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Crónicas naturais: Vulcões d’outono

Por Paulo Catry — 26 de Outubro de 2023, 12:36

O biólogo Paulo Catry fala-nos da bela Vanessa atalanta que por estes dias é uma presença quase certa em pomares e quintais, parecendo que surge subitamente do nada, mas na verdade chegada de uma longa viagem.

Outubro 2023

Esta não é a proverbial borboleta cujo bater de asas resulta num improvável furacão do outro lado do mundo (e, de qualquer forma, num planeta em aquecimento não há carência de mais acendedores de tempestades). Esta borboleta bate as asas e voa, inócua…, mas voa muito para além de onde a vista alcança. 

Creio que foi num livro do Jared Diamond que li que os caçadores de uma das tribos da Nova Guiné com quem ele trabalhava tinham nomes para todos os pássaros da floresta, discriminando espécies próximas, quase idênticas, sem dificuldades de maior. Para as borboletas, prodigiosamente diversas e coloridas naquela parte do mundo, tinham também nome. Só um.

Os animais que não servem para nada, nem tão somente que seja como alvo de ódio ou desprezo, não precisam de nome entre povos (como o nosso) pouco dados aos prazeres românticos da história natural. É o caso da borboleta Vanessa atalanta, que hoje vai aparecendo entre nós com o nome de “almirante-vermelho”, importado de terras britânicas (‘red admiral’). Bem que podíamos, neste caso, ter adotado antes o francês, ‘vulcain’, que convoca o fogo do ferreiro, e o do vulcão. Olhem para aquelas cores, o rio de lava serpenteando no basalto negro. O metal incandescente poisado sobre a bigorna encardida. Vão acesas as asas da borboleta que voa para além de onde a vista alcança.

Foto: Goran Horvat/Pixabay

Chega outubro e sobre a erva nova que desponta e dá-se esta maravilha de subitamente aparecerem do nada insetos de asas imaculadas em combustão. Sempre me surpreendeu como é que da secura estival se faziam, geralmente antes ainda dos cogumelos, borboletas adultas completas. Pensava eu que talvez fossem emergências de crisálidas que estivessem escondidas durante o verão à espera de vida nova. Puro engano, mas desculpável, quem é que liga aos invertebrados (além do polvo e do camarão)? Dos insetos rezam muito poucas histórias.

Estas borboletas são grandes migradoras, ainda que por falta de se poder seguir-lhes os movimentos individuais nos escapem muitos detalhes das suas peregrinações. Tudo indica, contudo, que a chegada massiva destes insetos em outubro tem origem nos movimentos migratórios de vulcõezinhos que nasceram no Centro e Norte da Europa (porventura uma parte vem das montanhas mais próximas)1,2. Há várias que prosseguem mais para sul ainda, chegando ao Norte de África (e algumas, talvez perdidas, cruzam o mar até ao arquipélago da Madeira). Muitas estabelecem-se por cá. 

Os machos defendem territórios com poucos metros de comprimento e de largura. Vemo-los bailar ao sol de outubro, rodopiam numa breve espiral ascendente, quer expulsando competidores, quer cortejando as fêmeas que uma vez fecundadas põem os ovos em urtigas que por esta época começam a crescer. As lagartas alimentam-se destas plantas (por vezes de outras espécies também) e desenvolvem-se lentamente sob o frio do longo inverno. Só na primavera, após a metamorfose, voa uma nova geração, grande parte da qual emigra de novo para o Norte da Europa, onde ocorrerá mais reprodução.

Foto: Alexandre Ultré/Wiki Commons

Sabe-se que tanto podem viajar deslocando-se baixo, a apenas um metro do chão, como podem voar sobre florestas logo acima da copa das árvores, ou muito mais alto ainda, até aos 3000 metros de altitude3. Conseguem utilizar as correntes ascendentes para, pairando em círculos, ganharem altura sem esforço. Escolhem dias de vento favorável, planam com eficácia entre batidas de asas e, graças aos depósitos de gordura que acumulam (sim, tal como as aves, enchem o abdómen de combustível amarelo, gordura pura), é provável que possam migrar ao longo de milhares de quilómetros em poucas semanas. Mas apesar das observações destes comportamentos, quer diretamente quer usando radares, apesar das capturas e de medições do estado fisiológico, apesar dos estudos sobre a reprodução, falta ainda tecnologia para as seguir em viagem.

Há borboletas que migram mais longe do que a Vanessa atalanta. A prima Vanessa cardui, por exemplo, até faz migrações transarianas, um prodígio sobre o qual vale a pena escrever e cismar (fica para outra ocasião). Estamos em outubro e a Vanessa atalanta é que é, uma presença quase certa nos nossos pomares e quintais. Tão corriqueira, não há quem não a conheça de vista. Poisa na fruta caída já meio estragada, bebe sucos fermentados; bebe sidra e dança ao sol. Feliz de ter chegado da grande viagem, tão pronta para competir como para galantear. Embriaga-se talvez, a vida é bela.

1Benvenuti S 1994. Italian Journal of Zoology

2 Stefanescu C 2001. Ecological Entomology

3 Mikkola K 2003. Entomologica Fennica


Saiba mais.

Leia aqui outros textos já publicados por Paulo Catry, professor e investigador do Mare – Marine and Environmental Sciences Centre, Ispa – Instituto Universitário, na série Crónicas Naturais. E também os artigos publicados em 2017, quando esteve à procura de aves marinhas no meio do Oceano Atlântico.

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Que espécie é esta: Cymbalophora pudica

Por Equipa Wilder — 13 de Outubro de 2023, 18:30

A leitora Sónia Gonçalves quis saber a que espécie pertence esta borboleta vista no início de Outubro em Azeitão. A Rede de Estações de Borboletas Nocturnas responde.

“O meu marido encontrou uma linda borboleta onde trabalhou estes dias, num hangar em Azeitão. Ele sabe que eu adoro conhecer e aprender sobre insetos e tira sempre fotografias. Nunca tinha visto uma borboleta com este padrão, mas procurei algo semelhante e julgo ser Arctia caja (segundo um guia de identificação velhinho que tenho). No entanto gostaria de saber o que acham, pois sou apenas uma curiosa! Aproveito para elogiar o vosso trabalho e iniciativa! Aguardo com expectativa a vossa resposta!”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta Cymbalophora pudica.

Espécie identificada porRede de Estações de Borboletas Nocturnas.

“É uma Cymbalophora pudica. Uma espécie comum e por vezes abundante. Voa apenas nesta altura do ano, entre finais de Agosto e meados de Outubro”, segundo a equipa da Rede de Estações de Borboletas Nocturnas.

Esta borboleta nocturna ocorre no Sul da Europa, desde a Península Ibérica à Grécia, e no Norte de África.

A envergadura de asa pode chegar aos 42 milímetros. As asas são de tons branco amarelado ou rosa com padrões triangulares pretos.

É um sinal do Outono. As lagartas podem ser observadas de Maio a Junho; os adultos podem ser vistos a voar de Agosto a Setembro, dependendo da sua localização.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

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Que espécie é esta: lagarta de borboleta do género Orgyia

Por Equipa Wilder — 5 de Outubro de 2023, 12:56

O leitor Cid Nunes fotografou esta lagarta em 2022 em Assafora, Sintra, e pediu para saber a espécie. A Rede de Estações de Borboletas Nocturnas responde.

“Segue a foto de uma lagarta muito estranha. A foto foi tirada na zona da Assafora /Sintra no ano passado. Podem, por favor, informar do que se trata? O que era este bichinho?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma borboleta nocturna do género Orgyia sp.

Espécie identificada porRede de Estações de Borboletas Nocturnas.

“É uma lagarta de Orgyia sp. Mas as fotos não permitem ver todos os detalhes necessários para avançar com a espécie”, explicou a equipa da Rede de Estações de Borboletas Nocturnas.

Esta é uma borboleta nocturna que pertence à família Erebidae.

Na Wilder já identificámos uma outra espécie deste género, a Orgyia antiqua.


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Que espécie é esta: traça-do-buxo

Por Equipa Wilder — 15 de Setembro de 2023, 15:05

O leitor Nuno Cruz encontrou esta borboleta a 28 de Agosto em Taíde e pediu para saber qual é a espécie. A equipa da Rede de Estações de Borboletas Nocturnas responde.

“Vi esta borboleta no dia 28 de agosto em Taíde. Gostava de saber que espécie é”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se da traça-do-buxo (Cydalima perspectalis). 

Espécie identificada e texto porRede de Estações de Borboletas Nocturnas.

Esta é uma espécie da família Crambidae, descrita para a Ciência em 1859 pelo entomólogo britânico Francis Walker.

É nativa do Japão, China, Taiwan, Coreias, Rússia e Índia. Invadiu a Europa desde que foi registada, pela primeira vez, na Alemanha em 2006.

Os adultos têm uma envergadura de asa entre os 40 e os 45 milímetros.

Há duas variações de cor nesta espécie, sendo a mais comum a que é maioritariamente branca; a outra é quase toda castanha clara.

As larvas alimentam-se de folhas e rebentos de várias espécies de buxos.


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Que espécie é esta: borboleta-cardinal

Por Equipa Wilder — 29 de Agosto de 2023, 16:46

O leitor Paulo Esteves fotografou esta borboleta a 5 de Agosto em Miranda do Douro e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares responde.

“Fotografei esta borboleta no dia 5 de agosto em Miranda do Douro. Uma ajuda para identificar esta espécie?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma borboleta-cardinal (Argynnis pandora).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma linda borboleta castanha-alaranjada com pintas negras, da família Nymphalidae, e com uma envergadura de asa entre os 65 e os 80 milímetros. É a maior borboleta europeia do género Argynnis.

Os adultos voam de Abril a Setembro e são vistos, especialmente, sobre cardos e budleias.

É uma espécie que ocorre no Sul da Europa, Norte de África, Canárias e Médio Oriente.


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Que espécie é esta: borboleta-carnaval

Por Equipa Wilder — 25 de Agosto de 2023, 14:40

A leitora Noélia Pereira fotografou esta borboleta em Cabanas de Tavira, Algarve, a 26 de Abril e quis saber qual a espécie. Albano Soares responde.

“Apareceu esta borboleta morta no meu quarto dia 26/04/2023 em Cabanas de Tavira, Algarve”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta-carnaval (Zerynthia rumina).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma borboleta muito vistosa e de grande beleza.

Ocorre na Península Ibérica e no Sul de França. Em Portugal Continental está presente em quase todo o país, mas é mais comum no Sul.

Esta espécie, que voa de Fevereiro a Maio, depende muito de uma planta, a chamada erva-bicha (Aristolochia paucinervis)É desta planta que se alimentam as suas lagartas. 


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Que espécie é esta: borboleta nocturna esfinge-das-tílias

Por Equipa Wilder — 23 de Agosto de 2023, 17:06

A leitora Soraia Rodrigues observou esta borboleta a 24 de Abril em Braga e pediu ajuda na identificação. A Rede de Estações de Borboletas Nocturnas responde.

“Vi esta borboleta e fui pesquisar no vosso site, mas continuo com dúvidas a que grupo pertence. Podem ajudar-me?!”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma esfinge-das-tílias (Mimas tiliae).

Espécie identificada por:  Rede de Estações de Borboletas Nocturnas

“O nome advém de uma das plantas-hospedeiras da larva, a tília”, indica também a Rede de Estações de Borboletas Nocturnas. 

As esfinges-das-tílias, que em fase adulta têm asas relativamente finas e em tons de verde e castanho, começam a voar na Primavera. Podemos vê-las durante o dia a descansar em paredes, troncos das árvores e vedações, normalmente perto das árvores onde as lagartas se irão alimentar. À noite são atraídas por zonas com luz.

Aqui pode ver uma lagarta da mesma espécie.


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Que espécie é esta: lagarta da borboleta-cauda-de-andorinha

Por Equipa Wilder — 11 de Agosto de 2023, 18:34

A leitora Marta Segão fotografou esta lagarta em Mafra a 9 de Agosto e perguntou a que espécie pertence. Albano Soares responde.

“Encontrei esta lagarta hoje, 09/08/2023, em Mafra (Vila Velha) no chão, na rua onde vivo. Nunca tinha visto nenhuma com estas cores. E sempre supus que andariam nas plantas e não em pleno alcatrão”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma lagarta da borboleta-cauda-de-andorinha (Papilio machaon). 

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“É a lagarta da bonita cauda-de-andorinha (Papilio machaon)”, respondeu Albano Soares.

Esta é uma das espécies de borboletas que se podem ver um pouco por todo o território, mesmo em meios urbanos.

Os adultos voam do início da Primavera ao Outono.

As lagartas alimentam-se de arrudas (Ruta sp.) e de plantas da família Apiaceae (família de plantas que inclui espécies como a salsa, o funcho e a cenoura).

Aqui pode ver a borboleta adulta.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:


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Que espécie é esta: borboleta esfingídeo-de-asas-transparentes

Por Equipa Wilder — 7 de Julho de 2023, 13:03

A leitora Helena Silva fotografou esta borboleta a 30 de Junho em Monchique e gostava de saber de que espécie é. Albano Soares responde.

“Encontrei este insecto no meu jardim. Gostava de saber que insecto é este, obrigada”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta esfingídeo-de-asas-transparentes (Hemaris fuciformis).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta grande borboleta, podendo chegar aos 48 milímetros, é um dos grandes polinizadores de Portugal.

Pertence à família Sphingidae e os adultos voam de Abril a Setembro, dependendo da localização.

Ocorre na Europa (excepto na Escandinávia), no Norte de África e na Ásia Central e Oriental.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:


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Que espécie é esta: borboleta-das-sardinheiras

Por Equipa Wilder — 7 de Julho de 2023, 12:48

A leitora Virgínia Santos fotografou esta borboleta a 9 de Junho em Sintra e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares responde.

“Observei estas duas borboletas no dia 9/6, na zona de Sintra. Parecem-me as duas iguais. Gostava de saber a que espécie pertencem. Desde já o meu obrigada”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratam-se de borboletas-das-sardinheiras (Cacyreus marshalli).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta pequena borboleta, da família Lycaenidae, é originária da África do Sul e tem vindo a espalhar-se nos últimos anos pelo Sul da Europa, incluindo em Portugal. Julga-se que terá sido introduzida com as importações de gerânios, flores das quais as suas lagartas se alimentam.

Na Europa, esta espécie coloniza habitats artificiais onde existam plantas dos géneros Pelargonium e Geranium e também em habitats naturais com estas espécies de plantas.

É mais facilmente observada de Março a Outubro.

As lagartas alimentam-se de folhas e flores.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:


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