs descobrirem o livro “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos” do jornalista Charles R. Cross, uma obra muito interessante, relevante e importante que preenche uma lacuna óbvia na galeria de biografias de músicos.
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Um romance visual, ou visual novel, como é conhecido entre os entendidos é, na verdade, um género de jogo eletrónico focado em texto e escolhas. Isto é, trata-se de um jogo interativo com múltiplas sequências narrativas. Com origem no Japão, este género feito geralmente de imagens e texto, tal como um livro animado, atrai leitores que, simultaneamente, possuam um fascínio pela animação japonesa. Se a sua praia são mesmo os romances visuais, damos algumas sugestões do que alguns consideram serem os melhores de 2022.
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A oficina Desenhando os medos teve lugar na Biblioteca de Cascais/Casa da Horta no dia 29 de Outubro. Levei os meus materiais de desenho e partilhei algumas técnicas. A sessão foi muito descontraída, sendo o público maioritariamente brasileiro (muito nervosos com o desenlace eleitoral no Brasil. Penso que o maior medo era o Bolsonaro...). Gosto muito de fazer esta oficina, onde adultos e crianças descontraem ao longo da tarde, conversando e desenhando, experimentando material profissional, o mesmo que utilizo para os meus trabalhos. Esta oficina repete, no contexto do festival Passa Palavra (Oeiras), no dia 8 de Novembro na Livraria-Galeria Municipal Verney.
Antes do trabalho mais a fundo, a Tânia Tobias (grande impulsionadora deste projeto) da Câmara de Sintra, entrevistou alguns participantes prosseguindo o esforço de registo das diferentes vertentes do trabalho de “A cultura sai à rua” (Câmara Municipal de Sintra). Depois sentámo-nos em volta da mesa do auditório e começámos a ensaiar a “saudação”, bem à maneira da Guiné-Bissau, batendo palmas, conduzidos pelo Senhor Malan Sane: “Grupo Tapada é na Tapada” (...) Dá sempre bastante risada pois é algo completamente diferente da cultura da maioria dos participantes – mas vamos em frente! A boa disposição tem sido o mote destas sessões do Pegar pela Palavra. Depois cantámos a canção do “João Pestana”, proposta pela Senhora Maria, com que vamos encerrar a participação da Tapada no espetáculo do Olga Cadaval. Trata-se de uma canção para adormecer crianças, neste caso cantada a um neto; gesto pequeno que representa um elo fundamental entre os maiores e as suas famílias. Às vezes só temos mesmo uma pequena canção para vencer a solidão. A maior riqueza deste grupo é a sua diversidade, povoada por personalidades fortes em plena comunicação; por vezes é necessário moderar habilmente as sessões para que os equilíbrios se mantenham. Muito tenho aprendido ao longo destes dias...
Fotografias, por cortesia da Câmara Municipal de Sintra.
Boa disposição! |
A nossa sessão de 26 de Outubro do “Pegar pela palavra”, no edifício da Junta de Freguesia de Montelavar, foi bem produtiva e divertida. Passámos em revista todas as necessidades logísticas para a apresentação no Centro Cultural Olga Cadaval e trabalhámos conteúdos. A sessão foi quase toda ocupada com a apresentação da Dona Milu e do João Leal sobre “As lavadeira e carroceiros” desta zona saloia. Cada vez que o Sr. João fala, aprendo sempre qualquer coisa. Acho que este momento da apresentação vai ser bem interessante. Estes amigos mais velhos apropriam-se da sua cultura local e divulgam-na com um detalhe impressionante.
Quando a Dona Alice de Camarões (Dona Maria) sentiu que era o momento, propôs uma brincadeira/desfio a todos quanto estavam na sala. Mostrou um saquito de pano vermelho fechado com umas fitas, coma data da sua execução (1958) e disse: “Quem conseguir abrir este saco fica com os 10 Euros que lá estão dentro! Mas vai ter de descobrir o segredo das fitas, para o abrir. Ora eu bem tentei abrir saco, dando voltas para cá, tentando desfazer as fitas, mas nada. Depois foi a Ana Varanda a tentar afincadamente mas com o mesmo resultado, comentando. “Este é que é um exercício mental prático para fazer com os mais velhos, bem melhor do que as atividades de computador.” (Concordo) Entretanto a Sr. Alice ria, bem divertida. Depois foi a vez do Poeta João Mota igualmente sem sucesso. A nossa amiga ensinou-nos o segredo daquela simples brincadeira, que vem de longe, muito longe quando os serões eram longos e não havia televisão. A sessão terminou com algumas brejeiradas divertidas – a oralidade popular está cheia destas coisas...
Tentando resolver o quebra-cabeças da Dona Alice |
Foi uma boa estrela que conduziu a Benita Prieto até ao meio dos “Andarilhos”. A sua alegria e energia têm trazido propostas destinadas a ter sucesso. Recebi um telefonema da Benita para me juntar a um grupo de narradores portugueses que estavam a verter em escrita (literária) histórias da nossa tradição oral para um livro que seria publicado em pouco tempo. E assim entrei no pequeno coletivo do livro ”Bendito e louvado, conto contado” que acaba de ser publicado em Portugal e no Brasil (com o português dos nossos irmãos). O livro está muito bem ilustrado pela Sofia Paulino e estou na boa companhia de amigos e amigas que fazem do conto estrada de vida. O prólogo de Paulo Jorge Correia, estudioso da Narração Oral, contextualiza esta obra levada ao prelo pela editora brasileira, Aletria. A contracapa do livro apresenta um texto de Cristina Taquelim que acompanha as vontades que geraram este livro; infelizmente esta narradora/autora está ausente da obra. Este livro foi apresentado, também, numa bela festa no Rio de Contos e prossegue a sua divulgação pelo país. Recomendo a leitura do texto de Rita Pimenta no jornal Público – uma visão de alguém que conhece bem o habitat onde se gerou esta edição. O conto que trabalhei para o livro foi “O anel”; no vídeo que acompanha estas linhas apresento uma das suas versões contadas, captada para o programa da RTP África "Quem conta um conto". (nunca sai igual...).
Regressei à rua do Matadouro, à sede do projeto Somos Comunidade no dia 21 de Outubro; uma parceria generosa com a associação Memóriamedia envolvendo a Laredo. A sala estava bem composta e acabei por conhecer umas vizinhas que se juntaram ao grupo inicial com quem tenho desenvolvido as minhas propostas criativas, a pensar naquele lugar. Propus um “trabalho de casa” aos participantes: fazerem uma adivinha sonora, captando um som simples de uma a situação/ação, ambiente ou um animal ou ainda um objeto. Não poderiam revelar a nenhum dos outros companheiros a gravação feita com o telemóvel. Foi este o mote para a oficina Dos sons nascem histórias que pretende promover a escuta ativa do meio que nos rodeia, entendendo o que se passa no nosso cérebro à chegada de um novo som. Ora eu levei a gravação do momento em que começo a fazer a sopa para o pessoal cá de casa. Também conhecemos um relógio de pêndulo já com uma longa história; um cão, em dia de chuva, que logo identificámos pelo ladrar como o chato do nosso vizinho canídeo; uma montagem muito abstrata de um passarinho (que já esqueci o nome), umas obras na rua e o som de uma banda (“muito à frente”); o matraquear raivoso de um teclado de computador; umas botas que caminhavam pelo chão (...) A maior parte da sessão foi ocupada com estas adivinhas e com a conversa que cada registo suscitou. Depois passei algumas histórias sonoras (sem palavras em português) para que cada um construísse a narrativa sugerida pelo trecho apresentado. Pelo caminho fui contextualizando e desmontando o processo de construção da proposta para que todos possam usar a ferramenta no futuro, em dinâmicas de grupo semelhantes à nossa. Esta sessão serviu como aquecimento para outra, que gostaria de fazer, em que sairemos para as ruas do bairro, registando a paisagem sonora do lugar, uma outra forma de conhecer o bairro onde se vive.
A temporada de caça às texturas deste ano terminou em Tomar. A oficina Caça Texturas passou pela praça da Republica reunindo um grupo de pequenos artistas onde sobressaiu a Carolina, uma menina muito criativa e persistente, com grande apuro cromático que trabalhou comigo até ao fim, já quando todos os outros miúdos tinham dispersado. Fizemos tantos desenhos em conjunto! Assim foi a tarde de Sábado dia 15 de Outubro.
Fotografia de Neide Martinho |
"Uma memória das lavadeiras, cosida num pano:
Marcas para apontar roupa e pôr sinais".
Aprendo sempre alguma coisa a cada sessão do “Pegar pela Palavra” (“A Cultura sai à rua) na União das Freguesias de Montelavar, Pêro Pinheiro e Almargem do Bispo . No dia 11 de Outubro, no edifício da junta em Montelavar, no final da sessão, o Sr. João mostra-me um pano com uns sinais cosidos que era, nem mais nem menos do que um mini dicionário das marcas que as lavadeiras locais faziam nas sacas e trouxas da roupa que vinha de Lisboa para ser lavada, isto para identificarem as clientes que as enviavam e assim puderem remeter tudo limpinho, sem receio de se trocarem.
Esta e outras particularidades (curiosidades) têm sido apresentadas pelo Sr. João e pela Dona Milú, à medida em
que vão preparando connosco a sua apresentação a dois, para o encontro de 30 de Novembro no Centro Cultural Olga Cadaval. No meio
do nosso trabalho, onde não faltou um fadinho cantado pelo Sr
Albino, confessou-nos o Sr Mateus: “Isto é quase um vício,
farto-me de escrever!” E o que lá estava escrito?...Reflexões, pensamentos... Durante a sessão, todos apresentaram as suas
intervenções, que foram cronometradas, pois dispomos de pouco tempo
para a apresentação. Ah, de vez em quando surge uma anedota vinda
de um participante – ninguém se aborrece neste grupo…O Sr. Mateus folheando
o seu caderno de preciosidades
Sr, Albino (com outro caderno de preciosidades) e o Sr. João. Treinando a leitura |
13 de Outubro 2022
O Senhor Malane Sané regressou às sessões, trazendo uma proposta para o grupo: uma saudação cantada de apresentação do coletivo da Tapada das Mercês, a ser executada no espetáculo do projeto “A cultura sai à rua” no Olga Cadaval. Uma toada bem ao jeito da Guiné-Bissau; ensaiamos divertidos! Vamos ver o que isto dará....Para já estamos a contar os tempos de cada poema, cada canção ou cada história de vida. O ambiente é muito descontraído mas importa ensaiar a preceito!
Mais sobre o projeto, aqui.
Seguir as apostas de outras pessoas não é uma ideia nova na indústria. No entanto, nos últimos anos, foi inundado por golpistas e previsões falsas nas quais você não deve confiar. Embora existam alguns analistas de esporte bet aposta genuínos, seguir essas dicas permitirá que você evite os enganosos.
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Ontem, no Museu Gulbenkian, realizámos duas visitas com utentes do Centro Hospitalar do Médio Tejo (Tomar) associando-nos, assim, às comemorações do Dia Mundial da Doença Mental. A impulsionadora desta iniciativa foi a enfermeira Paula Carvalho, já nossa conhecida. Miguel Horta, Margarida Vieira e Rita Ruiz foram os Mediadores de serviço, conduzindo e interagindo com os visitantes pelas salas do Museu; uma resposta específica pensada para as pessoas com doença mental, com longa tradição no setor das necessidades educativas específicas dos museus da Fundação Gulbenkian. Rita Ruiz convidou os visitantes a "irem" (visita "IR -Interpertar e relacionar") e a dupla testemunhou um "naufrágio" (visita "A tempestade").
De novo, foi dia de “tempestade” no Museu. Com a minha colega Margarida Vieira propusemos um “mergulho” na obra de William Turner, em particular no “Naufrágio de um cargueiro”. Como introdução começámos por apresentar uma outra pintura, em frente à grande peça do naufrágio, “Quillebuef - foz do Sena", convocando as memórias dos participantes. “Quem já assistiu a uma tempestade?”. Margarida Vieira interpelou o grupo, trabalhando em torno dos sentidos, “desmontando” as peças da composição (em que o Mestre era especialista) o que ajudou cada um dos convidados a construir uma imagem interior, mais completa, da obra de arte. Feito este aquecimento passámos para o “Naufrágio de um cargueiro” dando seguimento à descoberta da expressão dos elementos presentes na tela: o movimentos das águas com a sua rebentação envolvente e circular, um vento que assola a tela varrendo a parte superior da peça, uma luz de fim de tarde (opinião dos visitantes) que ilumina o centro da peça, atraindo o nosso olhar, como bem observou outra participante. Uma série de perguntas fez com que o olhar dos visitantes fosse cada vez mais preciso, identificando elementos menos visíveis da peça: roda do lema, arca, gaivota, homem que acena desesperado. Alguém exclama na sala : “ouvem-se os gritos aflitos!”
Fonte: Museu Gulbenkian número de inventário 260 |
No dia 6 de Outubro, realizei a oficina “Construindo cidades” no Museu de Almada – Casa da Cidade. Esta proposta está interligada com o tema da coleção; fala de urbanismo, construção de casas e propõe o trabalho manual com desperdícios de madeira (gentilmente cedidos pelo carpinteiro da Charneca de Caparica, António Correia). Sobretudo o Museu da Cidade fala de nós, os habitantes e o seu território, este conceito é conversado com os participantes que, neste caso, foram alunos do 4º ano de Almada. A palavra eleita para este ateliê foi escala – mostrei bonecos de diferentes dimensões e perguntei que tamanho deveria ter a casa correspondente a cada um; depois entreguei uns bonequinhos da lego que serviriam de escala para todas as construções. Uma turma reduzida, com alguns alunos com dificuldades, atirou-se aos materiais e construiram casas. Trabalharam todos animadamente, em pares, exceto um colega bem singular que construiu uma estrutura que fazia lembrar a Capela de Ronchamp de Corbusier. Gostei particularmente de uma casa que tinha um pátio para se poder jogar à bola. Muitas casas apresentavam algum mobiliário e divisões com funções específicas. Assim correu o trabalho neste estaleiro de criatividade onde cada proposta de construção foi “negociada” a dois. No final, juntámos todas as casas e surgiu um bairro.
Lubu, a hiena das histórias do Sr. Malane (Guiné-Bissau) (ilustração a esferográfica de Vilas, artista popular de Beja) |
Sessões de 8, 14 e 28 de Setembro em diversas localidades do Concelho de Sintra
Bem que posso inventar nomes para o projeto, como “Pegar pela palavra”, mas os mais velhos, que nele participam, chamam-lhe “O Contador de Histórias”. Segue tudo tão depressa, que não consigo fazer publicações no ritmo que gostaria, sobre o trabalho que estamos a desenvolver. Ao longo do tempo, ficou mais visível a diferença entre os dois grupos de seniores participantes, um na Tapada das Mercês e o outro na União das Freguesias de Montelavar, Pêro Pinheiro e Almargem do Bispo”. O grupo das Mercês com grande profundidade na relação entrepares e uma criatividade mais urbana, embora o Sr Malane traga os contos da ruralidade Mandinga para o grupo. Temos ensaiado a leitura dos textos, poesia e histórias de vida, com grande autonomia dos participantes, o que me deixa bem contente. Nas aldeias, como me costumo referir à UFMPPAB, estamos em plena erupção criativa, dos fados aos cantos com letras originais, à poesia (de qualidade), quadras populares e histórias locais. Entretanto surgiu uma participação bastante interessante: o trabalho simultâneo da Dona Milú e o Sr João. A partir das bonecas criadas com grande esmero e detalhe pela Dona Milú, que retratam as antigas profissões de Vale de Lobos/Almargem, o Sr João, sem dúvida um sábio local, vai falando da história desta zona da região saloia. Estão os dois a trabalhar em conjunto e tenho muita curiosidade em ver o resultado final. O nosso trabalho não se esgota na meia hora que dispomos para partilhar a nossa criatividade, na apresentação pública que terá lugar no Auditório Olga Cadaval na manhã de dia 30 de Novembro. A vontade de seguir em frente é grande. O apoio dos técnicos locais, impar! Pela minha parte, gostaria de continuar a apoiar estes dois grupos de gente tão bonita e a fazer crescer novas ideias.
Um encontro memorável
No dia 28 de Setembro teve lugar um encontro entre os seniores das duas localizações, na Associação de Pensionistas e Reformados de Dona Maria. O grupo da Tapada das Mercês foi muito bem recebido. Durante quase duas horas, os participantes partilharam parte do que têm estado a criar – foi um encontro alegre. Para além do nosso grupo de participantes, assistiram ao encontro alguns idosos de Dona Maria que seguiram com atenção tudo o que foi acontecendo. Fica aqui um pequeno apontamento em vídeo de um momento da tarde. A Sra. Alice com os seus ditos e quadras populares, servindo-se de uma pequena “cábula” escrita na sua língua privada. Acontece que a nossa amiga é analfabeta, então inventou uma escrita própria que a apoia no seu quotidiano; sabemos que uma das suas amigas sabe decifrar aqueles hieróglifos, que mostramos em detalhe. Se tivesse mais tempo para dedicar à Sra. Alice, estou certo que facilmente surgiriam belos contos da nossa tradição oral. Para estes projetos precisamos de tempo; saber regar e esperar pelos resultados, facilitados por uma relação de continuidade e verdadeira.
A Dona Alice, de Camarões, diz as suas quadras populares com ajuda de uma escrita que inventou para lhe avivar a memória - Que Senhora! |
Foram realizadas 15 sessões junto dois grupos de seniores em duas localizações distintas do Concelho de Sintra, um Tapada das Mercês e outro em diversas coordenadas da com na União das Freguesias de Montelavar, Pêro Pinheiro e Almargem do Bispo. Todas as sessões tiveram o precioso apoio dos técnicos locais, quer da UFMPPAB, da Câmara Municipal de Sintra ou da Fundação Aga Khan Portugal, parceira do “Pegar pela Palavra”, designação criada para identificar este segmento do projeto “A Cultura sai à rua” da responsabilidade do Município de Sintra. Miguel Horta (Laredo Associação Cultural), mediador cultural/contador de histórias associado à iniciativa, tem promovido o trabalho colaborativo, sendo o rumo do projeto construido a várias vozes, sobretudo a dos idosos que dele beneficiam. Depois de um conjunto de sessões iniciais que promoveram o conhecimento mutuo e a partilha dos objetivos pensados para o projeto, começámos, de imediato, a escuta crescente do contributo dos seniores que um a um foram contando histórias pessoais, locais ou da tradição oral, lendo poemas, proferindo pensamentos e adivinhas e ainda, recordando canções. Aos poucos os grupos foram-se consolidando nas duas localizações geográficas, a velocidades diferentes, assumindo cada um uma personalidade própria; uma caraterística mais rural na UFMPPAB e mais urbana na Tapada das Mercês. Face à proposta de apresentação coletiva do trabalho dos diferentes grupos prevista para o Centro Cultural Olga Cadaval, os idosos participantes têm vindo a combinar a melhor forma de partilhar o que têm produzido e selecionando os textos /palavras com que se sentem mais à vontade para apresentar em público no dia 30 de Novembro do projeto. Os técnicos presentes têm feito o registo iconográfico das sessões bem como pequenos vídeos que expressam bem o ambiente positivo das sessões.
10 e 11 de Setembro 2022
No Sabugal a “caça” às texturas foi pouco concorrida. Os dois grupos de participantes eram pequenos mas as sessões foram muito agradáveis, quase familiares. Gostei de conhecer a equipa da cultura do Município. Seria bom aproveitar a minha próxima itinerância pelo alto Alentejo para regressar a estes lugares mais interiores do Médio Tejo.