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Dia Internacional da Mulher: Todos devemos ser feministas

8 de Março de 2024, 09:00

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Em 1909, nos Estados Unidos, a 28 de fevereiro, ocorreu a primeira celebração nacional do Dia da Mulher, organizada pelo Partido Socialista da América em homenagem à greve dos trabalhadores do vestuário de 1908 em Nova York.

Em 1910, na Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga, Clara Zetkin propõe a criação de um Dia Internacional da Mulher para promover a igualdade de direitos e o sufrágio feminino. A proposta foi aprovada por unanimidade por mais de 100 mulheres de 17 países.

A 19 de março de 1911, foi celebrado o primeiro Dia Internacional da Mulher em vários países europeus. No entanto, esta celebração só foi oficializada em 1975, em assembleia da Organização das Nações Unidas.

Para que o dia 8 de março continue a ser comemorado propomos que as Bibliotecas Escolares festejem este dia com livros, lendo e divulgando. Muitos são os títulos disponíveis, no mercado e nas bibliotecas, que se apresentam como excelentes sugestões, deixamos-vos as seguintes propostas: 

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 Todos Devemos Ser Feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie[1].

Em 2012, apresentação We Should All Be Feminists, numa conferência TED, a qual começou a ser conhecida, um pouco por todo o mundo, e originou um livro, publicado em 2014. A primeira parte é uma adaptação do deste seu discurso e a segunda parte tem um pequeno conto intitulado "Casamenteiros".

Neste pequeno livro, mas poderoso, podemos ler:

 

Em 2003, escrevi um romance chamado A cor do Hibisco, sobre um homem que, entre outras coisas, batia na mulher, e a sua história não acaba lá muito bem. Enquanto eu divulgava o livro na Nigéria, um jornalista, um homem bem-intencionado, veio dar-me um conselho (talvez vocês saibam que os Nigerianos estão sempre prontos a dar conselhos, mesmo que ninguém os tenha pedido).

Ele comentou que as pessoas andavam a dizer que o meu livro era feminista. O seu conselho – disse, abanando a cabeça com um ar consternado – era que eu nunca, nunca me definisse como feminista, já que as feministas são mulheres infelizes que não conseguem arranjar marido.

Então decidi autointitular-me de «feminista feliz».

Mais tarde, uma professora universitária nigeriana veio dizer-me que o feminismo não fazia parte da nossa cultura, que era antiafricano, e que, se eu me considerava feminista, era porque havia sido corrompida pelos livros ocidentais (o que achei engraçado, porque passei boa parte da juventude a devorar romances que eram tudo menos feministas: devo ter lido toda a coleção da Mills & Boon antes dos dezasseis anos. E sempre que tentava ler os tais textos clássicos sobre o feminismo, ficava entediada e mal conseguia terminar).

De qualquer forma, já que o feminismo era antiafricano, resolvi considerar-me uma «feminista feliz africana». Depois, uma grande amiga disse-me que, se eu era feminista, então devia odiar os homens.  Decidi tornar-me então uma «feminista feliz africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e saltos altos para si mesma, e não para os homens.»

É claro que não estou a falar a sério, queria ilustrar apenas o quão negativa é a carga da palavra feminista: a feminista odeia os homens, odeia sutiãs, odeia a cultura africana, acha que as mulheres devem mandar nos homens; ela não se pinta, não se depila, está sempre zangada, não tem sentido de humor, não usa desodorizante.

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 Já está disponível uma edição ilustrada e adaptada ao público mais jovem do livro Todos Devemos Ser Feministas. 

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Outras sugestões de leituras para comemorar o Dia Internacional da Mulher:

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Nota:

[i] Chimamanda Ngozi Adichie nasceu é uma escritora nigeriana que tem vindo a destacar-se no mundo literatura, sobretudo pelos temas eleitos. 

Nasceu em Enugu, no dia 15 de setembro de 1977.

Aos 16 anos, deixou a Nigéria e viajou até aos Estados Unidos onde foi estudar Comunicação na Drexel University, em Philadelphia, mas foi em Eastern Connecticut State University que se licenciou em Comunicação e Ciência Política. Mais tarde fez um mestrado em escrita criativa na Johns Hopkins University, em Baltimore, e estudou História Africana na Yale University.

Chimamanda Ngozi Adichie é atualmente uma das maiores vozes da literatura africana, tendo as suas obras já sido traduzidas para mais de trinta idiomas.

 

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Discursos de paz em tempos de guerra

22 de Fevereiro de 2024, 09:00

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A operação 7 Dias com os Media 2024 realizar-se-á, como sempre, entre os dias 3 e 9 de maio e este ano a temática proposta é Discursos de ódio paz em tempos de guerra. A iniciativa é da responsabilidade do GILM (Grupo Informal para a Literacia Mediática, que a Rede de Bibliotecas Escolares integra), e disponibilizamos já um conjunto propostas de atividades para trabalhar esta matéria nas bibiotecas.

No entanto, esta operação constitui-se também como uma oportunidade para os jovens leitores descobrirem livros que nos ofereçam palavras de paz e que nos obriguem a pensar qual o verdadeiro sentido do ódio.

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O Duelo remete-nos para um cenário bélico, de zangas, raivas, ódios, desentendimentos, disputas, guerras, de combate, ou melhor, um duelo entre duas pessoas armadas, segundo regras estabelecidas e diante de testemunhas, mas verdadeiramente O Duelo é um livro delicioso que elogia a paz.

Abrimos o livro e nas guardas iniciais surge-nos um envelope. O leitor poderá ficar confuso, mas rapidamente entenderá que se trata de uma carta ilustrada, dirigida a Rodin Rostov, adversário do protagonista, que se sente ofendido. Mal-entendidos e quezílias que ferem as orelhas e o coração, não deverão ficar esquecidos. O duelo é marcado! De costas com costas… contam os passos que os separam, afinal, não é assim o procedimento num duelo?  1,2,3,4…. Lá vão eles, afastando-se; afastando-se… E, ao contrário do previsto, a separação diluía a dor, dando lugar ao sol, ao desabrochar das flores, ao perdão, à paz.

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A ilustração, em plena harmonia com a narrativa poética, conduz-nos pelo mundo colorido, feito de muitas pessoas, todas diferentes, de animais, de flores, paisagens deslumbrantes unidas pela minúcia e curiosidade. O traço ténue, quase invisível, transforma o múltiplo no uno, o insignificante em eloquente. A paleta de cores oscila entre o tom branco e cinza, azul e verde, amarelo e laranja; entre a frieza e o calor da vida.

O Duelo, de Inês Viegas Oliveira, é um livro belo, belíssimo. Inspirador.  Simples sem ser simplista. Moral sem ser moralizador. Um grito de alerta à diversidade, à tolerância e à paz.

Sugestão de outras leituras para o tema Discursos de ódio paz em tempos de guerra 

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“Nasce como uma doença sussurrada e cresce a partir do ódio, da ambição, da ganância e do medo. Não ouve, não vê, tão-pouco sente; mas esmaga e cala. A guerra é, porventura, o mais perene produto em série alguma vez inventado.

Num mundo armadilhado como nunca antes e conflituoso como sempre, este livro de José Jorge Letria (texto) e André Letria (ilustrações) funciona como um archote que se lança sobre a memória adormecida e nos alerta para os caminhos que queremos construir no futuro.”

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“Como será deixar tudo para trás e percorrer quilómetros e quilómetros rumo a um destino longínquo e estranho?

Este livro conta, de forma cuidada e sensível, a história de uma mãe que parte numa viagem com os dois filhos para fugir à guerra. Uma viagem carregada de medo do desconhecido, mas também de muita esperança. Uma autora com uma escrita sensível e ilustrações bonitas e sofisticadas. Aborda com sensibilidade a questão da guerra.”

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“Starr tem 16 anos e move-se entre dois mundos: o seu bairro periférico e problemático, habitado por negros como ela, e a escola que frequenta numa elegante zona residencial de brancos. O frágil equilíbrio entre estas duas realidades é quebrado quando Starr se torna a única testemunha do disparo fatal de um polícia contra Khalil, o seu melhor amigo. A partir daí, pairam sobre Starr ameaças de morte: tudo o que ela disser acerca do crime que presenciou pode ser usado a seu favor por uns, mas sobretudo como arma por outros.
O Ódio que Semeias é um poderoso romance juvenil, inspirado pelo movimento Black Lives Matter e pela luta contra a discriminação e a violência. O livro está a ser adaptado ao cinema e conta com Amandla Stenberg no papel principal.”

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Um dia, uma coisa má aparece gravada na parede da casa de banho da escola e tudo muda: deixa de haver a paz e a alegria que se sentia antes.

Um livro belo e oportuno, que nos mostra como uma escola se une para combater o discurso de ódio. Como a união de toda a comunidade, os gestos de bondade e a beleza da arte servem de antídoto para a maldade.”

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“Como nasceram o símbolo e a pomba da paz? Que músicas são hino de pacifismo? Conheces algum monumento para a paz? Já leste a declaração universal de direitos humanos?

Encontrarás a resposta para todas estas perguntas nas páginas deste livro emocionante. Descobre as curiosidades, momentos históricos e conceitos fundamentais sobre a paz, enquanto conheces os heróis de carne e osso mais fascinantes da história.

Aristides de Sousa Mendes, Eleanor Roosevelt, Malala Yousafzai, John Lennon, Martin Luther King, Dalai Lama, Maria Montessori, Iqbal Masih, Henry David Thoreau, Oskar Schindler… e muitos mais!”

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Missão: Democracia

6 de Fevereiro de 2024, 09:00

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Para muitos, 2024 apresenta-se como o ano de todas as eleições. Na Europa irá haver eleições para o Parlamento Europeu, nos Estados Unidos e na Rússia acontecerão eleições presidenciais, no Reino Unido e na Índia também haverá eleições como em muitos outros países. Há eleições agendadas em mais de 60 países de todo o mundo, o que significa que haverá um número muito significativo de pessoas a votar, cerca de metade da população mundial. Em Portugal haverá eleições regionais, legislativas e europeias.

Votar é um dever cívico, um ato de liberdade. Todos deveremos exercê-lo. Neste ano de todas as eleições, há que ler e dar a ler livros sobre a democracia, os direitos e deveres, a liberdade e o pleno exercício de cidadania. É neste contexto que consideramos pertinente a partilha de uma nova coleção de livros-álbum informativos sobre a temática.

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A Edições da Assembleia da República publica uma coleção intitulada Missão: Democracia dedicada aos mais jovens (e não só) que explora “conceitos abstratos como «democracia» ou «liberdade» e, por outro, particularizam-se instrumentos democráticos como «lei» e «eleições». Os temas propostos são uma espécie de percurso através de conceitos e valores essenciais que refletem a imagem da própria instituição enquanto Casa da Democracia.”[i]

São doze os títulos que constituem a coleção para a qual foram convocados escritores e ilustradores portugueses de várias gerações e sensibilidades artísticas, Dora Batalim Sottomayor é a consultora da coleção. Esta coleção é uma homenagem à Democracia em Portugal que nasceu há 50 anos, é por isso, também, uma homenagem aos 50 anos do 25 de abril.

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O primeiro título da coleção é A Melhor Amiga da menina República, com texto de Isabel Zambujal e ilustrações de Bernardo P. Carvalho, que nos recordam o 1 de fevereiro de 1908, horas antes do regicídio e, de um modo brevíssimo, os conflitos e lutas que os republicanos travaram para libertar o país da monarquia. Os leitores são transportados ao dia 5 de Outubro de 1910 quando a “República conquistou o poder. E com a Democracia, a sua melhor amiga, partilhou sonhos e triunfos.” Ao longo das páginas do livro a Menina República partilha as suas vivências nesses dias, meses e anos de mudança com a Democracia, a sua melhor amiga. Muitas foram as mudanças: nas escolas e universidades, no desporto, a liberdade de impressa e o direito à informação, novas leis, novos símbolos, como a uma bandeira, um hino e uma moeda. Não são esquecidos grandes nomes republicanos, de mulheres e homens, que desempenharam um papel importante na vida da Menina República.

Outros títulos da coleção já publicados:

  • Voltas e Reviravoltas, de Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada e Mantraste (ilust.)
  • Leva-me ao teu Líder, Afonso Cruz e Mariana Rio (ilust.)
  • Fantasmas, Bananas e Avestruzes, de Catarina Sobral (texto e ilust.)
  • E se fôssemos a votos?, de Luísa Ducla Soares e Rachel Caiano ( ilust.)

 

[i] In - ver mais em https://livraria.parlamento.pt/collections/missao-democracia

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Centro comercial em Medellín inaugura banheiros para cachorros; tem até pia!

Por CONTI outra — 12 de Fevereiro de 2024, 23:53

No Centro Comercial Santafé, em Medellín, uma novidade acolhedora aguarda os visitantes de quatro patas e seus acompanhantes humanos. Uma área especial foi inaugurada em fevereiro para atender às necessidades dos animais de estimação, oferecendo-lhes um espaço dedicado para suas pausas higiênicas.

Este novo espaço, localizado no primeiro andar, Setor Vermelho, próximo à Praça Principal, abrange uma generosa área de 16 metros quadrados. Equipado com grama natural, hidrantes e até um espelho para os pets darem uma olhadinha em seu melhor visual, este banheiro pet-friendly é um convite à comodidade e praticidade.

Maria Fernanda Bertel Puyo, gerente geral de Santafé Medellín, compartilhou a motivação por trás dessa iniciativa inovadora: “Nos últimos anos, especialmente após a pandemia, temos visto um aumento na posse de cães nos lares dos nossos visitantes, e por isso decidimos transformar-nos e adaptar-nos ao que os nossos visitantes necessitam. Fomos os primeiros em Medellín a permitir a entrada de animais de estimação nas nossas instalações e agora também somos os primeiros a ter uma casa de banho exclusiva para eles”.

Além dos recursos essenciais para os peludos, como distribuidores de sacolas e recipientes para descarte de resíduos, o espaço também foi projetado pensando no conforto dos donos. Uma pia e um secador estão à disposição para facilitar o cuidado após as pausas do pet.

E não é apenas em Medellín que essa ideia está decolando. No Aeroporto El Dorado, os visitantes de quatro patas também têm seu lugar garantido. Com quatro cubículos equipados com grama natural, sacos plásticos e até uma mangueira para limpeza, os pets podem desfrutar de uma parada confortável durante suas viagens.

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Redação Conti Outra, com informações do MWN.

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6 cortos para trabajar la autoestima

Por Manu Velasco — 28 de Janeiro de 2024, 23:00



1. Boundin

2. Pip

3. The little frog

4. Alike

5. Kiwi!

6. Piper


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Ian, un maravilloso corto animado que habla de amor e inclusión

Por Manu Velasco — 26 de Janeiro de 2024, 23:00

“Ian” comenzó su viaje en el Festival de Cine de Cannes y desde entonces el cortometraje ha ganado tres premios a la Mejor Animación y al Mejor Cortometraje, y ha sido seleccionado en más de veinte festivales.

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6 cortos para trabajar la empatía

Por Manu Velasco — 23 de Janeiro de 2024, 23:00



 Estos seis cortos nos permiten abordar y trabajar el valor de la empatía con nuestro alumnado.

1. Joy Story

2. The present

3. Orca

4. La caja

5. For the birds

6. One day


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El niño que jugaba afuera - Un vídeo impactante para reflexionar sobre la adicción a los dispositivos digitales

Por Manu Velasco — 12 de Janeiro de 2024, 23:00

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Gosto, logo existo

22 de Janeiro de 2024, 09:00

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Muitos são os jovens que recorrem aos computadores para pesquisar informações, ampliar conhecimentos ou satisfazer curiosidades. Imaginem que um dia ao pesquisar no Google o resultado obtido é: desconheço ou dirige-te à biblioteca mais próxima e procura num livro.

Acharia estranho? Possivelmente!

Esta seria uma excelente oportunidade para nós, educadores, esclarecermos os mais jovens que existem algoritmos que “são desenhados para nos mostrar aquilo que queremos ver, as opiniões ou conteúdos de quem respeitamos”. Sabemos que o Google não tem dúvidas, apenas certezas. Infelizmente, alguns resignam-se e aceitam toda a informação disponibilizada na web. Afortunados dos que gostam de fazer perguntas, duvidar, pensar e testar, mas também daqueles que acreditam que a leitura desenvolve o “pensamento crítico”.


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A informação e a desinformação (fake news) têm impacto nas nossas vidas, porque nos levam a tomar decisões. (…) Somos seguidores, seguimos influenciadores, influenciamo-nos com qual objetivo? Rimo-nos com vídeos virais, mas que vírus é este? Acreditamos em notícias sem pés nem cabeça, damos cabeçadas virtuais, cambalhotas emocionais, saltos mortais à retaguarda das palavras e, no final de tantas acrobacias, observamos a nossa própria solidão. Estamos mais ligados ou desligados do mundo que nos rodeia?  Este livro acredita que é importante fazer perguntas e que as respostas não estão todas no Google. Que a vida não é um questionário de escolha múltipla. Que precisamos de tempo para pensar e para sentir. Que o mundo não é a preto e branco. E que um emoji, por muito fofinho que seja, é só um emoji.


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Na preparação das atividades a desenvolver no âmbito do Dia da Internet Mais Segura, sugerimos hoje o livro Gosto, Logo Existo - Redes sociais, jornalismo e um estranho vírus chamado fake news, de Isabel Meira. É dirigido a jovens e a todos aqueles que se inquietam com as fake news, com o fenómeno das redes sociais, com os likes, com a “pegada digital” com o uso excessivo dos telemóveis, com os rumores, os boatos… a autora sublinha a importância de voltamos a pensar na famosa frase socrática “só sei que nada sei” para humildemente reconhecermos que ninguém sabe tudo sobre determinado assunto que e o que importa é ter disponibilidade para construir conhecimento, ampliar perspetivas, para nos questionarmos, duvidarmos, refletirmos e, desta forma, desenvolvermos o pensamento crítico que

a nossa ferramenta mais valiosa para alcançar um conhecimento mais profundo sobre a realidade em que vivemos e assim compreender a verdade (ou as várias verdades) que nos acompanham ao longo da vida

Os nativos digitais estiveram, estão e estarão sempre em contacto com as tecnologias. Vivem ligados. Apreciam o número de likes e partilhas. Acreditam no número de amigos e abraçam uma felicidade ilusória. Os nativos digitais creem no imediatismo e na gratuitidade. Mais uma ilusão. O acesso gratuito é pago com os nossos dados: as nossas preferências literárias, futebolísticas, gastronómicas ou outras mais íntimas. É importante dar tempo ao tempo, pois este é precioso e mestre na arte de fazer, de pensar e de sentir. A nossa relação com o mundo deve ser “ponderada, atenta e crítica.” A informação fidedigna implica

recolher informações, fazer perguntas, comparar dados, fazer contas, verificar factos, reunir opiniões. Voltar a verificar factos… há investigações que demoram meses ou mesmo anos! 


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Gosto, Logo Existo - Redes sociais, jornalismo e um estranho vírus chamado fake news é um livro híbrido onde a informação, os factos históricos, a estatística e o questionamento se cruzam com uma narrativa apelativa e estimulante.  Sem falsos moralismos, alerta o leitor para a valor do pensamento crítico, da liberdade e da privacidade. Uma verdadeira lição de literacia mediática.

Este é um livro para ler, refletir e dialogar. [1]

Este é um livro para divulgar!

 

[1] Nota: Recordamos as propostas metodolõgicas associadas a Leituras para refletir e dialogar:

 

 

 

 

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A Lídia no País das Armadilhas

9 de Janeiro de 2024, 09:00

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Lídia é uma jovem muito popular, na sua escola, “sabe responder na ponta da língua a quase todas as perguntas que lhe fazem, e isto quer as perguntas sejam postas por colegas, quer por professores”, mas também por ser muito imaginativa. Lídia, a jovem curiosa, provavelmente uma excelente leitora, foi com os seus colegas de turma e a Setôra Ideias visitar a Imprensa Nacional. Uma verdadeira aventura através do tempo!

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A visita ao edifício da Imprensa Nacional começou pela biblioteca, outrora denominada “Biblioteca da Impressão Régia”, instalada no Palácio de D. Fernando Soares de Noronha, encantou todos que permaneceram “um bocado a olhar para as paredes e para os livros. Entre os volumes encontravam-se coleções de revistas antigas com encadernações vistosas”.

Sabemos que atualmente, a biblioteca da Imprensa Nacional é a fiel guardiã de um acervo com cerca de 20 mil livros, incluindo os incunábulos e as primeiras edições da Imprensa Régia. A visita continua e Lídia acompanha os diferentes momentos históricos que atravessam a vida da Imprensa Nacional, assim ficamos a saber que “dentro da impressa nacional existiu uma escola. Ou melhor: várias escolas. Na verdade, desde a sua criação, cada oficina recebia aprendizes, normalmente com 14 anos, que eram ensinados a compor, imprimir, desenhar, gravar e fabricar letras” ou que a Imprensa Nacional “imprimiu obras e documentos importantes que hoje nos ajudam a compreender o impacto da ocupação francesa” ou ainda aprender sobre o trabalho feminino, entre o final do século XIX e o início do século XX, nas oficias.

A Lídia no País das Armadilhas - A história maravilhosa da Imprensa Nacional é uma aproximação ao livro informativo. O subtítulo indica-nos o tema, o glossário surge no final do livro, o texto é preciso, claro e rigoroso historicamente, mas a narrativa é pincelada com imaginação, dando ritmo à leitura. As imagens não são as típicas fotografias ou gráficos, que usualmente se encontram num livro informativo, mas sim, ilustrações elucidativas que ampliam a compreensão do texto. Nas últimas páginas muito aprendemos sobre a evolução dos prelos, das máquinas de impressão litográficas ou da primeira geração da offset. Sempre em tons de vermelho e verde recordando as cores da pátria.

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Conhecem a Gazeta de Lisboa? Talvez não. E, se vos perguntar se conhecem o Diário da República? Talvez já tenham ouvido falar ou necessidade de consultar. A publicação da legislação oficial hoje é disseminada em formato digital, mas nem sempre assim foi. Aqui fica o desafio para que os jovens leitores descubram a evolução desta publicação, assim como as capas de algumas das obras simbólicas da Imprensa Nacional.

 

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No Inverno, nem tudo dorme. Quatro sinais de vida natural no Jardim Gulbenkian

Por Equipa Wilder — 1 de Fevereiro de 2024, 12:58

Os dias são curtos, há chuva e vento e as temperaturas estão mais baixas. O mundo natural fica em repouso. Mas será que é mesmo assim? Num passeio atento pelo Jardim Gulbenkian ou outros espaços verdes por todo o país, podemos encontrar sinais de que muitas das espécies do mundo natural continuam em plena atividade nesta altura do ano.

Conheça alguns exemplos que o poderão inspirar a sair de casa e a procurar a natureza nestes dias mais frios, mesmo na cidade:

O lódão-bastardo, a murta e outras plantas enchem-se de bagas

Murta (Myrtus communis). Foto: Paula Corte-Real

Na verdade, o termo “bagas” é utilizado de forma comum para designar frutos que do ponto de vista botânico são diferentes: pode incluir desde bagas a drupas, cápsulas e outros tipos de fruto, dependendo da planta em questão, explica Carine Azevedo, que trabalha como consultora na gestão de património vegetal e se dedica também à comunicação de ciência.

Entre as árvores e arbustos mais comuns que se enfeitam de bagas na estação mais fria do ano, Carine avança com alguns exemplos: lódão-bastardo (Celtis australis), murta (Myrtus communis), azevinho (Ilex aquifolium), loureiro (Laurus nobilis), sabugueiro (Sambucus nigra), teixo (Taxus baccata), trovisco (Daphne gnidium) e tramazeira (Sorbus aucuparia).

Azevinho (Ilex aquifolium). Foto: Paula Corte-Real

Mas porque é que tanto o inverno como o outono são estações em que há mais riqueza destes pequenos frutos? Uma das razões está relacionada com a dispersão das sementes: “Produzir frutos atrativos durante a estação desfavorável é uma tática eficaz para atrair animais que deles se alimentam”, como é o caso de muitas pequenas aves, aponta. “Ao consumirem os frutos, os animais acabam por dispersar as sementes através dos seus excrementos, contribuindo para a disseminação e regeneração das plantas.” 

Por outro lado, como os dias são agora mais frios, “o inverno proporciona um período de dormência propício para que as sementes permaneçam inativas até que as condições se tornem favoráveis para a germinação durante a primavera.”

Várias espécies, aliás, florescem na primavera e no verão mas os frutos só amadurecem na metade mais fria do ano, acompanhando também assim o ciclo de vida dos insetos polinizadores. “Esta estratégia visa atrair esses insetos durante as estações de polinização, garantindo que as flores serão polinizadas, e que como resultado ocorra a produção e maturação de frutos no outono ou inverno.” Para as próprias plantas as bagas são também importantes como “reserva estratégica”, pois “fornecem recursos essenciais durante o período em que a fotossíntese é reduzida devido às condições desfavoráveis”. 

Muitos musgos que formam tapetes têm um crescimento enorme

Musgo-sedoso-penado (Homalothecium sericeum). Foto: Hermann Schachner/Wiki Commons

Só em Portugal continental, são conhecidas hoje mais de 700 espécies de musgos, destaca César Garcia, curador da coleção de briófitas do herbário LISU, ligado ao MUHNAC – Museu de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa.

Nem todos os musgos mostram alterações nesta altura do ano, como é o caso dos que revestem os troncos das árvores. Todavia, especialmente no grupo dos musgos que formam tapetes no solo, muitas espécies apresentam “um crescimento enorme” em períodos de “bastante humidade”, nota este botânico. Entre as mais comuns desse grupo, encontram-se o musgo-trançado-comum (Hypnum cupressiforme), também chamado de musgo-trança, o musgo-sedoso-penado (Homalothecium sericeum) e ainda as espécies Pseudoscleropodium purum Scleropodium touretii, que não têm nomes em português.

Musgo-trançado-comum (Hypnum cupressiforme). Foto: Stephen James McWilliam/iNaturalist

“É comum ouvirmos dizer ‘Este ano há muito musgo para o presépio’, uma frase associada a terem existido boas condições para estas plantas”, lembra ainda César Garcia, que é também coordenador do Núcleo de Jardins Botânicos da Universidade de Lisboa. No entanto, apela este investigador, “é errado colhermos musgos em grande quantidade, especialmente para venda”. É que estas plantas briófitas cumprem vários serviços muito importantes: “Agregam o solo, preservam a água, fixam as sementes das plantas vasculares e criam condições para a sua germinação, além de outros fatores. Por exemplo, têm um papel importantíssimo na recuperação de uma região após os incêndios.”

É tempo para a reprodução de vários caracóis

Caracol-das-cervejarias (Theba pisana). Foto: Lukas Pirkner/Biodiversity4All

É ao longo desta época do ano, quando há mais humidade, que muitas espécies de caracóis terrestres se reproduzem e põem os seus ovos, em especial nas áreas mais a sul da Península Ibérica, descreve Gonçalo Calado, professor na Universidade Lusófona. 

Por aqui, muitos caracóis reproduzem-se no inverno e estivam no verão, ou seja, acasalam na metade mais fria do ano e ficam imóveis e dormentes quando o calor aperta, um comportamento que se prevê que começará a ficar comum também no norte da Península Ibérica, à medida que as alterações climáticas progredirem. 

Uma nota curiosa: estes moluscos são considerados hermafroditas incompletos, uma vez que conseguem assumir tanto o género sexual masculino como o feminino quando chega a época de acasalamento, mas necessitam um do outro para conseguirem conceber.

De cerca de uma centena de diferentes espécies de caracóis terrestres conhecidos hoje em Portugal continental, três das mais comuns, identificadas pela plataforma de ciência cidadã Biodiversity4All, são a caracoleta (Cornu aspersum), o caracol-das-cervejarias (Theba pisana) e o caracol-leitoso (Otala lactea).

Caracoleta (Cornu aspersum). Foto: Paulo Martins/Biodiversity4All

Além dos caracóis, também muitas lesmas – semelhantes aos primeiros, mas sem casca externa – ficam mais ativas depois de uma chuvada ou em noites húmidas.

Apesar de serem considerados uma praga por muitos horticultores, tanto caracóis como lesmas têm papéis importantes nos ecossistemas, alimentando-se de detritos vegetais, fungos, insetos e centopeias. São também um alimento importante para inúmeros animais, desde os ouriços-cacheiros e os texugos às cobras e aos lagartos, pirilampos, sem esquecer inúmeras aves, como os melros e os estorninhos. 

A melhor altura para observar piscos-de-peito-ruivo e outras aves

Felosa-comum (Phylloscopus collybita). Foto: Diogo Oliveira

Praticamente metade das 42 espécies de aves conhecidas no Jardim Gulbenkian são residentes, permanecendo em Portugal ao longo de todo o ano, explica João Eduardo Rabaça, ornitólogo e professor universitário, no seu livro “As Aves do Jardim Gulbenkian”.

Todavia, os números de algumas destas aumentam nos meses de inverno devido à chegada de aves das mesmas espécies vindas de outros países europeus, em busca de temperaturas mais amenas e de alimento. O pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula), a felosa-comum (Phylloscupus collybita) e a toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla) são exemplos de aves que se tornam mais fáceis de observar nesta estação.

Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla). Foto: Diogo Oliveira

Existem ainda outras espécies que permanecem em Portugal apenas no tempo mais frio, migrando mais tarde para as áreas onde se costumam reproduzir. É o caso do estorninho-malhado (Sturnus vulgaris), do lugre (Carduelis spinus) e do tordo (Turdus philomelos).

Lugre (Carduelis spinus). Foto: Diogo Oliveira
Tordo-comum (Turdus philomelos). Foto: Diogo Oliveira

Este artigo insere-se na série “Jardins para a Vida Silvestre”, uma parceria entre a Wilder e a Fundação Calouste Gulbenkian.

O conteúdo No Inverno, nem tudo dorme. Quatro sinais de vida natural no Jardim Gulbenkian também está disponível em Wilder.

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Top 8 filmes para celebrar o Reveillón: Romance, comédia e emoção na sua virada de ano!

Por CONTI outra — 30 de Dezembro de 2023, 14:30

O Reveillón é um momento mágico e cheio de expectativas para muitas pessoas ao redor do mundo. Seja em festas glamorosas, na praia sob os fogos de artifício ou simplesmente em casa com amigos e familiares, a chegada do Ano Novo é sempre um momento especial. Para aqueles que desejam mergulhar no espírito festivo sem sair do sofá, aqui estão oito filmes com temática de Reveillón que certamente vão alegrar a sua virada de ano.

1. Harry e Sally: Feitos um para o Outro (1989)

Dirigido por Rob Reiner, este clássico da comédia romântica acompanha a relação de Harry e Sally ao longo de 12 anos, com momentos marcantes durante as festividades do Ano Novo. Um filme leve e divertido para começar a celebração.

2. Noite de Ano Novo (2011)

Este filme dirigido por Garry Marshall é uma celebração de amor, amizade e recomeços. Com um elenco estelar que inclui Sarah Jessica Parker, Jessica Biel e Ashton Kutcher, a trama se desenrola durante as últimas horas do ano, conectando histórias de diversos personagens.

3. O Diário de Bridget Jones (2001)

Bridget Jones, interpretada por Renée Zellweger, enfrenta os altos e baixos da vida amorosa enquanto celebra a virada do ano. Dirigido por Sharon Maguire, o filme é uma comédia romântica imperdível para quem procura risadas e reflexões sobre o amor próprio.

4. Sex and the City – O Filme (2008)

Baseado na famosa série de TV, este filme dirigido por Michael Patrick King segue as aventuras de Carrie Bradshaw e suas amigas durante o Ano Novo em Nova York. Com moda, romance e muita diversão, é uma escolha perfeita para os fãs da série.

5. A Noite da Virada (2014)

Uma comédia brasileira dirigida por Fábio Mendonça, “A Noite da Virada” mostra um grupo de amigos que se reúne para celebrar o Reveillón. Com situações engraçadas e surpreendentes, o filme promete risadas e reflexões sobre amizade e amor.

6. Os Penetras (2012)

Dirigido por Andrucha Waddington, este filme brasileiro é uma comédia hilariante que se desenrola durante uma festa de Ano Novo. Os protagonistas, Beto e Marco, são penetras profissionais e garantem momentos de diversão e confusão.

7. 200 Cigarros (1999)

Ambientado em Nova York na véspera de Ano Novo de 1981, este filme dirigido por Risa Bramon Garcia segue um grupo de amigos enquanto buscam amor e aventura durante uma noite de festa e celebração. Uma comédia nostálgica e envolvente.

8. Carol (2015)

Dirigido por Todd Haynes, “Carol” é uma história de amor intensa e delicada entre duas mulheres durante a década de 1950. Embora o Ano Novo não seja o foco principal, a atmosfera romântica e a elegância do filme o tornam uma escolha envolvente para a temporada festiva.

Esteja você em busca de romance, comédia ou drama, esta lista oferece opções variadas para todos os gostos. Prepare a pipoca, relaxe e deixe-se envolver pelos enredos emocionantes desses filmes temáticos de Reveillón. Que a virada do ano seja repleta de boas risadas, reflexões e momentos memoráveis!

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Hackers roubaram informações financeiras de mais de 80 mil pessoas nos EUA

Por Alessandro Di Lorenzo — 27 de Dezembro de 2023, 20:39

A National Amusements, um conglomerado de redes de cinema e de mídia controlador da Paramount e CBS, foi alvo de um grande ataque hacker. A empresa confirmou que os criminosos roubaram informações de cerca de 80 mil pessoas. O caso aconteceu em dezembro de 2022, mas só foi divulgado agora.

Leia mais

Dezenas de milhares de afetados

  • Segundo um documento legal enviado ao procurador-geral do Maine, nos Estados Unidos, os hackers roubaram informações pessoais de 82.128 pessoas.
  • A National Amusements só ficou sabendo da violação em agosto de 2023 e começou a notificar os afetados na semana passada.
  • O aviso de violação de dados afirma que os hackers roubaram informações financeiras, como números de contas bancárias ou números de cartão de crédito em combinação com códigos de segurança, senhas ou segredos associados.
  • O documento ainda informa que a empresa está oferecendo suporte aos afetados.
  • As informações são da Engadget.

Ataque hacker está sendo investigado

Apesar da confirmação do ataque hacker, não foi informado se os dados roubados são de clientes ou apenas de funcionários da empresa. Também não está claro que tipo de ataque a companhia sofreu e se pagou pelo resgate das informações vazadas.

O único posicionamento oficial da National Amusements até agora afirma que a empresa “tomou conhecimento de atividades suspeitas em nossa rede de computadores” em 15 de dezembro de 2022. A empresa ainda disse ter tomado “imediatamente medidas para proteger a rede e minimizar qualquer interrupção nas operações”.

Porta-vozes da CBS e da Paramount não se pronunciaram sobre o assunto. O caso ainda está sendo investigado e, por enquanto, não há maiores detalhes sobre a autoria do ataque hacker.

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10 películas de Netflix para educar en valores

Por Manu Velasco — 24 de Dezembro de 2023, 23:00



Recientemente, he visto estas 10 películas en Netflix que nos permiten abordar distintos valores con nuestros alumnos. Para acceder a las películas, haced clic en el título de cada una de ellas. ¡Espero que os gusten! ¿Cuál añadiríais vosotros?

1. El médico africano: un brillante médico congoleño logra escapar felizmente de la dictadura y se traslada con su familia en un pueblecito francés donde todas sufrirán el choque cultural.


2. El niño que domó el viento: un niño de 13 años se inspira en un libro de ciencias para construir una turbina de viento y salvar de la hambruna a su pueblo en Malawi. Basada en hechos reales.


3. Mala hierba: un estafador de poca monta con un pasado difícil que opera con su madre adoptiva se hace cargo de un grupo de estudiantes problemáticos que lo cambiarán todo.




4. El buen Sam: una curiosa periodista encuentra el amor mientras investiga la historia de un misterioso personaje que deja bolsas de dinero en casas ajenas por toda Nueva York.


5. El indomable Will Hunting: cuando unos profesores del MIT se dan cuenta de que un bedel es un genio de las matemáticas, un terapeuta ayudará al joven a afrontar los demonios que le reprimen. 




6. Wonder: un chico con una cara distinta nunca ha ido a la escuela porque lo educaron en casa. Ahora ha llegado el momento de salir ahí fuera y hacer amigos en su nueva clase.


7. Juego de honor: Ken Carter, un entrenador de baloncesto polémico, antepone los estudios al deporte y, dado el bajo rendimiento académico del equipo, suspende los próximos partidos.


8. The bad kids: un grupo de profesores de un instituto en el desierto de Mojave defienden un enfoque poco convencional para ayudar a estudiantes con problemas.


9. Billy Elliot: un chico cambia sus clases de boxeo por las de ballet, pasión que quiere llevar hasta el final, pero su padre no lo ve con buenos ojos.


10. El ascenso: un joven parisino de origen senegalés decide escalar el Everest para impresionar a la mujer que ama.


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Las mejores películas sobre profesores y educación

Por Manu Velasco — 21 de Dezembro de 2023, 23:00


Estas son algunas de las películas sobre profesores y educación que os recomiendo. Las podéis encontrar todas en distintas plataformas y en FILMIN.




1. Un buen maestro - Como si de un spin-off de "La Clase" se tratara, "El buen maestro" nos cuenta la historia de François, profesor de un prestigioso instituto que, por motivos del destino, acaba dando clases en un colegio del extrarradio de París.


2. Una razón brillante - El choque diálectico entre un profesor polémico y una alumna de origen argelino en la Universidad sirve al director Yvan Attal para construir una comedia elocuente que nos enseña como los enfrentamientos también pueden llevar a la tolerancia y el respeto.


3. La profesora de historia - Anne Gueguen es una profesora de Historia de instituto que se preocupa por los problemas de sus alumnos. Este año, como siempre, Anne tiene una clase difícil. Frustrada por su materialismo y falta de ambición, Anne desafía a su clase a participar en un concurso nacional sobre el qué significa ser adolescente en un campo de concentración nazi. Anne usará toda su energía y creatividad para captar la atención de sus alumnos y motivarlos.


4. Profesor en Groenlandia - Anders, un profesor recién licenciado, decide dejar su Dinamarca natal en busca de una aventura laboral en Groenlandia. Al llegar allí se siente extraño y alejado de sus habitantes, al ser una comunidad muy cerrada. Gracias a una serie de curiosas circunstancias, Anders cuestionará sus convicciones centroeuropeas y aceptará su nuevo estilo de vida polar.


5. Entre maestros - Un grupo de adolescentes, desmotivados por la educación que han recibido en la escuela, asisten durante doce días a unas clases especiales. Un maestro intenta despertar en ellos la capacidad de conocerse, creando un ambiente que ayude a sus alumnos a descubrir los enormes potenciales que habitan en su interior.


6. Profesor Lazhar - Bachir Lazhar, de 55 años y origen argelino, es contratado como sustituto de un maestro de primaria que ha muerto en trágicas circunstancias en una escuela de Montreal. El carisma y la forma muy particular de enseñar del profesor Lazhar resultarán fundamentales para sacar adelante el curso y cambiar la vida de sus jóvenes alumnos.


7. La clase - François es un joven profesor de lengua francesa en un instituto difícil; sus alumnos tienen entre 14 y 15 años. No duda en enfrentarse a Esmeralda, a Souleymane, a Khoumba y a los demás en estimulantes batallas verbales, como si la lengua estuviera en juego. Pero el aprendizaje de la democracia puede implicar auténticos riesgos.


8. Miss Kiet’s Children - ¿Como se adapta un niño a una nueva escuela, una nueva maestra, un nuevo idioma? Kiet Engels es la maestra que cualquier alumno querría tener. Haya, Leanne, Jorj y Maksim acaban de llegar a Holanda, son refugiados y para ellos todo es nuevo y confuso. Pero la mano firme a la vez que amorosa y la personal metodología de Miss Kiet, pronto hará despertar su confianza.


9. La pasión de Augustine - Canadá, Años 60. La revolución cultural y social empieza a tomar forma en la conservadora ciudad de Quebec. En una pequeña escuela en las afueras, hasta ahora aislada de los cambios de la gran ciudad, la Madre Augustine dedica su vida a enseñar a través de la música a jóvenes chicas de familias con dificultades…


10. El profesor - Henry Bathes es un profesor que posee un auténtico don para conectar con los alumnos. Pero Henry prefiere ignorar su talento. Al trabajar como profesor sustituto, nunca permanece bastante tiempo en un instituto como para mantener una relación afectiva con sus alumnos o sus compañeros. Cuando llega a un instituto donde una frustrada administración ha conseguido volver totalmente apáticos a los alumnos, Henry no tarda en convertirse en un ejemplo a seguir para los adolescentes.


11. Thunder Soul - Una joya tierna y emotiva que muestra como la ilusión y el trabajo pueden hacer que los obstaculos se derrumben mediante la figura de un heroe de carne y hueso que cambió la vida de sus alumnos, de la escuela, de la ciudad y en definitiva, del mundo de la música.


12. Los chicos del coro - En 1949 Clément Mathieu, profesor de música en paro, empieza a trabajar como vigilante en un internado de reeducación de menores. Especialmente represivo, el sistema de educación del director Rachin apenas logra mantener la autoridad sobre los alumnos difíciles. En sus esfuerzos por acercarse a ellos, Mathieu descubre que la música les atrae poderosamente y se entrega a la tarea de familiarizarlos con la magia del canto, al tiempo que va transformando sus vidas para siempre.


13. A viva voz - Alzar la voz, hablar con elocuencia, construir y argumentar un discurso. Herramientas tan necesarias en la vida como apasionantes de construir. Se acerca la fecha de Eloquentia, concurso de oratoria donde jóvenes (no precisamente privilegiados) medirán sus fuerzas. En esta cuenta atrás, todo un entrenamiento en plan Rocky (pero del arte de hablar en público, y con más humor) les llevará a lo más alto de su potencial.


14. Primaria - Florence es una profesora de primaria dedicada a sus alumnos. Cuando conoce a Sacha, un estudiante problemático, hace todo lo que puede para salvarlo, incluso descuidando a sus seres queridos y cuestionando su propia vocación como profesora. Pronto se dará cuenta de que nunca es tarde para aprender.


15. Una oportunidad para ellos - En el año crucial antes de entrar en las aguas pantanosas del instituto, aterrizamos en una clase de 16 alumnos y su profesora. En una antigua ciudad minera, en un colegio de discriminación positiva, niños de familias inmigrantes hablan con inusual franqueza de su visión del mundo bajo la mirada y réplica de su vivaz profesora.


16. Five days to dance - Una pareja de bailarines aparece una mañana en el aula de un instituto. Es lunes y anuncian a un grupo de adolescentes que tienen cinco días para subirse a un escenario y bailar. Una semana para cambiar las cosas. Un pequeño plazo pero un gran reto: mover a las personas cuando el mundo nos paraliza.

17. Rebelión en las aulas - Mark Thackeray, un ingeniero negro sin trabajo, acepta un empleo como profesor de un grupo de estudiantes bastante conflictivos en una escuela de la periferia de Londres. Sus alumnos son insolentes y groseros pero, en el fondo, no tienen malos sentimientos. Al principio intenta ganarse su confianza utilizando los métodos tradicionales, pero fracasa tan estrepitosamente que no tendrá más remedio que recurrir a otras fórmulas.


18. El lápiz, la nieve y la hierba - En algunos pueblos del Pirineo sigue funcionando, como antaño, la escuela unitaria. Un aula, un maestro y un puñado de niños de todas las edades que juegan, aprenden y se divierten juntos. Así es y así será, mientras la escuela y el pueblo sigan en pie.


19. El coro -Un niño huérfano de doce años de edad es enviado a un internado musical por un mecenas anónimo. Nadie esperaba que este chico rebelde y solitario pudiera alcanzar los estándares requeridos para formar parte del Boy Choir, un grupo coral que viaja por todo el mundo y mantiene el prestigio de la escuela. 


20. Solo es el principio - A lo largo de un curso, sentados en un círculo alrededor de una vela encendida, con ayuda de su maestra Pascaline, aprenden a expresarse, a escucharse mutuamente y a conocerse mejor. Entre todos hacen filosofía, reflexionan sobre temas importantes, a menudo olvidados en nuestra sociedad. No hay estudiantes buenos ni malos: lo fundamental es pensar por sí mismos.

21. El profesor de violín - Sâo Paulo, años 90. Laerte, un violinista de gran talento, da clases de música a adolescentes de una escuela pública en Heliópolis, un barrio de una zona deprimida de São Paulo, tras ser rechazado en la prestigiosa Orquesta Sinfónica del Estado.A pesar de las dificultades, el poder transformador de la música y la amistad que surge entre el profesor y sus alumnos les abre las puertas a un nuevo mundo.


22. Gigantes descalzos - El pueblo triqui lucha por salir de la marginación, por acabar con la pobreza en las montañas, y en esta lucha el baloncesto ha sido el factor diferencial. Conocemos a un grupo de niños capaces de ganar campeonatos a lo largo y ancho del mundo pero que, sobre todo, representan la ilusión y el ejemplo a seguir para toda una generación. Adentrándonos en la Región, descubrimos su día a día reflexionando sobre todos los cambios que el proyecto del profesor Sergio y la ABIM (Asociación de Baloncesto Indígena Mexicana) ha traído consigo.


23. A cielo abierto - En la frontera franco-belga hay un lugar donde acogen a niños con distintas discapacidades mentales y de adaptación social. Día a día, los adultos tratan de entender el enigma de cada uno de estos niños, inventando y buscando soluciones para que cada uno de ellos puedan tener una vida mejor. Para que sean felices.


24. A Film About Kids and Music - Emotiva mirada a un hermoso (y exitoso) experimento. Escuela de música forma Big Band infantil. Tras el esfuerzo, un soñador: el dedicado director, Joan Chamorro. Pero cada niño es protagonista de esta historia de entusiasmo, docencia y magnífico swing.


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6 cortos para fomentar la amistad

Por Manu Velasco — 18 de Dezembro de 2023, 23:00




Aquí os dejo 6 cortos que pueden servir para fomentar la amistad en nuestras clases.

1. Oktapodi

2. Cambio de pilas

3. Monsterbox

4. Partly Cloudy

5. Lily

6. Embarked


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Más de 1.000 recursos e ideas para celebrar la Navidad

Por Manu Velasco — 17 de Dezembro de 2023, 23:00


Regalos solidarios para cualquier época del año.
17 calendarios de Adviento fáciles de hacer.
Cientos de recursos educativos para la Navidad.
Nuevo y maravilloso anuncio de la lotería de Navidad.
Las letras de los villancicos más populares.
25 ideas muy originales para decorar el árbol de Navidad.
Las mejores obras de teatro de Navidad para representar con niños.
Los mejores juegos educativos para regalar en Navidad.
Las 24 mejores películas de Navidad.
6 juegos demandare para regalar a los más pequeños.
10 regalos tecnológicos para profesores.
Palabras para disfrutar de la Navidad.
5 sitios web para crear tarjetas de Navidad y enviarlas online.
Un bonito corto navideño que te llegará al corazón.
10 cuentos de Navidad en vídeo para que los niños descubran su magia.
Cómo hacer estrellas de Navidad para decorar.
10 recursos para aprender jugando estas navidades.
40 regalos muy originales para profesores.
4 vídeos de Navidad para educar en valores.
Manualidades de Navidad para niños.
Cómo hacer un belén de plastifica.
15 regalos de Navidad para docentes.
El emotivo vídeo de un anciano que quería reunir a toda su familia en Navidad.
Las mejores manualidades navideñas.
Manualidades y actividades para hacer con los niños en Navidad.
Monta tu propio belén.
La otra carta - Un vídeo para descubrir cuál es el mejor regalo para nuestros hijos.
5 juguetes originales para regalar a los más pequeños.
6 libros infantiles de Navidad para leer y regalar.
Más de 100 recursos educativos de Navidad.
10 manualidades de Navidad para realizar con niños.
Láminas para colorear relacionadas con la Navidad.
Más de 60 ideas originales para regalar a los más pequeños de la casa en Navidad.
100 enlaces con recursos TIC para trabajar la Navidad.
Navidad digital: villancicos, recetas, fotos y mil ideas más.
15 ideas para realizar estas navidades en tu colegio.
Navidades sorprendentes - Invitaciones personalizadas en vídeo de los Reyes y Papá Noel.
SantaApp - Aplicación para que los más pequeños disfruten de la visita de Papá Noel.
Libros que todo docente debe leer.
¿Conocéis algún recurso más?

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120 cortos para educar en valores

Por Manu Velasco — 12 de Dezembro de 2023, 23:00


 




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6 vídeos navideños para educar en valores

Por Manu Velasco — 30 de Novembro de 2023, 23:00




Aquí os dejo 6 vídeos navideños para educar en valores:

1. Experimento

2. Abuela

3. Abuelo

4. La otra carta

5. Justino

6. Dos ositos


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O Natal está no ar!

18 de Dezembro de 2023, 09:00

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Os dias estão mais curtos. O frio começa a sentir-se. O Natal aproxima-se.

É tempo de nos reunirmos e, em conjunto, exaltarmos a família, os amigos e a alegria de viver. Juntos celebramos a amizade e o amor, a generosidade e a solidariedade.

É tempo de presentear os que mais gostamos. Haverá melhor presente do que um livro?

A Rede de Bibliotecas Escolares disponibiliza algumas sugestões de leitura, neste Natal, para os mais pequenos.

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O Meu Primeiro Elmer de Natal é um  livro divertido que nos recorda  que é hora de levar o pinheiro de Natal para casa e enfeitá-lo para festejar os dias natalícios que estão quase… quase a chegar. “Elmer estava a dar uma volta com os elefantes mais novos, para escolherem uma árvore de Natal. Foi então que um alce disse: - Deixa-os ver o Papá Vermelho esta noite, mas fiquem escondidos.”  

Faltam apenas dois dias para a véspera de Natal, noite em que o Papá Vermelho faz a sua visita anual, para carregar os presentes para o trenó e os elefantes mais pequeninos estão muito agitados. Este ano para além de escolher, colher e transportar cuidadosamente o pinheiro, Elmer prepara uma surpresa especial, mas terão de se manter sossegados e escondidos…. Será que os jovens elefantes conseguem? 

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Todos sabemos que o Natal é mágico. A família reunida, um pinheiro com luzes a piscar, guloseimas e alguns presentes… O Pai Natal que Não Comia Queijo ou O Pai Natal das Memórias apresenta-nos as crianças do n. º4 da Rua das Papoilas, que adoravam surpresas de Natal e estavam longe de saber que uma surpresa as esperava. Estas crianças pensavam que as memórias eram coisas de velhos – mas será que o são? Naquele dia inesquecível, conheceram o minúsculo Pai Natal das Memórias que oferecia momentos únicos. Será que os mais jovens também guardam memórias?

 

 

 

 

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Preparados para dormir? 5… 4… 3… 2… 1…. Só faltam cinco noites até ao Natal!  Conseguem esperar? Os pacientes conseguirão, mas os mais ansiosos talvez não. As noites parecem longas, o sono teima em não chegar. Que fazer?  Sonhar com os presentes que irão chegar?  Ou ouvir as tradicionais canções de Natal? Talvez não fosse má ideia preparar um lanche para o Pai Natal e as suas Renas. Enquanto nada acontece, o tempo avança lentamente, continua-se a esperar” a visita do senhor das barbas, enquanto os sinos tocam as badaladas.”

O dia 25 de dezembro talvez seja o mais esperado pela maioria dos pequenos jovens por esse mundo fora.  Quem nunca sentiu a emoção da chegada do Natal? A magia da época, o desejo de que os dias passem depressa... E que tal tornar a última semana até ao Natal ainda mais emocionante?
Tic … Toc …Tic … Toc… a hora aproxima-se!

 

Feliz Natal a todos!

 

Outras sugestões:

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Se numa Noite de Inverno um Viajante

5 de Dezembro de 2023, 09:00

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Neste ano de 2023, comemora-se o centenário de nascimento de Italo Calvino (1923-1985), um dos mais amados e apreciados escritores italianos do século XX, a sua obra é conhecida no mundo inteiro.

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A sua obra é extensa, a sua escrita fantástica, interventiva, caleidoscópica e considerada, por muitos, experimental e inovadora. Selecionar um livro para partilhar é tarefa difícil e redutora, mas arriscamos eleger Se numa Noite de Inverno um Viajante para partilhar na rubrica Tempo para Ler.

 Em 1979, Italo Calvino escreve Se numa Noite de Inverno um Viajante, um romance com uma arquitetura original: narrativas interligadas, ao longo de doze capítulos, numa estrutura não linear e numa cartografia de cruzamentos e desencontros, de histórias dentro de histórias, de surpresas deliciosas e desprezíveis, temos o prazer de conhecer os protagonistas, o leitor e a leitora, que pretendem desvendar o enigma dos romances inacabados e dos manuscritos roubados e falsificados.

Estás a começar a ler o novo romance Se numa noite de Inverno um viajante de Italo Calvino. Descontrai-te. Recolhe-te. Afasta de ti todos os outros pensamentos. Deixa esfumar-se no indistinto o mundo que te rodeia. A porta é melhor fechá-la; lá dentro a televisão está sempre acesa. Diz aos outros: “Estou a ler! Não quero que me incomodem! (…) Arranja a posição mais cómoda: sentado, estendido, enroscado, deitado. Deitado de costas, de lado, de barriga. Na poltrona, no sofá, na cadeira, de baloiço, na cadeira de praia, no pufe. Numa cama de rede, ser tiveres alguma cama de rede, Em cima da cama, naturalmente, ou dentro da cama. Até podes pôr-te de cabeça para baixo, em posição de ioga. Com o livro virado ao contrário, bem entendido. (…) Bem, afinal, o que estás à espera?”

No cerne da trama encontra-se o personagem tradutor Hermes Marana, o qual serve não só como recurso narrativo para aumentar o grau de desconfiança do leitor e da leitora como também para questionar o papel do autor e do tradutor dentro do universo literário. Italo Calvino, por meio do personagem tradutor, ironiza a idealização do autor como criador absoluto do texto literário.  Num permanente jogo entre o “leitor”, a “leitora” personagens que estão no centro da narrativa e o leitor e leitora comuns, quer dizer nós, há um envolvimento cúmplice que permanece ao longo da deslumbrante leitura desta obra-prima pós-modernista.

 “Apareceste pela primeira vez ao Leitor numa livraria, ganhaste forma destacando-te de uma parede de estantes, como se a quantidade dos livros tornasse necessária a presença de uma Leitora”.

O leitor e a leitora têm como missão ler romances, embora tenham consciência de que “há livros com que simpatizo, e livros que não consigo suportar e que me vêm para sempre às mãos” e é neste encontro e desencontro de hectares e hectares de livros “que Podes Passar Sem Ler, os Livros Feitos Para Outros Usos Além Da Leitura, os Livros Já Lidos Sem Ser Preciso Sequer Abri-los Por Pertencerem À Categoria Do Já Lido Antes  De Ser Escrito (…) Livros Que Se Tivesses Mais Vidas Para Viver Certamente Lerias Também De Bom Grado Mas Infelizmente Os Dias Que Tens Para Viver São Os Que Tens Contados ” , de géneros literários, preferências que oscilam entre o mistério, a angústia, a literatura erótica ou a de viagens, entre outras, que se constroem mapas literários inimagináveis.

Na leitura dá-se qualquer coisa sobre a qual não tenho poder”, o verdadeiro leitor apenas tem a certeza de que a leitura provoca inquietação e infinitas possibilidades para que se (re)comece um processo sempre inacabado de novos eus, vivências e novas geografias.

Ler Se numa Noite de Inverno um Viajante é um verdadeiro desafio para nós, leitores reais, incitados a (re)pensar a literatura com a própria literatura, bem como a envolver-nos com outros personagens que fazem parte do universo literário, tais como o tradutor, o agente literário, o editor, o crítico literário ou o próprio autor. Ao longo da leitura, compreende-se os desassossegos de Calvino, muito vanguardistas para a época, entrelaçando a metalinguagem com uma narrativa de amor, suspense, erotismo e paixão. Afinal, o que faz de um romance um bom romance?

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Uma visita em busca de cinco aves aquáticas no Jardim Gulbenkian 

Por Inês Sequeira — 21 de Dezembro de 2023, 12:33

Nesta visita orientada por João Eduardo Rabaça, investigador e professor da Universidade de Évora, vamos em busca de cinco espécies “magníficas” deste espaço verde no centro de Lisboa, presentes em muitos outros parques e jardins por todo o país.

É em torno do lago grande do Jardim Gulbenkian que passam os seus dias várias espécies de aves aquáticas. Este “elemento estruturante do jardim”, como lhe chama João Eduardo Rabaça, que se junta a outros pontos de água e pequenos riachos nos 7,5 hectares deste espaço verde, permite que aqui se observem “algumas espécies de aves que não encontramos noutros locais de Lisboa com tanta regularidade”.

O facto de haver cada vez mais pessoas a viverem em meio urbano – cerca de 56% da população mundial, hoje em dia – tem levado ao aumento da desconexão com a natureza, lamenta o professor de Évora. No entanto, garante, “mesmo numa cidade é possível mantermos essa ligação e termos noção do que se passa no mundo natural”. E para isso, João Eduardo Rabaça faz uma sugestão: podemos acompanhar o ritmo das estações num espaço verde como é o Jardim Gulbenkian, fazendo visitas regulares para identificar as mudanças da paisagem e as diversas espécies de animais, plantas e cogumelos que aparecem e desaparecem com o avançar dos dias.

E que tal começar já? Com a ajuda das explicações dadas por João Eduardo Rabaça durante uma visita organizada, em junho, neste jardim, aproveite agora para, ao longo do ano, procurar as aves aquáticas do grupo que o professor de Évora apelida de “cinco magníficas”, numa alusão às excursões em grandes parques naturais africanos:

1. Ganso-do-egipto (Alopochen aegyptiaca)

Ganso-do-egipto (Alopochen aegyptiaca). Foto: Diogo Oliveira

Apesar do nome que lhes dão e do seu tamanho, estas aves de origem africana não são consideradas verdadeiros gansos, estando mais próximas dos patos em termos taxonómicos. Introduzido na Europa no século XVII com critérios ornamentais, em Portugal o ganso-do-egipto foi registado pela primeira vez em liberdade em 2002.

Desde então, a presença desta ave em Lisboa e noutras cidades do país tem vindo a aumentar, e hoje está legalmente classificada como espécie invasora. Estas são aves “muito territoriais”, em que “o casal reprodutor expulsa as crias jovens quando estas já são autónomas”, explica João Eduardo Rabaça.

Foi há cerca de uma década, vários anos antes de ganharem o estatuto de espécie invasora, que um casal reprodutor chegou ao Jardim Gulbenkian com o objetivo de ajudar a conter o grande aumento de patos-reais que já então se fazia ali sentir. Sem grande sucesso. Por estes dias de Verão, vêem-se alguns gansos-do-egipto a passear neste espaço verde, mas continuam a ser muitos mais os patos-reais que por aqui se bamboleiam, tanto nos lagos e riachos como nos relvados.

2. Pato-real (Anas platyrhynchos)

Pato-real (Anas platyrhynchos). Foto: Diogo Oliveira

O pato-real é o pato mais comum em Portugal e uma presença certa em muitos dos jardins, desde que tenham um pequeno lago. Mas porque é que há tantas destas aves no Jardim Gulbenkian? Desde logo, adianta o professor da Universidade de Évora, porque neste espaço verde urbano “não há predadores” para esta espécie, mas também porque “habituaram-se a ser alimentados” pelos visitantes. “O alimento natural que aqui existe é suficiente para um ecossistema equilibrado”, nota João Eduardo Rabaça, que alerta que os alimentos processados, como bolachas e pedaços de pão, também “não são saudáveis” para estas aves.

Em vez disso, os patos devem alimentar-se de “vegetação aquática, pequenos moluscos e crustáceos e insetos”. Se acontecer o contrário, “havendo alimento suplementar” fornecido por quem ali passeia, há uma tendência para haver “patos em excesso”. E isto tem consequências para o próprio jardim, como aconteceu há alguns anos: “Mal se semeavam novos talhões de relva os patos iam logo comê-los”, o que fez com que nessa época os relvados estivessem “em mau estado”.

Desde então as coisas melhoraram e muitos dos que visitam o jardim já estão mais bem informados, graças aos apelos para que não se alimentem estas aves, contidos em pequenos cartazes ilustrados colocados em vários pontos do jardim.

3. Galinha-de-água (Gallinula chloropus)

Galinha-de-água (Gallinula chloropus). Foto: Diogo Oliveira

As minúsculas crias da galinha-de-água nem sempre são avistadas no Jardim Gulbenkian, pois são vários os perigos que as espreitam, desde gatos a gaivotas, mas quando acontece, é impossível passarem despercebidas. Estas pequeninas aves irrequietas, sempre a chilrear, passeiam-se ao pé do lago, mas sempre perto da mãe, não vá outro animal mais atrevido apanhá-las para o almoço.

Quanto às galinhas-de-água já adultas são facilmente reconhecidas por quem estiver mais atento: basta reparar nos seus bicos vermelhos e amarelos, afilados, que contrastam com a penugem preta, e nas patas esverdeadas que terminam nuns dedos compridos e espaçados, bem diferentes das patas dos gansos e dos patos. As galinhas-de-água costumam fazer os seus ninhos de forma tosca e bem escondidos de possíveis predadores, tapados pela vegetação.

4. Guarda-rios (Alcedo atthis

Guarda-rios (Alcedo atthis). Foto: Diogo Oliveira

Num momento de sorte, por vezes é possível avistar um guarda-rios, quase sempre de fugida e pelo canto do olho. Quando observada em movimento, esta pequena ave aquática faz lembrar uma flecha azul, tamanha é a velocidade com que voa para caçar as suas presas dentro dos lagos ou dos rios.

No Jardim Gulbenkian, os guarda-rios alimentam-se de pequenos peixes e moluscos, ficando imóveis e praticamente invisíveis no cimo de um papiro ou caniço, enquanto estão à espreita, explica João Eduardo Rabaça. Conseguem “lidar muito bem com a luz polarizada”, o que lhes permite localizarem muito bem onde estão os peixes e outros pequenos animais que pretendem apanhar. No Jardim Gulbenkian estas aves são visitantes ocasionais e ali perto é também possível observá-las no Parque Eduardo VII e na Estufa Fria.

5. Garça-noturna ou goraz (Nycticorax nycticorax)

Garça-noturna ou goraz (Nycticorax nycticorax). Foto: PierreSelim/Wiki Commons


Estas garças conseguem permanecer completamente imóveis por longos momentos, o que torna a sua presença completamente despercebida para quem passa mesmo ali ao seu lado, enquanto aguardam pacientemente que um peixe, rã ou crustáceo mais desprevenido se aproxime da superfície da água. Podem ver-se regularmente neste espaço verde de Lisboa, em especial de Maio a Outubro, e é na época de reprodução que é mais fácil avistá-las também durante o dia, explica o livro “As Aves do Jardim Gulbenkian”, escrito por João Eduardo Rabaça e publicado em 2016.

Tanto aqui como no Jardim da Estrela, as garças-noturnas que se observam têm origem num pequeno grupo de aves desta espécie que nidificam em liberdade no Jardim Zoológico, em Sete Rios, indica também este ornitólogo.


Este artigo insere-se na série “Jardins para a Vida Silvestre”, uma parceria entre a Wilder e a Fundação Calouste Gulbenkian.

O conteúdo Uma visita em busca de cinco aves aquáticas no Jardim Gulbenkian  também está disponível em Wilder.

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Luisa Sonza relata paranoia em novo documentário: ‘Me imaginava pulando do prédio’

Por CONTI outra — 15 de Dezembro de 2023, 15:15

No documentário “Se eu fosse Luisa Sonza”, da Netflix, a cantora brasileira abre o coração sobre os desafios enfrentados durante um dos anos mais turbulentos de sua vida, revelando detalhes íntimos de sua batalha contra a depressão, paranoia e o vício em remédios controlados. A obra, que mergulha na vida pessoal da artista, expõe os bastidores de um sucesso musical que contrastava com a luta silenciosa nos bastidores.

Luisa Sonza, que na época tinha 22 anos, compartilhou os efeitos devastadores do ódio online que recebeu durante sua separação de Whindersson Nunes e seu relacionamento subsequente com Vitão. Os comentários negativos não apenas resultaram em episódios recorrentes de depressão, mas também a levaram a depender de medicamentos para dormir e ficar acordada.

Foto: Se eu fosse Luisa Sonza/Documentário

“Eu não queria dormir, misturava com bebida, ficava ligada. Eu tinha medo de dormir porque vinham muitas alucinações. Aí depois eu ficava tão cansada que tomava outros para apagar. Eu não falava disso para ninguém porque eu achava que estava ficando louca”, relata Luisa em um dos momentos marcantes do documentário.

As alucinações frequentes se transformaram em paranoia, a ponto de a cantora relatar um episódio durante uma sessão de massagem. “Eu estava deitada na maca e comecei a pensar que aquela pessoa ia me matar. Que iria pegar uma faca e enfiar nas minhas costas”, revela, destacando a gravidade de sua condição na época.

Foto: Reprodução/Instagram

Mesmo diante das tentativas da equipe de Sonza em fazê-la enxergar a realidade, a cantora resistia. “Eu queria esquecer, passei a ter medo da realidade. Tinha uns pesadelos… cheios de sangue”, relembra.

O documentário destaca a oscilação emocional de Sonza, entre momentos de profunda tristeza e felicidade, especialmente quando conhece um novo amor, Chico Moedas. O relacionamento é apresentado como um ponto de luminosidade em meio à escuridão que a artista enfrentava.

Nos momentos mais dramáticos, Luisa Sonza revela ter enfrentado pensamentos autodestrutivos: “Eu me imaginava correndo, no alto de um prédio, bem reto assim, e eu correndo e pulando. Ninguém quer morrer. A gente só quer que aquela dor acabe”, reflete, expondo a gravidade de seus conflitos internos.

Foto: Reprodução/Netflix

Além das questões emocionais, Sonza revela problemas físicos decorrentes do estresse, incluindo síndrome do pânico, distúrbios do sono e o diagnóstico surpreendente de quatro úlceras. “Eu sentia muita dor. Na boca do estômago, no braço esquerdo, tinha taquicardia. Pensava, vou infartar. Não conseguia comer, doía demais, queria vomitar. Aí fui fazer endoscopia e descobriram quatro úlceras. Uma bem grande e outras menores”, explica.

“Eu tô cansada de ficar triste. Tem muita coisa que não sei lidar ainda”, desabafa Sonza, destacando a importância de destigmatizar as conversas sobre saúde mental e encorajar outros a buscarem ajuda.

O documentário oferece uma visão íntima da jornada de Luisa Sonza, ressaltando a importância de abordar abertamente os desafios mentais e emocionais enfrentados por figuras públicas, contribuindo para uma conversa mais ampla sobre saúde mental.

Com informações de EXTRA

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Sete Razões para amar a filosofia

20 de Novembro de 2023, 09:00

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Em 2002, a UNESCO instituiu o Dia Mundial da Filosofia, reconhecendo a esta área do saber um papel essencial nas nossas vidas. A filosofia é frequentemente considerada um saber complicado, difícil, demasiado abstrato, mas não para aqueles que a amam. Ler, estudar e compreender filosofia é um exercício benéfico para as pessoas, para a Humanidade. Giuseppe Cambiano[1] encontra muitas razões para uma aproximação à atividade que se apresenta pelo nome de Filosofia, assim, no mês em que se comemora o Dia Mundial de Filosofia[2] partilhamos a leitura do livro Sete Razões para Amar a Filosofia[3]. Afinal, porque devemos amar a filosofia? Porque nos liberta da “tirania da habituação, sacode o dogmatismo arrogante e mantém desperto o nosso espanto”, porque a leitura dos textos e os  ensinamentos filosóficos poderão ajudar nas atitudes, assim como “a avaliar e a orientar o que se diz ou que se faz habitualmente, ou se encontra formulado em textos impressos ou nos ecrãs dos computadores, para tentarmos ser livres em relação a eles, sem sofremos passivamente condicionamentos ou pressões externas.”

Entre muitas razões para amar a filosofia, o autor do livro propõe sete motivos que se prendem com aspetos intrínsecos deste saber, são eles:

1) Fazer perguntas.

Perguntamos quando sentimos falta de algo, quando queremos compreender, o mundo e tudo o que nos rodeia. Sem perguntas “a vida quotidiana acabaria por se paralisar”, o espanto talvez não existisse e a simples curiosidade da vida, em geral, perderia o significado.  Cambiano esclarece-nos que há diferentes tipos de perguntas, que há no mundo pessoas que não gostam de fazer perguntas apesar do “jogo das perguntas” ser o mais antigo do mundo e que as respostas “são frequentemente procuradas naquilo que, em tempos antiquíssimos, se chamava «natureza», isto é, no próprio universo”. O território das perguntas filosóficas é um mundo gigantesco e simultaneamente fabuloso. 

2) Usar palavras.

 Não é fácil fazer uma pergunta, ao contrário do que muitos pensam. Para se fazer perguntas é preciso dominar os termos, as palavras. Afinal, o “uso das palavras na vida quotidiana permite orientar-nos com sucesso, consoante a abundância de vocabulário de que se dispõe: cada palavra é como uma janela nova que se abre para o mundo na sua imensa variedade, para as inúmeras tonalidades dos sentimentos e para os mais subtis itinerários do pensamento.” Os filósofos gostam de pensar nas palavras, elas são apropriação do real, um verdadeiro instrumento do pensamento. Com elas compreendemos situações, atitudes de algumas pessoas, aliviamos a dor, criamos, fazemos crescer ou matamos amizades, amores e cumplicidades.

3) Procurar respostas.

Todos ansiamos por respostas, desde a mais tenra idade. Na adolescência as respostas parecem ser mais importantes que as perguntas. Queremos respostas para edificar a nossa visão do mundo. Envolvidos numa ansiedade desmedida pode-se correr o risco de aceitar respostas baseadas em crenças não justificadas ou limitarmo-nos a permanecer nos imediatismos do senso comum.  Nem sempre os filósofos encontram respostas, mas sentem, muitas vezes, a necessidade de as encontrarem mesmo que sejam satisfatórias.

4) Apreciar a discordância.

Muitos são os filósofos que discordaram, na história da filosofia encontramos com alguma frequência, filósofos que se contradizem.  Talvez a razão de tal atitude é que gostam de dialogar, de escutar e argumentar. “O mundo dos filósofos é um mundo de competições” e esta ideia não é negativa, pelo contrário. Os filósofos gostam de disputar ideias e argumentos, encontrar falácias, evitar percursos erróneos e o formular o melhor dos raciocínios. Sabem que a divergência, desde que sustentada por argumentos fortes, é um excelente exercício.  A divergência é um exercício de liberdade, onde cada um escolhe os seus próprios argumentos, as suas razões e toma as suas decisões.

5) Abrir horizontes.

A filosofia não pretende ter o monopólio nem das perguntas nem das respostas, apenas deseja exercitar o pensamento, pensar criticamente, ser capaz de entrelaçar ideias, diferentes conceções do mundo e deste modo ampliar conhecimentos e perspetivas. É neste ambiente que, por exemplo, a bioética cresce procurando refletir sobre escolhas possíveis perante dilemas, indecisões que a vida nos coloca.

6) Compreender os outros: outros tempos.

“A exigência de compreender os outros, aquilo que dizem e fazem, é central para a vida quotidiana.”  Sem os outros seria difícil conhecermo-nos e ser quem somos. A leitura, a análise e discussão de textos filosóficos são verdadeiras ferramentas de reflexão, promovendo a relação com as palavras de outros e desafiando-nos ao exercício da compreensão, de nos colocar no lugar do outro, de questionar, de apresentar argumentos, de viver noutros tempos e de transformar o passado em presente.

7) Compreender os outros: outros mundos.

Quando a leitura, a análise e discussão de textos filosóficos ecoam em nós concretiza-se uma abertura a outros mundos, a outras formas de pensar, de ser e de estar, a outras tradições e geografias.

Por último, ousamos acrescentar que amar a filosofia é também amar a literatura e neste pequeno, mas intenso, livro habitam múltiplas referências à literatura. Afinal, foram muitos os escritores que se inspiraram e amaram, consciente ou inconscientemente, a filosofia.

Notas

[1] Giuseppe Cambiano licenciou-se em Filosofia em 1965. É professor emérito de História da Filosofia Antiga na Scuola Normale Superiore di Pisa e docente na Universidade de Torino. É também sócio da Academia Nacional de Lincei e diretor da revista Antiquorum Philosophia, fundada em 2007. Tem uma vasta obra publicada em Itália. Em Portugal, Sete Razões Para Amar a Filosofia é o único título disponível. 

[2] Em 2002, a UNESCO proclamou a celebração do DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA, em todo o mundo, na terceira quinta-feira do mês de novembro.

[3] Cambiano, G. (2020). Sete razões para amar a Filosofia. Edições 70

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15 películas sobre la inteligencia emocional que deberíamos ver

Por Manu Velasco — 15 de Novembro de 2023, 23:00



1. Robots: caer en la cuenta de las necesidades de los otros a través de la empatía, es el primer paso para poder ayudarlos.

2. Colegas en el bosque: confiar en los demás nos da seguridad y nos ayuda a superar las dificultades. Cuando trabajamos unidos por un mismo objetivo conseguimos resultados sorprendentes. 

3. El emperador y sus locuras: para superar un miedo tenemos que confiar en las personas que nos ofrecen su ayuda. También nosotros podemos ayudar a los demás a superar sus temores.


4. Chicken Little: en nuestra vida hay muchos motivos para el entusiasmo y la ilusión. Afrontar la vida con optimismo ayuda a superar las dificultades y generar alegría a nuestros alrededor.

5. Señora Doubtfire: cuando hacemos algo mal nos sentimos culpables. El perdón ayuda a superar la culpabilidad y nos da la alegría de poder empezar de nuevo.

6. Buscando a Nemo: querer a los demás hagan lo que hagan, es sentir un amor incondicional. El amor incondicional se preocupa por el bienestar del otro sin esperar nada a cambio.

7. Pocahontas: incluso en las situaciones más complicadas es posible encontrar gozo y esperanza. A veces, hay que tomar decisiones difíciles que, a la larga, nos darán felicidad.

8. Up: hay personas a las que admiramos e imitamos. Muchas de las cosas que hemos aprendido las sabemos porque alguien a quien admiramos nos las enseñó.

9. Lluvia de albóndigas: cuando los demás nos acogen y nos aceptan tal y como somos, crecemos en autoestima y ganamos seguridad para realizar nuestros sueños.

10. Del revés: las 5 emociones básicas (alegría, tristeza, ira, miedo y asco) gobiernan el cerebro de Riley. 

11. Wall-E: un robot nos ayuda a profundizar en la comunicación no verbal a través de las expresiones y gestos que utiliza para comunicarse.

12. Hermano Oso: que importante es perdonarse y reconciliarse. Esta película nos lo permite comprender.

13. Ratatouillees una película ideal para hacer ver a nuestros alumnos que "cualquiera puede cocinar", que cualquier puede crear si se lo propone. Podemos trabajar con nuestros alumnos el valor de creer en uno mismo.

14. Cómo entrenar a tu dragón: una película que nos da la oportunidad de trabajar la diversidad y de reflexionar sobre las consecuencias de nuestros actos. Durante toda la historia el valor de la amistad está muy presente, así como la capacidad de aprender a confiar en los demás.

15Los Croods: esta película se centra en el valor de la familia y en la posibilidad de hacer las cosas de un modo diferente, de atreverse a cambiar y de conquistar nuestros miedos.


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