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A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: uma resposta estratégica aos desafios da aprendizagem

6 de Março de 2024, 09:00

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No artigo de hoje vamos dar continuidade à série “A inteligência artificial (IA) nas bibliotecas escolarese apresentar exemplos de assistentes virtuais gratuitos que podem ser utilizados em contexto de sala de aula e de biblioteca escolar para apoiar o processo de aprendizagem e proporcionar uma experiência personalizada aos alunos.

Os assistentes virtuais, ou chatbots, – ferramentas que utilizam inteligência artificial para interagir com o utilizador e realizar tarefas de forma autónoma - emergem, cada vez mais, como valiosos aliados no ecossistema educativo, oferecendo apoio à aprendizagem dos alunos sob a orientação e supervisão atenta dos professores. Desde a explicação de conceitos complexos até ao auxílio em tarefas específicas, estes modelos podem desempenhar um papel importante, permitindo que os alunos personalizem e reforcem a sua experiência de aprendizagem. Parte superior do formulário

Estes assistentes virtuais podem desempenhar um papel importante no apoio à aprendizagem dos alunos, sob a supervisão dos professores[1], por exemplo em:

  1. Explicação de conceitos complexos: os alunos podem recorrer aos assistentes virtuais para obter explicações claras e detalhadas sobre conceitos complexos em matemática, ciências, línguas e outras disciplinas. Por exemplo, o assistente virtual pode explicar fórmulas matemáticas, princípios científicos ou regras gramaticais.

  2. Auxílio em tarefas e exercícios: os alunos podem solicitar ajuda ao assistente virtual para esclarecer dúvidas em exercícios específicos ou tarefas escolares. O modelo pode oferecer orientação passo a passo, sugerir abordagens para a resolução de problemas e fornecer exemplos práticos.

  3. Prática de línguas estrangeiras: o assistente virtual pode servir como um parceiro de prática para os alunos que querem melhorar as suas competências em línguas estrangeiras. Os alunos podem realizar conversas simuladas, pedir correções gramaticais e obter sugestões de vocabulário.

  4. Apoio na redação e compreensão de textos: os alunos podem recorrer ao assistente virtual para receberem sugestões de melhoria dos seus textos, dicas de escrita e esclarecimentos sobre a estrutura dos textos. Para além disso, o modelo pode criar resumos ou análises de textos complexos.

  5. Revisão de conteúdos: o assistente virtual pode ser utilizado para rever os conceitos aprendidos na sala de aula, esclarecendo dúvidas persistentes e fornecendo resumos de tópicos específicos.

Tal como foi referido no artigo anterior, já estão disponíveis no mercado várias plataformas de tutoria que tiram partido das tecnologias de IA. Contudo, as escolas podem começar a usar, com a devida precaução, as plataformas que disponibilizam assistentes virtuais  de forma gratuita, nomeadamente:

  1. ChatGPT (desenvolvido pela OpenAI): modelo de linguagem baseado em inteligência artificial que utiliza a aprendizagem de máquina para a compreensão e a criação de linguagem natural em respostas a perguntas e diálogos;

  2. Gemini (desenvolvido pela Google) ferramenta de escrita alimentada por IA projetada para auxiliar na criação de ideias e conteúdos de forma criativa e eficaz;

  3. Copilot (desenvolvido pela Microsotf): assistente digital baseado em IA que oferece suporte personalizado em diversas tarefas e atividades, visando aumentar a produtividade dos utilizadores.

Para usar estes assistentes virtuais, devemos usar comandos, os chamados prompts, que guiam os assistentes na realização da tarefa que lhes solicitamos, seja responder a uma pergunta, criar um texto ou apoiar na resolução de um problema.

Os prompts, para serem eficazes e responderem às necessidades dos alunos, devem ser[2]:

  1. Contextualizados: deve ser definido o cenário no qual o chatbot vai ser utilizado, especificando claramente o contexto (por exemplo, aula de Português de 7º ano sobre o texto de opinião), o papel a assumir (por exemplo, tutor de português que apoia um aluno de 12 anos com dificuldades ao nível da leitura e da escrita) e as competências a dominar (por exemplo, características de um texto de opinião);

  2. Específicos: é essencial que as instruções sejam claras e detalhadas, evitando ambiguidades e garantindo que as informações sejam precisas e diretas (por exemplo, explica-me de forma detalhada e com exemplos concretos quais são as características de um texto de opinião);

  3. Simples: deve utilizar uma linguagem simples e acessível, evitando o uso de termos técnicos desnecessários;

  4. Estruturados: é fundamental dizer qual o produto final que se pretende, nomeadamente, o formato, o público-alvo e outras informações específicas relevantes para cada caso (por exemplo, cria uma série de 5 perguntas sobre as características dos textos de opinião em que eu possa testar os meus conhecimentos e corrige-me os erros, explicando-me porque errei).

Para obter melhores resultados, deve fornecer  feedback ao longo da interação com o assistente virtual, para que ele possa ir adequando a sua resposta às necessidades de cada um (por exemplo, não percebi o que disseste; os exemplos são demasiado complexos, têm de ser mais simples).

Os assistentes virtuais podem ser ferramentas valiosas para a aprendizagem, no entanto, à medida que abraçamos os benefícios, é igualmente crucial que os alunos desenvolvam uma compreensão crítica dos riscos associados à IA. Questões como a privacidade, o viés algorítmico e a potencial dependência da tecnologia devem ser abordadas. Capacitar os alunos para avaliar de forma crítica as informações geradas pela IA, compreender o funcionamento dos algoritmos e reconhecer potenciais desafios éticos torna-se fundamental.

Neste contexto, a biblioteca escolar desempenha um papel fundamental ao preparar os alunos para uma utilização mais consciente e responsável da tecnologia, desenvolvendo as competências necessárias para enfrentar desafios éticos e sociais. A biblioteca deve apoiar a formação dos alunos na utilização segura da IA, destacando as limitações desta tecnologia. Os alunos devem compreender as suas restrições, reconhecendo a importância da verificação humana e compreendendo as suas limitações contextuais. Ao promover uma compreensão equilibrada dos benefícios, riscos e limitações da IA, estamos a preparar os alunos para um tempo em que a tecnologia é uma aliada e não uma força desconhecida.

📷 Imagem criada com IA: Copilot

Notas:

[1] No próximo artigo, debruçar-nos-emos sobre o papel que a IA pode ter no apoio aos professores e apresentaremos propostas concretas de utilização da IA.

[2] Já existem várias bibliotecas de prompts, que poderão ser utilizadas pelos professores, como por exemplo https://www.aiforeducation.io/prompt-library

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Veja também - Série: A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares

 

Uma resposta estratégica aos desafios da aprendizagem

(Blogue RBE, Qua | 14.02.24)

 

 

Desafios e Oportunidades

 (Blogue RBE, Qui | 07.12.23)

 

 

Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas

(Blogue RBE, Qua | 10.01.24)

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Cultura. Futuro. Objetivo

20 de Fevereiro de 2024, 09:00

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 1. A importância da cultura e o papel das bibliotecas

Na 4.ª Cimeira Mundial da Cultura da UCLG introduziu-se o conceito de cultura circular, que reconhece que a cultura estabelece a “harmonia com a natureza, com o passado, harmonia uns com os outros e harmonia com a mudança” e no seu relatório afirma: “A cultura é a argamassa que mantém tudo unido, a seiva da vida. Por isso, não só a arte, mas também a ciência, a política, o desporto e todos os aspetos da vida assentam nos ombros da cultura. (…) O progresso desprovido de cultura dá poder e glorifica a mente egoísta-patriarcal” [2] – a cultura tem a capacidade de expressar as diferenças de cada um e se dirigir a todos e é campo de encontro e de diálogo democrático de todas as pessoas e lugares.

A cultura e a criatividade têm o poder de transmitir valores, transformar mentalidades e mobilizar, tendo um papel essencial na efetivação dos direitos humanos e dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Durante a crise Covid-19 experienciou-se a importância da cultura e reforçou-se a consciência da necessidade de transformação de todos os setores e nos últimos anos registou-se um crescente reconhecimento dos governos sobre o papel da cultura no desenvolvimento sustentável [3].

Na conferência mundial sobre políticas culturais, Mondiacult 2022 a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) reconhece a cultura um “bem público mundial” e afirma a necessidade de expandir os direitos culturais (Artigo 27.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos), que estão na base das políticas culturais. Apoia a defesa de um objetivo global específico/ODS da cultura para a Agenda pós-2030 da ONU.

As bibliotecas escolares são parceiras na promoção da capacitação e na oferta de atividades nas áreas da cultura e do desenvolvimento sustentável, pois seguindo o Quadro estratégico da Rede de Bbiliotecas Escolares (p.47), implementam "práticas que impulsionem o desenvolvimento da sensibilidade e da criação estética e cultural, alicerçada na apreensão e valorização do património comum da humanidade". A ligação das bibliotecas à cultura permite que a sua abordagem do currículo tenha um caráter livre, interdisciplinar e inclusivo. 

  • Como é que a biblioteca escolar desenvolve, de forma significativa, sustentável e eficaz, a cultura local?

  • Qual é o papel dos jovens na cultura local?

  • Quais são os seus parceiros, atividades e indicadores com que avalia/monitoriza e faz advocacia dos progressos no setor?

  • A sua estratégia é representativa dos diversos atores e públicos locais?

2. A Cimeira da Cultura 2023 da CGLU

Dando continuidade aos objetivos da Mondialcult 2022, a 5.ª Cimeira da Cultura da CGLU (United Cities and Local Governments), realizada entre 28 de novembro e 1 de dezembro de 2023, em Dublin, Irlanda, designa-se Cultura. Futuro. Objetivo. Atuamos trazendo as visões locais para as mesas globais/Culture, Future, Goal. We Act by Bringing the Local Visions to the Global Tables.

De acordo com o seu documento de referência [4], a Cimeira promove:

- A capacitação, a partilha e o debate sobre o papel da cultura no desenvolvimento sustentável e sobre políticas e ações culturais locais, inovadoras e eficazes, reforçando redes entre cidades e governos locais;

- A criação de um objetivo específico para a cultura na agenda pós-2030 das Nações Unidas, tendo debatido o seu conteúdo e as medidas necessárias para persuadir as partes interessadas e influenciar as decisões para o futuro da cultura, que serão adotadas na Cimeira do Futuro.

Abordou os seguintes temas:

- Um ODS para a cultura;

- Cultura em ligação às pessoas e às comunidades - direitos culturais;

- Cultura em ligação ao desenvolvimento sustentável, designadamente, igualdade de género e desigualdades sociais, alterações climáticas, bem-estar e saúde, acessibilidade, turismo sustentável e informação e media (UCLG, 2023, p. 5).

Estes temas estabelecem a estrutura comum da cultura na perspetiva das cidades sustentáveis e inscrevem-se na campanha #Culture2030goal [5].

A IFLA é membro fundador da campanha Culture2030Goal, apelando à ONU que corrija o erro da Agenda 2030 que não contempla um ODS e um pilar para a cultura. Participou na Cimeira defendendo “que os governos locais encarassem as bibliotecas como parceiros na promoção do desenvolvimento em todos os domínios” e sublinhando “a importância de construir competências e curiosidade” junto das pessoas e comunidades [6]. Assinou um Memorando de Entendimento que afirma o compromisso das bibliotecas para o desenvolvimento local inclusivo e sustentável.

Há evidências sobre a importância da cultura para a governação local e as cidades. No webinar organizado pela IFLA, Culture2030Goal (23 de janeiro de 2024) apresentam-se estatísticas que mostram que a cultura é muito mais referida nos relatórios locais voluntários dos ODS do que nos nacionais [7]. As cidades lideram o reconhecimento da necessidade absoluta da cultura para o desenvolvimento sustentável, promovendo políticas públicas, práticas e experiências locais sólidas.

3. A CGLU, documentos e exemplos de atividades

A CGLU é uma voz internacional defensora da ligação indissociável entre cidadania, cultura e desenvolvimento sustentável e da cooperação entre governos locais e a Cimeira é o “principal ponto de encontro a nível mundial de cidades, governos locais e organizações que estão empenhadas na implementação efetiva de políticas e de programas sobre cultura e sustentabilidade”.

O documento de referência da 5.ª Cimeira [4] apresenta o percurso da CGLU, referindo publicações que disponibilizam versão em português e em muitos outros idiomas:

- Em 2004 adota a Agenda 21 para a cultura, declaração sobre “a relação entre as políticas culturais locais e os direitos humanos, a governação, o desenvolvimento sustentável, a democracia participativa e a paz”;

- Em 2010 aprova Cultura: Quarto Pilar do Desenvolvimento Sustentável que “apela às cidades e aos governos locais e regionais de todo o mundo para

(a) desenvolverem uma política cultural sólida e

(b) incluírem uma dimensão cultural em todas as políticas públicas”.

- Em 2015 lança Ações Culturais 21, que propõe 100 ações/compromissos, realizáveis e mensuráveis, no âmbito da cultura e do desenvolvimento sustentável das cidades.

Exemplo de ações: estabelecer “um número mínimo de bibliotecas/livros por habitante” (p. 18), bibliotecas disponibilizarem informação sobre direitos culturais e serviços [e atividades] públicos no setor e adotar uma estratégia local que associe a política educativa à política cultural, valorizando os recursos culturais locais e criando uma plataforma em linha que associa os agentes públicos e privados destes setores [8].

- Em 2018 publica A Cultura nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Um Guia para a Ação Local no qual indica porque é que a cultura é importante para cada um dos ODS, apresentando exemplos.

- Posteriormente, lança uma base de dados com quase 300 boas práticas de todo o mundo pesquisáveis por palavras-chave, ODS e os 9 Compromissos da Cultura 21. Portugal está representado com iniciativas como a Galeria de Arte Urbana da Quinta do Mocho, em Loures, visitas guiadas por ferroviários ao museu A Estação de Pinhal Novo, em Palmela e o Concurso da Sardinha, em Lisboa [9].

Esta base de dados destaca o papel das bibliotecas no desenvolvimento sustentável inclusivo local. Por exemplo, as boas práticas de Monterreal desenvolvem-se com as bibliotecas e uma delas refere: “uma biblioteca do século XXI é mais do que um mero local de acesso à informação. É um projeto social e um ‘terceiro lugar’ para as pessoas viverem na sociedade, onde o primeiro e o segundo são a casa e o trabalho ou a escola” [10].

- Em 2023 na sua contribuição para o Pacto do Futuro das Nações Unidas diz que é preciso reforçar o papel dos jovens no setor e que a cultura é “um meio de ajudar o mundo a imaginar futuros diferentes [e necessários] de forma mais eficaz e a dar um verdadeiro valor aos interesses das gerações futuras” [11].

 

Outras fontes:

Referências

  1. (2023). 5th UCLG Culture Summit: Dublin 2023. https://www.agenda21culture.net/summit/uclg-culture-summit-2023
  2. (2021). Culture: Shaping the Future: Final Report. https://agenda21culture.net/sites/default/files/uclgculturesummit_izmir_finalreport_en.pdf
  3. Culture 2030 Goal Campaign. (2023). Recognition of the role of culture in development. https://culture2030goal.net/resources
  4. (2023). UCLG Culture Summit: Culture. Future. Goal. We Act to Bring Local Visions to Global Tables (p. 4). https://agenda21culture.net/sites/default/files/dublin2023_background_def_en.pdf
  5. Culture 2030 Goal campaign. #CULTURA2030GOAL. https://culture2030goal.net/
  6. (2023). Building momentum towards a culture goal. https://www.ifla.org/news/building-momentum-towards-a-culture-goal-ifla-at-the-uclg-culture-summit-2023/
  7. (2024). Culture2030Goal - Looking Ahead. https://www.youtube.com/watch?v=uzUF34dXvOI
  8. Culture 21. Agenda 21 da cultura. (2015). Cultura 21: Ações (pp. 32 e 22). https://www.agenda21culture.net/documents/culture-21-actions
  9. (s.d.). Good Practices: Quinta do Mocho Public Art Gallery. https://www.obs.agenda21culture.net/en/good-practices/quinta-do-mocho-public-art-gallery
  1. (s.d.). Modern 21st Century Libraries in Montreal. https://www.obs.agenda21culture.net/en/good-practices/modern-21st-century-libraries-montreal
  2. Culture 2030 Goal campaign. (2023). UN pact for the future. https://culture2030goal.net/sites/default/files/2023-12/EN_culture2030goal_December2023_Inputs%20UN%20PACT_0.pdf
  3. (2021). Culture: Shaping the Future: Final Report. https://agenda21culture.net/sites/default/files/uclgculturesummit_izmir_finalreport_en.pdf
  4. 📷 [1]

 

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HOLOCAUSTO, através do olhar sensível da criança

19 de Fevereiro de 2024, 09:00

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Desde 2005, a 27 de janeiro assinala-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, cujo principal objetivo é não deixar cair em esquecimento o genocídio perpetrado pelos Nazis e colaboracionistas durante a Segunda Guerra Mundial, pois

“Não podemos mudar a história, mas as lições da história podem mudar-nos a nós” [1]

e podemos moldar o futuro no presente, educando para combater todo e qualquer tipo de intolerância e para promover a paz.

Foi com essa certeza que, partindo do Projeto Cultural de Escola - “Rasgos de Emoção”-, foi desenvolvido um projeto multidisciplinar na Escola Básica de Santa Catarina, Caldas da Rainha,  que procurou sensibilizar os alunos para a importância do respeito pelo Outro, da preservação da memória e da prevenção do antissemitismo, do racismo e de qualquer outra forma de discriminação, projeto esse de que resultou a exposição multissensorial “HOLOCAUSTO, através do olhar sensível da criança”.

A exposição, pensada e emocionalmente sentida por crianças e jovens dos 2.º e 3.º ciclos, agrega trabalhos multimodais realizados nas disciplinas de História, Cidadania e Desenvolvimento, Educação Visual e Educação Tecnológica, com a colaboração da equipa da biblioteca escolar e da artista residente, Amábile Bezinelli. Constituiu um ato de reflexão, consciencialização e valorização dos direitos humanos, numa perspetiva transformadora de mentalidades, contribuindo para a formação dos alunos enquanto cidadãos dignos, críticos e interventivos, capazes de agir ativa e conscientemente contra a agressão, o silêncio e a indiferença.

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Inicialmente, começou somente como um trabalho isolado, realizado com um grupo de alunos do 3.º ciclo, no âmbito de um  projeto Erasmus, cujo tema era "Não ao extremismo", de que resultou  a criação de um túnel representando a fuga das vítimas de perseguição pelo regime nazi e uma homenagem a Aristides de Sousa Mendes. Este trabalho suscitou a curiosidade nos alunos do 2.º ciclo e seguiu-se um conjunto de ações e iniciativas que originou uma exposição intensa e envolvente, que não deixa indiferente quem a visita. O desenvolvimento do projeto pode ser acompanhado por meio dos vídeos disponíveis em HOLOCAUSTO através do olhar sensível da criança   o processoVOZES DO HOLOCAUSTO.

A primeira inauguração da exposição fora de portas decorreu no contexto da Bienal Cultura e Educação #1 - Retrovisor: uma história de futuro, no âmbito do Plano Nacional das Artes e de todo o trabalho desenvolvido em articulação com a Biblioteca Escolar, tendo estado patente na Ermida do Espírito Santo, em Caldas da Rainha, entre 7 e 15 de maio de 2023. 

Nos dias 12 e 13 de outubro de 2023, a exposição representou mais uma vez a EB de Santa Catarina numa mostra de trabalhos, que se realizou no Parque D. Carlos I, no âmbito do PNA-TE | Mostra Territorial do Plano Nacional das Artes. (Mostra Coletiva dos Projetos Artísticos) As reações que alguns dos visitantes deixaram registadas no livro de visitas são assaz esclarecedoras do poder e impacto desta exposição, conforme podemos comprovar no vídeo da primeira exposição itinerante.

Neste ano letivo, a pedido da Comissão de Pais de Santa Catarina, a exposição retomou a sua itinerância, tendo estado patente no Solar de Santa Catarina nos dias 27 e 28 de janeiro de 2024. (Aconteceu em Sta Catarina)Foi também requisitada para o Espaço AbraçAr-Te, na Mata do Porto Mouro, em data a definir.

A exposição reúne trabalhos em vários formatos, oferecendo uma experiência multissensorial que contribuiu para a formação de todos os envolvidos na sua consecução e, ainda, para a de todos os que têm tido a oportunidade de visitar as sucessivas exposições em locais distintos, estrategicamente selecionados, guiados por alguns dos alunos e professores envolvidos na sua criação.

O sucesso da exposição deve-se, em grande parte, ao facto de proporcionar aos alunos e visitantes uma experiência imersiva e interativa, que estimula os seus sentidos, as suas emoções e o seu pensamento crítico face a um acontecimento histórico que marcou a história da humanidade.

Sai-se, porém, desta exposição com a certeza de que o que originou o holocausto não está erradicado na sociedade atual, sendo fundamental a ação da Escola e a união de todos os setores da sociedade civil para defender os valores democráticos nos tempos conturbados que hoje vivemos.

[1] Declaração conjunta da Presidente von der Leyen, do Presidente Michel e do Presidente Sassoli por ocasião do 75.º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau (23 de janeiro de 2020). https://idi.mne.gov.pt/images/noticias/declaracaoConjuntaUE.pdf

 

 

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A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: uma resposta estratégica aos desafios da aprendizagem

14 de Fevereiro de 2024, 09:00

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Nos dois primeiros artigos da série “A inteligência artificial (IA) nas bibliotecas escolares”, explorámos as oportunidades criadas pela IA e apresentámos propostas de integração da IA nos Planos de Ação de Desenvolvimento Digital das Escolas, com o apoio da biblioteca. Hoje, abordaremos as questões relacionadas com os desafios que a IA coloca à aprendizagem.

A rápida evolução da inteligência artificial tem desencadeado transformações profundas no cenário educativo, moldando a experiência dos alunos. Este artigo reflete sobre a necessidade de estabelecer diretrizes claras, éticas e transparentes para a utilização da IA em contexto educativo e apresenta propostas de utilização com os alunos.

A biblioteca escolar desempenha um papel fulcral neste novo paradigma, não apenas disponibilizando recursos e ferramentas que auxiliam os alunos, mas também impulsionando a experimentação e a disseminação de práticas inovadoras que promovem um ambiente educativo estimulante e inclusivo.

Criação de uma Política de Escola para a utilização responsável da inteligência artificial

A definição de uma política de utilização da inteligência artificial em contexto educativo é fundamental para orientar a sua integração eficiente e ética e estabelecer os princípios fundamentais para a segurança, privacidade e equidade no uso da IA.

Este assunto foi abordado no artigo A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas e articula-se com os Planos de Ação de Desenvolvimento Digital dos Agrupamentos. Ao abordar questões éticas, definir responsabilidades e estabelecer diretrizes claras para a implementação da IA em contexto educativo, as escolas asseguram que esta tecnologia seja uma ferramenta eficaz para melhorar o ensino e a aprendizagem, mantendo um compromisso sólido com o bem-estar dos estudantes e a integridade educativa. Uma política de utilização da IA não só promove a transparência e a responsabilidade, mas também fomenta a confiança da comunidade educativa na adoção desta inovação, contribuindo assim para o desenvolvimento de um ambiente educativo tecnologicamente avançado e ético.

A biblioteca escolar, enquanto espaço de informação, partilha e promoção das diferentes literacias, desempenha um papel crucial no apoio à definição desta política de utilização da IA nas escolas, contribuindo para uma implementação consciente e ética.

A transformação da experiência de aprendizagem com a inteligência artificial

A integração da IA em educação tem tido um impacto significativo nas experiências de aprendizagem, um pouco por todo o mundo. A IA pode desempenhar um papel importante no apoio aos alunos, através da criação de experiências práticas e interativas, adequadas ao perfil e necessidades de cada estudante.

De facto, a IA, pode ser uma verdadeira ferramenta de aprendizagem, pois permite a personalização e adaptação ao ritmo individual de cada aluno. As plataformas de gestão de aprendizagem (LMS - Learning Management System), amplamente adotadas em escolas, como Google Classroom, Teams ou Moodle, utilizam algoritmos de IA para fornecer sugestões personalizadas de conteúdos, atividades e avaliações, tendo em conta o desempenho e as preferências de aprendizagem de cada aluno.

Para além disso, há inúmeros sistemas de tutoria baseados em IA que oferecem apoio individualizado, identificando lacunas no conhecimento e adaptando os materiais de ensino às necessidades específicas de cada estudante [1]. A evolução deste tipo de tecnologia é tão rápida que diariamente surgem novas ferramentas e plataformas. As escolas devem, por isso, fazer uma análise cuidadosa das opções disponíveis no mercado, tendo em conta os objetivos que querem alcançar.

Para apoiar esta análise, apresentamos abaixo algumas das funcionalidades que devem estar disponíveis neste tipo de plataformas.

  1. Aprendizagem personalizada: ferramentas que utilizam algoritmos para ajustar os conteúdos com base no desempenho individual dos alunos. Esta funcionalidade permite personalizar o plano de estudos, reforçando conceitos mais desafiadores e adaptando-se ao ritmo de aprendizagem de cada aluno.

  2. Feedback imediato: ferramentas que disponibilizam feedback instantâneo sobre o desempenho dos alunos. Este recurso permite a correção imediata de erros e a avaliação do progresso pelos alunos, durante o processo de aprendizagem.

  3. Personalização do plano de estudos: ferramentas que adaptam os planos de estudos com base nas metas e preferências de aprendizagem dos alunos, sugerindo atividades específicas e adaptando-se às necessidades individuais de cada um.

  4. Exercícios interativos: disponibilização de uma variedade de exercícios, como por exemplo questionários, simulações, jogos educativos, laboratórios virtuais, mapas conceptuais, puzzles, quebra-cabeças interativos, simulações de cenários.

  5. Recompensas e gamificação: ferramentas que integram elementos de gamificação, como recompensas virtuais, conquistas e níveis. Estes incentivos tornam o processo de aprendizagem mais envolvente, encorajando os alunos a alcançarem metas e a superarem desafios.

  6. Funcionalidades de interação social: ferramentas que oferecem funcionalidades como fóruns de discussão e grupos de estudo. Essa abordagem cria uma comunidade de aprendizagem, permitindo a troca de conhecimentos e experiências entre os participantes.

  7. Acesso multiplataforma: ferramentas que estão disponíveis em diversas plataformas, incluindo dispositivos móveis. Essa flexibilidade de acesso permite que os alunos aprendam ao seu próprio ritmo.

 

Ao incorporar estas funcionalidades, as ferramentas de tutoria proporcionam aos alunos uma experiência de aprendizagem eficaz, personalizada e envolvente, adaptando-se às diferentes disciplinas e contextos educativos.

No próximo artigo, ainda dedicado aos desafios que a IA coloca à aprendizagem, serão apresentados exemplos de assistentes virtuais gratuitos que podem apoiar o processo de aprendizagem e ser utilizados em contexto de sala de aula pelos alunos. Estes assistentes, para além do apoio individualizado, permitem a personalização da aprendizagem e oferecem acesso a recursos interativos.

Nota

[1] Todos os dias surgem novas plataformas e ferramentas. As plataformas Khan Academy e Duolingo são das mais conhecidas. A Khan Academy desenvolveu um assistente virtual impulsionado por IA - Khanmigo - que funciona como um tutor personalizado, apoiando os alunos no processo de aprendizagem. O Duolingo é uma plataforma de aprendizagem de idiomas online que utiliza métodos interativos e gamificação para envolver os alunos, funcionando como um tutor virtual.

📷criada com IA (Adobe Firefly).

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Veja também - Série: A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares

 

Desafios e Oportunidades

 (Blogue RBE, Qui | 07.12.23)

 

 

Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas

(Blogue RBE, Qua | 10.01.24)

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Architect Breaks Down the Design Of Four Iconic New York City Museums: the Met, MoMA, Guggenheim & Frick

Por Colin Marshall — 16 de Fevereiro de 2024, 10:00

Context may not count for everything in art. But as underscored by everyone from Marcel Duchamp (or Elsa von Freytag-Loringhoven) to the journalists who occasionally convince virtuoso musicians to busk in dingy public spaces, it certainly counts for something. Whether or not you believe that works of art retain the same essential value no matter where they’re beheld, some environments are surely more conducive to appreciation than others. The question of just which design elements make the difference has occupied museum architects for centuries, and in New York City alone, you can directly experience more than 200 years of bold exercises and experiments in the form.

In the Architectural Digest video above, architect Michael Wyetzner (previously featured here on Open Culture for his exegeses of New York’s apartments, bridges, and subway stations, as well as Central Park and the Chrysler Building) uses his expert knowledge to reveal the design choices that have gone into the Metropolitan Museum of Art, the Museum of Modern Art, the Solomon R. Guggenheim Museum, and the Frick Collection. No two of these famous art institutions were conceived in quite the same period, none look or feel quite the same as the others, and we can be reasonably sure that no single piece of art would look quite the same if it were moved between any of them.

Occupying five blocks of Central Park, MoMA is less a building than a collection of buildings — each added at a different time, in a style of that time — and indeed, less a collection of buildings than “a city unto itself,” as Wyetzner puts it.  (No wonder Claudia and Jamie Kincaid could run away from home and go unnoticed living in it.) The comparatively modest MoMA has also grown addition-by-addition, beginning with a “stripped-down form of modernism” that stood well out on the West 53rd street of the late thirties. It opened as the first of the many “clean white boxes” that would appear across the country — and later the world — to show the art of the twentieth and twenty-first centuries.

The original MoMA building remains striking today, but it’s now flanked by expansions from the hands of Philip Johnson, Cesar Pelli, Yoshio Taniguchi, and Jean Nouvel. Much less likely to have anything attached to it is the Guggenheim, with its instantly recognizable spiral design by Frank Lloyd Wright. Based on an idea by Le Corbusier, its narrow atrium-wrapping galleries do present certain difficulties for the proper display of large-scale artworks. Wyetzner also mentions the oft-heard criticism of Wright’s having “created a monument to himself — but it’s one hell of a monument.”

Last comes “the original building for the Whitney Museum of American Art, which later became the Met Breuer, which now has become the Frick. Who knows what it’ll become next.” The second of its names refers to its architect, the Bauhaus-trained Marcel Breuer (he of the Wassily chair), whose muscular design “slices off” the museum from the brownstone neighborhood that surrounds it. With its “open, loft-like spaces,” it provides a context meant for the art of its time, much as the Met, MoMA, and the Guggenheim do for the art of theirs. But all these institutions have succeeded just as much by carving out contexts of their own in the open-air museum of architecture and urbanism that is New York City.

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Based in Seoul, Colin Marshall writes and broadcasts on cities, language, and culture. His projects include the Substack newsletter Books on Cities, the book The Stateless City: a Walk through 21st-Century Los Angeles and the video series The City in Cinema. Follow him on Twitter at @colinmarshall or on Facebook.

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The $25,000 Turntable Designed by Brian Eno That Glows in Different Colors as It Plays

Por Colin Marshall — 15 de Fevereiro de 2024, 10:00

When we think of Brian Eno’s work, we first think of his records. These include not just his own classics of “ambient music” — a term he popularized — like Discreet Music and Music for Airports, but also the albums he’s produced: Devo’s Q. Are We Not Men? A: We Are Devo!, Talking Heads’ Remain in Light, U2’s The Joshua Tree, David Bowie’s Outside. Yet even before he got into music, Eno was painting, and in some sense, he’s never stopped. He was describing his work with sound as the creation of “imaginary landscapes” even in the nineteen-eighties; in this century, he’s continued to put out records while creating ever-more-high-profile works of a more visual nature, from installations to apps.

A few years ago, Eno even got into the business of functional sculpture, designing a turntable that emanates LED light of various, gradually shifting colors while it plays records. “The light from it was tangible as if caught in a cloud of vapor,” said Eno about his early experience with the finished product, quoted at designboom upon the announcement of its limited production run in 2021.

“We sat watching for ages, transfixed by this totally new experience of light as a physical presence.” Now comes the sequel, Eno’s Turntable II, which will be produced in equally restricted numbers.  “Those who can afford one of the 150 limited units also receive the musician’s signature and edition number engraved on the side of the neon turntable’s base,” says designboom.

Eno’s turntable design recently drew attention as the inspiration for U2’s stage set during their residency at Las Vegas’ brazen new venue The Sphere. In the home, it serves multiple functions: “When it doesn’t have to do anything in particular, like play a record, it is a sculpture,” Eno says, “and when it’s in action, it’s a generative artwork. Several overlapping light cycles will keep producing different color balances and blends — and different shadow formations that slowly evolve and never exactly repeat.” Die-hard fans who know how long Eno has been following this artistic and intellectual thread may consider Turntable II’s £20,000 (or more than $25,000 USD) price tag almost reasonable. And next to the $60,000 Linn Sondek LP12 Jony Ive redesigned last year, it’s practically a bargain.

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Ten of the Most Expensive Arts & Art Supplies in the Worlds: Japanese Bonsai Scissors & Calligraphy Brushes, Tunisian Dye Made from Snails and More

Por Colin Marshall — 12 de Fevereiro de 2024, 09:00

A few years ago, we featured a $32,000 pair of bonsai scissors here on Open Culture. More recently, their maker Yasuhiro Hiraka appeared in the Business Insider video above, a detailed 80-minute introduction to ten of the most expensive arts and art supplies around the world. It will come as no surprise that things Japanese figure in it prominently and more than once. In fact, the video begins in Nara Prefecture, “where for over 450 years, the company Kobaien, has been making some of the world’s most sought-after calligraphy ink” — the sumi you may know from the classical Japanese art form sumi‑e.

But even the most painstakingly produced and expensively acquired ink in the world is no use without  brushes. In search of the finest examples of those, the video’s next segment takes us to another part of Japan, Hiroshima Prefecture, where an artisan named Yoshiyuki Hata runs a workshop dedicated to the “no-compromise craftsmanship” of calligraphy brushes. One of his top-of-the-line models, made with rigorously hand-selected goat hair, could cost the equivalent of $27,000 — but for an equally uncompromising master calligrapher, money seems to be no object.

However dedicated its craftsmen and practitioners, by no means does the Land of the Rising Sun have a monopoly on expensive art supplies. This video also includes Tyrian purple dye made in Tunisia the old-fashioned way — indeed, the ancient way — by extracting the glands of murex snails; the sơn mài lacquer painting unique to Vietnam that requires toxic tree resin; long-lasting ultra-high-quality oil paints rich with rare pigments like cobalt blue; and Kolinsky’s Series 7 sable watercolor brush, which is made from hairs from the tails of Siberian weasels, and whose process of production has remained the same since it was first created for Queen Victoria in 1866.

This world tour also comes around to non-traditional art forms and tools. One operation in Ohio turns the muck of industrial pollution — “acid mine drainage,” to get technical — into pigments that can make vivid paints. The stratospheric prices commanded by certain works of “modern art,” broadly considered, have long inspired satire, but here we get a closer examination of the connection between the nature of the work and the cost of purchasing it. “What looks simple can be the culmination of a lifetime’s work,” one example of which is Kazmir Malevich’s Black Square, “the result of twenty years of simplification and development.” If you don’t know anything about that painting, it will seem to have no value; by the same token, if you don’t know anything about those $32,000 bonsai scissors, you’ll probably use them to open Amazon boxes.

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A Cultural Tour of Istanbul, Where the Art and History of Three Great Empires Come Together

Por Colin Marshall — 7 de Fevereiro de 2024, 09:00

Imagine a grand tour of European museums, and a fair few destinations come right to mind: the Rijksmuseum, the Prado, the Uffizi Gallery, the Louvre. These institutions alone could take years to experience fully, but it would be an incomplete journey that didn’t venture farther east — much farther east, in the view of Great Art Explained creator James Payne. In his latest Great Art Cities video, he makes the case for Istanbul, adducing such both artistically and historically rich sites as the İstanbul Archaeological Museum, the Basilica Cistern, the Zeyrek Çinili Hamam, Istanbul Modern, and of course — as previously featured here on Open Culture — the unignorable Hagia Sophia.

Payne introduces Istanbul as having been “the capital of three great empires, Roman, Byzantine, and Ottoman.” In the continent-straddling metropolis as it is today, “both ancient and modern art blend elements from Europe, Asia, and the Middle East, reflecting its geographical and historical positioning as a bridge between the East and the West.”

The works on display in the city constitute “a visual embodiment of its complex history,” from the Hellenistic to the Roman to the Islamic to the styles and media of the twentieth and twenty-first centuries, with all of which “modern-day Turkey is now creating its own artistic legacy.”

That legacy is also deeply rooted in the past. Visit the Archaeological Museum and you can see the Alexander Sarcophagus from the fourth century BC, whose astonishingly detailed carvings include “the only existing depiction of Alexander the Great created during his lifetime.” The underground Basilica Cistern, built in the sixth century, counts as much as a large-scale work of Byzantine art as it does a large-scale work of Byzantine engineering. From there, it’s a short tram ride on the Galata Bridge across the Golden Horn to the brand-new, Renzo Piano-designed Istanbul Modern, which has paintings by Cihat Burak, Fahrelnissa Zeid, Bedri Baykam. You may not know those names now, but if you view their work in the unique cultural context of Istanbul — in which so many eras and civilizations are manifest — you’ll never forget them.

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Oficina de desenho no Teatro-Cine de Pombal

Por Miguel Horta — 4 de Fevereiro de 2024, 21:38

 


Este Sábado à tarde, no Cineteatro de Pombal, teve lugar mais uma oficina de desenho “Tenho uma pedra”, realizada no âmbito da minha exposição itinerante de desenho. Foram quase duas horas de desenho tranquilo com um grupo muito diverso de gente (alguns Amigos!) que experimentou os meus materiais livremente. O resultado foi bastante bom; nem senti o tempo passar. Depois foi a vez de fazer uma visita guiada a um belo grupo de amigos. Para a semana, dias 7 e 8de Fevereiro, começam as oficinas dedicadas a público escolar.



As pedras seguem para a Biblioteca Municipal de Torres Vedras, também 
com um programa de oficinas. A inauguração será no dia 15 de Março.

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A minissérie da Netflix que é um deleite para os apaixonados pela mente humana

Por CONTI outra — 10 de Fevereiro de 2024, 22:11

“Alias Grace”, a minissérie baseada no romance homônimo de Margaret Atwood, mergulha nas profundezas do psicológico humano de uma forma cativante e perturbadora. Ambientada no século XIX, a trama acompanha a história de Grace Marks, uma jovem imigrante irlandesa condenada pelo assassinato de seu empregador e sua governanta.

A minisérie retrata a mente de Grace com uma delicadeza e complexidade impressionantes, explorando os recantos sombrios de sua psique fragmentada. Desde o início, somos confrontados com a ambiguidade de Grace: é ela uma vítima inocente ou uma manipuladora astuta? Esta dualidade é habilmente apresentada, deixando os espectadores imersos em um jogo de perspectivas e questionamentos sobre a verdade.

A relação entre Grace e o psiquiatra Dr. Simon Jordan é o ponto central do aspecto psicológico da série. Através das sessões de terapia, somos levados a um labirinto de memórias fragmentadas, traumas e autoengano. A interação entre os dois personagens revela camadas profundas de psicologia humana, destacando temas como memória reprimida, identidade e a natureza da verdade.

Além disso, a série aborda questões sociais e de gênero que têm um impacto direto na psique dos personagens. A posição marginalizada de Grace como imigrante e mulher pobre influencia diretamente sua percepção de si mesma e do mundo ao seu redor. A exploração desses temas adiciona uma camada adicional de complexidade psicológica à narrativa, enriquecendo ainda mais a experiência do espectador.

A atmosfera sombria e opressiva da série contribui para a imersão no mundo psicológico de Grace. A fotografia e a direção habilmente criam uma sensação de claustrofobia e tensão, refletindo o turbilhão emocional dos personagens. Cada detalhe, desde os cenários até os figurinos, é meticulosamente trabalhado para evocar a época e o estado de espírito dos personagens, aprofundando ainda mais a experiência psicológica da série.

Em suma, “Alias Grace” é uma obra-prima do drama psicológico que mergulha nas profundezas da mente humana de uma forma envolvente e provocativa. Com performances soberbas, uma narrativa intrincada e uma atmosfera envolvente, a série oferece uma exploração fascinante do psicológico humano.

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Situaciones de aprendizaje, banco de rúbricas, experiencias de aula y mucho más en CEDEC

Por Manu Velasco — 30 de Janeiro de 2024, 23:00


En la página web del CEDEC podemos encontrar fantásticos recursos para el aula:

- Situaciones de aprendizaje

- Experiencias de aula 

- Banco de rúbricas 

- Infografías y artículos educativos 

- eXeLearning 

- Proyecto EDIA 

Disfruta de todos ellos en CEDEC INTEF.


✇ AYUDA PARA MAESTROS

18 herramientas de Inteligencia Artificial que te sorprenderán

Por Manu Velasco — 22 de Janeiro de 2024, 23:00


1. Jasper: es herramienta con inteligencia artificial entrenada para escribir contenido completamente original a la vez que creativo. Se trata de una herramienta perfecta para aquellos usuarios que buscan ahorrar tiempo con sus proyectos sin que se vea afectado el nivel del contenido. Todo ello gracias a consultas con expertos en SEO y marketing de respuesta directa.

2. Artssy: es como tener tu propio asistente artístico personal. Crea imágenes únicas generadas por IA con un solo clic.

3. Runway: software para automatizar la edición de video y para generar contenido nuevo a partir de algoritmos y con solo con escribir una frase.

4. Fliki: crea vídeos a partir de guiones o de publicaciones de blog usando voces realistas.

5. Resemble: generador de voz que permite crear en segundos voces en off similares a las humanas.

6. Play.HT: permite convertir instantáneamente texto en voz con sonido natural y descargarlo como archivos de audio MP3 y WAV.

7. Frase: ayuda a investigar, escribir y optimizar contenido SEO de alta calidad en minutos.

8. Copy.AI: generador de texto automático en el que podrás crear textos de diversa índole en segundos gracias a la inteligencia artificial.

9. Articoolo: crea contenido de texto único en un instante.

10. Concured: es una plataforma estratégica de contenidos impulsada por inteligencia artificial para detectar y predecir qué va a causar mayor interacción o engagement con tu público objetivo.

11. Chat OpenAI: modelo de IA generadora de texto conversacional capaz de ejecutar múltiples tareas relativas a la generación de texto como crear textos, completarlos, traducirlos, responder preguntas, clasificar conceptos o ejecutar conversaciones, entre otras.

12. Midjourney: programa de inteligencia artificial con el cual podemos crear imágenes a partir de descripciones textuales.

13. Wombo: tiene una Inteligencia Artificial incorporada que genera dibujos en base a una frase que le escribamos.

14. Craiyon: generador de imágenes IA en línea a partir de texto.

15. Rytr: utiliza OpenAI/GPT-3, una tecnología de Inteligencia artificial que permite generar contenidos para diversos usos, en varios idiomas y con diversas intenciones.

16. Copymatic: escribe automáticamente textos o contenido únicos, atractivos y de alta calidad: publicaciones de blog largas, landing pages, anuncios digitales, etc.

17. Peppertype: solución que ayuda a automatizar el proceso de creación de contenido e ideas. Utiliza aprendizaje automático avanzado e inteligencia artificial para analizar procesos, interpretar marcas y público objetivo y producir contenido original para ti.

18. Desgnify: crea diseños automáticos usando tus fotos favoritas. Elige cualquier imagen para crear diseños impulsados ​​por IA mediante la eliminación automática de fondos, la mejora de colores, el ajuste de sombras inteligentes y mucho más. Guarda, descarga o comparte sus diseños.



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ChatGPT pode ajudar criação de armas biológicas? OpenAI responde

Por Pedro Spadoni — 2 de Fevereiro de 2024, 15:27

Quem pesquisou sobre armas biológicas no ChatGPT pago – cujo “motor” é o GPT-4 – teve “pequena vantagem” em relação a quem pesquisou sobre o assunto em mecanismos de busca da internet. Essa é a conclusão de um estudo conduzido pela OpenAI.

Para quem tem pressa:

  • Um estudo da OpenAI concluiu que usuários do ChatGPT têm “pequena vantagem” sobre quem pesquisou sobre armas biológicas usando mecanismos de busca convencionais;
  • O estudo foi conduzido pela equipe da OpenAI com intuito de avaliar os riscos e usos indevidos potenciais de seus modelos de inteligência artificial (IA), em resposta às preocupações de cientistas e legisladores;
  • O estudo envolveu 100 participantes – entre eles, especialistas e estudantes de biologia – divididos em dois grupos para comparar a eficácia do GPT-4 e da internet em tarefas relacionadas à fabricação de armas biológicas;
  • Apesar da vantagem modesta em precisão, usuários do GPT-4 produziram respostas mais detalhadas, e estudantes que acessaram o modelo quase equipararam a proficiência dos especialistas em certas tarefas.

A pesquisa foi realizada pela equipe da OpenAI, anunciada em outubro de 2023, com objetivo de avaliar os riscos e possíveis usos indevidos dos modelos de inteligência artificial (IA) da empresa.

Leia mais:

ChatGPT e armas biológicas

Imagem para ilustrar tutorial sobre o ChatGPT
(Imagem: Jonathan Kemper/Unsplash)

O estudo envolveu 100 participantes divididos em dois grupos: especialistas em biologia e estudantes com formação em biologia de nível universitário. Um grupo teve acesso ao GPT-4, enquanto o outro utilizou apenas a internet convencional para realizar cinco tarefas relacionadas à fabricação de armas biológicas.

Os resultados mostraram que o grupo que usou GPT-4 teve uma pontuação média de precisão ligeiramente superior nas tarefas. Por um lado, a pesquisa descreve a diferença como estatisticamente significa. Por outro, suas conclusões desafiam a ideia de que a inteligência artificial oferece uma grande vantagem nesse contexto.

No entanto, participantes que utilizaram GPT-4 produziram respostas mais detalhadas. E os estudantes que tiveram acesso ao modelo quase alcançaram o nível de proficiência dos especialistas em algumas tarefas, o que levanta questões sobre o potencial educativo da ferramenta.

A equipe da OpenAI responsável pelo estudo também explora o potencial de ameaças cibernéticas e a influência da IA na mudança de crenças. A ideia é entender e mitigar os riscos associados à tecnologia.

Pontos e contrapontos

Detalhe da página do ChatGPT
(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Apesar dos resultados do estudo minimizarem a vantagem fornecida pelo GPT-4 em comparação à internet convencional, críticos argumentam que a pesquisa interna da OpenAI subestima o impacto real do modelo de IA, treinado numa vasta quantidade de dados científicos e outras informações.

O estudo reconheceu que o ChatGPT forneceu uma vantagem “estatisticamente significativa” em termos de precisão total quando não ajustado por múltiplas comparações. Isso contradiz a interpretação inicial de que a IA oferece apenas um leve aumento na precisão e completude das respostas.

A pesquisa da OpenAI levanta o debate sobre o verdadeiro potencial das ferramentas de IA como ChatGPT, especialmente em campos sensíveis como a pesquisa de armas biológicas. Também destaca a importância de considerar as implicações éticas e de segurança ao desenvolver e aplicar essas tecnologias avançadas.

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Y cuando creíamos que teníamos todas las respuestas, vino la IA y nos cambió todas las preguntas…

Por Felicidad Campal — 12 de Janeiro de 2024, 06:46

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El uso de la IA Generativa en el cine documental

Por Rebeca Hernández — 10 de Janeiro de 2024, 05:30

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Tem conversado com os seus documentos ultimamente?

18 de Janeiro de 2024, 09:00

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Tenho falado frequentemente sobre o impacto da IA nos profissionais da informação e, até há pouco tempo, centrava-me sobretudo nas ferramentas de IA generativa de uso geral, como o ChatGPT e o Claude.ai, e nos chatbots de pesquisa, como o Google Bard e o Perplexity.ai. Sim, os chatbots de uso geral são ótimos para resumir texto e redigir correspondência comercial (veja, por exemplo, o que obtém quando lhe pede para escrever uma carta de um diretor de biblioteca a pedir um aumento de financiamento). E os chatbots de pesquisa fazem um bom trabalho ao agregar os principais resultados de pesquisa num resumo coeso.

No entanto, a minha perspetiva mudou quando me deparei com um novo conjunto de ferramentas de IA, incluindo o PDF.ai e o ChatDOC, que permitem carregar um documento e utilizar uma interface do tipo ChatGPT para fazer perguntas ao documento e obter respostas precisas, perspicazes e sensíveis ao contexto.

Por exemplo, pode carregar o registo anual 10-K de uma empresa junto da Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA e fazer-lhe perguntas como: "Em que é que esta empresa gastou mais dinheiro?" ou "Quanto dinheiro é que esta empresa ganhou com o seu produto mais vendido?". Se tiver um manual do utilizador de um produto ou um manual do trabalhador extenso, pode fazer-lhe uma pergunta sobre a sua situação ou problema específico e ser encaminhado para o local específico do documento que aborda o problema. Pode até pegar num trabalho de investigação e perguntar-lhe qual o aspeto mais interessante das conclusões.

A maior parte destas ferramentas que permitem uma interação dinâmica com os documentos estão disponíveis para um período de teste gratuito e depois custam menos de 30 dólares por mês. Naturalmente, a primeira pergunta que qualquer profissional da informação fará é o que acontece aos ficheiros que são carregados para qualquer uma destas ferramentas de IA: Se carregar um documento confidencial ou interno, este é guardado na plataforma ou utilizado para treinar o chatbot? Muitos dos serviços que investiguei afirmam que não retêm o documento no seu armazenamento na nuvem, embora possa querer consultar as políticas de privacidade específicas do seu serviço preferido.

Embora a possibilidade de ter uma interação dinâmica com um documento possa ser uma verdadeira poupança de tempo, uma bibliotecária catalogadora indicou recentemente uma utilização específica para estas ferramentas. Descreveu uma coleção especial de relatórios na sua biblioteca que não tinha sido adequadamente catalogada e questionou se poderia utilizar uma ferramenta de IA generativa para criar registos de catalogação para o material. À medida que falávamos, apercebi-me de que estas ferramentas para criar documentos interativos podiam ser utilizadas de uma forma ainda mais poderosa, saltando a etapa de identificação de um documento específico e levando o utilizador diretamente para uma conversa com toda a coleção especial de uma só vez. Os metadados e a catalogação só levam o utilizador até certo ponto, e mesmo a pesquisa em texto integral nem sempre oferece um acesso significativo à informação certa que responde às necessidades do utilizador. A possibilidade de conversar com o conteúdo, fazendo-lhe perguntas que só podem ser respondidas através da análise e síntese de todo o conteúdo consultado, pode revolucionar a forma como fornecemos acesso à informação aos utilizadores.

Lembrei-me de quando fui apresentado ao HyperCard no final da década de 1980. Já nessa altura, esse programa de base de dados baseado em Mac permitia hiperligações dentro de um documento, bem como com outros documentos no mesmo computador. Nessa altura - quando a única forma de navegar no conteúdo da Internet era através de ferramentas simples como o Gopher, o FTP e o Telnet - tive dificuldade em compreender a ideia de como estas hiperligações iriam transformar a descoberta de informação, como os primeiros utilizadores prometiam. Parece que nos encontramos num ponto de inflexão semelhante com os documentos interativos. Temos acesso a novas ferramentas que nos permitem descobrir ideias e explorar dados de formas inovadoras e muito mais eficientes. Estamos apenas a começar a ver os casos de utilização desta tecnologia.

Uma das melhores formas de explorar as possibilidades dos documentos interactivos no seu contexto pode ser desenvolver uma plataforma de IA generativa para os seus utilizadores e ver o que eles conseguem fazer (e obter apoio para financiar uma ferramenta empresarial robusta na sua organização). Identifique alguns exemplos de relatórios ou outros documentos que seriam relevantes para os seus utilizadores e subscreva algumas das ferramentas para conversar com esses documentos. Pergunte aos seus utilizadores quais são os seus maiores obstáculos na procura e organização de informação e incentive-os a pensar de forma abrangente sobre onde estas novas ferramentas podem ser utilizadas para resolver os seus desafios de informação. Seja paciente; tal como eu demorei muito tempo a perceber o valor das hiperligações quando as vi pela primeira vez, os pesquisadores, investigadores e analistas vão demorar algum tempo a descobrir a melhor forma de incorporar documentos inteligentes no seu fluxo de trabalho de informação. Como profissionais da informação, podemos liderar esta conversa e defender ferramentas que possam transformar o panorama da informação.

 

O texto deste artigo foi traduzido e publicado com a autorização de InformationToday:

Bates M. (2023, 9 de novembro). Have You Chatted With Your Documents Lately? Computers in Libraries. https://www.infotoday.com/cilmag/nov23/Bates--Have-You-Chatted-With-Your-Documents-Lately.shtml

📷 Imagem de Chen por Pixabay

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A biblioteca como pilar da integridade da informação

15 de Janeiro de 2024, 09:30

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Na sequência do lançamento do Resumo de Políticas Information Integrity on Digital Platforms [link do artigo anterior] e, em parceria com a Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA), a Biblioteca Dag Hammarskjold da sede das Nações Unidas, Nova Yorque, organizou um encontro com bibliotecários, organizações de apoio às bibliotecas dos 5 continentes e membros da ONU, como a Subsecretária-Geral para Comunicações Globais, Melissa Fleming e a responsável pela integridade da informação, Charlotte Scratton.

O objetivo é “determinar onde e como as mais de 2,8 milhões de bibliotecas do mundo poderiam ajudar a alcançar os objetivos do futuro Código de Conduta para a Integridade da Informação” e reforçar a coerência e ambição [2].

O Relatório Preliminar do encontro, que serve de base a este artigo, apresenta 10 pontos de convergência que destacam “a biblioteca como infraestrutura-chave” para alcançar a integridade da informação pública e apresentam soluções concretas.

1. Ao destacar a importância do “acesso a informações exatas, coerentes e fiáveis” nas sociedades da informação atuais, Information Integrity on Digital Platforms preenche uma lacuna da Agenda 2030. Segundo Melissa Fleming, “um ecossistema de informação saudável não pode ser considerado um dado adquirido, mas precisa de atenção e investimento sustentados” e esta pode ser uma missão fundamental de todas as bibliotecas, ao enfatizarem a importância da informação e “ajudarem os utilizadores a utilizar a informação de forma eficaz e ética”.

2. “Precisamos de uma forte infraestrutura de instituições e pessoas que trabalhem para promover a integridade da informação nas comunidades” e as bibliotecas podem garantir esta oferta de forma personalizada. Intervenções exclusivamente a nível macro, por exemplo, ao nível das plataformas, podem ter efeitos prejudiciais.

3. Confiança na internet: “Não devemos tornar-nos negacionistas da Internet, mas sim procurar enfrentar os desafios que ela traz, de forma responsável e eficaz. Em alguns casos, tecnologias como a inteligência artificial podem ajudar a fornecer soluções […] A credibilidade na Internet exige transparência e regras eficazes, mas também utilizadores com competências e confiança”.

4. Só se pode garantir um ecossistema de informação saudável (healthy information ecosystem) – no qual há oportunidades “de acesso a informação exata, coerente e fiável” e em que estas são efetivamente acedidas pelos cidadãos - promovendo “uma prática científica ética”, o acesso livre e a ciência/educação, que “facilita a verificabilidade” e responde ao direito de cada um à informação.

5. Para promover um currículo completo (full curriculum) junto das crianças e jovens, “as bibliotecas são suportes naturais para os esforços de verificação de factos”, para aproximação à imprensa de qualidade – “bibliotecas e jornalistas são aliados naturais” - e desenvolvimento da argumentação.

6. As pessoas têm um sentido de curiosidade natural e uma necessidade de ter voz no espaço público. Quando têm medo da complexidade e incerteza existentes no mundo e aceitam ideias sem espírito crítico, “a desinformação e o discurso de ódio prosperam”. Ora, “Esta curiosidade é algo que se pode desenvolver através da exposição a um leque mais alargado de ideias e materiais desde tenra idade, por exemplo, através das bibliotecas”. É importante que esta curiosidade seja alimentada pelo “valor do jornalismo de qualidade, da ciência ética e da informação fiável”.

7. A IA (Inteligência Artificial) acrescenta “um novo nível de complexidade ao funcionamento da Internet e à forma como a experimentamos”, pelo que é fundamental a partilha de “experiência e conhecimentos sobre ética da informação na conceção de sistemas de IA” e “o desenvolvimento da literacia em IA entre os utilizadores da Internet de todas as idades - algo que as bibliotecas estão bem posicionadas para apoiar”.

8. As bibliotecas são “os atores de referência na promoção do respeito e do interesse por informação de qualidade”, promovendo “a verificação dos factos, ajudando estudantes, investigadores e profissionais a aprender a encontrar a informação correta e dando às pessoas as ferramentas para se manterem seguras na internet. A nível local, por exemplo, quando os governos municipais estão a tentar desenvolver a inclusão e os direitos digitais, a biblioteca é muitas vezes o principal ator”.

9. O Relatório Preliminar destaca ainda a necessidade de as bibliotecas contribuírem para promover a “compreensão da integridade da Informação e questões conexas em todas as partes do mundo”, o que exige a criação de instrumentos e materiais diversos, que tenham em contam culturas e necessidades diferentes da Europa e América do Norte, geografias nas quais esta investigação tem estado centrada. 

10. A eficácia de um ecossistema de informação saudável que garanta a integridade da Informação pública implica a colaboração de uma variedade de intervenientes e as bibliotecas têm esta capacidade de mobilização. Apoiam ainda o jornalismo e meios de comunicação independentes, criam oportunidades de verificação de factos, proporcionam acesso aberto e publicações científicas abertas e formam utilizadores de Internet confiantes e seguros, valorizando “uma informação exata, coerente e fiável”.

Concluindo, quando se pretendem implementar soluções de baixo para cima (bottom-up) que envolvam o maior número de pessoas, as bibliotecas escolares que trabalham no terreno com as crianças e jovens, têm um papel fundamental no combate à poluição da informação (information pollution) – informações falsas, enganosas, manipuladas [3] - que se dissemina muito mais rapidamente do que a proveniente de fontes fiáveis e corrói a confiança nas instituições democráticas, gera oposição às políticas públicas (climáticas, de inclusão social…) e violações aos direitos humanos e dificulta o alcance da Agenda 2030.

Referências

  1. Fleming, Melissa. (2023). Healing Our Troubled Information Ecosystem. https://melissa-fleming.medium.com/healing-our-troubled-information-ecosystem-cf2e9e8a4bed
  2. (2023). Pillars of Information Integrity. https://repository.ifla.org/handle/123456789/3136
  3. Oslo Governance Centre. (2023). Information Integrity. https://www.undp.org/policy-centre/oslo/information-integrity
  4. 📷 [1.]

 

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A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas

10 de Janeiro de 2024, 09:00

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No primeiro artigo da série “A inteligência artificial (IA) nas bibliotecas escolares”, exploramos os desafios e oportunidades criados pela IA. Neste segundo artigo, vamos centrar-nos na crescente relevância que os Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas assumem atualmente e propor ações de integração da IA em contexto educativo, com o apoio da biblioteca. Estas ações são apenas sugestões que deverão ser adaptadas por cada agrupamento/ escola, com o apoio da biblioteca, tendo em conta a sua missão estratégica e o contexto específico em que se inserem.

 Integração da IA nos Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas

A integração da tecnologia em contexto educativo é uma prioridade para a Comissão Europeia (2020), em alinhamento com outros organismos internacionais (OCDE, 2023; UNESCO, 2023), reconhecendo-se a necessidade de preparar os alunos para uma sociedade cada vez mais influenciada pela tecnologia.

A nível europeu, o Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027) da Comissão Europeia (2020) pretende apoiar a adaptação dos sistemas de ensino à era digital, visando uma educação inclusiva e acessível na Europa. As questões relativas à utilização ética da IA e de dados no ensino e na aprendizagem não foi esquecida, sendo uma das vertentes deste plano.

Os Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (PADDE) tornam-se, assim, instrumentos cruciais, não só para adaptar a escola à era digital, mas também para apoiar a integração eficaz da IA em contexto educativo.

A biblioteca escolar, enquanto centro de inovação e espaço cada vez mais híbrido, desempenha um papel crucial na (re)definição destes planos, podendo contribuir com ações estratégicas capazes de envolver toda a comunidade educativa na utilização da tecnologia, nomeadamente da IA.

A título de exemplo, apresentam-se algumas propostas de ação, para cada uma das três dimensões do PADDE, organizacional, pedagógica e tecnológica. Estas sugestões devem ser vistas como pontos de partida, que cada agrupamento/ escola deve adaptar às suas necessidades específicas, tendo em conta o seu contexto, visão e objetivos.

I. Dimensão Organizacional

A biblioteca escolar assume um papel crucial na integração efetiva da IA na esfera organizacional. A direção e as estruturas intermédias, entre as quais se integra a biblioteca, devem refletir sobre os desafios criados pela IA, tomando decisões sobre a sua utilização em contexto escolar, tendo em conta as orientações nacionais e internacionais, bem como os objetivos do Projeto Educativo e de outros documentos de referência do agrupamento/ escola.

Neste âmbito, sugerem-se as seguintes ações:

  1. Criar um grupo de trabalho para a IA

Este grupo de trabalho deve ser composto por representantes da biblioteca, da direção e de outros departamentos da escola. O objetivo deste grupo é coordenar a implementação da IA na escola e garantir que a sua utilização esteja alinhada com os objetivos da escola e com as recomendações nacionais e internacionais.

  1. Desenvolver um plano estratégico para a utilização da IA

Este plano deve estabelecer os objetivos do agrupamento/ escola para a utilização da IA e as ações a serem implementadas para alcançar esses objetivos. O plano deve ser desenvolvido com a participação de todos os stakeholders, incluindo o(s) professor(e)s bibliotecário(s).

  1. Monitorizar o impacto da IA

É importante monitorizar o impacto da IA no agrupamento/ escola, para garantir que está a ser utilizada de forma eficaz e responsável. A monitorização pode ser feita através da análise de dados, como por exemplo, os resultados dos alunos, as opiniões dos professores e dos alunos e o feedback dos diferentes stakeholders.

II. Dimensão Pedagógica

A biblioteca escolar posiciona-se como agente transformador, impulsionando a excelência no ensino e na aprendizagem e, por isso, desempenha um papel crucial na integração da IA em contexto escolar. Ao adotar a IA, as bibliotecas escolares criam um ambiente dinâmico e inovador que apoia a participação ativa dos alunos e a personalização das experiências de aprendizagem. Contudo, é fundamental garantir os princípios éticos na utilização da IA, preservando a privacidade e segurança dos dados.

Relativamente à dimensão pedagógica, sugerem-se as seguintes ações:

  1. Criar um repositório de recursos educativos

A criação de um repositório abrangente de recursos educativos (jogos, aplicações, vídeos e outros materiais que explorem as potencialidades da IA para a aprendizagem) facilita a sua utilização, promovendo a integração dessas ferramentas inovadoras em contexto educativo e fomentando a colaboração entre os professores.

  1. Apoiar os professores na utilização da IA

A biblioteca pode organizar cursos e oficinas de formação para apoiar os professores na utilização da IA em contexto de sala de aula. Poderá, também, criar pequenos tutoriais, para a utilização de diferentes ferramentas.

  1. Desenvolver atividades de aprendizagem com recurso à IA

A biblioteca pode desenvolver atividades de aprendizagem com recurso à IA, adaptadas às necessidades individuais de cada aluno, para promover a aprendizagem personalizada. Estas atividades podem ser utilizadas para apoiar a aprendizagem em diferentes áreas curriculares, mas também no âmbito das diferentes literacias.

  1. Criar programas de tutoria personalizados

A criação de programas de tutoria personalizados baseados em IA pode ser bastante útil para apoiar alunos com necessidades educativas. A IA pode ser utilizada para adaptar a tutoria às necessidades individuais de cada aluno, fornecendo feedback personalizado, identificando áreas de dificuldade e oferecendo estratégias de aprendizagem adaptadas.

  1. Criar programas de formação para alunos sobre o uso ético da IA

As bibliotecas escolares devem promover a literacia mediática dos alunos e uma compreensão ética do uso da IA, podendo fazê-lo através de atividades de aprendizagem e de formação. Os programas de formação podem incluir sessões, debates e projetos de investigação sobre os desafios éticos do uso da IA. Estes programas podem ajudar os alunos a desenvolverem uma compreensão crítica da IA e a utilizarem a tecnologia de forma consciente e responsável.

III. Dimensão Tecnológica

É necessário garantir uma infraestrutura tecnológica adequada e estabelecer políticas de segurança robustas, assegurando a conformidade com leis e regulamentos de privacidade de dados. Para tal, sugere-se a elaboração de um plano de gestão de risco que considere as implicações éticas associadas à implementação da IA na escola. A biblioteca escolar pode desempenhar um papel fundamental no apoio à elaboração deste plano, promovendo uma abordagem ética e segura na integração da IA em contexto educativo.

 

A biblioteca escolar, como centro dinâmico de recursos e conhecimento, desempenha um papel crucial no apoio ao desenvolvimento digital das escolas. Ao alinhar estrategicamente a integração da IA com os objetivos da biblioteca e da escola, os professores bibliotecários têm uma oportunidade única de liderar iniciativas que impulsionam a inovação. Através da colaboração, formação contínua e exploração responsável da IA, as bibliotecas escolares podem não apenas transformar-se em centros de aprendizagem digital, mas também capacitar alunos e professores para enfrentar os desafios de uma sociedade cada vez mais digitalizada.

Referências

  1. Comissão Europeia. (2020). Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027). https://education.ec.europa.eu/pt-pt/focus-topics/digital-education/action-plan
  2. OECD Education International. (2023). Opportunities, Guidelines and Guardrails on Effective and Equitable Use of AI in Education. https://bit.ly/41Kod1V
  3. (2023). Inteligencia Artificial¿ Necesitamos una nueva educación?https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000386262
  4. 📷 Imagem criada com IA – Designer 

 Dossier Inteligência Artificial:
Consulte os vários artigos sobre esta temática que têm vido a ser publicados no blogue RBE.

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A 500-Page Book Explores the Ghosts & Monsters from Japanese Folklore

Por Colin Marshall — 1 de Fevereiro de 2024, 09:00

Westerners tend to think of Japan as a land of high-speed trains, expertly prepared sushi and ramen, auteur films, brilliant animation, elegant woodblock prints, glorious old hotels, sought-after jazz-records, cat islands, and ghost towns. The last of those has, of course, not been shown to harbor literal wraiths and spirits. But if that sort of thing happens to be what you’re looking for, Japan’s long history offers up a wealth of mythological chimeras whose form, behavior, and sheer numbers exceed any of our expectations. Welcome to the supernatural realm of the shapeshifting, good- and bad-luck-bringing, trick-playing yōkai.

“Translating to ‘strange apparition,’ the Japanese word yōkai refers to supernatural beings, mutant monsters, and spirits,” writes Colossal’s Grace Ebert. “Mischievous, generous, and sometimes vengeful, the creatures are rooted in folklore and experienced a boom during the Edo period when artists would ascribe inexplicable phenomena to the unearthly characters.”

Hiroshima Prefecture’s Miyoshi Mononoke Museum, whose opening we announced here on Open Culture in 2019, “houses the largest yōkai collection in the world with more than 5,000 works, and a book recently published by PIE International showcases some of the most iconic and bizarre pieces from the institution.”

Written by ethnologist Yumoto Koichi, a yōkai expert whose donations constitute most of the Miyoshi Mononoke Museum’s collection, the 500-page YOKAI offers “the rare experience of seeing the brushwork of Edo-era painters like Tsukioka Yoshitoshi,” whom we’ve featured here as Japan’s last great woodblock artist. Poised between the human and animal kingdoms, reflecting the ways of the past as well as the forces of nature, yōkai would seem to belong entirely to the tales of a bygone age. But in fact, many of them have joined the canon since Tsukioka’s time, having emerged from haunted-school rumors, the fertile imaginations of manga artists, and even video games. Whether to accept these “modern yōkai” has been a matter of some debate, but as Japanese popular culture has long shown us, every age needs its own monsters.

via Colossal

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Discover the Ghost Towns of Japan — Where Scarecrows Replace People, and a Man Lives in an Abandoned Elementary School Gym

Based in Seoul, Colin Marshall writes and broadcasts on cities, language, and culture. His projects include the Substack newsletter Books on Cities, the book The Stateless City: a Walk through 21st-Century Los Angeles and the video series The City in Cinema. Follow him on Twitter at @colinmarshall or on Facebook.

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Explore the Surface of Mars in Spectacular 4K Resolution

Por OC — 31 de Janeiro de 2024, 10:00

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Could you use a mental escape? Maybe a trip to Mars will do the trick. Above, you can find high definition footage captured by NASA’s three Mars rovers–Spirit, Opportunity and Curiosity. The footage (also contributed by JPL-CaltechMSSSCornell University and ASU) was stitched together by ElderFox Documentaries, creating what they call the most lifelike experience of being on Mars. Adding more context, Elder Fox notes:

The footage, captured directly by NASA’s Mars rovers — Spirit, Opportunity, Curiosity, and Perseverance — unveils the red planet’s intricate details. These rovers, acting as robotic geologists, have traversed varied terrains, from ancient lake beds to towering mountains, uncovering Mars’ complex geological history.

As viewers enjoy these images, they will notice informal place names assigned by NASA’s team, providing context to the Martian features observed. Each rover’s unique journey is highlighted, showcasing their contributions to Martian exploration.

Safe travels.

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The Codex Seraphinianus: How Italian Artist Luigi Serafini Came to Write & Illustrate “the Strangest Book Ever Published” (1981)

Por Colin Marshall — 29 de Janeiro de 2024, 09:00

The Codex Seraphinianus is not a medieval book; nor does it date from the Renaissance along with the codices of Leonardo. In fact, it was published only in 1981, but in the intervening decades it has gained recognition as “the strangest book ever published,” as we described it when we previously featured it here on Open Culture a few years ago. Since then, Rizzoli has published a fortieth-anniversary edition of the Codex, which author-artist Luigi Serafini has granted interviews to promote. What new light has thus been shed on its more than 400 pages filled with bizarre illustrations and indecipherable text?

“The book is designed to be completely alien to anybody who picks it up,” says the narrator of the Curious Archive video at the top of the post. “Not only are the images utterly mind-bending, it’s written in a made-up and thoroughly untranslatable language. And yet, the more you read, the more you might find a strange sense of continuity among the images. That’s because Serafini intended this book to be an encyclopedia: an encyclopedia of a world that doesn’t exist.”

The experience of reading it — if “reading” be the word — “reminds me of being young and flipping through an encyclopedia, staring at pictures and not comprehending the words, but feeling a strange, untranslatable world hovering just outside my understanding.”

Serafini himself describes the Codex as “an attempt to describe the imaginary world in a systematic way” in the Great Big Story video above. To create it, he spent two and a half years in a state he likens to “going in a trance,” drawing all these “fish with eyes or double rhinoceroses and whatever.” These images came first, and they were all so strange that he “had to find a language to explain” them. The resulting experience lets us experience what it is “to read without knowing how to read” — an experience that has attracted the attention of thinkers from Douglas Hofstadter to Roland Barthes to Serafini’s countryman Italo Calvino, a man possessed of no scant interest in the strange, mythical, and inscrutable.

In a 1982 essay, Calvino writes of Serafini’s “very clear italics,” which “we always feel we are just an inch away from being able to read and yet which elude us in every word and letter. The anguish that this Other Universe conveys to us does not stem so much from its difference to our world as from its similarity.” Clearly, “Serafini’s universe is inhabited by freaks. But even in the world of monsters there is a logic whose outlines we seem to see emerging and vanishing, like the meanings of those words of his that are diligently copied out by his pen-nib.” It all brings to mind a joke I once heard that likens humanity, with its invincible instinct to ask what everything means, to a race of space aliens with enormous trunks. When these aliens visit Earth, they respond to everything we try to tell them with the same question: “Yes, but what does that have to do with trunks?”

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Based in Seoul, Colin Marshall writes and broadcasts on cities, language, and culture. His projects include the Substack newsletter Books on Cities, the book The Stateless City: a Walk through 21st-Century Los Angeles and the video series The City in Cinema. Follow him on Twitter at @colinmarshall or on Facebook.

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Amazon Offers Free AI Courses, Aiming to Help 2 Million People Build AI Skills by 2025

Por OC — 26 de Janeiro de 2024, 11:00

Late last year, Amazon announced AI Ready, a new initiative “designed to provide free AI skills training to 2 million people globally by 2025.” This includes eight free AI and generative AI courses, some designed for beginners, and others designed for more advanced students.

As the Wall Street Journal podcast notes above, Amazon created the AI Ready initiative with three goals in mind: 1) to increase the overall number of people in the workforce who have a basic understanding of AI, 2.) to compete with Microsoft and other big companies for AI talent, and 3.) to expose a large number of people to Amazon’s AI systems.

For those new to AI, you may want to explore these AI Ready courses:

You can find more information (including more free courses) on this AI Ready page. We have other free AI courses listed in the Relateds below.

Note: Until February 1, 2024, Coursera is running a special deal where you can get $200 off of Coursera Plus and gain unlimited access to courses & certificates, including a lot of courses on AI. Get details here.

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Nova temporada da Tempestade no Museu Gulbenkian

Por Miguel Horta — 27 de Janeiro de 2024, 21:34

 

Uma “Tempestade” educativa

volta a assolar
o Museu Gulbenkian 

A minha/nossa oficina em torno da obra de William Turner tem navegado ao longo desta temporada, agora com uma nova marinheira na embarcação, Sandra Varela, que tem trabalhado comigo junto dos públicos com necessidades educativas específicas que nos visitam. Uma ajuda preciosa! A nossa viagem começa com "Quilleboeuf/Foz do Sena", envolvendo os participantes nas atmosferas de Turner, ajudando a mergulhar na natureza poderosa até passarmos ao enorme naufrágio de um navio de linha Inglês que domina aquela sala do Museu. Temos trabalhado com grupos inclusivos, grupos com doença mental, muita gente bonita e variada que tem saído contente depois de desenhar o vento, as vagas e a chuva em frente ao quadro “Naufrágio de um cargueiro”. Sabe tão bem estar de volta ao Museu!

Sandra mostra como era um navio de linha Inglês (cargueiro) à época da pintura executada por Turner.





✇ Laredo

Oficina de desenho em Pombal

Por Miguel Horta — 23 de Janeiro de 2024, 18:32

 

No próximo dia 3 de Fevereiro, Sábado, estarei de regresso à Galeria do Cineteatro de Pombal para um dia inteiro dedicado aos visitantes. Por volta das 14.30h oriento uma oficina de desenho aberta a todos, famílias alargadas, que parte da exposição para 90minutos de experimentação de técnicas e materiais, num ambiente descontraído.

O tempo restante será para fazer uma visita guiada a quem estiver interessado.
Não se esqueçam de fazer a vossa inscrição, apenas para a oficina, pois temos um número limitado de lugares. Lá vos espero.

Já têm a vossa pedra? Sim, talvez aquela que encontraram no último passeio às serranias do Sicó ou vinda diretamente da vossa coleção privada de seixos e conchas. Devem trazer essa pedra no bolso quando visitarem a exposição, pois vamos desenhá-la com os mesmos materiais que foram utilizados pelo artista na criação da sua obra. Depois de uma visita à exposição começaremos a desenhar, experimentar e conversar sobre o ofício do desenho.
✇ Laredo

As Pedras em Pombal

Por Miguel Horta — 18 de Janeiro de 2024, 23:19

 

Inaugurou a 6 de Janeiro, na Galeria do Cineteatro de Pombal, mais uma exposição da itinerância “Tinha uma Pedra” . Compareceu um belo grupo de amigos e familiares ao qual se juntou uma mão cheia de visitantes locais. Foi uma tarde bem passada que que contou com a presença da Vereadora Cultura Dra. Gina Domingues e onde não faltou um discurso surpresa, logo a abrir.

A minha relação com a cidade de Pombal vem de longe, um desafio continuado proposto por Sónia Fernandes, que tem dado a conhecer o meu trabalho como mediador da leitura, educador pela arte, narrador e autor infantojuvenil. Agora, chegou a vez de mostrar o pintor... Foi editado um catálogo completo das peças expostas e, em breve, orientarei uma série de oficinas de desenho para público escolar e não só. Estou bem contente.
No próximo dia 3 de Fevereiro, Sábado, estarei de regresso à Galeria do Cineteatro de Pombal para um dia inteiro dedicado aos visitantes. Por volta das 14.30h oriento uma oficina de desenho aberta a todos, famílias alargadas, que parte da exposição para 90minutos de experimentação de técnicas e materiais, num ambiente descontraído.
O tempo restante será para fazer uma visita guiada a quem estiver interessado.
Não se esqueçam de fazer a vossa inscrição, apenas para a oficina, pois temos um número limitado de lugares. Lá vos espero.
Fotografias: por cortesia da Câmara Municipal de Pombal

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