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Estudo responde: alguém é realmente saudável?

Por Alessandro Di Lorenzo — 5 de Julho de 2023, 19:38

Dormir bem, se alimentar corretamente e praticar atividade física regularmente: esse é considerado o tripé para se ter uma vida saudável. Mas não são poucos os obstáculos que a rotina nos impõe para atingir esse tão sonhado resultado. Agora, uma pesquisa respondeu o que todos já devem ter se perguntado: de fato, é possível ser saudável?

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Como descobrir se alguém é saudável?

  • A pesquisa, publicada na PLOS One, reuniu dados de estudos realizados nos Estados Unidos de 1988 a 1994 e de 1999 a 2014. Foram analisadas as chances de mortalidade para pessoas com 20 anos ou mais.
  • A equipe levou em conta 19 fatores de risco diferentes e, em seguida, ajustou as informações para idade, sexo, categoria de obesidade e etnia.
  • A resposta foi que, quando se trata de saúde, praticamente todos poderiam fazer melhorias: menos de 3% das pessoas não apresentaram nenhum dos fatores de risco.
  • “No geral, a maioria de nós tem algo errado, e é mais provável que tenhamos um fator de risco à saúde do estilo de vida agora do que nos anos 80 e isso está realmente associado a um risco de mortalidade ainda maior agora do que antes”, afirmou a professora associada da Faculdade de Saúde da Escola de Cinesiologia e Ciências da Saúde Jennifer Kuk, principal autora do estudo.

Fatores de risco e mortalidade não são fatores estáticos

  • Segundo o estudo, a relação com fatores de risco e mortalidade muda ao longo do tempo, o que pode ser explicado por fatores como evolução nos tratamentos e mudanças no estigma social.
  • Um exemplo disso são as taxas de tabagismo, prática que sabidamente pode levar ao desenvolvimento de câncer, doenças cardíacas, derrame e diabetes, e potencialmente à morte.
  • De acordo com a pesquisa, as campanhas de saúde pública reduziram o número de fumantes no mundo. No entanto, o risco geral para quem fuma hoje é maior do que no passado.
  • Já quando o assunto é obesidade, a conclusão é que a prevalência aumentou, mas os riscos diminuíram.
  • “Mesmo que haja cada vez mais pessoas com obesidade, na verdade isso não está resultando em mais mortes ao longo do tempo. E então acho que isso é outra coisa clara que precisamos reconhecer, que somos muito bons em tratar os resultados associados à obesidade. E independentemente de qual seja o nosso peso corporal, a maioria de nós tem algo em que provavelmente podemos trabalhar”, destaca Kuk.
  • Outros resultados da pesquisa foram: as taxas de diabetes e hipertensão aumentaram ao longo do tempo, mas os riscos diminuíram; mais pessoas não estão se exercitando, e isso agora está relacionado a resultados piores do que antes; o uso de medicamentos para saúde mental não foi um fator de risco significativo na década de 1980, mas hoje está associado ao aumento da mortalidade; não concluir o ensino médio está associado a riscos à saúde, enquanto não era na década de 1980.

Nem tudo que envolve a nossa saúde pode ser controlado

  • Por fim, o estudo aponta que quase todos podem melhorar quando se trata de vários fatores, como dieta, exercícios, tabagismo, ingestão de álcool e drogas.
  • No entanto, há fatores que estão fora do controle individual de muitas pessoas.
  • “Quando olhamos para coisas como insegurança alimentar, baixa escolaridade – como sociedade, estamos fazendo com que a saúde não seja uma escolha fácil para muitas pessoas. Precisamos ser sensíveis a isso quando olhamos para esses fatores de risco”, conclui a professora.

Com informações da Medical Xpress.

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