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Israel-Hamas: YouTube recebe alerta da UE sobre desinformação

Por Gabriel Sérvio — 15 de Outubro de 2023, 13:25

O Comissário da UE, Thierry Breton, tem enviado advertências para empresas de mídias sociais como Meta, X e agora a Alphabet, controladora do Google. A medida visa combater a desinformação que circula na internet sobre o conflito entre Israel e extremistas do grupo Hamas. 

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O que aconteceu

  • Breton escreveu uma nova carta dirigida ao CEO da Alphabet, Sundar Pichai, lembrando das “obrigações da empresa em relação à moderação de conteúdo sob a Lei de Serviços Digitais da UE”. 
  • O comissário compartilhou o documento no X (antigo Twitter) e solicita que a empresa seja “muito vigilante” quando se trata de conteúdo relacionado a Israel e ao Hamas postado no YouTube.
  • Se a Alphabet receber notificações de conteúdo ilegal da UE, deverá responder “em tempo hábil”. 

Given the extensive reach of #YouTube, recalling the precise obligations of the #DSA in the context of the terrorist attacks by Hamas against Israel and disinformation around elections ⤵ pic.twitter.com/82UXy3a8Dc

— Thierry Breton (@ThierryBreton) October 13, 2023

Vale destacar que a Comissão Europeia tem visto uma “onda de conteúdo ilegal e desinformação” sendo disseminada. Pichai e a Alphabet tem como obrigação proteger crianças e adolescentes de “conteúdo violento e vídeos gráficos”, afirma Breton.

Por fim, o comunicado diz que a empresa deve implementar medidas para enfrentar “a desinformação”. O serviço de vídeos também deve diferenciar adequadamente fontes confiáveis de notícias ​​de propaganda terrorista e conteúdos manipulados.

O que diz o YouTube

A porta-voz do YouTube, Ivy Choi, disse ao The Verge que o serviço “removeu dezenas de milhares de vídeos prejudiciais e encerrou centenas de canais” após os ataques em Israel. A plataforma continua conectando pessoas “com notícias e informações de qualidade”, acrescentou.

Ivy também disse que as equipes do YouTube estão “trabalhando ininterruptamente para monitorar imagens prejudiciais e permanecem vigilantes para agir rapidamente, se necessário, em todos os tipos de conteúdo, incluindo Shorts e transmissões ao vivo”.

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Twitter: Cobrança por APIs prejudica trabalho de ONGs e pesquisadores

Por William Schendes — 20 de Junho de 2023, 19:47

A medida recente do Twitter de cobrar (caro) pelo acesso a API da rede social está dificultando o combate a desinformação e pesquisas sobre crimes de guerra. Atualmente, a rede social cobra mais de US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,4 milhões em conversão direta, na cotação atual) por ano pela ferramenta que costumava ser gratuita.

Para quem tem pressa:

  • As APIs (Interface de Programação de Aplicações) permitem que pesquisadores analisem dados sobre as postagens na rede social;
  • Esses dados são importantes para verificar informações sobre a interferência da rede social em eleições e disseminação de desinformação, por exemplo;
  • A ferramenta também possibilita coletar evidências em foto e vídeo de postagens potencialmente criminosas;
  • Conforme publicou o jornal The Washington Post, a mudança está dificultando o trabalho de ONGs, estudantes, agências políticas e pesquisadores independentes.

Em relatório recente, a International Crisis Group concluiu que a mudança na política de API do Twitter “reduzirá significativamente as informações sobre o impacto de campanhas de interferência eleitoral, assédio online de ativistas e os efeitos da desinformação sobre violência”.

Países cujo sistema institucional (estado de direito) é “frágil” devem ser mais afetados por esses efeitos negativos.

Leia mais:

Barreiras da cobrança por APIs do Twitter

Notebook com logomarca do Twitter aberta e teclado acesso com luz azul
(Imagem: Dado Ruvic/Reuters)

Em entrevista ao jornal, um investigador internacional de direitos humanos comentou sobre as dificuldades financeiras das instituições para ter acesso à ferramenta.

É uma grande preocupação. Muitas instituições importantes, inclusive nós, podem ter dificuldades para fazer um orçamento para isso.

Pesquisador, sob condição de anonimato.

Para se ter ideia da importância da API, investigadores de direitos humanos da Síria e Ucrânia afirmam que a ferramenta foi essencial para localização grupos que espalhavam desinformação sobre ataques com armas químicas do governo sírio e a invasão da Ucrânia por soldados russos. 

As evidências de crimes de guerra cometidos pela Rússia coletadas no Twitter foram submetidas a análise pelo Tribunal Penal Internacional.

No conflito da Síria, a organização Hala Systems usou a API para que as equipes de resgate pudessem se preparar para ataques quando aviões de guerra se aproximassem.

Eles estão tirando uma ferramenta que é amplamente útil para a sociedade, especialmente para aqueles que trabalham para apoiar uma realidade baseada em fatos e responsabilização por atrocidades. Não retirando-o totalmente, não desativando-o ou dizendo que viola os termos de uso, mas simplesmente colocando-o fora do alcance de organizações como a nossa e certamente de indivíduos dedicados.

Disse John Jaeger, ex-diplomata dos EUA e cofundador da Hala Systems

Outro exemplo de utilização da API do Twitter aconteceu durante os primeiros meses de conflito no Sudão, em que os pesquisadores do Laboratório de Pesquisa Forense Digital do Atlantic Council usaram o recurso para verificar as contas da rede social que amplificavam narrativas de um dos lados da guerra.

Após muitas críticas aos altos valores cobrados pela API, o Twitter deu um passo para trás e decidiu liberá-la gratuitamente para serviços verificados do governo, ou de propriedade pública que emitem alertas meteorológicos, atualizações de transporte ou noticiações de emergência.

Com informações de The Washinton Post

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União Europeia quer rotular conteúdos gerados por IA; entenda

Por Vitoria Lopes Gomez — 6 de Junho de 2023, 19:32

A União Europeia (UE) está pressionando plataformas digitais, como o Google, Meta e TikTok, a lutar contra a desinformação online causada por Inteligência Artificial (IA). Segundo a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, isso será feito através de rótulos sinalizando que textos, fotos e outros conteúdos foram gerados artificialmente.

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Problema da IA

Segundo Jourova, as novas tecnologias de IA e a sua capacidade de criar conteúdos complexos impõem “novos desafios para a luta contra a desinformação”.

Assim, ela pediu que empresas de tecnologia, como o Google, a Microsoft, a Meta e o TikTok, que assinaram o acordo da União Europeia para combater as informações falsas, resolvam o problema causado pela IA.

Logomarca da OpenAI com bandeira da União Europeia ao fundo
ChatGPT virou alvo de investigações no Reino Unido no mês passado por problemas com segurança (Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Como resolver o problema?

  • Muitas das plataformas online contam com IA generativa, como chatbots ou em mecanismos de buscas.
  • Essas plataformas e empresas devem impedir o dano causado por suas inovações, chamado por Jourova de “atores maliciosos”.
  • Esses danos podem incluir informações falsas espalhadas por chatbots, como o ChatGPT, ou deepfakes (conteúdos de vídeo ou voz gerados artificialmente que imitam uma pessoa real) compartilhadas via redes sociais como se fossem reais.
  • O primeiro passo para a resolução é reconhecer que as inovações da IA podem, sim, ser danosas e tem um potencial de espalhar desinformação.
  • Então, as plataformas têm de “rotulá-los (os conteúdos gerados por IA) claramente para os usuários”. A medida ajuda os internautas a distinguir o que é verdade do que foi gerado artificialmente.
Pessoa segurando celular com imagem aberta escrito Fake News
Plataformas digitais terão que sinalizar o que é gerado artificialmente para alertar usuários (Imagem: Pedro França/Agência Senado)

Liberdade de expressão na UE

Para Jourova, que se pronunciou durante uma coletiva em Bruxelas, os regulamentos impostos pela União Europeia visam proteger a liberdade de expressão dos indivíduos. Porém, quando se trata de IA, ela não vê “nenhum direito para as máquinas terem liberdade de expressão”.

Desinformação

  • O potencial da IA de promover também desinformação preocupa especialistas no setor.
  • Sam Altman, CEO da OpenAI e considerado o “pai do ChatGPT”, já se pronunciou pedindo a regulamentação do uso da IA.
  • Além disso, o executivo revelou que teme o impacto da tecnologia nas eleições presidenciais de 2024, justamente por conta do alto potencial de criação de notícias e conteúdos falsos.
  • O G7 já se reuniu para debater regras acerca do uso da IA, e reconheceu a necessidade de regulamentação. O Olhar Digital já falou sobre isso aqui.

Com informações de Associated Press

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