Noticias em eLiteracias

🔒
✇ Blogue RBE

Liga-te | Literatura e ilustração de Gavião

12 de Março de 2024, 09:00

2024-03-12.png

O 𝐋𝐈𝐆𝐀-𝐓𝐄 está de regresso para a 2.ª edição com mais atividades, artistas e muitas novidades. De 𝟏𝟓 a 𝟏𝟗 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐫𝐜̧𝐨, 𝐆𝐚𝐯ião vai voltar a celebrar a festa da literatura e da ilustração!

Programa - Liga-te 2024 _ 2.ª Edição_page-0003

Continuamos unidos à palavra, à família, à terra e ao outro. Mas não ficamos por aqui… A programação promete ligar-nos à liberdade, à música e a nós próprios.

Este festival é organizado pela Câmara Municipal do Gavião e Rede Concelhia de Gavião ( Biblioteca Escolar e Biblioteca Municipal).

Do vasto programa destacamos uma oficina para professores com o autor David Machado e o lançamento do livro "As Galochas Vermelhas" de Pedro Seromenho e Rachel Caiano.

Um excelente programa para toda a comunidade, com propostas para todos.


Rede Concelhia de Gavião

 

✇ Blogue RBE

Redes de Bibliotecas: construir sinergias. Porque juntos podemos mais, sempre!

7 de Março de 2024, 09:00

2024-03-07.png

A Rede de Bibliotecas do concelho de Guimarães é constituída pela Biblioteca Municipal Raul Brandão, três Polos (Taipas, Pevidém e Lordelo) e cinquenta e três Bibliotecas Escolares.

Guimarães é um dos concelhos do país com o maior número de bibliotecas em estabelecimentos de ensino (integradas na Rede de Bibliotecas Escolares), complementando, assim, o trabalho realizado pela Biblioteca Municipal e os respetivos polos.

 Biblioteca Municipal Raul Brandão (BMRB)

Dra. Juliana Fernandes2.png

A Biblioteca Municipal está perfeitamente integrada no seu meio e direcionada para servir os interesses e necessidades dos seus utilizadores, com um quadro de pessoal qualificado (31 colaboradores), dispondo de fundos documentais atualizados e diversificados, em livre acesso e para empréstimo domiciliário. Possui um portal online, em constante atualização, que permite, entre outros aspetos, o acesso ao Catálogo Coletivo Concelhio, e está presente nas redes sociais: Facebook, Instagram, Youtube e Twitter.

Presencialmente, para além do serviço de empréstimo, a Biblioteca oferece diferentes atividades de dinamização e promoção do livro, da leitura e do conhecimento. Em colaboração estreita com as escolas e várias instituições do concelho, disponibiliza serviços permanentes: caixas-biblioteca, exposições itinerantes, bibliocafé e empréstimo domiciliário ao Estabelecimento Prisional de Guimarães.

De forma a promover o património literário, surgiu, em 2017, o Festival Literário de Guimarães – HÚMUS. Paralelamente, está em andamento o Plano Local de Leitura de Guimarães “Ler é Património”.

A BMRB está inserida na Rede Nacional de Leitura Pública e constitui um dos equipamentos mais estruturantes da vida do município. Assume-se, por isso, como um verdadeiro centro cultural, assente num conceito de polivalência, que lhe é dado através da multiplicação de espaços de diferentes funções e, por vezes, com públicos específicos, na aposta na divulgação e animação cultural, assumindo o seu papel de mediação e aproximação a públicos alargados, mediante a proliferação de iniciativas, direta ou indiretamente relacionadas com o livro.

Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE)

A Biblioteca Municipal Raul Brandão tem um serviço de apoio às bibliotecas escolares com o objetivo de proporcionar apoio técnico e recursos de informação às escolas. Como funções do SABE, destacamos:

  • colaboração técnica nas bibliotecas escolares no domínio da organização, gestão e funcionamento;
  • seleção, aquisição e manutenção do equipamento informático, audiovisual e mobiliário específico;
  • formação contínua dos docentes e não docentes no serviço das bibliotecas escolares;
  • fornecimento de recursos informativos através de empréstimos prolongados e empréstimos especiais, nomeadamente recorrendo ao Serviço das Caixas-Biblioteca;
  • renovação periódica do fundo documental;
  • dinamização dos espaços de leitura.

Atividades conjuntas

Com uma programação contínua e conjunta ao nível da animação cultural, desenvolvem-se atividades e projetos destinados a todos os ciclos, dos quais destacamos:

📍 Semana Concelhia da Leitura

A Semana Concelhia da Leitura de Guimarães envolve todos os Agrupamentos de Escola e Escolas não Agrupadas em estreita colaboração com a Biblioteca Municipal. São privilegiadas ações de promoção da leitura tendo por base um tema comum previamente assumido pelos Professores Bibliotecários, Biblioteca Municipal e CIBE.

📍Convence-me!

Convence-me! é uma iniciativa da Rede de Bibliotecas de Guimarães que pretende estimular hábitos de leitura e pôr à prova competências de leitura, expressão escrita e oratória, potenciando os saberes curriculares e intelectuais dos participantes e promovendo o seu gosto pela leitura.

É objetivo primordial desta iniciativa que os alunos, em equipa, sejam capazes de convencer o público para a leitura de um livro à sua escolha, através de argumentos e estratégias originais, que validem a sua recomendação.

 📍 Exposições itinerantes

Serviço gratuito de empréstimo de exposições temáticas, disponível para as escolas, bibliotecas e outras instituições.

 📍 Encontros com escritores

Promoção de encontros com escritores para momentos de partilha sobre os livros que escrevem, as suas ideias, a forma como transformam o seu pensamento em objeto de cultura, de reflexão, de prazer, de aprendizagem e conhecimentos.

 📍 Soletrar C

Concurso dirigido aos alunos do 3.º ciclo, com o objetivo de aumentar o vocabulário, melhorar a pronúncia e a ortografia e aprofundar o conhecimento de conceitos científicos e de cidadania. Desenvolvido em parceria com as bibliotecas escolares e o Centro Ciência Viva de Guimarães.

 📍 Leituras animadas (Hora do Conto, Teatro de Fantoches e Contos on-line)

Programação continuada tendo por base o livro infantil, valorizando a leitura em voz alta, a animação de histórias, potenciando o direito ao imaginário e ao ler por prazer.

 📍 Instantes criativos

Este concurso é uma iniciativa conjunta da Rede de Bibliotecas de Guimarães, que pretende desafiar a capacidade de síntese e a criatividade dos alunos do concelho para criarem microtextos e ilustrações, valorizando, assim, outras formas de expressão literária/artística.

📍 Mapa de um livro

Projeto colaborativo que propõe a criação de um livro para cada um dos patronos das Escolas de Guimarães.

Este projeto, direcionado para o primeiro ciclo, permite criar uma espécie de editora dentro de cada uma das turmas participantes. Assim, emergem pequenos autores, ilustradores, designers, investigadores, paginadores, diretores de conteúdo, revisores e editores. Deste trabalho conjunto, cooperativo e solidário, nasce a obra (um livro sobre o patrono da escola).

 Em síntese

A Biblioteca Municipal Raul Brandão e as Biblioteca Escolares têm conseguido manter, ao longo destes 32 anos, um papel fundamental na promoção das diferentes literacias, desenvolvendo um trabalho de articulação sustentado e profícuo que tem dado os seus frutos. Mas não queremos ficar por aqui e pretendemos abraçar outros desafios, sempre em prol da nossa comunidade, porque juntos podemos mais, sempre!

Juliana Fernandes
Diretora da Biblioteca Municipal Raul Brandão, Guimarães

✇ Blogue RBE

“Retalhos” que costuram uma manta colorida.

1 de Março de 2024, 09:00

2024-03-01.png

Mesmo antes de ser professora já era “cliente” das bibliotecas. As bibliotecas e os livros foram sempre espaços onde me sentia confortável, em casa.

Quando assumi responsabilidades na biblioteca escolar, fi-lo com enorme entusiasmo, mas consciente da exigente tarefa que me era pedida.

Embora já estivesse ligada à biblioteca da minha escola (Santa Marta de Penaguião), a odisseia começou com a integração da biblioteca da escola E.B 2,3 na Rede de Bibliotecas Escolares logo em 2000. Foi um tempo de muita descoberta, de muita colaboração entre colegas de outras escolas, de sentimento de partilha de uma missão entusiasmante.

Anos depois, em 2009, com a construção da biblioteca do novo Centro Escolar, também integrada na RBE, alargou-se a manta: desenhar e costurar uma biblioteca de raiz para os mais pequeninos (pré-escolar e 1º ciclo), alargar os serviços da biblioteca escolar a todas as escolas do Agrupamento. Foi uma aventura feliz e uma aprendizagem.

Ao longo dos anos, os espaços, os hábitos, os utilizadores, os recursos, os livros mudaram muito. O papel da biblioteca escolar na escola também mudou, fruto do trabalho dos professores bibliotecários e da RBE.

Com 37 anos de docência e mais de vinte de biblioteca escolar, a minha manta de retalhos tornou-se tão colorida quanto o dia-a-dia de uma biblioteca.

As bibliotecas escuras e com livros fechados em estantes fazem parte do passado, do meu passado de aluna. Ir à biblioteca da escola é hoje sinónimo de realização de atividades criativas, inovadoras e motivadoras, num espaço colorido, confortável, interativo e, sobretudo, acolhedor e inclusivo. E grande parte das atividades e projetos da escola passam pela biblioteca, espaço de projetos de leitura, de artes, de literacia digital, de encontros…

Entrar todos os dias na biblioteca e receber diferentes alunos, com diferentes solicitações, com diferentes interesses e sentir que se sentem acolhidos, confortáveis nesse seu espaço contribui para um sentimento de dever cumprido.

Prazer maior: ver crescer um leitor, conquistar um não-leitor, sugerir, orientar e aprender com eles. Acolher sugestões, descobrir novos livros, ouvir uma aluna entusiasmada que me conta a sua nova descoberta de leitura, assistir ao entusiasmo por um livro que esperavam…

Ao longo dos anos, e de forma mais premente nos últimos anos, com todos os desafios que se têm colocado às escolas e à sociedade em geral, a biblioteca escolar esteve presente e atenta às necessidades das suas comunidades de utilizadores, procurando oferecer um espaço de felicidade e de inspiração, onde se convive e é possível ajudar, partilhar e ensinar, respeitando os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem.

E se as exigências e desafios são por vezes avassaladores, importa salientar que o trabalho do professor bibliotecário é tudo menos solitário. Conta com o suporte de uma estrutura como a RBE, com o apoio de proximidade dos coordenadores interconcelhios e, no caso de Santa Marta de Penaguião, com uma equipa estável de docentes, com assistentes operacionais empenhados e motivados e com docentes que reconhecem, apoiam e solicitam a Biblioteca Escolar.

Filomena Nunes,
Professora Bibliotecária,
Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião

_________________________________________________________________________________________________________________________

  1. *Qualquer semelhança entre o título desta rubrica e a obra Retalhos da vida de um médico, não é pura coincidência; é uma vénia a Fernando Namora.
  2. Esta rubrica visa apresentar apontamentos breves do quotidiano dos professores bibliotecários, sem qualquer preocupação cronológica, científica ou outra. Trata-se simplesmente da partilha informal de vivências.
  3. Se é professor bibliotecário e gostaria de partilhar um “retalho”, poderá fazê-lo, submetendo este formulário.

 

✇ Blogue RBE

Rede de Bibliotecas de S. João da Madeira: criar oportunidades

16 de Fevereiro de 2024, 09:00

2024-02-16.png

A Rede de Bibliotecas Escolares de S. João da Madeira foi criada em 2007, na sequência de uma Candidatura de Mérito. Este processo teve a coordenação do Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE) criado na Biblioteca Municipal Renato Araújo (BMRA).

O grande objetivo desta rede foi reunir recursos para a criação do catálogo on-line das bibliotecas escolares e que foi possível graças à oferta por parte do Município de licenças do software de gestão documental existente na Biblioteca Municipal, permitindo assim uma racionalização de recursos humanos, técnicos e financeiros, mercê de uma aposta forte no empréstimo interbibliotecário. Foi elaborado um Regulamento comum às Bibliotecas Escolares de S. João da Madeira e um manual de procedimentos, documentos fundamentais para o funcionamento uniformizado da rede que integra todas as escolas do concelho de ensino público.

Foto.jpg

Mensalmente, são realizadas reuniões de trabalho onde são abordadas e discutidas questões de interesse comum sobre a política documental, oferta formativa, atividades de promoção da leitura, projetos e candidaturas.

Ao longo destes anos, têm sido desenvolvidos diversos projetos conjuntos, estabelecidos através de um Plano Anual de Atividades, no qual se destaca o trabalho colaborativo em iniciativas de âmbito cultural, tendo como exemplo a “Poesia à Mesa” - uma marca cultural da cidade – que ao longo das suas 22 edições tem vindo a apostar numa participação ativa da comunidade educativa, promovendo e divulgando a poesia, os poetas e as suas obras junto do público escolar, seja através de oficinas de expressão poética, de escrita criativa, como também da realização de um certame que premeia os melhores poemas originais.

Conta-se, igualmente, o desenvolvimento de várias iniciativas no âmbito da Semana da Leitura e do Plano Educativo Municipal:

  • Narrativas Gráficas e Marcar a Leitura – promovem a leitura e a criação de Banda Desenhada, nos vários níveis de ensino;

  • Desenvolvimento e divulgação do Fundo documental de Mandarim comum às várias bibliotecas;

  • Hora do Conto em Mandarim e Português - complementar à oferta do município em matéria de ensino de mandarim, permitindo uma dinâmica colaborativa com uma instituição de Ensino Superior, como o caso do Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro;

  • Leitura com Sentidos – iniciativa que procura sensibilizar e consciencializar a comunidade educativa para as questões da inclusão de pessoas com deficiência visual e o contacto com recursos dedicados à cegueira ou baixa visão do centro de Leitura Especial;

  • A celebração do MIBE que tem vindo a proporcionar um intenso programa de atividades, integrando uma Feira do Livro Usado na Biblioteca Municipal, a realização de visitas, sessões do conto, oficinas e espetáculos.

Regularmente, são também propostos novos projetos e parcerias.

  • O caso da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa que desafiou a rede e as escolas secundárias a trabalharem o conceito de Antologia, partindo da obra “Biblioteca Internacional de Obras Célebres”, que integra o espólio da Biblioteca Municipal e que foi objeto de estudo pela faculdade.

  • O Concurso Interconcelhio de Leitura, que, conjuntamente com as redes dos concelhos de Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, Vale de Cambra e Arouca, dará continuidade ao projeto de promoção da leitura, que, até ao ano letivo de 2022/23, era realizado a nível nacional com o Plano Nacional de Leitura.

O trabalho desenvolvido pela rede tem vindo a potenciar o grande objetivo de reunir recursos, criar oportunidades e impulsionar o concelho em matéria de educação, acesso à informação e promoção da leitura.

Carla Relva
Coordenadora da Biblioteca Municipal Renato Araújo, São João da Madeira

 

✇ IFT

El bibliotecario de Toscana

Por Gerardo Manuel Padrón — 14 de Fevereiro de 2024, 02:40
Icamole es un pequeño poblado que forma parte del municipio de García, a unos 40 kilómetros de Monterrey, la capital del Estado de Nuevo León, al norte de México. Dicho asentamiento humano es el escenario donde se desarrolla la novela “El último lector” (2004) del escritor regiomontano David Toscana.   El desierto, la sequía, el calor son las características no... Leer más »
✇ BiblogTecarios

Bibliobuses para no dejar a nadie atrás (Día del Bibliobús 2024)

Por Roberto Soto — 27 de Janeiro de 2024, 23:00

La entrada Bibliobuses para no dejar a nadie atrás (Día del Bibliobús 2024) aparece primero en BiblogTecarios.

El derecho a la libre elección del domicilio está reconocido por la Constitución Española de 1978 como un derecho fundamental que «no podrá estar limitado […] Leer más

La entrada Bibliobuses para no dejar a nadie atrás (Día del Bibliobús 2024) aparece primero en BiblogTecarios.

✇ BiblogTecarios

¿Podemos atraer a los adolescentes a las bibliotecas?

Por Firmas invitadas — 14 de Janeiro de 2024, 23:05

La entrada ¿Podemos atraer a los adolescentes a las bibliotecas? aparece primero en BiblogTecarios.

La adolescencia es aquella etapa de la vida que, a diferencia de la infancia o la juventud, muchos no recuerdan con nostalgia ni anhelo. Esto […] Leer más

La entrada ¿Podemos atraer a los adolescentes a las bibliotecas? aparece primero en BiblogTecarios.

✇ BiblogTecarios

Nuevos retos de las bibliotecas escolares

Por Firmas invitadas — 7 de Janeiro de 2024, 23:04

La entrada Nuevos retos de las bibliotecas escolares aparece primero en BiblogTecarios.

Por Eva Mª Oña Guil, responsable de la BECREA del IES Carlos III de Aguadulce (Almería).  Primer Premio de Bibliotecas escolares concedido por la Consejería […] Leer más

La entrada Nuevos retos de las bibliotecas escolares aparece primero en BiblogTecarios.

✇ Blogue RBE

 Reforçar dinâmicas colaborativas no 1.º CEB

1 de Fevereiro de 2024, 09:00

2024-01-31.png

É sabido que a melhor forma de contribuir para o uso mais eficaz dos espaços e dos recursos da biblioteca será através do envolvimento de todos os agentes educativos no reconhecimento do papel dessa valência para o sucesso escolar dos alunos.

No caso das bibliotecas do 1.º CEB, em que normalmente não existe um professor bibliotecário em exclusividade, verifica-se que é ainda mais urgente pensar em estratégias práticas, no sentido de reforçar esta dinâmica colaborativa:

Importa, por isso, assegurar a capacitação dos docentes dos vários níveis de ensino para a rentabilização pedagógica da biblioteca escolar – de forma autónoma e/ou em trabalho colaborativo – com vista à melhoria das aprendizagens das crianças e dos alunos, potenciando não só o seu sucesso académico, mas também o seu desenvolvimento holístico, como consignado no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.” [1]

No concelho de Torres Vedras, todos os agrupamentos contam com várias bibliotecas em escolas do 1.º CEB, sendo que há um agrupamento de escolas que conta com onze bibliotecas escolares (AE S. Gonçalo), nove das quais do 1.º CEB, pelo que se torna premente rentabilizar o espaço e os recursos disponibilizados em benefício dos alunos/ crianças e professores titulares/ educadores.

Foi com este objetivo que a Rede de Bibliotecas Escolares, através da Coordenação Interconcelhia, articulou com as professoras bibliotecárias de três agrupamentos de escolas do concelho de Torres Vedras para dinamizar várias Ações de Curta Duração (ACD), de 3 a 6 horas, dirigidas aos professores titulares e educadores dos respetivos agrupamentos, no sentido de lhes dar a conhecer os serviços em linha disponibilizados pela Rede de Bibliotecas do concelho de Torres Vedras, projetos locais e nacionais, as coleções; assim como de lhes apresentar algumas sugestões de atividades possíveis de dinamizar autonomamente, na biblioteca da escola, com os respetivos alunos/ crianças no âmbito da leitura, da escrita ou da pesquisa, tendo por base o Roteiro para uso da biblioteca escolar| Escolas do primeiro ciclo do ensino básico jardins de infância.

Eis algumas das sugestões de atividades, deste Roteiro, partilhadas/exploradas nas sessões:

  • Empréstimo domiciliário: como começar? (pág. 23)
  • Conhecer a coleção (pág. 24)
  • Roda de livros 2 (pág. 26)
  • Barra de crítica (pág.27)
  • Onde mora o livro? (pág. 28)
  • Exploração do título: narrativas (pág. 29)
  • Tão, tão… (pág. 35)
  • Aperitivos de leitura (pág. 36)
  • (...)

Foram, assim, desenhadas 3 ACD e construídos/adaptados os respetivos materiais de apoio (apresentação em Canva, infográfico e desafios com recurso à ferramenta  Mentimeter e em suporte papel).

As Ações de Curta Duração tiveram as seguintes designações:

  1. Rumo ao sucesso: ensinar e aprender com a biblioteca escolar, dirigida aos professores titulares e educadores do AE Henriques Nogueira (3h);
  2. Promover a leitura com a biblioteca escolar, dirigida aos professores titulares e educadores do AE São Gonçalo (3h);
  3. Criar leitores com o apoio da biblioteca escolar, dirigida aos professores titulares e educadores do AE Madeira de Torres (6h).

As sessões decorreram no arranque do presente ano letivo e, no caso do Agrupamento de Escolas São Gonçalo, a ACD integrou as Jornadas Pedagógicas na primeira semana de setembro; no Agrupamento de Escolas Henriques Nogueira, decorreram antes do início oficial das aulas; no Agrupamento de Escolas Madeira Torres, as sessões repartiram-se por dois dias, em horário pós-laboral, no decorrer do 1.º semestre.

É de evidenciar a disponibilidade dos Professores Titulares e Educadores, assim como o apoio dos Coordenadores de Estabelecimento, Diretores e Diretora do Centro de Formação de Escolas de Torres Vedras e Lourinhã, que contribuíram para a realização destas ações.

Estas ACD decorreram também de uma tentativa da equipa da Rede Bibliotecas do concelho de Torres Vedras de dar resposta aos desafios colocados no âmbito da implementação do Plano Local de Leitura, nomeadamente a formação de docentes, MUDANÇA II - MAIS SOCIALIZAÇÃO PARA A LEITURA EM CONTEXTO ESCOLAR, da qual a RBE é parceira, através da Coordenação Interconcelhia.

 

Referência

[1]- Programa temático da ACD que decorreu no Agrupamento de Escolas Henriques Nogueira.

✇ Blogue RBE

Entre histórias e abraços: Ler para (Entre)Ter

30 de Janeiro de 2024, 09:00

2024-01-30 Imagens_blogue.png

A Rede de Bibliotecas de Tavira dá mais um passo significativo em direção à promoção da leitura e à integração intergeracional com o desenvolvimento do projeto Ler para (Entre)Ter.

ler para entreter 2 - Ana Marta E. Branco da Silva

Esta iniciativa visa criar um espaço onde jovens e idosos compartilham não apenas leituras, mas experiências, conhecimentos e momentos especiais. O grande objetivo que sustenta este projeto é conectar diferentes gerações através da magia da leitura.

As atividades estão a ser desenvolvidas pelos professores bibliotecários e os alunos que frequentam as bibliotecas escolares do concelho de Tavira, com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos, que mensalmente visitam duas instituições da cidade para a realização de atividades de leitura (Hora do Conto adaptada ao Público Sénior; Leituras Encenadas; Leitura de Poemas e Atividades de Expressão Plástica).

O projeto Ler para (Entre)Ter não é apenas mais um projeto de leitura, é uma iniciativa que visa a construção de pontes entre gerações, a partilha de histórias e a criação de memórias duradouras. Ao unir jovens e idosos em torno do amor pela leitura e pelas histórias, Tavira está a construir uma comunidade mais forte, mais sábia e mais conectada. Que o Ler para (Entre)Ter inspire outras comunidades a abraçar a riqueza que a leitura e o diálogo intergeracional podem oferecer.

✇ Blogue RBE

A biblioteca como pilar da integridade da informação

15 de Janeiro de 2024, 09:30

2024-01-15.jpg

Na sequência do lançamento do Resumo de Políticas Information Integrity on Digital Platforms [link do artigo anterior] e, em parceria com a Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA), a Biblioteca Dag Hammarskjold da sede das Nações Unidas, Nova Yorque, organizou um encontro com bibliotecários, organizações de apoio às bibliotecas dos 5 continentes e membros da ONU, como a Subsecretária-Geral para Comunicações Globais, Melissa Fleming e a responsável pela integridade da informação, Charlotte Scratton.

O objetivo é “determinar onde e como as mais de 2,8 milhões de bibliotecas do mundo poderiam ajudar a alcançar os objetivos do futuro Código de Conduta para a Integridade da Informação” e reforçar a coerência e ambição [2].

O Relatório Preliminar do encontro, que serve de base a este artigo, apresenta 10 pontos de convergência que destacam “a biblioteca como infraestrutura-chave” para alcançar a integridade da informação pública e apresentam soluções concretas.

1. Ao destacar a importância do “acesso a informações exatas, coerentes e fiáveis” nas sociedades da informação atuais, Information Integrity on Digital Platforms preenche uma lacuna da Agenda 2030. Segundo Melissa Fleming, “um ecossistema de informação saudável não pode ser considerado um dado adquirido, mas precisa de atenção e investimento sustentados” e esta pode ser uma missão fundamental de todas as bibliotecas, ao enfatizarem a importância da informação e “ajudarem os utilizadores a utilizar a informação de forma eficaz e ética”.

2. “Precisamos de uma forte infraestrutura de instituições e pessoas que trabalhem para promover a integridade da informação nas comunidades” e as bibliotecas podem garantir esta oferta de forma personalizada. Intervenções exclusivamente a nível macro, por exemplo, ao nível das plataformas, podem ter efeitos prejudiciais.

3. Confiança na internet: “Não devemos tornar-nos negacionistas da Internet, mas sim procurar enfrentar os desafios que ela traz, de forma responsável e eficaz. Em alguns casos, tecnologias como a inteligência artificial podem ajudar a fornecer soluções […] A credibilidade na Internet exige transparência e regras eficazes, mas também utilizadores com competências e confiança”.

4. Só se pode garantir um ecossistema de informação saudável (healthy information ecosystem) – no qual há oportunidades “de acesso a informação exata, coerente e fiável” e em que estas são efetivamente acedidas pelos cidadãos - promovendo “uma prática científica ética”, o acesso livre e a ciência/educação, que “facilita a verificabilidade” e responde ao direito de cada um à informação.

5. Para promover um currículo completo (full curriculum) junto das crianças e jovens, “as bibliotecas são suportes naturais para os esforços de verificação de factos”, para aproximação à imprensa de qualidade – “bibliotecas e jornalistas são aliados naturais” - e desenvolvimento da argumentação.

6. As pessoas têm um sentido de curiosidade natural e uma necessidade de ter voz no espaço público. Quando têm medo da complexidade e incerteza existentes no mundo e aceitam ideias sem espírito crítico, “a desinformação e o discurso de ódio prosperam”. Ora, “Esta curiosidade é algo que se pode desenvolver através da exposição a um leque mais alargado de ideias e materiais desde tenra idade, por exemplo, através das bibliotecas”. É importante que esta curiosidade seja alimentada pelo “valor do jornalismo de qualidade, da ciência ética e da informação fiável”.

7. A IA (Inteligência Artificial) acrescenta “um novo nível de complexidade ao funcionamento da Internet e à forma como a experimentamos”, pelo que é fundamental a partilha de “experiência e conhecimentos sobre ética da informação na conceção de sistemas de IA” e “o desenvolvimento da literacia em IA entre os utilizadores da Internet de todas as idades - algo que as bibliotecas estão bem posicionadas para apoiar”.

8. As bibliotecas são “os atores de referência na promoção do respeito e do interesse por informação de qualidade”, promovendo “a verificação dos factos, ajudando estudantes, investigadores e profissionais a aprender a encontrar a informação correta e dando às pessoas as ferramentas para se manterem seguras na internet. A nível local, por exemplo, quando os governos municipais estão a tentar desenvolver a inclusão e os direitos digitais, a biblioteca é muitas vezes o principal ator”.

9. O Relatório Preliminar destaca ainda a necessidade de as bibliotecas contribuírem para promover a “compreensão da integridade da Informação e questões conexas em todas as partes do mundo”, o que exige a criação de instrumentos e materiais diversos, que tenham em contam culturas e necessidades diferentes da Europa e América do Norte, geografias nas quais esta investigação tem estado centrada. 

10. A eficácia de um ecossistema de informação saudável que garanta a integridade da Informação pública implica a colaboração de uma variedade de intervenientes e as bibliotecas têm esta capacidade de mobilização. Apoiam ainda o jornalismo e meios de comunicação independentes, criam oportunidades de verificação de factos, proporcionam acesso aberto e publicações científicas abertas e formam utilizadores de Internet confiantes e seguros, valorizando “uma informação exata, coerente e fiável”.

Concluindo, quando se pretendem implementar soluções de baixo para cima (bottom-up) que envolvam o maior número de pessoas, as bibliotecas escolares que trabalham no terreno com as crianças e jovens, têm um papel fundamental no combate à poluição da informação (information pollution) – informações falsas, enganosas, manipuladas [3] - que se dissemina muito mais rapidamente do que a proveniente de fontes fiáveis e corrói a confiança nas instituições democráticas, gera oposição às políticas públicas (climáticas, de inclusão social…) e violações aos direitos humanos e dificulta o alcance da Agenda 2030.

Referências

  1. Fleming, Melissa. (2023). Healing Our Troubled Information Ecosystem. https://melissa-fleming.medium.com/healing-our-troubled-information-ecosystem-cf2e9e8a4bed
  2. (2023). Pillars of Information Integrity. https://repository.ifla.org/handle/123456789/3136
  3. Oslo Governance Centre. (2023). Information Integrity. https://www.undp.org/policy-centre/oslo/information-integrity
  4. 📷 [1.]

 

✇ Blogue RBE

Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares (RCBE) de Santa Maria da Feira

12 de Janeiro de 2024, 09:00

2024-01-12.jpg

A Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares (RCBE) de Santa Maria da Feira, foi criada no ano 2000, após assinatura de um protocolo entre o Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, através da sua Biblioteca Municipal e dos Agrupamentos de Escolas de Santa Maria da Feira.

 A RCBE é constituída por 34 Bibliotecas Escolares. Assumindo a sua missão no âmbito da promoção do livro e das literacias alinha com as políticas educativas municipais. É uma estrutura dinâmica de trabalho colaborativo e cooperativo entre a Biblioteca Municipal e as Bibliotecas Escolares, consolidada através da transferência dos catálogos informáticos individuais de cada uma das BE para um catálogo coletivo, pesquisável através da Internet, que encerra em cada registo a relação dos exemplares e a sua localização concreta. Desta forma, a produção de recursos de informação, torna-se uma realidade mais presente, na medida em que existe uma efetiva partilha de registos bibliográficos e a adoção das tabelas de autoridade utilizadas na Biblioteca Municipal. Esta iniciativa tem por base um dos grandes objetivos das Bibliotecas Escolares: fornecer informação organizada a fim de ajudar a alargar o conhecimento de base dos alunos dos diferentes níveis de ensino, transformando-os em adultos críticos, criativos e consumidores de bens culturais diferenciados, com competência para usar plenamente o direito da cidadania.

São objetivos da Biblioteca Municipal, em articulação com a Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares de Santa Maria da Feira:

  • Potenciar as sinergias existentes entre a Biblioteca Municipal e a Rede de Bibliotecas Escolares;

  • Acompanhar e estimular o desenvolvimento das Bibliotecas Escolares;

  • Gerir, de forma normalizada, o catálogo coletivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares;

  • Realizar reuniões regulares com os Professores Bibliotecários e a Coordenadora Interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, que têm como finalidade a troca de experiências no âmbito da organização, da gestão e da dinamização de projetos, de acordo com os princípios técnicos e de biblioteconomia;

  • Promover empréstimos de recursos documentais entre a Biblioteca Municipal e as Bibliotecas Escolares;

  • Divulgar as atividades do serviço educativo junto dos coordenadores das BE, com especial destaque para a atividade intitulada “Estafeta de Contos: Conto (com)tigo!” em que contadores andarilhos da biblioteca municipal e das bibliotecas escolares difundem estórias e contos, apresentando o que de melhor se faz na área da promoção da leitura, partindo da Biblioteca Municipal e percorrendo as Bibliotecas Escolares do concelho;

  • Fomentar a partilha de boas práticas e a produção conjunta de recursos, criando condições de implementação, usando como um dos meios, por exemplo, o canal YouTube da RCBE.
✇ Blogue RBE

Trabalho colaborativo e biblioteca escolar: uma aliança poderosa para o nosso desenvolvimento educativo

5 de Janeiro de 2024, 09:00

2024-01-05.png

No atual cenário educacional, o trabalho colaborativo desempenha um papel crucial no sucesso dos alunos e no crescimento das instituições de ensino. Mais do que uma simples tendência, o trabalho colaborativo nas escolas é uma necessidade premente para dar resposta às exigências crescentes que se fazem sentir. Quando as estruturas pedagógicas das escolas se unem em colaboração, elas têm o poder de criar experiências de aprendizagem mais ricas e significativas para os alunos.

Consciente dessa realidade, no papel de professora bibliotecária de quatro Bibliotecas, no Agrupamento de Escolas da Corga de Lobão, o meu compromisso é ir além do simples reconhecimento dessas necessidades. Em todas as iniciativas da Biblioteca, busco não apenas implementá-las, mas também criá-las em estreita articulação, valorizando, acima de tudo, o trabalho colaborativo com as equipas educativas de todos os anos de escolaridade. Iniciativas como "10 Minutos a Ler", "Miúdos a Votos", "Já sei ler", "Leitura em vai e vem", "Leitura Orientada com a Biblioteca Escolar", "Cidadania e Biblioteca Escolar", “Dia da Cultura Científica”, entre outras do Plano Anual de Atividades, são exemplos tangíveis dessa colaboração estreita e da parceria da Biblioteca com todos os docentes do Agrupamento. 

Acredito firmemente que é por meio dessa união de esforços que conseguiremos verdadeiramente enriquecer as experiências de aprendizagem dos alunos e promover um ambiente educativo mais dinâmico. Daí que as Candidaturas apresentadas e apoiadas pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) – Bibliotecas Digitais e Leituras com a Biblioteca – desempenham um papel crucial nesse processo, proporcionando oportunidades concretas para a implementação prática dessas ideias. Essas candidaturas não são apenas documentos formais; são expressões concretas do nosso compromisso coletivo com a inovação, a interdisciplinaridade e a promoção de práticas educacionais que transcendem as fronteiras tradicionais. Elas refletem a convicção comum de que o envolvimento conjunto de docentes, alinhados com objetivos comuns, é a chave para alcançar um impacto significativo na jornada educacional dos nossos alunos. Refira-se, ainda, que o sucesso dos projetos associados às Candidaturas, no nosso Agrupamento, não se limita ao período inicial de implementação (estendendo-se no tempo) e extrapola os anos de escolaridade inscritos (alargando-se a outros anos de escolaridade não previstos nos projetos iniciais), o que me deixa muito satisfeita e me motiva a continuar a apostar nesta forma de trabalhar com os meus colegas, que estão sempre recetivos e abertos a colaborar.

Na proposta da Candidatura Bibliotecas Digitais, proporcionamos formação certificada ao corpo docente, uma iniciativa conduzida por mim, professora bibliotecária, e um docente especializado em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) do Agrupamento. O propósito central foi impulsionar a criação de materiais e de recursos educativos em plataformas digitais que incentivassem a aprendizagem colaborativa, mas também fomentassem a interação e a participação ativa dos alunos. No âmbito da Candidatura Leituras com a Biblioteca, a nossa meta foi transcender as fronteiras convencionais das disciplinas, buscando – através da literacia da leitura, da informação e digital – tornar a aprendizagem mais eficaz, mas também mais envolvente. Esta abordagem procurou abraçar uma visão holística do conhecimento, interligando conceitos de diferentes disciplinas para criar uma compreensão mais profunda e contextualizada. Entendemos que ao articular os conteúdos de várias disciplinas, os alunos podem aplicar os seus conhecimentos de maneira mais eficaz e compreender como esses conceitos se relacionam com o mundo real.

Desta forma, as Bibliotecas Escolares que coordeno vão muito além de serem simples depósitos de livros e recursos; elas são centros de aprendizagem dinâmicos, amplamente reconhecidos pelo corpo docente como impulsionadores do trabalho colaborativo e da interdisciplinaridade. São espaços que proporcionam um ambiente propício para a interação entre professores, alunos e recursos, tornando-se locais ideais para a realização de pesquisas, discussões e desenvolvimento de projetos colaborativos.

Considero que, ao promover ativamente o trabalho colaborativo e ao aproveitar os recursos disponíveis na Biblioteca, estamos, na prática, a preparar os alunos para se destacarem num mundo cada vez mais complexo e interligado. Essa abordagem reflete não apenas o meu compromisso, mas sim um compromisso profundamente enraizado, no Agrupamento, de oferecer uma educação de qualidade. 

Ana Paula Couto
Professora Bibliotecária
Agrupamento de Escolas da Corga de Lobão, Santa Maria da Feira

_____________________________________________________________________________________________________________

  1. *Qualquer semelhança entre o título desta rubrica e a obra Retalhos da vida de um médico, não é pura coincidência; é uma vénia a Fernando Namora.
  2. Esta rubrica visa apresentar apontamentos breves do quotidiano dos professores bibliotecários, sem qualquer preocupação cronológica, científica ou outra. Trata-se simplesmente da partilha informal de vivências.
  3. Se é professor bibliotecário e gostaria de partilhar um “retalho”, poderá fazê-lo, submetendo este formulário.
✇ Blogue RBE

Celebrado protocolo da Rede de Bibliotecas de Vieira do Minho

28 de Dezembro de 2023, 09:00

2023-12-28.png

No dia 12 de dezembro, teve lugar a assinatura do protocolo da Rede de Bibliotecas de Vieira do Minho, celebrado entre o município de Vieira do Minho e o Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo.

O protocolo foi assinado pelo presidente da Câmara, António Cardoso, e pelo diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo, Fernando Gomes. A cerimónia contou ainda com a presença da coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, Regina Campos, e da bibliotecária da Biblioteca Municipal Padre Alves Vieira, Susete Calisto.

Informalmente a Rede de Bibliotecas de Vieira do Minho (RBVM) já existia e, por via da assinatura deste protocolo, vê agora reforçados os seus objetivos: criar e dar continuidade à organização e gestão de projetos de intervenção e cooperação na área das bibliotecas, promover e estreitar a ligação entre os responsáveis da comunidade educativa local, entidades públicas e privadas, na prossecução do objetivo comum de promoção do livro e da leitura, promover a troca de experiências, entre os seus membros, no âmbito da organização, gestão, animação e dinamização das bibliotecas da rede concelhia.

Para além destes, a rede vai permitir constituir e manter on-line o Catálogo Coletivo Concelhio de Bibliotecas de Vieira do Minho e servir de suporte à educação, à formação, à investigação e à difusão cultural, mediante a criação de um portal que efetive o acesso à informação e estimule a produção e difusão das ações desenvolvidas, bem como fomentar o empréstimo na biblioteca municipal e escolares e incrementar políticas de aquisições que visem a otimização de recursos e a promoção da leitura e das literacias.

✇ Blogue RBE

IFLA: Resposta estratégica de biblioteca à Inteligência Artificial

12 de Dezembro de 2023, 08:00

2023-12-12.png

1. Enquadramento

A 20 de novembro o AI SIG (Artificial Intelligence Special Interest Group/ Grupo Especial de Interesse em Inteligência Artificial) da IFLA publicou um documento de trabalho que pretende “apoiar a tomada de decisões locais sobre IA”, Desenvolvendo uma resposta estratégica de biblioteca à Inteligência Artificial [1], que está aberto a comentários e sugestões feitas no formulário disponível na fonte.

Resultou de um encontro presencial na Escola de Informação da Universidade de Sheffield, Inglaterra, focado na questão: “Inteligência Artificial: Onde é que ela se encaixa na sua estratégia de biblioteca?”. Neste os participantes, incluindo os que aderiram através da internet (até 250), apresentaram os seus pontos de vista [2].

O presente artigo baseia-se nestes dois documentos, sendo que o segundo inclui PowerPoint do encontro [3]. São todos de Andrew Cox, coordenador do IFLA AI SIG e professor na Universidade de Sheffield.

2. Questões de informação e éticas

O documento [1] refere uma série de ameaças de modelos de IA, como o Chat GPT, das quais se destacam cinco:

  • Criação descontrolada de notícias falsas, para manipular e polarizar a opinião pública, espalhar desinformação e minar a democracia, ou mesmo incitar à violência”;

  • Violação de “direitos autorais ao usar texto e dados sem permissão (Dreben, 2023). Poucos provedores de LLM disponibilizaram abertamente detalhes dos dados de treino” (opacidade) - LLM (Large Language Model) corresponde ao uso de técnicas de aprendizagem profunda e de dados de grande dimensão (big data);

  • Violação de dados pessoais (privacidade) e aumento da vigilância das grandes tecnológicas;

  • Impactos ambientais significativos, é o novo petróleo também pela sua pegada ambiental;

  • Agravamento das divisões digitais e sociais.

Quais são os riscos potenciais da IA e como é que a biblioteca – inclusive a sua, local - pode contribuir para mitiga-los é uma das questões do documento [1], que, a partir de uma análise SWOT explora as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da IA para as bibliotecas.

No âmbito das fraquezas há duas que importa destacar:

  • Ainda não existem ferramentas de IA para bibliotecas;

  • “IA impulsionada pelas Big Tech muitas vezes entram em conflito com os valores fundamentais da biblioteca, como a proteção da privacidade, a remoção de preconceitos, o acesso para todos e o livre acesso” e com as questões do poder político, da democracia ameaçada pelas grandes empresas privadas de tecnologias.

No âmbito das oportunidades, para além das apresentadas infra, colaborar com cientistas de dados.

 3. Qual o impacto de IA nas bibliotecas?

“As bibliotecas adotarão a IA de formas que se alinhem com as funções existentes” e tornando as suas coleções mais acessíveis.

Pode “mudar o trabalho diário de conhecimento, por exemplo, através da tradução, do resumo e da geração de texto” e de “ferramentas como ResearchRabbit, Scite, Elicit e Openread que realizam tarefas de apoio à revisão de literatura”, relacionando artigos de forma personalizada.

Pode mudar o funcionamento da biblioteca através da introdução de sistemas de biblioteca backend que permite ao administrador da biblioteca gerir utilizadores, livros, requisições e devoluções de forma simplificada e à distância – e.g. RPA (Robotic Process Automation) para processar dados bibliográficos. Também ao nível do marketing é possível adaptação de “textos às necessidades de públicos específicos”. Junto aos utilizadores, chatbots podem responder a pedidos de consulta e a dúvidas, recolher e tratar os seus dados e apoia-los em tarefas de rotina, bem como prever padrões do seu comportamento e apoiar decisões do bibliotecário. O artigo refere bibliotecas que já existem em que robôs fazem o inventário e aplicam o Sistema Automatizado de Armazenamento e Recuperação (ASRS) de recursos, através de prateleiras inteligentes e automatizadas - que poderiam existir no subsolo da biblioteca – e que entregam documentos ao utilizador sob pedido.

Estas novas valências melhoram a eficiência da biblioteca ou tornam-na irrelevante?

Na “Tabela 1. Impactos da IA nas operações da biblioteca” e na “Tabela 2. Serviços de IA” é especificada a previsão das principais mudanças na gestão e serviços da biblioteca [1].

4. Que competências são necessárias para interagir com IA?

A apresentação [3] evoca o conceito de Competências de Fusão/ Fusion Skills (Daugherty & Wilson, 2018) que remete para o carater holístico da aprendizagem:

“As competências de fusão combinam [numa mesma aprendizagem] educação, artes, design, tecnologia e negócios, refletindo a forma como a vida é transformada pela fusão destas disciplinas, gerando oportunidades para novas aprendizagens, negócios, produtos e serviços” e é “sobretudo orientada para o processo” (Find Fusion, 2023) [4]. Neste contexto, o importante é trabalhar em colaboração com IA: 1. Treinando-a; 2. Delegando tarefas ou explicando os resultados a atingir; 3. Apoiando a sua utilização responsável para não prejudicar os humanos (Wilson & Daugherty, 2018) [5].

A “interrogação inteligente - Saber qual a melhor forma de fazer perguntas à IA, em todos os níveis de abstração, para obter as informações de que necessitamos”, tal como a “capacitação baseada em bots” e a “rehumanização do tempo - A capacidade de aumentar o tempo disponível para tarefas claramente humanas, como interações interpessoais, criatividade e tomada de decisões” são algumas das competências de fusão, mencionadas na apresentação (Daugherty & Wilson, 2018) [3].

Esta nova abordagem reformula o quadro de 10 competências para prosperar na Quarta Revolução Industrial proposto, em 2016, pelo Fórum Económico Mundial:

“1. Resolução de problemas complexos; 2. Pensamento crítico; 3. Criatividade; 4. Gestão de pessoas; 5. Coordenação com os outros; 6. Inteligência emocional; 7. Julgamento e tomada de decisões; 8. Orientação para o serviço; 9. Negociação; 10. Flexibilidade cognitiva” [6].

Este quadro resultou da consulta a diretores de recursos humanos e principais empregadores globais e foi publicado no relatório, O Futuro do Emprego apresentado neste Fórum. Dedicado à Quarta Revolução Industrial, vaticinava: “Daqui a cinco anos, mais de um terço das competências (35%) consideradas importantes na força de trabalho atual terão mudado” [6].

Em Portugal, O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória responde às competências exigidas no mundo atual?

5. Literacias de IA

De acordo com as conclusões da apresentação [3], profissionais da informação podem desempenhar as seguintes tarefas:

  • Escrever código (programador);

  • Criar e gerir dados usados no processo de aprendizagem de IA (gestor de IA);

  • Trabalhar com RPA (Robotic Process Automation/ Automação Robótica de Processos), interagindo e resolvendo, na retaguarda, incidentes de tarefas automatizadas com IA (assistente de IA);

  • Criar comunidades de IA e educar com/ para IA, na qualidade de formador, tarefa que pode ser partilhada com a biblioteca [2].

A literacia em IA faz parte da literacia da informação e media e “é a compreensão da IA em qualquer uma das suas manifestações, envolvendo a capacidade de ‘avaliar criticamente as tecnologias de IA; comunicar e colaborar de forma eficaz com IA; e usar a IA como ferramenta online, em casa e no local de trabalho’ (Long e Magerko, 2020)” [1]. Segundo o documento “literacia em IA passou rapidamente para o primeiro plano” [1] e deve estender-se à equipa e funcionários da biblioteca e utilizadores. Complementarmente, também é importante conhecer as perceções e o modo como os utilizadores usam IA, para além de desenvolver estudos sobre boas práticas.

O documento propõe que a IA seja desenvolvida de forma participativa, por todas as partes interessadas, inclusive com a colaboração da biblioteca e dos cidadãos [1].

 6. Modelo de pesquisa

IA generativa, como o Chat GPT, permite, de forma personalizada, redigir textos (ensaio, poema, candidatura de emprego/ projeto) em várias línguas, responder a perguntas, escrever código de um programa informático, criar imagens, resolver problemas de matemática e responde simulando conversas humanas.

Com base nele, Cox inquire se abre “Um novo paradigma de pesquisa?”, por frases ou instruções/ prompts em linguagem natural, diverso do da biblioteca (por palavras-chave: assunto, título, cota, coleção, autor, etc.).

Qual será o modelo de pesquisa da biblioteca inteligente?

Como pode a biblioteca tradicional adaptar-se a este novo modelo?

.

 Referências

[1]. Cox, A. (2023, 20 Nov.). Developing a library strategic response to Artificial Intelligence. https://www.ifla.org/developing-a-library-strategic-response-to-artificial-intelligence/

[2]. Cox, A. (2023, Apr.). Library strategy and Artificial Intelligence. https://nationalcentreforai.jiscinvolve.org/wp/2023/06/05/library-strategy-and-artificial-intelligence/

[3]. Cox, A. (2023, Apr.). Artificial Intelligence: Where does it fit into your library strategy? https://drive.google.com/file/d/1uAvlt0Ucdcg8eQqNN5f0OXF1xHGpg_MF/view

[4]. Find Fusion. (2023). Fusion skills essential to success in the 21st century. https://www.culturesummit.com/fusion-skills-essential-to-success-in-the-21st-century/

[5]. Wilson, J. & Daugherty, P.. (2018). Collaborative Intelligence: Humans and AI Are Joining Forces. https://hbr.org/2018/07/collaborative-intelligence-humans-and-ai-are-joining-forces

[6]. World Economic Forum. (2016). The 10 skills you need to thrive in the Fourth Industrial Revolution. https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industri[1]al-revolution/

📷 [5]

✇ Blogue RBE

De mãos dadas vamos mais longe…

11 de Dezembro de 2023, 09:00

2023-12-11.png

A 9 e 10 de novembro, do corrente ano, na Biblioteca Nacional e Universitária de Zagreb (Croácia) realizou-se o Segundo Congresso Internacional das Bibliotecas Verdes: Let’s go green!

Esta conferência tem como objetivos: uma mostra e partilha de Boas Práticas, a exploração de programas de bibliotecas desenvolvidos no âmbito da Eco Literacia e, ainda, proporcionar a formação contínua dos profissionais para responderem às questões do Desenvolvimento Sustentável em bibliotecas. A conferência pretende de igual modo promover a partilha entre especialistas e investigadores nesta área para facilitar a criação e desenvolvimento de ações para um ambiente mais saudável para as futuras gerações.

Um painel de especialistas foi convidado para dar conta do que se tem investigado cientificamente nesta área; destacamos:

  • Doutor Harri Sahavirta (key speaker) com a comunicação “Some Accurate Trends in Sustainability in Library Framework”;

  • Doutora Rossana Morriello com “Going green in the intelligent library: promoting sustainability through digital transformation";

  • E ainda a tese apresentada pela Prof. Doutora Naymeh Shaghaei “Library as a Sustainable Leader: Creating sustainable Library and Resilient Communities”.

fotoOlga_1.jpgTambém foram muito interessantes as apresentações da Dr. Maria Cassella e da Dolores Mumellas respetivamente sobre “Citizen Science Support” e 2 Citizen Scienc Kit” (o que costumamos denominar de Maletas Pedagógicas), estas duas comunicações foram fundamentadas pela investigação sobre a importância de divulgar o conhecimento científico para o cidadão comum[1].  Recomendamos a consulta do portal SCISTARTER Science we can do together.

No segundo dia, foi dedicado a apresentação de práticas das diversas tipologias de bibliotecas. Salientamos a comunicação da diretora da British Library, Maja Maričević “ Harnessing the Power of Libraries to Convene for Climate Action” ; a comunicação sobre a experiência de uma bibliotecas de sementes “Seed Library in Slovenian Public Libraries”  e destacamos ainda  a “Eco-BiblioTECH , um projeto de parceria entre biblioteca pública e escolas do 1º ciclo.

Foi neste segundo dia, que a equipa portuguesa partilhou o seu trabalho: «The sustainable lightness of the school library”[2] um exemplo do trabalho colaborativo entre a Biblioteca Pública de Palmela, as bibliotecas escolares e a Agência da Energia e do Ambiente da Arrábida.

Imagem1.jpg

Só foi possível apresentar este trabalho porque no concelho de Palmela trabalhamos efetivamente juntos em prol de uma Terra para todos.

A conferência foi muito profícua na reflexão crítica partilhada através de dois «worshops» em que os participantes, organizados em pequenos grupos, tiveram de discutir/debater os problemas apresentados e apresentar soluções com propostas específicas e planeadas.

As conclusões no final deste congresso são as seguintes (apresenta-se aqui uma tradução livre):

  • Edifícios verdes e serviços verdes são igualmente importantes;

  • Temos de considerar em conjunto as três facetas da sustentabilidade: a ambiental, a económica e a social;

  • A sustentabilidade é um processo, um modo de vida, não é um objetivo a curto prazo;

  • As bibliotecas têm de avaliar e reavaliar as suas ações para atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável;

  • A Agenda 2030 da UN será somente atingida se a incorporarmos no nosso quotidiano.

Por isso em Palmela continuaremos a trabalhar colaborativamente porque só assim conseguiremos uma sociedade mais sustentável e mais feliz!

Olga Cidades
Bibliotecária do SABE de Palmela

Referências

[1] EU através do portal https://eu-citizen.science/ 

[2] A Sustentável leveza da Biblioteca Escolar

Capa📷 Vitor Oliveira from Torres Vedras, PORTUGALCC BY-SA 2.0

✇ Blogue RBE

(Re)criar a Biblioteca Escolar: EB Frei Manuel Cardoso em festa!

6 de Dezembro de 2023, 09:00

2023-11-29.png

A Escola Básica Frei Manuel Cardoso, do Agrupamento de Escolas de Fronteira esteve em festa na tarde do dia 26 de outubro: após um processo de requalificação do espaço, o qual contou com o apoio da RBE e investimento do Agrupamento, o espaço foi apresentado à comunidade educativa.

A biblioteca escolar passou a disponibilizar um espaço flexível, moderno e adaptado às necessidades atuais dos alunos. Para isso, foi adquirido mobiliário novo, funcional, permitindo uma utilização e transformação constante do espaço. Uma biblioteca moderna, com um fundo documental atualizado e equipamento atual e atrativo, para toda a comunidade.

A iniciativa contou com a presença da Dra. Fátima Bonzinho, em representação da RBE, Dra. Maria Mário Murteira e Dra. Ana Martins em representação da DGEstE; o Diretor do Agrupamento, Dr. João Pedro Polido; Sub- Diretora do Agrupamento, Dra. Maria do Céu Peças; Vereadora da Educação Dra. Rita Teixeira Rodrigues; Presidente da Freguesia de Fronteira, Sr. António Luís Palrão; para além de outros convidados, Técnica Superior da Biblioteca Municipal; Professores; Alunos; Assistentes Técnicos e Operacionais.

O evento (Re) Criar a Biblioteca foi integrado nas comemorações do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE) e contou com uma animação, dinamizada pelo S’Em Fronteiras, Grupo de Teatro Escolar do Agrupamento, sob a encenação de Maria de Campos, baseada nas seguintes obras:

  • Todos os escritores do mundo têm a cabeça cheia de piolhos de José Luís Peixoto
  • A fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas, de Luísa Ducla Soares
  • O morcego bibliotecário, de Cármen Zita Ferreira
  • A Biblioteca é uma casa onde cabe toda a gente, de Mafalda Milhões.

A Professora Bibliotecária, Ana Maria Taveira apresentou o projeto @treve-te +, que o Agrupamento de Escolas de Fronteira e a Biblioteca Escolar viram aprovado e financiado pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e que permitiu a requalificação do espaço. Este projeto permitiu a criação de um canal digital, onde são disponibilizadas videoaulas de apoio ao desenvolvimento curricular, uma mais-valia para toda a comunidade escolar.

A cerimónia culminou com o descerramento de uma placa onde ficou registado o reconhecimento pelo apoio do Diretor do Agrupamento, Dr. João Pedro Polido.

✇ Blogue RBE

Uma de mim… a mais

4 de Dezembro de 2023, 08:33

2023-12-04.png

Viajar pelo paralelo e conseguir estar em dois lugares ao mesmo tempo é coisa que só um professor bibliotecário consegue. Dias vêm e vão em que colegas se cruzam com a frasezinha engraçada do “ Já não te via há uns dias” e a resposta salta sem travão “Tenho estado sempre na… loja”.

Ser professor bibliotecário é chegar mais cedo, criar coisas malucas como as sessões de “Leitura Criminal a que chamamos “Criminal Me”, é estar ao segundo em prontidão como os bombeiros. Mas, acima de tudo, é poder contactar com jovens de diferentes idades, que de uma forma geral querem bem à biblioteca e estão curiosos. Ensinam muito também.

O mago professor bibliotecário explora essa curiosidade, espalhando pó de estrela em forma de títulos de livros, ideias para projetos, momentos de risota e de leitura de jogo e até de crochet e de tricot. Porque a biblioteca é o espaço para tudo. Até para descansar. Por vezes, basta sentar em frente ao aquário e relaxar. Reequilibrar energias.

São muitas as vezes, porém, em que a sensação de que se faz pouco vem, por sermos muito críticos de nós mesmos e, ao mesmo tempo, egoicos ao ponto de pensar que podemos mudar o mundo se multiplicarmos eventos. Precisava de me clonar. É essa a sensação. Para poder assegurar as oito horitas de sono, algumas para comer e outras para me divertir. A biblioteca é uma nave gigante que poucos veem. Leva tudo a todo o lado, assim o queiram.

O melhor que levamos são mesmo os momentos com os alunos e colegas que, ávidos de ver, de ler, de escrever, de apresentar em voz alta, de jogar xadrez, damas, party and company, mikado, superT ou UNO e muito, muito mais.

Este ano, a escola começou tão bem… recebemos 1400 pimpolhos, à vez, no mês de outubro todinho, como nos anos anteriores, de resto. Mas a energia que havia no ar era mais leve. Misturámos horas de conto fantásticas, e houve até quem viesse com os olhitos brilhantes e um sorriso doce dizer, “E quando aprendemos francês?”. Tinha esquecido que, no final do ano letivo passado, em junho, quando todos partem, ficam eles, os do 1º ciclo. Num tempo quente que convida a praia… e foi então que a BE virou palco de músicas e comptines em francês para os do 2ºH. E como eles aprendiam bem… cantando e dançando.

Tenho mesmo que ir para o paralelo e cocriar o meu clone… muitos clones de muitos de nós. Não por ego, mas para chegarmos a todos os jovens e crianças do país.

A biblioteca é o colo da escola onde os abraços se dão, os sorrisos se espalham.

Cristina Rocha,
professora bibliotecária do AE da Boa Água, Sesimbra
Novembro 2023

_____________________________________________________________________________________________________________

  1. *Qualquer semelhança entre o título desta rubrica e a obra Retalhos da vida de um médico, não é pura coincidência; é uma vénia a Fernando Namora.
  2. Esta rubrica visa apresentar apontamentos breves do quotidiano dos professores bibliotecários, sem qualquer preocupação cronológica, científica ou outra. Trata-se simplesmente da partilha informal de vivências.
  3. Se é professor bibliotecário e gostaria de partilhar um “retalho”, poderá fazê-lo, submetendo este formulário.

 

✇ Laredo

Para além de Princesas e Dragões

Por Miguel Horta — 11 de Dezembro de 2023, 22:25

Continuando a falar
de momentos importantes
ao longo do ano de 2023

De 17 a 18 de Março, teve lugar em Albergaria-A-Velha, o encontro “Para além de princesas e dragões - a Biblioteca e a Aprendizagem Criativa"- promovido pela Biblioteca Municipal. Foi com gosto que participei neste encontro intervindo em plenário, desenvolvendo formação e apresentando as ilustrações do meu livro “Rimas salgadas”.


Este encontro foi importante para a minha evolução pessoal ao longo de 2023. Não só fui recebido com grande hospitalidade e carinho pela equipa da Biblioteca Municipal como, participei num painel em plenário e tive a oportunidade de voltar a dar formação presencial, depois de um longo ciclo em virtual. Bem sei que é muito importante o trabalho
on line pois permite comunicar com docentes de pontos muito afastados dos grandes centros que, sem estas oportunidades, dificilmente teriam acesso às propostas de Mediação Leitora Inclusiva. Mas o sentir e comunicar com o outro, ao nosso lado, a possibilidade física de folhear livros e experimentar material não livro fizeram a diferença, nesta oficina que explorou recursos de mediação para diversas situações de exclusão.


Um dos momentos mais agradáveis deste Encontro foi a inauguração da exposição com as ilustrações originais do meu livro Rimas Salgadas, que contou com a presença de António Loureiro e Santos, Presidente da Câmara de Albergaria-A-Velha, e Delfim Ferreira, Vice-Presidente que fez a apresentação da iniciativa. Fica aqui um abraço para o José Saro, simbolizando todos os professores bibliotecários (e outros) que estiveram presentes.







✇ Laredo

Ler e dar a ler - o vídeo

Por Miguel Horta — 3 de Dezembro de 2023, 19:47

O programa do PNL “Ler e dar a Ler – Leitura orientada na sala de aula” ocupou uma boa parte da minha vida ao longo deste ano de 2023. É justo que aqui deixe a ligação para este vídeo que dá uma ideia do nosso trabalho (Laredo Associação Cultural) por terras de Trás-os-Montes e Alentejo. Um belo vídeo realizado por António Barbot. Ao mesmo tempo que fazia estrada, outros companheiros trilhavam os caminhos da Mediação Leitora, Andante, Paulo Condessa , No ar -Rádio de bolso, Dora Batalim e Elsa Serra. Sinto-me bem em itinerância, aprendi bastante no decorrer da ação. Tive desilusões e momentos felizes – Quando os docentes estão verdadeiramente empenhados, imediatamente se sente um reflexo nas crianças. Ainda uma palavra de gratidão para a Fátima Bonzinho, coordenadora interconcelhia das bibliotecas escolares do alto Alentejo (PNL) e á minha companheira de aventura, Maria José Vitorino. Mais aqui.
✇ BiblogTecarios

¿Por qué es importante asistir a eventos profesionales? Mi experiencia en Meeting AAPID 2023: Bibliotecas innovadoras: espacios de creatividad y colaboración

Por Marta García Rodríguez — 13 de Dezembro de 2023, 00:00

La entrada ¿Por qué es importante asistir a eventos profesionales? Mi experiencia en Meeting AAPID 2023: Bibliotecas innovadoras: espacios de creatividad y colaboración aparece primero en BiblogTecarios.

¿Por qué es importante asistir a eventos profesionales? Mi experiencia en Meeting AAPID 2023: Bibliotecas innovadoras: espacios de creatividad y colaboración…Más vale tarde que nunca, […] Leer más

La entrada ¿Por qué es importante asistir a eventos profesionales? Mi experiencia en Meeting AAPID 2023: Bibliotecas innovadoras: espacios de creatividad y colaboración aparece primero en BiblogTecarios.

✇ BiblogTecarios

Sobre la necesidad de una nueva Ley de Bibliotecas en España

Por Roberto Soto — 10 de Dezembro de 2023, 23:00

La entrada Sobre la necesidad de una nueva Ley de Bibliotecas en España aparece primero en BiblogTecarios.

El Sistema Español de Bibliotecas constituye el mayor ejército cultural de este país, el que más territorio abarca, el que a más personas llega, el […] Leer más

La entrada Sobre la necesidad de una nueva Ley de Bibliotecas en España aparece primero en BiblogTecarios.

✇ BiblogTecarios

Conversamos con Gemma Lluch sobre #Lectura, Papel, Pantalla

Por Luis Miguel Cencerrado — 22 de Novembro de 2023, 08:21

La entrada Conversamos con Gemma Lluch sobre #Lectura, Papel, Pantalla aparece primero en BiblogTecarios.

Hoy traemos hasta nuestro blog a Gemma Lluch, una figura destacada tanto en la academia como en el plano operativo y experimental. Sin duda. Nuestra […] Leer más

La entrada Conversamos con Gemma Lluch sobre #Lectura, Papel, Pantalla aparece primero en BiblogTecarios.

✇ Blogue RBE

MIBE 2023: A Rede de Bibliotecas de Loulé Transforma Livros em Capas Vivas

21 de Novembro de 2023, 09:00

20223-11-10.png

A Rede de Bibliotecas do Concelho de Loulé comemorou o MIBE 2023 (Mês Internacional das Bibliotecas Escolares) com uma atividade inspiradora: "Capas Vivas". Sob o lema "Biblioteca escolar: o meu lugar preferido para criar e imaginar", os utilizadores das bibliotecas do concelho foram convidados a dar asas à sua criatividade e transformar os seus livros favoritos em verdadeiras “obras de arte”. Deram vida às personagens, cenários e histórias que mais os marcaram. O resultado foi uma profusão de criatividade, que abrangeu os utilizadores de todas as idades.

Sendo o Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE) um evento global que visa destacar a importância das bibliotecas nas escolas, incentivando a leitura e a criatividade entre os alunos, esta iniciativa foi uma oportunidade para promover a diversidade literária, a imaginação e a colaboração.

A fim de partilhar esta expressão incrível de criatividade com um público mais amplo, a Rede de Bibliotecas de Loulé organizou uma exposição virtual. Neste espaço em linha, é possível admirar as "Capas Vivas" criadas pelos jovens artistas.


Ver grande

✇ Blogue RBE

Rede de bibliotecas de Oliveira de Azeméis: um trabalho partilhado

17 de Novembro de 2023, 09:00

2023-11-17.png

O Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares (SABE) da Biblioteca Municipal Ferreira de Castro (BMFC) funciona desde 2008, com protocolo celebrado entre a autarquia e o Ministério da Educação, apoiando diretamente a Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares de Oliveira de Azeméis.

Esta rede foi formalmente criada no âmbito da Candidatura Ideias com Mérito que envolveu todas as bibliotecas escolares do concelho de Oliveira de Azeméis e a BMFC, aprovada pela RBE, tendo nesse contexto sido criado o catálogo coletivo que integra as coleções das diferentes Bibliotecas Escolares e da Biblioteca Municipal. Visa-se, assim, estimular o empréstimo entre escolas e entre estas e a Biblioteca Municipal, promover e facilitar a circulação da informação documental existente, desenvolver uma política racional das aquisições para as coleções das bibliotecas e incrementar práticas colaborativas entre escolas, instituições e comunidade em geral, passando a política de desenvolvimento das coleções a ser pensada em conjunto.

O SABE da BMFC tem a particularidade de congregar uma rede de parcerias e de trabalho colaborativo que envolve todas as bibliotecas escolares do Município, bem como o Centro de Formação de Associação de Escolas dos Concelhos de Arouca, Vale de Cambra e Oliveira de Azeméis (AVCOA) cujo papel é crucial na formação e na concretização de múltiplas atividades. Os diversos parceiros reúnem quinzenalmente para planificar em conjunto, discutir e analisar soluções para problemas comuns, fazer formação conjunta quer na vertente mais técnica do tratamento documental, quer, por exemplo, na mediação da leitura, assim como para pôr projetos no terreno…

Imagem1.pngEsta rede tem um plano de atividades concelhio, concebido e desenvolvido de forma colaborativa, destacando-se o Chá literário, atividade integrada na Semana da Leitura, destinado a docentes e convidados locais que partilham experiências de leitura e leituras durante uma tarde, o Campeonato de Pesquisa na Internet, PesquisOAz, inicialmente destinado apenas aos alunos dos 2.º, 3.º CEB e Ensino Secundário do Município, tendo, desde o ano letivo 2021/2022, alargado aos alunos dos agrupamentos de escolas de sete concelhos de Entre Douro e Vouga. Na sua versão atual, já convidou outros concelhos e terá uma versão também para docentes.

As colaborações desta rede não se esgotam no âmbito do SABE, embora sejam sempre discutidas e planificadas nesse contexto, dada a tradição de reunir amiúde todos os parceiros para trabalho conjunto. Assim, temos, por exemplo, a colaboração anual recorrente das Bibliotecas Escolares com o município e a BMFC na Semana da Criança ou a colaboração anual destas com o CFAE AVCOA na Maratona Bibliotecária (anteriormente 24 horas das Bibliotecas Escolares), acabando por o trabalho colaborativo desta rede estar espelhado a diferentes níveis. Na verdade, a tónica desta rede e o que a destaca é o ambiente de apoio, interajuda e colaboração.

SABE

❌