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ChatGPT pode ajudar criação de armas biológicas? OpenAI responde

Por Pedro Spadoni — 2 de Fevereiro de 2024, 15:27

Quem pesquisou sobre armas biológicas no ChatGPT pago – cujo “motor” é o GPT-4 – teve “pequena vantagem” em relação a quem pesquisou sobre o assunto em mecanismos de busca da internet. Essa é a conclusão de um estudo conduzido pela OpenAI.

Para quem tem pressa:

  • Um estudo da OpenAI concluiu que usuários do ChatGPT têm “pequena vantagem” sobre quem pesquisou sobre armas biológicas usando mecanismos de busca convencionais;
  • O estudo foi conduzido pela equipe da OpenAI com intuito de avaliar os riscos e usos indevidos potenciais de seus modelos de inteligência artificial (IA), em resposta às preocupações de cientistas e legisladores;
  • O estudo envolveu 100 participantes – entre eles, especialistas e estudantes de biologia – divididos em dois grupos para comparar a eficácia do GPT-4 e da internet em tarefas relacionadas à fabricação de armas biológicas;
  • Apesar da vantagem modesta em precisão, usuários do GPT-4 produziram respostas mais detalhadas, e estudantes que acessaram o modelo quase equipararam a proficiência dos especialistas em certas tarefas.

A pesquisa foi realizada pela equipe da OpenAI, anunciada em outubro de 2023, com objetivo de avaliar os riscos e possíveis usos indevidos dos modelos de inteligência artificial (IA) da empresa.

Leia mais:

ChatGPT e armas biológicas

Imagem para ilustrar tutorial sobre o ChatGPT
(Imagem: Jonathan Kemper/Unsplash)

O estudo envolveu 100 participantes divididos em dois grupos: especialistas em biologia e estudantes com formação em biologia de nível universitário. Um grupo teve acesso ao GPT-4, enquanto o outro utilizou apenas a internet convencional para realizar cinco tarefas relacionadas à fabricação de armas biológicas.

Os resultados mostraram que o grupo que usou GPT-4 teve uma pontuação média de precisão ligeiramente superior nas tarefas. Por um lado, a pesquisa descreve a diferença como estatisticamente significa. Por outro, suas conclusões desafiam a ideia de que a inteligência artificial oferece uma grande vantagem nesse contexto.

No entanto, participantes que utilizaram GPT-4 produziram respostas mais detalhadas. E os estudantes que tiveram acesso ao modelo quase alcançaram o nível de proficiência dos especialistas em algumas tarefas, o que levanta questões sobre o potencial educativo da ferramenta.

A equipe da OpenAI responsável pelo estudo também explora o potencial de ameaças cibernéticas e a influência da IA na mudança de crenças. A ideia é entender e mitigar os riscos associados à tecnologia.

Pontos e contrapontos

Detalhe da página do ChatGPT
(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Apesar dos resultados do estudo minimizarem a vantagem fornecida pelo GPT-4 em comparação à internet convencional, críticos argumentam que a pesquisa interna da OpenAI subestima o impacto real do modelo de IA, treinado numa vasta quantidade de dados científicos e outras informações.

O estudo reconheceu que o ChatGPT forneceu uma vantagem “estatisticamente significativa” em termos de precisão total quando não ajustado por múltiplas comparações. Isso contradiz a interpretação inicial de que a IA oferece apenas um leve aumento na precisão e completude das respostas.

A pesquisa da OpenAI levanta o debate sobre o verdadeiro potencial das ferramentas de IA como ChatGPT, especialmente em campos sensíveis como a pesquisa de armas biológicas. Também destaca a importância de considerar as implicações éticas e de segurança ao desenvolver e aplicar essas tecnologias avançadas.

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Os primeiros chinelos podem ser da Idade da Pedra, revela estudo

Por Alessandro Di Lorenzo — 27 de Outubro de 2023, 20:13

Até agora, evidências científicas apontam que os primeiros calçados usados por seres humanos têm aproximadamente seis mil anos. Mas vestígios fósseis encontrados na Costa do Cabo, na África do Sul, podem mudar completamente esse entendimento. De acordo com pesquisadores envolvidos no estudo, as populações que viviam na Idade da Pedra Média (entre 70 mil e 150 mil anos atrás) já usavam algum tipo de calçado para caminhar pela praia.

Leia mais

Andar descalço não era uma opção

  • De acordo com a pesquisa, a descoberta pode significar que os humanos antigos já possuíam habilidades cognitivas e práticas complexas, diferentemente do que é aceito hoje pela comunidade científica.
  • O estudo revela indícios de que não era possível andar descalço (diferentemente do que está documentado na maior parte do planeta naquela época) na região da Costa do Cabo do Sul em função da presença de rochas muito afiadas.
  • Os pesquisadores destacam que uma lesão no pé seria fatal há tanto tempo atrás.
  • Por isso, os humanos desenvolveram uma forma de poder andar por aquelas superfícies.
  • As informações são da Phys.org.

Chinelos podem ter surgido muito antes do que se pensava

Não se sabe ao certo que tipo de calçado era utilizado. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo acreditam que seria uma espécie de chinelo da época.

Eles chegaram a essa suposição usando a icnologia, técnica que ajuda a procurar evidências de pegadas feitas por pessoas que usam alguma cobertura para os pés. Ao analisar essas pegadas, é possível aprender mais sobre o comportamento, o movimento e as interações das populações humanas antigas.

Os pesquisadores juntaram calçados primitivos e caminharam pelas mesmas praias que esses hominídeos pisaram. A equipe pôde comparar os locais de rastreamento reais (entre 70 mil e 150 mil anos de idade) com seu trabalho por meio de imagens computadorizadas. “Houve correlações incríveis”, afirma o estudo.

A teoria revela pelo menos três rastros na costa sul do Cabo que os humanos daquela época podem ter feito com os chinelos antigos. Os pesquisadores lembram que as evidências são inconclusivas e que são necessários mais estudos sobre o assunto.

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Novo estudo alcança resposta dupla nas células cancerígenas e imunológicas

Por Alisson Santos — 5 de Outubro de 2023, 17:27

Um grupo de pesquisadores do Tumor Immunotherapy Discovery Engine (TIDE) descobriu um novo candidato a medicamento de moléculas pequenas, que está sendo testado em um ensaio clínico que pretende melhorar as respostas dos pacientes à imunoterapia.

Publicado na revista Nature, o estudo é focado em uma pequena molécula que funciona através de dois mecanismos diferentes para retardar o crescimento do tumor — e tem aumentado a sobrevivência dos animais durante os testes de laboratório.

Leia mais:

A descoberta

  • Segundo os pesquisadores, nos testes em camundongos, a molécula tornou os tumores mais sensíveis ao ataque imunológico, aumentando a atividade das células imunológicas para combater tumores;
  • Essa molécula funciona bloqueando as proteínas PTPN2 e PTPN1, que atuam interrompendo a capacidade das células de detectar sinais que ativam as células do sistema imunológico;
  • A equipe descobriram que, ao inibir a PTPN2/N1, a molécula transforma as células imunitárias chamadas células T e NK em matadores mais eficazes de células tumorais — e também torna as células tumorais mais vulneráveis ​​ao ataque;
  • Conforme descrito pelo Medical Xpress, o bloqueio de PTPN2/N1 também ajuda a reduzir a exaustão das células T. Há um tipo de disfunção dessas células que pode direcionar resistência à imunoterapia contra o câncer.

Com esse duplo mecanismo de ação da molécula – visando células tumorais e imunológicas –, os pesquisadores acreditam poder explicar as razões de a molécula ser tão eficaz por si só em modelos animais – e pode nem mesmo precisam ser usados ​​em combinação com outros medicamentos, como a terapia anti-PD-1.

Além disso, essa descoberta é a única em comparação com outras imunoterapias contra o câncer, incluindo medicamentos PD-1. “Esta é uma oportunidade sem precedentes para avaliar como funcionam as respostas imunológicas”, disse Robert Manguso, co-autor do estudo,

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Quer sentir o perfume da Cleópatra? Agora é possível; entenda

Por Pedro Borges Spadoni — 19 de Agosto de 2023, 18:55

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recriaram o lendário perfume favorito de Cleópatra, a icônica rainha egípcia. Os frutos da pesquisa estão agora em exibição na universidade, como parte da exposição pública intitulada “A química dos perfumes”.

Para quem tem pressa:

  • Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recriaram o lendário perfume favorito de Cleópatra;
  • Com base num artigo científico alemão que descreveu a composição do perfume, os cientistas desenvolveram a fórmula que remonta a mais de três mil anos atrás;
  • A loção, conhecida como Mendesian, é revelada como uma “mistura intrigante” de canela, óleo de balanos, resinas e mirra;
  • Os frutos da pesquisa estão agora em exibição na universidade, como parte da exposição pública intitulada “A química dos perfumes”.

A exposição interativa oferece aos visitantes a chance de explorar a história dos perfumes, bem como aprender sobre os processos químicos envolvidos na extração de óleos essenciais.

Leia mais:

Membros do laboratório ficam à disposição para compartilhar informações sobre a rica história das fragrâncias e desvendar os segredos por trás da criação do Mendesian, o perfume que conecta os tempos antigos à ciência moderna.

O perfume de Cleópatra

Pintura de Cleópatra
(Imagem: Wikimedia Commons)

Com base num artigo científico alemão que descreveu a composição do perfume, os cientistas da UFSC desenvolveram a fórmula que remonta a mais de três mil anos atrás, de acordo com o g1.

A loção, conhecida como Mendesian, é revelada como uma “mistura intrigante” de canela, óleo de balanos, resinas e mirra – uma resina obtida de diversas espécies de árvores espinhosas.

O processo de recriação desse perfume histórico envolveu profundo conhecimento químico e técnico, conforme explicado pela professora Anelise Regiani.

Ela disse que o resultado captura tanto a personalidade marcante da rainha Cleópatra quanto a complexidade das matérias-primas antigas.

O perfume possui uma essência adocicada graças à mirra, enquanto a presença da resina de pinheiro confere um toque balsâmico. Além disso, as duas variedades de canela contribuem para um caráter especiado e amadeirado único.

O Mendesian, nome dado ao perfume recriado, era uma escolha tradicional entre as altas classes da sociedade no Antigo Egito.

A professora Regiani também contou que Cleópatra apreciava as fragrâncias das rosas. Histórias antigas sugerem que ela impregnou as velas de seu barco com o aroma das rosas antes de seu encontro com Marco Antônio, para que sua presença fosse anunciada pelo aroma distinto.

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Aprovada em medicida na USP, UNESP e Unifesp, mulher estudava enquanto filho dormia

Por CONTI outra — 8 de Agosto de 2023, 05:16

Foi após estabelecer sua carreira como farmacêutica que Bruna Fernandes Mendes da Silva decidiu perseguir um novo sonho: tornar-se médica. Hoje, aos 35 anos, ela está cursando o segundo período de Medicina na Universidade de São Paulo (USP), mas a trajetória até esse ponto não foi sem desafios.

Enquanto equilibrava suas responsabilidades como mãe e esposa, Bruna encaixava uma rígida rotina de estudos. “Eu parei e pensei: ‘Não dá pra eu voltar tudo para trás agora pra estudar medicina. Então, eu vou adiante me formar, ter uma profissão, vou trabalhar, ganhar dinheiro e fazer meu pé de meia pra eu poder fazer medicina num momento que eu for mais independente'”, conta ela.

No entanto, um ponto de virada inesperado ocorreu quando Bruna conheceu seu marido, também farmacêutico e estudante de medicina, que a incentivou a buscar seu sonho no presente, em vez de adiá-lo.

Foto: Arquivo pessoal

A chegada de seu primeiro filho, Rafa, em 2018, não a impediu de perseguir seu objetivo. “Duas semanas antes do parto, eu estava indo pro cursinho com apostila e tudo. Aí parei, tive o Rafa e fiz as provas neste ano. Foi uma experiência muito interessante fazer prova com o bebê recém-nascido, amamentando, foi pauleira mesmo”, relata Bruna. Ela estudava durante as consultas de terapia de seu filho e nos momentos em que ele dormia.

Apesar das adversidades, incluindo a interrupção temporária dos estudos durante a pandemia e o contágio de COVID-19 em sua família, Bruna persistiu. Ela equilibrou suas obrigações como mãe e esposa com longas horas de estudo, resultando na aprovação em três universidades públicas e uma particular: USP, Unifesp, Unesp e uma universidade particular em Jundiaí.

Foto: Arquivo pessoal

Optando por cursar Medicina na USP, Bruna agora administra suas responsabilidades domésticas e acadêmicas. Ela encoraja outras mulheres a seguirem seus sonhos mesmo após a maternidade, destacando que é possível conciliar múltiplos papéis na vida e realizar ambições profissionais.

Foto: Arquivo pessoal

Enfrentando uma jornada de casa em Jundiaí até a universidade em São Paulo, Bruna aproveita o trajeto para estudar e preparar trabalhos. “A gente consegue fazer tudo. Com foco, com força de vontade, fé… É preciso focar naquilo que interessa”, ressalta Bruna.

Com informações de Terra

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“Via no lixo vontade de estudar”, diz ex-catador que ganhou vaga em Harvard

Por CONTI outra — 28 de Julho de 2023, 22:05

Ciswal Santos, de 31 anos, está prestes a embarcar em uma jornada que antes lhe parecia inviável. Ele foi agraciado com a rara oportunidade de estudar na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conhecida mundialmente por sua excelência acadêmica e tradição centenária.

No entanto, a história de Ciswal vai muito além de sua conquista acadêmica. Originário de Juazeiro do Norte, ele enfrentou inúmeras dificuldades financeiras e obstáculos aparentemente intransponíveis. Como ex-catador de latinhas, Ciswal trabalhou em empregos temporários para juntar o dinheiro necessário para comprar materiais escolares básicos. Mas sua determinação em buscar conhecimento abriu caminho para um futuro brilhante.

“Eu via no lixo uma oportunidade de suprir minhas necessidades e minha vontade de estudar”, conta Ciswal, recordando os dias em que se esforçava para juntar alguns trocados catando latinhas após as aulas.

Foto: Valéria Alves/TV Verdes Mares

A trajetória de Ciswal foi marcada por momentos de desânimo, quase o levando a desistir. No entanto, ele encontrou apoio inesperado. “Eu me senti um fracasso e chorei”, revela. “Contei ao dono de um comércio o motivo da minha angústia, e ele colocou a mão no meu ombro, dizendo que eu não precisava sentir vergonha. Ele me aconselhou a não voltar tarde da noite e a utilizar esse tempo para estudar.”

A generosidade do proprietário do comércio foi um ponto de virada na vida do homem. “Ele guardou aquelas latinhas para que eu as pegasse pela manhã”, lembra emocionado. “Graças a esse anjo e às latinhas de cerveja que encontrei no lixo, consegui me formar.”

Ciswal pretende estudar a energia solar e tem o objetivo de torná-la acessível a todos. Com sua trajetória na renomada universidade, seus sonhos agora estão cada vez mais próximos.

Com informações de Manualidades Fáceis

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Pesquisa no Ártico vai coletar dados para treinar inteligência artificial

Por Pedro Borges Spadoni — 26 de Julho de 2023, 12:09

O navio quebra-gelo Healy, da Guarda Costeira dos EUA, iniciou uma missão científica de três meses no Ártico, com o objetivo de coletar dados para treinar ferramentas de IA (inteligência artificial).

Para quem tem pressa:

  • O navio quebra-gelo Healy, da Guarda Costeira dos EUA, vai passar três meses no Ártico, numa missão científica;
  • O objetivo dessa missão é coletar dados para treinar ferramentas de IA;
  • Câmeras instaladas por pesquisadores do MIT vão capturar imagens da região;
  • Essas imagens servirão para estudos sobre as mudanças climáticas;
  • Além disso, serão utilizadas para desenvolver ferramentas de IA capazes de analisar o ambiente ártico.

Durante a missão, câmeras instaladas por pesquisadores do Laboratório Lincoln, do MIT, vão capturar imagens da região. Elas servirão para estudos sobre as mudanças decorrentes do aquecimento global.

Leia mais:

IA e pesquisa no Ártico

Navio quebra-gelo da Guarda Costeira dos EUA no Ártico
(Imagem: Paul Metzger/Guarda Costeira dos EUA)

As imagens coletadas serão utilizadas no desenvolvimento de ferramentas de IA capazes de analisar o ambiente ártico, contribuindo para uma navegação segura e eficiente.

A pesquisa ressalta a importância das imagens coletadas a partir de navios para treinar ferramentas de visão computacional. Isso porque as imagens de satélite ou aéreas fornecem informações limitadas sobre o ambiente no Ártico.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos está particularmente interessada nesse desenvolvimento. É que ele auxiliará o planejamento de missões navais, além de automatizar a análise de dados na região do Ártico.

Essa região está cada vez mais acessível ao tráfego marítimo – tanto navios militares quanto embarcações envolvidas em pesca ilegal.

Como a pesquisa será feita

Pesquisadores de IA no Ártico
Da esquerda para a direta, pesquisadores Paul Metzger, Michael Emily e Amna Greaves (Imagem: Ensign James Pizaro/Guarda Costeira dos EUA)

A instalação de câmeras infravermelhas no quebra-gelo Healy permitirá a coleta de imagens de alta qualidade em condições climáticas extremas e iluminação adversa, o que possibilitará uma melhor compreensão das mudanças ocorridas na região.

O objetivo da pesquisa é disponibilizar um conjunto de dados aberto ao público, para que a comunidade de pesquisadores possa desenvolver ferramentas que auxiliem nas operações no Ártico e no combate às mudanças climáticas.

A equipe de pesquisa também planeja disponibilizar modelos de detecção de objetos e classificadores para identificar e rastrear objetos nas imagens coletadas.

O projeto foi realizado em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Guarda Costeira dos EUA e a Teledyne FLIR.

Além disso, espera-se que os resultados contribuam para o avanço do conhecimento sobre a região e para a aplicação da IA em diversos desafios enfrentados pelos EUA.

Com informações de MIT

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Descoberta sobre pandemia de Covid pode ajudar nos próximos surtos

Por Pedro Borges Spadoni — 26 de Junho de 2023, 20:26

Novas pesquisas que analisaram conjuntos complexos de dados globais da Covid-19 encontraram novas maneiras de simplificar as informações. E isso pode ajudar as autoridades de saúde a enfrentar surtos de doenças no futuro.

Para quem tem pressa:

  • Pesquisas que analisaram conjuntos complexos de dados globais da Covid-19 encontraram novas maneiras de simplificar as informações;
  • Isso pode ajudar as autoridades de saúde a enfrentar surtos de doenças no futuro;
  • “Cientistas em outros campos podem usar os métodos [do estudo] para explorar e tomar decisões informadas sobre os problemas que enfrentam”, acrescentou uma professora;
  • Descoberta veio do Centro de Ciência de Dados, da QUT (Universidade de Tecnologia de Queensland), na Austrália;
  • O estudo também forneceu novos insights sobre a pandemia de Covid-19 relacionados ao número diário de casos, mortes e medidas do governo.

Pesquisadores do Centro de Ciência de Dados, da QUT (Universidade de Tecnologia de Queensland), na Austrália, em colaboração com cientistas da Itália e da Suíça, usaram modelos avançados de estatística e ciência de dados para extrair informações em escala global.

Leia mais:

O estudo, publicado na revista científica Scientific Reports, forneceu novos insights sobre a pandemia de Covid-19 relacionados ao número diário de casos, mortes e medidas do governo. Os dados abrangeram 454 dias da pandemia – de 1º de março de 2020 a 29 de maio de 2021 – e incluíram 115 países.

Nova pesquisa sobre Covid-19

Ilustração de ciência de dados sobre Covid-19
(Imagem: Reprodução/University of Penssylvania)

O pesquisador sênior em ciência de dados, Edgar Santos-Fernandez, disse que a pesquisa envolveu o mapeamento da evolução da pandemia.

Ficamos surpresos ao descobrir que poderíamos simplificar um conjunto de dados complexo com mais de 1.300 dimensões e classificá-lo em apenas dois grupos caracterizados por um punhado de recursos relevantes. Apesar da natureza complexa das estatísticas agregadas por país, conseguimos desemaranhar e extrair informações valiosas para ajudar a informar a tomada de decisões.

Edgar Santos-Fernandez, pesquisador sênior em ciência de dados

Os pesquisadores descobriram dois clusters globalmente, com países dentro de cada um exibindo padrões semelhantes em sua resposta à pandemia. Em um deles, por exemplo, os países reagiram com prazos e estratégias semelhantes em relação a medidas de rigor, como o fechamento de escolas, locais de trabalho e fronteiras.

Importância

Moça atravessando rua em frente a ônibus
(Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O pesquisador Fernandez disse que os padrões identificados nos dados podem ajudar a prever a evolução de futuros surtos.

Esta informação pode ser usada para ajudar os governos e prestadores de cuidados de saúde a preparar e identificar estratégias mais eficazes em termos de intervenções e respostas não farmacêuticas.

Edgar Santos-Fernandez, pesquisador sênior em ciência de dados

A professora Kerrie Mengersen disse que a pesquisa destacou o imenso potencial da ciência de dados para descobrir insights mais profundos ocultos em conjuntos de dados complexos.

O que é igualmente empolgante é que os métodos desenvolvidos aqui não se aplicam apenas à pesquisa da Covid-19. Cientistas em vários outros campos podem usá-los para explorar e tomar decisões informadas sobre os problemas que enfrentam.

Kerrie Mengersen, professora

Os dados usados ​​na pesquisa foram obtidos do “Data Explorer” do Our World in Data e do CSI (Covid-19 Stringency Index), do OxCGRT (Oxford Coronavirus Government Response Tracker).

Com informações de Universidade de Tecnologia de Queensland e Scientific Reports

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Essa soja tem gosto (e aparência) de carne de porco; entenda

Por Pedro Borges Spadoni — 26 de Junho de 2023, 19:29

Se você abrir esse novo tipo de soja, verá que o interior é rosado. Trata-se da primeira demonstração de um novo tipo de agricultura, capaz de modificar geneticamente o DNA da soja para integrar o DNA de porco.

Para quem tem pressa:

  • A startup Moolec conseguiu modificar geneticamente o DNA da soja para integrar o DNA de porco;
  • Agora, a empresa planeja extrair proteína suína da soja e vendê-la a fabricantes de alimentos;
  • A ideia é ampliar alternativas de carne realista pelo mesmo preço da carne “normal” no mercado;
  • Além disso, a empresa trabalha na formulação de proteínas em pó, extraídas das plantas, que serão vendidas aos produtores de alimentos;
  • Os primeiros ingredientes podem chegar ao mercado em até cinco anos.

No final das contas, estamos replicando dentro de uma planta o que a natureza faz em um animal.

Gastón Paladini, CEO e cofundador da Moolec, startup que desenvolveu a soja

Agora, a empresa planeja extrair proteína suína da soja e vendê-la a fabricantes de alimentos para ajudar a criar alternativas de carne sem origem animal, mas com sabor realista.

Leia mais:

Como a soja foi feita

Comparação entre três grãos de soja normal e soja com proteína de porco
(Imagem: Divulgação/Moolec)

Por meio da engenharia genética, a equipe ajustou o núcleo da planta de soja para que produzisse as proteínas animais do porco. A cultura pode ser cultivada em fazendas, como qualquer outra soja.

Observamos as principais proteínas animais que fornecem textura, sabor e nutrição. Conhecemos a sequência de DNA dessas proteínas.

Amit Dhingra, diretor de ciências da Moolec

O processo, que a empresa chama de “agricultura molecular”, é uma maneira mais acessível de produzir proteína animal real – sem criar e abater animais – do que a carne “cultivada em células”, onde células de um animal vivo são cultivadas em tanques de aço.

Além disso, carne cultivada (também conhecida como carne cultivada em laboratório) consome muita energia para produzir – um estudo recente sugeriu que sua pegada de carbono pode realmente ser pior do que a da carne bovina.

O novo processo também é mais simples de escalar do que a fermentação de precisão, uma abordagem que usa micróbios para produzir proteína animal e requer infraestrutura especializada.

A beleza da tecnologia da Moolec é que, na verdade, a única coisa que estamos modificando é apenas a semente, bem no início da própria cadeia de valor, e a biologia e a infraestrutura atual fazem o resto.

Gastón Paladini, CEO e cofundador da startup

Importância

Comparação entre três grãos de soja normal e soja com proteína de porco
(Imagem: Divulgação/Moolec)

Por meio desse processo, a “soja de porco” poderia custar tanto quanto carne de porco no supermercado, por exemplo.

Os agricultores já cultivam, nos EUA, 350 milhões de toneladas métricas de soja por ano. E as novas sementes podem simplesmente substituir parte dessa safra. Isso porque mais de três quartos da produção atual é cultivada para ração animal – e parte dessa produção de soja está contribuindo para o desmatamento.

Se a proteína animal pudesse vir diretamente das plantas, poderia reduzir drasticamente o uso da terra e a pressão sobre a natureza.

Sim, é possível usar soja comum para fazer carne à base de plantas bastante realista. Mas também requer uma longa lista de outros aditivos. O uso de proteínas idênticas às encontradas em um animal pode levar a um produto com maior probabilidade de convencer os amantes de carne a fazer a troca, com menos ingredientes.

Um punhado de outras startups está usando a mesma abordagem para produzir proteínas animais, incluindo a Nobell, uma empresa que usa soja para produzir proteínas lácteas para queijo.

Próximos passos

Homem segurando punhado de grãos de soja em cima de colheitadeira com outra colheitadeira ao fundo num dia ensolarado
(Imagem: Wenderson Araújo/Trilux)

A Moolec demonstrou recentemente que sua plataforma – que apelidou de “Piggy Sooy” – pode produzir sementes de soja que contêm entre 5% e 26,6% de proteína suína. Isso é quatro vezes mais do que a equipe esperava inicialmente.

Para ser comercialmente viável, eles sabiam que pelo menos 5% da proteína total precisaria ser proteína de porco. Produzir a proteína da soja, em vez de criar um porco, significa que a pegada de carbono pode ser cerca de 60 vezes menor.

Agora, a empresa planeja aumentar a produção para mais testes, ao mesmo tempo em que trabalha na formulação de proteínas em pó, extraídas das plantas, que serão vendidas aos produtores de alimentos.

A startup também está trabalhando em várias outras proteínas para carne suína e bovina; cada variante de soja produz uma proteína específica. Os primeiros ingredientes podem chegar ao mercado em quatro ou cinco anos.

Paladini cresceu na América do Sul em uma família que administra uma grande empresa de produção de carne há gerações.

Conheço muito bem a cadeia de valor da carne tradicional e conheço muito bem as questões de sustentabilidade da cadeia de valor tradicional. Eu realmente acredito que precisamos encontrar uma solução alternativa para produzir proteínas animais.

Gastón Paladini, CEO e cofundador da Moolec

Com informações de Fast Company

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Cura do Alzheimer pode estar próxima graças a essas pesquisas

Por Pedro Borges Spadoni — 19 de Junho de 2023, 17:48

Graças aos avanços recentes conquistados por cientistas que estudam o Alzheimer, existem novas abordagens para estudar a doença. Entre elas, estão as linhas de pesquisa focadas em diferentes sintomas dos pacientes, que estudaram a origem do problema antes do agravamento. E elas trazem esperança de que a cura do Alzheimer esteja a alguns anos de distância.

Para quem tem pressa:

  • Existem linhas de pesquisa focadas em diferentes sintomas de pacientes com Alzheimer;
  • Uma delas descobriu que em pacientes acometidos pela doença o cérebro está envolvido por placas de proteína;
  • Outra explorou a inflamação que o Alzheimer causa no cérebro;
  • A última focou na proteína Tau, que forma emaranhados dentro dos neurônios;
  • As três descobertas fazem com que alguns cientistas passem a estudar a origem do problema bem antes dos primeiros sintomas;
  • Esse fator, em cada uma das linhas de pesquisa, pode fazer com que a cura seja descoberta em uma das frentes em um futuro não tão distante, segundo uma cientista.

O investimento nos estudos sobre o Alzheimer têm aumentado cada vez mais. E dado frutos. Por exemplo, o professor John Hardy, da University College de Londres, estuda a doença há 30 anos e descobriu que em pacientes acometidos pela doença o cérebro está envolvido por placas de proteína (beta-amiloides ou amiloides). Elas prejudicam a passagem dos impulsos nervosos entre um neurônio e outro.

Leia mais:

No entanto, a descoberta do professor já não é suficiente. Por dois motivos. Primeiro: algumas pessoas vivem sem sintomas de Alzheimer e, depois da morte, autópsias revelam que elas tinham cérebros cheio de placas amiloides. Segundo: os remédios criados após a descoberta não tiveram a eficácia esperada.

Lá no começo, a gente achava que o medicamento contra as placas amiloides seria uma bala mágica. Mas primeiro foi difícil desenvolver os remédios. E mesmo quando esses remédios funcionam, não são uma bala mágica. Vamos precisar descobrir mais coisas.

John Hardy, professor da University College de Londres

Mais descobertas sobre Alzheimer

Ilustração de neurônio em cérebro de pessoa com Alzheimer
(Imagem: National Institute on Aging/NIH)

Além das placas de proteína no cérebro descobertas por Hardy, acredita-se que outra saída seja a inflamação que o cérebro tem com o Alzheimer. É que foram encontradas nas autópsias, junto com as placas amiloides, células de defesa que têm como função limpar o cérebro, chamadas microglias. No entanto, com o passar do tempo, as microglias perdem a eficácia e se tornam parte da “sujeira”, matando mais neurônios.

Até o professor Hardy resolveu olhar com uma nova abordagem para o problema. “Entre 2007 e 2014 saíram artigos muito bons sobre o papel das micróglias no Alzheimer. Então percebemos que precisávamos pesquisar isso também”, disse.

Os cientistas têm, no entanto, mais uma suspeita forte: a proteína Tau. Ela forma emaranhados dentro dos neurônios. E a grande maioria das pessoas que têm esses emaranhados apresenta sintomas de Alzheimer.

A gente observa que a Tau tem muita relação com a gravidade da doença tanto do ponto de vista de sintomas de memória, linguagem, mas também de sintomas neuropsiquiátricos.

Claudia Suemoto, professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP

Cura da doença

Montagem com imagem de idoso e relógio para retratar conceito do Alzheimer
(Imagem: Geralt/Pixabay)

As três descobertas sobre o Alzheimer fazem com que alguns cientistas passem a estudar a origem do problema bem antes dos primeiros sintomas. Esse fator, em cada uma das linhas de pesquisa, pode fazer com que a cura seja descoberta em uma das frentes em um futuro não tão distante, de acordo com a cientista Malú Tansey.

Tenho muita, muita esperança de que a cura venha ainda no meu tempo de vida. E olha que não sou tão jovem. Em 15 anos talvez a gente se livre dessa doença. As descobertas de hoje são os medicamentos de amanhã.

Malu Tansey, cientista

Confira abaixo os sintomas do Alzheimer:

  • Em estágio inicial, a doença traz sintomas como dificuldades para falar e para cumprir tarefas simples do dia a dia, além de afetar a coordenação dos movimentos;
  • Nesse estágio, a doença também causa agitação e insônia;
  • Já em estágio mais avançado, ele acarreta deficiência motora e dificuldades para engolir, falar e se movimentar;
  • Muitas vezes, o paciente não consegue nem mesmo sair da cama.

Com informações do Fantástico

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Cientistas criam primeiro embrião sintético em laboratório, sem óvulos e espermatozoides

Por Vitoria Lopes Gomez — 16 de Junho de 2023, 18:35

Cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram que o primeiro embrião sintético humano foi criado em laboratório por meio de células-tronco, sem a necessidade de óvulos ou espermatozoides. O embrião ainda não tem estruturas básicas do corpo humano e próximos estágios do estudo mostrarão o possível desenvolvimento.

A conquista foi revelada na reunião anual da Sociedade Internacional para Pesquisa de Células-Tronco (ISSCR), nesta semana, nos Estados Unidos.

Leia mais:

Como funcionou

  • O estudo completo ainda não foi publicado, mas a professora da Universidade de Cambridge e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) Magdalena Żernicka-Goetz, que descreveu o feito no evento, explicou como foi feito.
  • Segundo ela, os embriões são os primeiros estágios de desenvolvimento do ser humano.
  • O cultivo dos embriões a partir das células-tronco embrionárias (material que se transforma em qualquer célula adulta) aconteceu pouco depois do desenvolvimento, cerca de 14 dias.
  • Nessa fase, os embriões ainda não têm algumas estruturas básicas, como o intestino, coração pulsando ou o começo do cérebro.
  • Assim, para replicar esse embrião inicial, o estudo imitou as células primordiais depois do óvulo e do espermatozoide.

Deu certo?

Como o embrião (e a pesquisa) estão em estágios iniciais de desenvolvimento, não é possível saber se o feito continuará amadurecendo. Se der certo, ele pode criar órgãos, por exemplo.

Ainda não se sabe até qual estágio o embrião pode chegar (Crédito: iStock)

Objetivo e importância

Porém, para além de ter dado certo ou não, o objetivo do estudo é identificar os mecanismos genéticos nesses primeiros estágios embrionários.

Não há perspectiva de usar os embriões sintéticos na prática clínica, mas eles são importantes para fornecer novas informações sobre distúrbios e condições genéticas e as causas para abortos espontâneos.

Eles são modelos de embriões, mas são muito emocionantes porque são muito parecidos com embriões humanos e um caminho muito importante para descobrir por que tantas gestações falham, já que a maioria das gestações falha na época do desenvolvimento em que construímos essas estruturas.

Magdalena Żernicka-Goetz, à CNN
Questões éticas e morais também estão envolvidas no estudo (Foto: Reprodução)

Ética

  • Por ser um campo de estudo relativamente novo, o estudo traz à tona questões éticas.
  • As diretrizes da ISSCR denotam que “a pesquisa científica em e com embriões humanos e linhagens de células-tronco embrionárias em cultura é vista como eticamente permissível em muitos países quando realizada sob rigorosa supervisão científica e ética”.
  • Porém, não se sabe até que ponto esses embriões podem chegar e, se eles de fato forem adiante e formarem um ser vivo, se as atuais regras serão mantidas.
  • Segundo o chefe de biologia de células-tronco e genética de desenvolvimento no Instituto Francis Crick, em entrevista ao The Guardian, se a intenção é que os embriões sejam tratados como embriões normais, então eles devem se tratados como tal.
  • A questão é justamente que os pesquisadores não sabem qual o potencial de desenvolvimento dessa célula e as regras podem mudar ao longo do caminho.

Potencial

  • Em 2022, a equipe de Żernicka-Goetz já havia se destacado por fazer um trabalho semelhante ao de agora.
  • Eles desenvolveram um embrião sintético de camundongo, que chegou na etapa de ter cérebro, coração pulsante e o início de todos os outros órgãos.
  • Esse foi o feito mais avançado até então.

Com informações de O Globo

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Cientistas conseguem produzir etanol usando fotossíntese; entenda

Por Pedro Borges Spadoni — 13 de Junho de 2023, 22:00

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram como produzir combustíveis – no caso, o etanol e propanol – para carros usando a fotossíntese. Esse é o mesmo processo que as plantas utilizam para produzir energia (glicose) a partir da luz solar, usando gás carbônico retirado da atmosfera e água – e liberando oxigênio como subproduto.

Para quem tem pressa:

  • Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram como usar fotossíntese para produzir etanol e propanol;
  • Eles produziram combustíveis usando “folhas artificiais” inspiradas nas plantas de verdade;
  • Essas folhas produziram os combustíveis usando a luz solar, água e CO2;
  • Os cientistas afirmam que tanto o etanol quanto o propanol produzidos são combustíveis de alta densidade energética e renováveis;
  • Agora, os cientistas trabalham para otimizar a captação de luz solar e o seu catalisador, evoluindo assim para uma escala de produção industrial.

A equipe de pesquisa, liderada pelo professor Erwin Reisner, do Departamento de Química de Yusuf Hamied, conseguiu produzir combustíveis usando suas “folhas artificiais”, de acordo com o estudo, publicado pela Nature Energy. Inspiradas nas plantas de verdade, essas folhas produziram etanol e propanol usando a luz solar, água e CO2.

Leia mais:

Etanol com fotossíntese: como é possível?

Homem colocando etanol em vidro de laboratório
(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

No começo dos projetos, as “folhas artificiais” produziam apenas produtos químicos mais simples – por exemplo: o gás de síntese, uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono utilizada na indústria para fazer plásticos, fertilizantes, produtos farmacêuticos e combustíveis.

Agora, com a utilização de um novo catalisador à base de cobre e paládio, os pesquisadores conseguiram fazer a sua folha produzir etanol e propanol líquidos numa única etapa. E sem a produção de gás de síntese em uma fase intermediária.

Normalmente, quando você tenta converter CO2 em outro produto químico usando um dispositivo de folha artificial, quase sempre obtém monóxido de carbono ou gás de síntese. Mas aqui conseguimos produzir um combustível líquido prático apenas usando a energia do sol. É um avanço empolgante que abre novos caminhos em nosso trabalho.

Dr. Motiar Rahaman, o primeiro autor do artigo

Os cientistas afirmam que tanto o etanol quanto o propanol produzidos são combustíveis de alta densidade energética e renováveis. O melhor é que não necessitam de preparação para o armazenamento nos postos ou para o funcionamento dos motores dos carros.

Próximos passos

Homem colocando etanol em tubo de vidro segurado por outro homem
(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

O objetivo dos pesquisadores agora é fazer o processo ser mais eficiente. Por enquanto, as folhas produzem combustível em escala laboratorial. Mas os cientistas já trabalham para otimizar a captação de luz solar e o seu catalisador, evoluindo assim para uma escala de produção industrial.

Embora ainda haja trabalho a ser feito, mostramos o que essas folhas artificiais são capazes de fazer. É importante mostrar que podemos ir além das moléculas mais simples e fazer coisas que são diretamente úteis à medida que nos afastamos dos combustíveis fósseis.

Erwin Reisner, líder da equipe de pesquisa e professor do Departamento de Química de Yusuf Hamied

Além disso, os cientistas defendem que o etanol e o propanol sintéticos são alternativas melhores que suas versões tradicionais, produzidas a partir de plantas como a cana-de-açúcar e milho.

O principal argumento à favor dos e-fuels é que eles são igualmente neutros em carbono. Mas são feitos em usinas, não utilizando plantações que poderiam estar sendo usadas para o plantio de outras culturas.

Com informações de Nature Energy

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Não é impressão sua: os voos estão ficando mais turbulentos; veja por quê

Por Pedro Borges Spadoni — 13 de Junho de 2023, 21:13

Uma forma especialmente insidiosa de turbulência piorou por causa das mudanças climáticas, de acordo com uma nova pesquisa. É a turbulência que se forma em céus sem nuvens, que normalmente são invisíveis ao radar de um avião, chamada turbulência de céu claro. E isso deve se tornar um problema maior para os voos à medida que o mundo esquenta.

Para quem tem pressa:

  • A turbulência de céu claro tem afetado mais voos por conta das mudanças climáticas, segundo uma pesquisa;
  • Em uma rota de voo típica sobre o Atlântico Norte, por exemplo, houve um aumento de 55% na turbulência de céu claro entre 1979 e 2020;
  • O aumento foi maior nos EUA e no Atlântico Norte;
  • A pesquisa também encontrou mais turbulência ao longo de rotas populares na Europa, Oriente Médio, Atlântico Sul e Pacífico Oriental;
  • A turbulência já custa às companhias aéreas estadunidenses centenas de milhões de dólares por ano.

Esse tipo de turbulência já se tornou mais comum, de acordo com um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters na semana passada. Em uma rota de voo típica sobre o Atlântico Norte, houve um aumento de 55% na turbulência de céu claro entre 1979 e 2020.

Leia mais:

Embora o aumento da turbulência tenha sido mais pronunciado nos EUA e no Atlântico Norte, o estudo também encontrou significativamente mais turbulência ao longo de rotas populares na Europa, Oriente Médio, Atlântico Sul e Pacífico Oriental.

Após uma década de pesquisa mostrando que as mudanças climáticas aumentarão a turbulência de céu claro no futuro, agora temos evidências sugerindo que o aumento já começou. As companhias aéreas precisarão começar a pensar em como administrarão o aumento da turbulência.

Paul Williams, coautor do estudo e cientista atmosférico da Universidade de Reading

Voos mais turbulentos

Avião decolando visto de baixo para cima
(Imagem: Paul J. Everett/Flickr)

A turbulência já custa às companhias aéreas estadunidenses centenas de milhões de dólares por ano devido a ferimentos, atrasos em voos, danos e desgaste de aviões. E cada minuto extra de um voo gasto em turbulência aumenta esses riscos, disse Williams.

Infelizmente, a turbulência de céu claro é particularmente difícil de navegar em voos. O radar de um avião pode alertar um piloto sobre a turbulência de uma tempestade próxima. Mas, como esse radar detecta gotículas de água nas nuvens, ele é essencialmente cego para a turbulência no ar puro que se forma quando não há nuvens à vista.

Esse tipo de turbulência se forma devido às diferenças na velocidade do vento em diferentes alturas, chamadas de cisalhamento do vento. O cisalhamento do vento está aumentando em bandas de ventos de fluxo rápido chamadas correntes de jato.

As correntes de jato estão se tornando mais caóticas à medida que as emissões de gases de efeito estufa dos combustíveis fósseis aquecem a camada mais baixa da atmosfera da Terra, a troposfera.

Esse caos – decorrente da crescente diferença de temperatura entre a troposfera e a estratosfera – está impulsionando o aumento da turbulência de céu claro, explicou Isabel Smith, meteorologista e estudante de doutorado na Universidade de Reading, que não participou do estudo.

Pesquisas

Avião deixando redemoinhos de nuvens para trás
(Imagem: Reprodução/Pilot Institute)

Enquanto o estudo analisa os dados atmosféricos coletados nas últimas quatro décadas, a própria pesquisa de Smith estima quanta turbulência de céu claro deve ser esperada para voos no futuro.

Ela publicou outro artigo, em março, que constatou um aumento médio de 9% a 14% desse tipo de turbulência em voos a cada estação para cada grau Celsius de aquecimento global no futuro. Desde a revolução industrial, o mundo já aqueceu mais de um grau Celsius.

Espera-se que os verões, temporadas de viagens movimentadas – e, normalmente, com menos turbulência nos voos – tenham um aumento maior do que os invernos, historicamente as estações com mais turbulência. Mas em 2050, os verões podem ser tão turbulentos quanto os invernos na década de 1950.

Mesmo sabendo disso, Smith ainda ficou surpresa ao ver quanto aumento já houve na turbulência de céu claro desde 1979.

Sabíamos que estava acontecendo, mas é chocante ver 55% – é um valor percentual [de aumento] bastante grande. É um pouco assustador quando você vê esses grandes valores.

Isabel Smith, meteorologista e estudante de doutorado na Universidade de Reading

Com informações de AGU e Nature

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Pesquisador da USP cria sistema para monitorar descarte de lixo

Por Pedro Borges Spadoni — 7 de Junho de 2023, 20:51

O pesquisador Bruno Suguimoto Iwami, da Escola Politécnica da USP, desenvolveu um sistema de monitoramento de despejo de lixo e entulho. O objetivo é verificar, por meio de um servidor, se o descarte foi feito de forma correta.

Para quem tem pressa:

  • Um pesquisador da USP desenvolveu um sistema de monitoramento de despejo de lixo e entulho;
  • O objetivo do sistema é verificar, por meio de um servidor, se o descarte foi feito de forma correta;
  • Só precisa instalar o sistema nos caminhões de coleta e colar os adesivos identificadores nas caçambas – depois disso, é tudo feito automaticamente, segundo o pesquisador;
  • O descarte inadequado de lixo e entulho nas cidades brasileiras têm impactos na mobilidade, moradia e saneamento básico.

Estamos a uma parceria de colocá-lo no mercado. É um prato cheio para adicionarmos uma inteligência artificial no sistema.

Bruno Suguimoto Iwami, pesquisador da Escola Politécnica da USP.

Leia mais:

O pesquisador contou com parceria dos professores Jó Ueyama e Francisco Louzada Neto, ambos do ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP, além do apoio da Auspin (Agência USP de Inovação).

Descarte inadequado de lixo

Visão de cima de uma caçamba de lixo despejando em lixão
(Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Segundo Iwami, a ideia da patente surgiu a partir de um diálogo com a Prefeitura Municipal de São Carlos (SP) sobre o monitoramento do despejo de lixo e entulho.

Em 2022, o Brasil produziu 81,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos, com cobertura de coleta de 93%. Estes dados são do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos do Brasil de 2022, captado pelo Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional.

O descarte inadequado de lixo e entulho nas cidades brasileiras têm impactos na mobilidade, moradia e saneamento básico.

A proposta do projeto é de um sistema que identifica quando uma caçamba é coletada ou despejada e se está cheia ou vazia, então envia estas informações para um servidor.

Bruno Suguimoto Iwami, pesquisador da Escola Politécnica da USP

Assim, o sistema identifica o número de registro da caçamba, suas coordenadas, ocupação e horário de despejo, de modo a verificar se o despejo foi feito de forma correta.

A tecnologia por trás

Caminhão despejando lixo em lixão com pessoas e abutre em volta
(Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A ideia da patente é sua aplicabilidade em quaisquer tipos de ambiente e cidade. Para isso, os desenvolvedores pensaram num sistema de fácil modificação em componentes de conexão.

“Trocar o módulo de telefonia por um módulo Wi-Fi seria bem fácil de ser feito para atender a uma cidade que possui sinal Wi-Fi por toda a sua extensão e, com isso, reduzir custo de dados móveis”, exemplificou o pesquisador.

Além disso, o sistema pode ser utilizado em diversos modelos de veículos, de forma a atender, simultaneamente, pequenos municípios e metrópoles.

Iwami também comentou que o módulo instalado nos veículos abrange outras tecnologias para melhor uso do produto.

Pensamos em proteção à prova d’água para os dias de chuva e, no caso dos identificadores, usamos a mesma tecnologia de cobrança automática em pedágios, que é aquele conjunto de antena e adesivo que colamos nos carros.

Bruno Suguimoto Iwami, pesquisador da Escola Politécnica da USP

Iwami explicou que o grupo trabalhou no desenvolvimento de cada componente do sistema. Entre eles, estão: processamento de dados do GPS e funcionamento da antena de identificação.

Importância do sistema

Abutre empoleirado em saco de lixo num lixão
(Imagem: Carol Garcia/Secom-BA)

Quase 30 milhões de toneladas de resíduos coletados no Brasil tiveram destinação inadequada, como lixões e aterros controlados, de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022, levantamento feito pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

O despejo de resíduos domiciliares e públicos não deveria ocorrer nesses espaços, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em 2010, e que estabelecia a extinção dos lixões e aterros irregulares.

Com o controle do local de coleta e despejo da caçamba, a tecnologia permite monitorar como está sendo feito o manejo dos resíduos e a distribuição geográfica das caçambas por meio de uma aplicação web.

Só precisa instalar o sistema nos caminhões de coleta e colar os adesivos identificadores nas caçambas. Depois disso, é tudo feito automaticamente.

Bruno Suguimoto Iwami, pesquisador da Escola Politécnica da USP

A promoção de políticas públicas de gestão adequada de resíduos sólidos urbanos no País, com o foco na geração, coleta e destinação desses materiais, é um fator-chave na aplicação da patente.

“Acredito que em breve o sistema estará no mercado porque, em algumas cidades do Brasil, o monitoramento de caçambas está se tornando obrigatório e o nosso sistema prevê um baixo custo de produção”, disse o pesquisador.

Desde 2017, a Prefeitura Municipal de São Paulo, por exemplo, adota o monitoramento eletrônico de caçambas pela garantia do descarte de lixo no destino correto.

Com informações do Jornal da USP

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Estrela estranha pode resolver mistério sobre início do universo

Por Pedro Borges Spadoni — 7 de Junho de 2023, 16:17

A composição química de uma estrela estranha encontrada na nossa galáxia – a Via Láctea – representa a primeira evidência das mortes violentas dos primeiros astros do universo, relata um novo estudo, publicado nesta quarta-feira (07) na revista científica Nature.

Para quem tem pressa:

  • A composição química de uma estrela estranha traz evidência das mortes violentas das primeiras estrelas do universo;
  • Descoberta da evidência levanta pistas sobre “impressões digitais cósmicas” de estrelas massivas da aurora do universo;
  • Antes deste estudo, nenhuma evidência de supernovas das massivas tinha sido encontrada nas estrelas pobres em metal, segundo um dos autores;
  • A pesquisa também sugere outra composição para a segunda geração de astros do universo.

As primeiras estrelas do universo nasceram cerca de 100 milhões a 250 milhões de anos após o Big Bang, que ocorreu há cerca de 13,8 bilhões de anos. Mas os cientistas ainda não sabem como a massa dessa primeira geração foi distribuída.

Leia mais:

Nuvem nebulosa no meio de um céu estrelado
(Foto: Stephen Rahn/Negative Space)

A modelagem de estrelas no início do universo indica que alguns desses corpos estelares podem ter massas equivalentes a centenas de sóis.

Estrelas massivas terminam suas vidas com gigantescas explosões cósmicas chamadas supernovas. Mas corpos estelares com massas entre 140 e 260 vezes a do Sol naquela época teriam terminado suas vidas em explosões de supernova diferentes daquelas tipicamente vistas no universo posterior (conhecido como Tipo II e supernovas do tipo Ia), disseram os membros da equipe de estudo.

Essas explosões únicas são chamadas de supernovas de instabilidade de pares (PISNe).

Explosões de estrelas

Nebulosa com muitas estrelas dentro
(Imagem: PxHere)

Todas as supernovas espalham elementos mais pesados ​​que o hidrogênio e o hélio, que os astrônomos chamam de metais, por todo o universo. Os metais são sintetizados nos núcleos de estrelas gigantes e são incorporados na próxima geração de corpos estelares.

Como são bastante diferentes dos espasmos da morte estelar explosiva comuns, essas PISNe devem deixar para trás uma impressão digital química única na próxima geração de estrelas. No entanto, até agora, os astrônomos não conseguiram descobrir essas impressões digitais cósmicas.

Na nova pesquisa, uma equipe de cientistas descobriu que a estrela quimicamente peculiar LAMOST J1010+2358 poderia representar a primeira evidência de PISNe de estrelas massivas iniciais.

Como o estudo foi feito

Estrelas, planetas e galáxias espalhados pelo firmamento
(Imagem: Nasa/ESA)

Os pesquisadores usaram dados coletados pelo levantamento do Large Sky Area Multi-Object Fiber Spectroscopic Telescope (LAMOST) e observações de acompanhamento do Subaru Telescope no Havaí para determinar que LAMOST J1010+2358 se formou numa nuvem de gás dominada pelos restos de uma estrela de massa solar 260 que morreu em uma explosão PISNe.

A evidência química mais significativa reunida pela equipe foi uma abundância extremamente baixa de sódio e cobalto e uma grande variação entre elementos que possuem números ímpares e pares de elétrons.

Isso é significativo, porque as PISNe ocorrem devido a uma instabilidade causada pela produção de pares de elétron e anti-elétron  – também conhecida como  pósitron . Essa instabilidade reduz a pressão térmica dentro do núcleo de uma estrela muito massiva e leva a um colapso parcial.

Ele [o estudo] fornece uma pista essencial para restringir a função de massa inicial no início do universo. Antes desta pesquisa, nenhuma evidência de supernovas de estrelas massivas tinha sido encontrada nas estrelas pobres em metal.

Zhao Gang, autor correspondente do estudo e professor dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (NAOC), em comunicado

Outras descobertas na estrela

A equipe também descobriu que LAMOST J1010+2358 é muito mais rica em ferro do que outras estrelas pobres em metais de idade semelhante no halo galáctico. Isso sugere que as estrelas de segunda geração forjadas em nuvens contendo os restos gasosos da PISNe podem ser mais abundantes em elementos pesados ​​do que se pensa atualmente.

Um dos ‘santos graais’ da busca por estrelas pobres em metais é encontrar evidências para essas supernovas de instabilidade de pares iniciais.

Avi Loeb, astrofísico, ex-presidente do Departamento de Astronomia da Universidade de Harvard, em comunicado

Com informações da Nature

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Sistema criado por brasileiro pode mudar tudo na indústria

Por Pedro Borges Spadoni — 2 de Junho de 2023, 15:29

O inventor brasileiro Klaus Raizer, da Ericsson, revelou sua mais recente invenção: o multi-agent reinforcement learner for shadow mitigation. Traduzindo: é um sistema que combina a tecnologia de aprendizado por reforço com a colaboração de múltiplos agentes.

Para quem tem pressa:

  • O inventor brasileiro Klaus Raizer, da Ericsson, desenvolveu um sistema com potencial para transformar a agricultura, manufatura e telecomunicações;
  • Esse sistema combina a tecnologia de aprendizado por reforço com a colaboração de múltiplos agentes;
  • A invenção se baseia na técnica de aprendizado por reforço, no qual os agentes recebem recompensas pelo desempenho de suas ações;
  • Um exemplo que inspirou a criação da patente foi a crescente utilização de robôs em fábricas.

A criação de Raizer e coautores tem o potencial de transformar setores industriais, como agricultura, manufatura e telecomunicações. Isso porque ela permite a cooperação autônoma entre agentes para atingir objetivos comuns.

Leia mais:

Diferentemente dos sistemas tradicionais, em que um único agente toma decisões no ambiente, o desenvolvido por Raizer traz múltiplos agentes trabalhando de forma independente, porém, colaborativa. O sistema se baseia na técnica de aprendizado por reforço, no qual os agentes recebem recompensas pelo desempenho de suas ações no ambiente em que estão inseridos.

A invenção é resultado de uma colaboração entre filiais da Ericsson no Brasil, na Índia e na Suécia. Por isso, a empresa destacou a importância da cooperação global para o avanço tecnológico.

Como o novo sistema funciona

Sistema de um data center
(Imagem: ECPI University)

Para ilustrar o funcionamento de algoritmos de aprendizado por reforço, imagine um robô que deseja aprender a andar. A cada vez que ele consegue se manter em pé por um determinado período, é concedida uma recompensa positiva. Por outro lado, se ele cair, recebe uma recompensa negativa. O agente, nesse caso, é o próprio robô, que está aprendendo o comportamento desejado de andar de forma autônoma.

No contexto do método desenvolvido, a aplicação se estende para além de um único agente aprendendo a realizar uma tarefa específica. Pode-se considerar, por exemplo, uma frota de drones com o objetivo de monitorar uma área agrícola em busca de problemas ou identificar áreas afetadas por desastres naturais. Esses drones funcionam de forma independente, como agentes individuais, mas precisam cooperar entre si para alcançar os objetivos estabelecidos.

Outro exemplo que inspirou a criação da patente foi a crescente utilização de robôs móveis em fábricas, responsáveis por diversas tarefas, como transporte de materiais e equipamentos internos. Em tais ambientes, é essencial que haja cobertura de rede em todas as áreas críticas para o controle dos equipamentos ou fornecimento de sinal para os operadores.

O método de multi-agent reinforcement learning permite que os agentes colaborem para estender a cobertura da rede, superando desafios de comunicação e sombras de sinal, sem a necessidade de infraestrutura em excesso.

Ericsson, em comunicado

No entanto, ainda não há previsão para comercialização do sistema desenvolvido por Raizer.

Potencial para mudar tudo

Close em placa de sistema
(Imagem: Florida Tech)

A aplicabilidade do sistema desenvolvido por Klaus Raizer e coautores é ampla e pode ser implementada em diferentes ambientes. A patente abrange casos em que a colaboração entre agentes é necessária e nem sempre é possível uma comunicação direta. Nesses cenários, os próprios agentes podem atuar como repetidores de internet, ampliando o alcance do sinal de rede por meio de antenas distribuídas estrategicamente.

Uma das principais vantagens da invenção é sua compatibilidade com redes 4G e 5G, tornando-a uma solução pronta para o futuro das comunicações. A tecnologia resultante da patente combina diversas técnicas inovadoras, consolidando um conhecimento multidisciplinar para sua criação.

Por meio da invenção, empresários de diversos setores poderão reduzir custos operacionais e minimizar falhas e acidentes por meio de uma cobertura de rede mais abrangente. No entanto, a adoção efetiva da tecnologia requer que as empresas estejam digitalizadas e prontas para integrar o sistema em suas operações.

Com esta invenção, Klaus Raizer e colaboradores colocam o Brasil no mapa da inovação tecnológica, demonstrando a capacidade do país em desenvolver soluções avançadas que têm o potencial de transformar a indústria global.

Ericsson, em comunicado

Agora, resta aguardar os próximos passos para sua implementação e as possíveis mudanças que essa tecnologia trará aos diferentes setores.

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Novo estudo identifica fator-chave para desenvolvimento do Alzheimer

Por Ana Luiza Figueiredo — 30 de Maio de 2023, 17:58

Por que algumas pessoas desenvolvem a doença de Alzheimer enquanto outras não? E, de forma ainda mais intrigante, por que muitos indivíduos cujos cérebros estão repletos de agregados tóxicos de amiloide — um sinal característico da patologia cerebral do Alzheimer — nunca desenvolvem demências associadas à doença?

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh parecem ter encontrado a resposta.

  • Células cerebrais chamadas astrócitos têm papel crucial na doença de Alzheimer.
  • Pesquisa publicada na revista Nature Medicine revela influência dos astrócitos na progressão da doença.
  • Estudo analisou o sangue de mais de 1.000 idosos cognitivamente saudáveis.
  • Aqueles com acúmulo de amiloide e marcadores sanguíneos anormais dos astrócitos tiveram maior probabilidade de desenvolver Alzheimer sintomático no futuro.
  • Descoberta é importante para o desenvolvimento de medicamentos que interrompam a progressão da doença.

Leia mais:

Nosso estudo argumenta que testar a presença de amiloide no cérebro juntamente com biomarcadores sanguíneos de reatividade dos astrócitos é o rastreamento ideal para identificar pacientes com maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Isso coloca os astrócitos no centro como principais reguladores da progressão da doença, desafiando a ideia de que o amiloide é suficiente para desencadear a doença de Alzheimer.

Tharick Pascoal, autor sênior do artigo

Abordagem atual sobre o Alzheimer

alzheimer
Imagem: DedMityay / Shutterstock.com
  • A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa caracterizada por perda progressiva de memória e demência.
  • O acúmulo de placas de amiloide e emaranhados de tau é a marca registrada da doença de Alzheimer.
  • Por décadas, acredita-se que o acúmulo de placas de amiloide e emaranhados de tau era não apenas um sinal, mas também a causa direta da doença.
  • Isso levou os fabricantes de medicamentos a focarem em moléculas que visam o amiloide e a tau.
  • No entanto, outros processos cerebrais, como o sistema neuroimune, podem ter contribuições significativas para a doença de Alzheimer.

Teste sanguíneo

Descobertas recentes de grupos como o de Pascoal sugerem que a interrupção de outros processos cerebrais, como a inflamação cerebral aumentada, pode ser tão importante quanto o próprio acúmulo de amiloide para iniciar a cascata patológica de morte neuronal que causa rápido declínio cognitivo.

Em sua pesquisa anterior, Pascoal e seu grupo descobriram que a inflamação do tecido cerebral desencadeia a propagação de proteínas patologicamente malformadas no cérebro e é uma causa direta de comprometimento cognitivo eventual em pacientes com doença de Alzheimer.

Agora, quase dois anos depois, os pesquisadores revelaram que o comprometimento cognitivo pode ser previsto por meio de um exame de sangue.

Os astrócitos são células especializadas presentes em abundância no tecido cerebral. Eles fornecem suporte às células neuronais, fornecendo nutrientes e oxigênio e as protegendo de patógenos. No entanto, como as células gliais não conduzem eletricidade e, a princípio, não pareciam desempenhar um papel direto na comunicação entre os neurônios, seu papel na saúde e na doença foi negligenciado. Este novo estudo muda tudo.

O estudo

Os astrócitos coordenam a relação entre amiloide e tau no cérebro como um maestro dirigindo a orquestra. Isso pode ser um divisor de águas para o campo, uma vez que os biomarcadores gliais, em geral, não são considerados em nenhum modelo de doença principal.

Bruna Bellaver, autora principal do estudo
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Imagem: Kateryna Kon / Shutterstock.com

Os cientistas testaram amostras de sangue de participantes de três estudos independentes envolvendo idosos cognitivamente saudáveis em busca de biomarcadores de reatividade dos astrócitos — a proteína ácida fibrilar glial, ou GFAP — juntamente com a presença de tau patológica.

O estudo mostrou que apenas aqueles que foram positivos tanto para amiloide quanto para reatividade dos astrócitos mostraram evidências de desenvolvimento progressivo de patologia da tau, indicando predisposição a sintomas clínicos da doença de Alzheimer.

As descobertas têm implicações diretas para futuros ensaios clínicos de candidatos a medicamentos para o Alzheimer. Ao visar interromper a progressão da doença mais cedo, os ensaios estão avançando para estágios cada vez mais precoces da doença pré-sintomática, tornando o diagnóstico precoce correto do risco de Alzheimer fundamental para o sucesso.

Como uma porcentagem significativa de indivíduos com teste positivo para amiloide não progredirá para formas clínicas de Alzheimer, a positividade para amiloide sozinha não é suficiente para determinar a elegibilidade de um indivíduo para uma terapia.

A inclusão de marcadores de reatividade dos astrócitos no painel de testes diagnósticos permitirá uma seleção aprimorada de pacientes com maior probabilidade de progredir para estágios posteriores da doença de Alzheimer e, portanto, ajudará a aprimorar a seleção de candidatos para intervenções terapêuticas que têm mais chances de se beneficiar.

Com informações de Medical Xpress.

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IA prevê câncer em pacientes anos antes do diagnóstico

Por Pedro Borges Spadoni — 8 de Maio de 2023, 19:30

Uma ferramenta de IA (inteligência artificial) identificou pessoas com maior risco de câncer de pâncreas. E sua previsão, que levou em consideração apenas os registros médicos dos pacientes, veio até três anos antes do diagnóstico. É o que revelou uma nova pesquisa, liderada por cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard (EUA) e da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

As descobertas, publicadas na revista científica Nature Medicine, sugerem que triagem populacional baseada em IA pode ser valiosa para encontrar pessoas com risco elevado para a doença. Isso pode acelerar diagnóstico de uma condição encontrada com muita frequência em estágios avançados, quando o tratamento é menos eficaz e resultados são sombrios, segundo os pesquisadores. O câncer de pâncreas é um dos mais mortais do mundo – e seu número deve aumentar.

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IA com potencial inovador

Ilustração de médico em janela de chabot
Além de agilizar rastreamento de pacientes em potencial, IA melhora assertividade dos diagnósticos (Imagem: Axios)

Atualmente, não existem ferramentas capazes de rastrear amplamente o câncer de pâncreas numa população. Assim, aqueles com histórico familiar e certas mutações genéticas que os predispõem ao câncer de pâncreas são rastreados de maneira direcionada. Mas essas triagens direcionadas podem perder outros casos que não se enquadram nessas categorias, explicaram os pesquisadores.

Uma ferramenta de IA que pode se concentrar naqueles com maior risco de câncer pancreático, que mais se beneficiam de mais testes, pode ajudar muito a melhorar a tomada de decisões clínicas.

Chris Sander, professor da faculdade de medicina de Harvard e coautor do estudo

Aplicada em grande escala, acrescentou Sander, essa abordagem pode agilizar a detecção do câncer pancreático, levar a um tratamento mais precoce, melhorar os resultados e prolongar a expectativa de vida dos pacientes.

“Muitos tipos de câncer, especialmente aqueles difíceis de identificar e tratar precocemente, exercem um impacto desproporcional sobre pacientes, famílias e o sistema de saúde como um todo”, explicou Søren Brunak, professor na Universidade de Copenhague e coautor da pesquisa. “A triagem baseada em IA é uma oportunidade para alterar a trajetória do câncer de pâncreas, uma doença agressiva que é notoriamente difícil de diagnosticar precocemente e tratar prontamente quando as chances de sucesso são maiores”, acrescentou.

Como cientistas realizaram estudo

Gráficos de estudo com IA que prevê câncer
Algoritmo processou nove milhões de registros de pacientes (Imagem: Reprodução/Harvard Medical School)

Algoritmo foi treinado em dois conjuntos de dados separados, totalizando nove milhões de registros de pacientes da Dinamarca e dos Estados Unidos. Depois, pesquisadores “pediram” ao modelo de IA que procurasse sinais indicadores com base nos dados contidos nos registros.

Com base em combinações de códigos de doenças e no momento de sua ocorrência, modelo conseguiu prever quais pacientes provavelmente desenvolveriam câncer pancreático no futuro. Aliás, muitos dos sintomas e códigos de doenças não estavam diretamente relacionados – nem eram derivados – do pâncreas.

Em seguida, cientistas testaram diferentes versões dos modelos de IA quanto à capacidade de detectar pessoas com risco elevado de desenvolvimento de doenças em diferentes escalas de tempo – seis meses, um ano, dois anos e três anos.

No geral, cada versão do algoritmo de IA foi substancialmente mais precisa na previsão de quem desenvolveria câncer de pâncreas do que estimativas atuais de incidência da doença em nas populações estudadas.

Pesquisadores disseram acreditar que modelo é ao menos tão preciso na previsão da ocorrência de doenças quanto testes atuais de sequenciamento genético. Esses geralmente estão disponíveis apenas para um pequeno subconjunto de pacientes em conjuntos de dados.

Vantagens

Braço de paciente estendido sobre as pernas numa cama de hospital
Uso da ferramenta de IA melhora chances de recuperação e expectativa de vida dos pacientes com câncer de pâncreas (Imagem: Governo da Holanda)

A triagem para certos tipos de câncer comuns, como os de mama, colo do útero e próstata, depende de técnicas relativamente simples e altamente eficazes – mamografia, exame de Papanicolaou e exame de sangue, respectivamente. Esses métodos de triagem transformaram os resultados dessas doenças, garantindo a detecção precoce e a intervenção durante estágios mais tratáveis.

Já em relação ao câncer de pâncreas, é mais difícil e caro de rastrear e testar. Os médicos analisam principalmente o histórico familiar e a presença de mutações genéticas – embora sejam indicadores importantes de risco futuro, muitas vezes acabam passando.

Uma vantagem particular da ferramenta de IA é que ela pode ser usada em todo e qualquer paciente para o qual os registros de saúde e histórico médico estejam disponíveis, não apenas naqueles com histórico familiar conhecido ou predisposição genética para a doença. Isso é especialmente importante, acrescentam os pesquisadores, porque muitos pacientes de alto risco podem nem estar cientes de sua predisposição genética ou histórico familiar.

Na ausência de sintomas e sem indicação clara de que alguém tem alto risco de câncer de pâncreas, médicos podem ser compreensivelmente cautelosos ao recomendar testes mais sofisticados e mais caros, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ultrassonografia endoscópica. Quando esses testes são usados ​​e as lesões suspeitas são descobertas, o paciente deve passar por um procedimento para obter biópsia.

O ‘órgão irritado’

Ilustração digital de pâncreas
Pâncreas inflama fácil, daí o apelido de ‘órgão irritado’ (Imagem: iStock/Getty Images)

Posicionado no fundo do abdome, o pâncreas é um órgão de difícil acesso que inflama facilmente. Por conta dessa irritabilidade, com o tempo ganhou apelido de “órgão irritado”.

Então, uma ferramenta de IA que identifica aqueles com maior risco de câncer de pâncreas garantiria que médicos testassem população com mais assertividade. Isso pouparia outros testes desnecessários e procedimentos adicionais, disseram os pesquisadores.

Cerca de 44% das pessoas diagnosticadas nos estágios iniciais do câncer de pâncreas sobrevivem cinco anos após o diagnóstico, mas apenas 12% dos casos são diagnosticados tão cedo. A taxa de sobrevivência cai para 2 a 9% naqueles cujos tumores cresceram além de seu local de origem, estimam os pesquisadores.

Essa baixa taxa de sobrevivência ocorre apesar dos avanços marcantes nas técnicas cirúrgicas, quimioterapia e imunoterapia. Portanto, além de tratamentos sofisticados, há uma clara necessidade de melhor triagem, testes mais direcionados e diagnóstico precoce. É aqui que a abordagem baseada em IA entra como o primeiro passo crítico nesse continuum.

Chris Sander, professor da faculdade de medicina de Harvard e coautor do estudo

Com informações de Harvard Medical School

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