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Conversas Pintadas no Festival Passa a Palavra.

Por Miguel Horta — 14 de Novembro de 2023, 19:23


Este ano, com mais energia, voltei a apresentar uma oficina de educação artística no Festival Passa a Palavra - “Conversas Pintadas”, em torno do discurso plástico de dois artistas; um, Neves de Sousa e outra Susa Monteiro, ilustradora que muito aprecio. Susa acrescenta à expressão naturalista de Neves de Sousa a presença das entidades mágicas de Angola. Como sempre fiz uma vista à exposição, antecedendo o trabalho de ateliê, promovendo a expressão individual e a comunicação entre gerações. Pensada para participantes a partir dos 8 anos, esta proposta contou com a presença de jovens, de crianças muito aplicadas e com clara inclinação para as Artes e os Pias. Haviam de ter visto as Mães e os Pais a trabalharem... Deu gosto.



Trouxe os meus materiais do ateliê: bons lápis para a fluidez do traço, lápis aguarela, propondo a integração da pintura e do desenho e técnicas compostas, múltiplos, através da utilização criativa de uma fotocopiadora. De vez em quando parava numa mesa e partilhava mais um modo de fazer. Não se ache que a qualidade do material não é importe, não é um capricho de artista – riscadores, pinceis , suportes profissionais, potenciam as expressões. Ora aqui está uma oficina pronta a replicar. Muito obrigado aos amigos Contabandistas que me mimaram e à dupla Cristina Taquelim Claúdia Fonseca, sempre muito atenta. Espero que tenham gostado da proposta e , se passarem por Oeiras, visitem a Galeria Verney onde tem lugar esta conversa entre artistas.




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Depois da Tempestade vem a calmaria

Por Miguel Horta — 20 de Dezembro de 2022, 19:40

 28 de Novembro 2022

"Quillebeuf - Foz do Sena" . William Turner . óleo sobre tela . 1833
Museu Gulbenkian . Inv.2362

É um trabalho delicado, respirado calmamente e outras vezes vivo como uma cor. Tudo é feito a pensar no Agora, aqui no Museu, com a verdade dos seniores que experimentam a nossa proposta. Trabalhar com a demência no Museu, que desafio! Obrigado Diana Pereira pela oportunidade desafiante. Pegámos no percurso da visita desenhada “A Tempestade” e fomos fazendo alteração adaptações a esta nova realidade. Já fizemos a visita que mantém o artista abordado, William Turner mas a peça escolhida é ”Quillebeuf – Foz do Sena” sendo o início da visita em frente à tela “Barcos” de Claude Monet

É por aqui que começamos a navegação com as duplas participantes: sénior e cuidador. O percurso é feito com atenção à diversidade das pessoas que nele estão. Fui buscar a canção “Rema, rema” (tradicional dos Açores) que cantei assim que levantámos a ancora. A visita vive daquilo que nos dão no momento, não tanto a memória mas a reação natural ao exposto e aos desafios que garantem a comunicação/conversa ao longo dos 60 minutos. O mar, o vento, chuva (que se faz sentir) o rumorejar das ondas são elementos que trazemos para a visita, através de um tubo sussurrador que propões o vento, uma cartolina mal comportada que provoca uma pequena corrente de ar, suficiente para fazer voar uma pluma, um pau de água que traz a escuta da chuva e um exercício a dois com duas caixas de água simulando o vai e vem das ondas sobre a areia. Também propomos um exercício simples de movimento em que cada um de nós é uma vaga e assim dançamos na galeria de exposições. A conversa segue naturalmente e aprofunda-se, os cuidadores são curiosos e a igreja que surge ao longe na pintura, com um portal românico, excita a curiosidade. Depois da visita procurei a Igreja de Quillebeuf e lá está ela restaurada, talvez, dos bombardeamentos da segunda guerra. Falamos muito sobre Turner, sobre as atmosferas; aliás, a sua composição, com os movimentos ascensionais de aves, nuvens, vento e águas que se tornam o mote para o pezinho de dança. Acho que nos correu bem a visita.




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La feria Arco 2022, en imágenes

Por Álvaro García — 23 de Fevereiro de 2022, 19:10
ARCO abre este miércoles las puertas de su edición aniversario, bautizada como 40 (+1), en la que durante cinco jornadas mostrará lo mejor del arte contemporáneo, alguna polémica y bastantes piezas de contenido político

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