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Que espécie é esta: tritão-marmoreado

Por Equipa Wilder — 21 de Novembro de 2023, 17:11

A leitora Ana Sequeira fotografou e filmou um “bichinho” em Sintra, no início de Novembro, e pediu para confirmar a espécie. Rui Rebelo ajuda.

“Venho pedir ajuda para identificar este lindo bichinho que encontrei hoje no meu quintal, debaixo de um tronco, no chão”, descreveu Ana Sequeira, numa mensagem enviada à Wilder. “Vivo em Sintra. Penso que seja um tritão marmoreado, mas gostaria de confirmação por favor”, acrescentou ainda.

Com efeito, trata-se de um tritão-marmoreado (Triturus marmoratus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Sim, é mesmo um tritão marmoreado, em fase terrestre (pele com aspeto seco).

Quase todas as salamandras e tritões entram em atividade com as chuvas outonais. No entanto, aqui no Sul o tritão-marmoreado é a excepção e só se reproduz na primavera. Por isso, e apesar de já ter chovido, este animal continua na sua vida “terrestre”.

Na primavera mudará de aspecto, a pele ficará mais lisa e brilhante e migrará para os corpos de água.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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Que espécie é esta: salamandra-de-pintas-amarelas

Por Equipa Wilder — 21 de Novembro de 2023, 16:31

A leitora Sofia Silva encontrou este anfíbio a 27 de Outubro em São João das Lampas e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Rebelo responde.

“Deparei-me hoje (27 de Outubro) com este réptil dentro da piscina, infelizmente estava sem vida. É possível ajudarem-me a identificar a espécie?”, perguntou a leitora à Wilder. 

Trata-se de uma salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra). Esta espécie tem outros nomes comuns, como saramantiga, saramela e saramaganta. Ou salamandra-do-fogo.

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Oh. É uma salamandra de pintas amarelas, Salamandra salamandra. Apesar de serem anfíbios, os indivíduos desta espécie podem morrer afogados. Podem estar algum tempo debaixo de água, mas a respiração através da pele não é muito eficaz e ainda por cima são maus nadadores. Por isso morrem muito em poços, tanques e piscinas, onde as paredes verticais não os deixam sair.

A salamandra-de-pintas-amarelas é uma espécie nocturna. 

É ovovivípara (as fêmeas parem larvas já desenvolvidas, ao contrário da grande maioria dos anfíbios, que põe ovos). As larvas em desenvolvimento nos oviductos das fêmeas (equivalente ao útero dos mamíferos) podem variar entre  pouco mais que 10 ou até 90! As fêmeas maiores podem parir muitas larvas.

Esta espécie é tóxica por ingestão, provocando vómitos violentos (mas não mata). Isso quer dizer que os cães e gatos que a tentam comer (alguns tentam) nunca mais têm essa ideia após a sessão de vómitos.

A secreção que cobre a pele desta espécie está impregnada com várias substâncias (incluindo a que provoca o vómito). Isso quer dizer que depois de lhe mexer é sempre prudente lavar as mãos com sabão.

De resto, a espécie é totalmente inofensiva.


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Estudo: alterações climáticas são uma das mais graves ameaças aos anfíbios do planeta

Por Helena Geraldes — 1 de Novembro de 2023, 08:47

A destruição dos habitats e as doenças são causas já bem estudadas para o declínio dos anfíbios. Um novo artigo publicado em Outubro na revista científica Nature analisou 20 anos de dados e concluiu que as alterações climáticas estão a emergir como uma das maiores ameaças a sapos, rãs, salamandras e tritões.

O estudo, publicado a 4 de Outubro, baseia-se na segunda avaliação mundial de anfíbios, coordenada pela Amphibian Red List Authority, um ramo do Grupo de Especialistas de Anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

A avaliação estudou o risco de extinção para mais de 8.000 espécies de anfíbios de todo o mundo. Dessas, 2.286 espécies foram avaliadas pela primeira vez.

Mais de 1000 peritos de todo o mundo contribuíram com os seus dados e conhecimentos, o que permitiu descobrir que dois em cada cinco anfíbios estão ameaçados de extinção. Estes dados serão publicados na Lista Vermelha da UICN.

Entre 2004 e 2022, um grupo de ameaças empurrou mais de 300 anfíbios mais perto da extinção, segundo o estudo. As alterações climáticas foram a maior ameaça para 39% dessas espécies.

“À medida que os humanos causam alterações ao clima e aos habitats, os anfíbios estão a tornar-se prisioneiros climáticos, incapazes de escaparem para outros locais e fugir ao aumento da frequência e intensidade do calor extremo, incêndios, secas e furacões”, comentou Jennifer Luedtke Swandby, uma das autoras do estudo e coordenadora da Amphibian Red List Authority, no âmbito da organização Re:wild.

“O nosso estudo mostra que não podemos continuar a subestimar esta ameaça”, continuou. “Proteger e restaurar as florestas é crucial não apenas para salvaguardar a biodiversidade mas também para combater as alterações climáticas.”

Foto: Re:wild

A destruição do habitat – como resultado da agricultura, desenvolvimento de infra-estruturas e outras indústrias – continua a ser a maior ameaça comum aos anfíbios, segundo o estudo. Na verdade, a destruição dos habitats afecta 93% de todas as espécies ameaçadas de anfíbios.

Doenças como a quitridiomicose – causada por dois fungos microscópicos e que dizimou várias espécies de anfíbios na América Latina, Austrália e Estados Unidos, por exemplo – e a sobre-exploração continuam a causar o declínio destes animais.

Todas estas causas são exacerbadas pelos efeitos das alterações climáticas.

O estudo também descobriu que três em cada cinco espécies de salamandras estão ameaçadas de extinção, especialmente como resultado da destruição do seu habitat e das alterações climáticas. Hoje, as salamandras são o grupo de anfíbios mais ameaçados do mundo.

Este artigo indica que cerca de 41% de todas as espécies de anfíbios que foram avaliadas estão hoje globalmente ameaçadas e classificadas numa de três categorias: Criticamente Em Perigo, Em Perigo e Vulnerável. Nos mamíferos, essa percentagem é de 26,5%, nos répteis é de 21,4% e nas aves 12,9%.

Quatro espécies de anfíbios foram dadas como extintas desde 2004: o Atelopus chiriquiensis da Costa Rica, o Taudactylus acutirostris da Austrália e os Craugastor myllomyllon e Pseudoeurycea exspectata da Guatemala.

Outras 27 espécies Criticamente Em Perigo são agora consideradas possivelmente extintas.

Foto: Re:wild

Ainda assim, o estudo revelou que 120 espécies melhoraram o seu estatuto na Lista Vermelha desde 1980.

Conservanistas irão usar estas informações para desenhar um plano de conservação mundial, para estabelecer prioridades de conservação à escala global e para influenciar decisores políticos que possam ajudar a reverter a tendência negativa referente aos anfíbios.

“Os anfíbios estão a desaparecer a uma velocidade maior do que aquela a que os conseguimos estudar”, disse Kelsey Neam, um dos autores do estudo e membro da Re:wild. “Enquanto uma comunidade global, é altura de investir no futuro dos anfíbios, o que significa investir no futuro do nosso planeta.”

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Que espécie é esta: rã-verde

Por Equipa Wilder — 13 de Outubro de 2023, 18:40

A leitora Teresa Monjardino encontrou estas rãs a 5 de Outubro na Sertã e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

“Querida Equipa, boa tarde. Junto do meu lago vivem duas ou dois. Não sei se são sapitos ou rãs? Agradeço que me esclareçam, sff”, escreveu a leitora à Wilder. 

Tratam-se de rãs-verdes-comuns (Pelophylax perezi).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

São exemplares da rã-verde-comum, Pelophylax perezi.

Os animais fotografados parecem ser ainda relativamente pequenos (até mesmo para saber externamente o sexo), mas já se reproduzirão na próxima primavera.

Nem todos os exemplares de rã-verde são mesmo verdes… Mas todos têm uma prega de pele que vai do olho à anca.

A rã-verde está presente em todo o território português, admitindo-se que seja o anfíbio mais comum em Portugal. Ocorre em toda a Península Ibérica, podendo ser observada pelo menos até ao Sul de França.

Este anfíbio atinge facilmente 7,5 cm, podendo chegar aos 10 cm de comprimento.

Esta espécie, até há pouco tempo, tinha como nome científico Rana perezi, e actualmente se chama Pelophylax perezi.

Quer ouvir uma rã verde?


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Que espécie é esta: sapo-comum

Por Equipa Wilder — 13 de Outubro de 2023, 18:20

O leitor Adriano Barros fotografou este sapo em Cervães, Vila Verde, a 7 de Outubro e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Rebelo responde.

“Encontrei este sapo em Cervães, Vila Verde, na noite do dia 07-10-2023. Recolhi o animal dentro de uma caixa e reparei que ele começou a suar bastante? Será algum tipo de veneno? De que espécie se trata? Depois de registar o sapo libertei o bicho num sítio que achei seguro para ele”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um sapo-comum (Bufo spinosus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Trata-se de um sapo-comum, Bufo spinosus. Muito provavelmente uma fêmea, dado o seu grande tamanho (as fêmeas são maiores que os machos nesta espécie).

Estes animais segregam um líquido que é tóxico, sim. Esse líquido é esbranquiçado e “leitoso” (meio viscoso) e é secretado principalmente pelas glândulas que têm nas costas e no topo da cabeça (vê-se bem os poros por onde sai o líquido na foto). Este líquido é emético (provoca o vómito) se for ingerido. E é irritante para as mucosas. Por isso não podem ser mordidos (!) e depois de lhes mexer (não há qualquer toxicididade em contacto com a pele humana) é sempre bom lavar as mãos.

Mas também podem simplesmente urinar uma urina que é tão diluída que parece água e pode dar a entender que o animal está a suar. Esta urina não é tóxica.


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Que espécie é esta: rã-verde

Por Equipa Wilder — 5 de Outubro de 2023, 13:23

O leitor Manuel Moita encontrou esta rã a 12 de Setembro em Póvoa de Santa Iria e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

“Gostaria de saber que espécie de rã é esta da foto que envio em anexo. Foto captada em 12/09/2023 na frente ribeirinha Póvoa de Sta. Iria”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se da rã-verde-comum (Pelophylax perezi).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

É a comum rã-verde, Pelophylax perezi.

Esta é uma foto bem bonita que apanha a rã numa das suas posições típicas, com o corpo mergulhado e com a cabeça à superfície. Esta é uma posição de caça, porque esta espécie caça insetos fora de água.

Nem todos os exemplares de rã-verde são mesmo verdes… Mas todos têm uma prega de pele que vai do olho à anca.

A rã-verde está presente em todo o território português, admitindo-se que seja o anfíbio mais comum em Portugal. Ocorre em toda a Península Ibérica, podendo ser observada pelo menos até ao Sul de França.

Este anfíbio atinge facilmente 7,5 cm, podendo chegar aos 10 cm de comprimento.

Esta espécie, até há pouco tempo, tinha como nome científico Rana perezi, e actualmente se chama Pelophylax perezi.

Quer ouvir uma rã verde?


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Que espécie é esta: sapo-corredor

Por Equipa Wilder — 28 de Agosto de 2023, 20:46

O leitor António Damásio pediu ajuda na identificação destes sapos que fotografou em São Luís, Odemira, a 11 de Abril. Rui Rebelo responde.

“Em Abril deste ano encontrei estes sapos no meu quintal em S.Luis, Odemira. Gostaria de saber que espécies são pois parecem-me ser duas diferentes”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratam-se de sapos-corredores (Epidalea calamita).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

É interessante! Parecem duas espécies diferentes sim, mas trata-se na verdade de sexos diferentes da mesma espécie.

A espécie é o sapo corredor, Epidalea calamita.

A foto da esquerda (animal mais avermelhado) mostra uma coloração típica de fêmea.

É mais provável (mas não garantido) que a foto da direita seja um macho – nos machos a linha vertebral clara (amarela/ verde clara) é muito mais frequente.

Se houver uma foto da íris do animal da direita, ver-se-á que a cor é igual à da fêmea (verde claro quase iridescente) – a marca desta espécie.


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Que espécie é esta: sapo-comum

Por Equipa Wilder — 23 de Agosto de 2023, 17:20

O leitor António Damásio fotografou este sapo em São Luís, Odemira, a 23 de Agosto e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Rebelo responde.

“Este sapo foi visto hoje 23/08/23 no meu quintal em S. Luís, Odemira. Tem a dimensão  de cerca de 15x10cm. Que sapo é?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de um sapo-comum (Bufo spinosus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Pois é uma fêmea de sapo-comum, Bufo spinosus. Bem alimentada! É de deixar que fique pelo quintal, onde tem acesso a terra húmida e pelos vistos boa alimentação.

Esta é uma espécie “amiga do hortelão” pela quantidade de pragas das hortas que consome. A presença dele nas hortas é comum e bem vinda, porque alimenta-se preferencialmente de caracóis e lesmas. 

Os olhos vermelhos são o que facilita a sua identificação, pois há outra espécie semelhante em Portugal, mas com olhos verdes.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:

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Que espécie é esta: postura de sapo Bufo sp.

Por Equipa Wilder — 21 de Agosto de 2023, 15:18

A leitora Leonor Pego encontrou estas posturas de anfíbios a 21 de Março numa ribeira no vale da Ferrugem, Sintra, e pediu para saber a que espécie pertencem. Rui Rebelo responde.

“Olá Wilder. Agradeço identificação desta espécie, neste caso destes ovos. Eram centenas deles em finos fios de esferas pretas numa ribeira no vale da Terrugem em Sintra a 21 de março. Penso que serão de sapo comum. Mas não sei…”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma postura de bufonídeo (Bufo sp.)

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Trata-se de uma típica postura de bufonídeo – ou o sapo-comum (Bufo spinosus) ou o sapo-corredor (Bufo calamita).

É muito difícil, se não impossível, identificar corretamente a espécie apenas pela postura.

De um modo geral, o sapo corredor não faz as suas posturas em águas correntes. Por isso se tivesse de apostar, diria que são de sapo-comum (a leitora menciona que a postura estava numa ribeira). Mas para ter a certeza, nada como esperar que nasçam os girinos.


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Que espécie é esta: rã-ibérica

Por Equipa Wilder — 18 de Agosto de 2023, 21:10

O leitor José Gonçalves encontrou este anfíbio em 2007 na Quinta da Fontoura, Alquerubim, e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Rebelo responde.

“Em 2007, numa mata da Quinta da Fontoura, em Alquerubim, fotografei esta rã que se locomovia com muita destreza. Fiquei sempre curioso acerca dela, até porque nos regatos e nos tanques da quinta havia e há imensas rãs verdes. Esta castanha só a vi daquela vez. Gostaria de saber mais sobre a dita rã castanha, pois não encontrei nada na Net”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma rã-ibérica (Rana iberica).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Trata-se de uma rã-ibérica, Rana iberica. E é um exemplar juvenil; talvez por isso com uma coloração pouco característica.

Esta é a única espécie do grupo das “rãs-castanhas” que existe em Portugal.

As rãs-castanhas (do género Rana; há muitas espécies em toda a Eurásia) são muito mais terrestres que as rãs-verdes (do género Pelophylax, também com muitas espécies na Eurásia e norte de África). Daí que sejam vistas menos vezes nos habitats aquáticos “típicos”, como charcas ou tanques.

A nossa rã-ibérica é uma espécie principalmente de montanha e de cursos de águas pequenos e rápidos, que em Portugal só existe a Norte do Tejo (com excepção da Serra de S. Mamede). E é uma espécie bem menos abundante que a rã-verde.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:


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Qual é o sapo mais venenoso do mundo?

Por Matheus Chaves — 26 de Julho de 2023, 15:37

Você sabia que no mundo existem diferentes tipos de sapos venenosos? Um deles tem apenas cinco centímetros de comprimento, mas possui o título de o sapo mais venenoso do mundo, com a capacidade de causar paralisia no sistema nervoso da vítima e de matar até dez pessoas adultas!

Leia também:

Conheça a Phyllobates Terribilis, o sapo mais venenoso do mundo

Com a sua cor amarela vibrante, podendo ser também laranja ou até verde-claro. a Phyllobates Terribilis possui tamanho minúsculo, ela pertence ao grupo da família dendrobatidae e vive na floresta tropical, costa da Colômbia. Por conta do desmatamento na floresta, essa espécie está ameaçada de extinção.

A sua alimentação é farta de besouros, cupins, moscas, formigas e grilos. Há séculos, o povo indígena emberá, que vive na Colômbia, utiliza do veneno da espécie para colocar na arma de caça.

Por que essa espécie é tão letal?

Esse sapo produz alta quantidade de batracotoxina, uma potente neurotoxina. A produção dela pelo anfíbio pode chegar até 1900 microgramas, assim, ele fica 20 vezes mais tóxico do que os demais sapos da espécie.

Não se sabe ao certo a origem da toxicidade deste animal, mas há indícios de que o veneno venha das plantas que as presas dele consomem. De acordo com a National Geographic, esses sapos criados em cativeiro sem se alimentarem de insetos que são encontrados em seu habitat natural, não desenvolvem a toxina.

O veneno da Phyllobates Terribilis fico corpo dela, coberto pelas glândulas e muco sob a pele. Assim, se a pessoa for imprudente e morder uma dessas rãs, poderá ser infectada, já que a toxina é um tipo de defesa do animal.

A espécie não tem muitos predadores

Por sua alta quantidade de veneno, o sapo tem poucos predadores na natureza. A cobra Erythrolamprus Epinephelus é uma das principais predadoras, já que tem resistência para as toxinas.

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Que espécie é esta: tritão marmoreado

Por Equipa Wilder — 30 de Junho de 2023, 22:58

O leitor José Andrade encontrou este animal a 15 de Junho em Vila Pouca de Aguiar e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

“Hoje (15 de Junho) estava a caminhar com os meus colegas quando encontrei esta espécie de ‘lagarto’ num rego. Encontrei-a no monte em Vila Pouca de Aguiar, na aldeia de Parada do Corgo às 15h00 hoje. Gostava que me conseguissem ajudar na identificação desta espécie”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um tritão marmoreado (Triturus marmoratus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Não é um lagarto! É uma fêmea de tritão-marmoreado, Triturus marmoratus.

Nesta altura (ainda fim da primavera) esta espécie está ainda a reproduzir-se na zona norte do país. E daí que esta fêmea tenha ainda o abdómen tão dilatado (está cheio de ovos).

O tritão-marmoreado distribui-se pela Península Ibérica, à excepção do Sudeste, e pelo Centro e Oeste de França.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:

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