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Tempestades solares violentas podem atingir a Terra nesta sexta (7)

Por Mateus Dias — 7 de Julho de 2023, 10:47

No dia 4 de julho, aconteceu no Sol duas tempestades solares que podem estar enviando bilhões de toneladas de plasma para a Terra. As ejeções de massa coronal foram detectadas pelo Observatório Solar e Heliosférico da NASA (SOHO), um orbitador do Sol, e devem chegar até nosso planeta na sexta-feira, 7.

As ejeções de massa coronal são carregadas de plasma, partículas ionizadas que quando se chocam com a magnetosfera terrestre podem desencadear tempestades geomagnéticas. Estas por sua vez, podem acabar interrompendo as redes elétricas e de comunicação aqui na Terra.

Em seu perfil no Twitter, a física do clima espacial, Tamitha Skov, compartilhou imagens feitas pelo SOHO das tempestades solares e brincou que era uma comemoração pelo dia da independência nos Estados Unidos, feriado comemorado com explosões de fogos de artifícios.

Our #Sun celebrates #July4 with its own special fireworks! We have two partly Earth-directed #solarstorms (aka CMEs) on their way. The second storm will catch up to the first giving us a 1,2-punch. Model predictions show impact likely July 7. I'll post NASA model runs next. pic.twitter.com/gtJwgcYS4Z

— Dr. Tamitha Skov (@TamithaSkov) July 5, 2023
“Nosso #Sol comemora #4 de julho com seus próprios fogos de artifício especiais! Temos duas #tempestades solares parcialmente dirigidas para a Terra (também conhecidas como CMEs). A segunda tempestade alcançará a primeira, dando-nos um soco duplo. As previsões do modelo mostram um impacto provável em 7 de julho. Postarei as execuções do modelo da NASA a seguir”

Leia mais:

Soco duplo de tempestades solares

O modelo da NASA apontou que a primeira ejeção de massa coronal é mais lenta e deve chegar à Terra, por volta de 9 horas, do horário de Brasília, seguindo principalmente para o nordeste.

Já a segunda tempestade solar, está mais rápida e mais direcionado para a Terra, com previsão de chegada para a madrugada do dia 7 de julho, e um ligeiro desvio para o sul. O soco duplo de ejeções, como descreve o relatório da NASA, deve causar uma tempestade geomagnética do nível G-1, nível definido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), como tempestades mais fracas, mas que podem causar flutuações na rede elétrica e interrupções em espaçonaves na órbita.

Além disso, quando as partículas ionizadas chegarem a Terra, eles podem interagir com o campo magnético e a atmosfera terrestre e formar as auroras. Geralmente esse show de luzes é observado somente em altas latitudes, mas em tempestades solares como essas podem ser visíveis em latitudes médias.

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Erupção solar do tipo mais violento atinge a Terra e interrompe comunicação por rádio

Por Flavia Correia — 3 de Julho de 2023, 19:23

Conforme noticiado pelo Olhar Digital na sexta-feira (30), uma mancha solar voltada para a Terra cresceu tão rapidamente no decorrer da semana que chegou a 10 vezes o tamanho do nosso planeta. Com isso, o fim de semana trazia altíssimo risco de ocorrência de explosões de classe X – o tipo mais violento de erupção solar.

E tudo aconteceu exatamente conforme o previsto pela NASA, com base nas capturas feitas pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), que acompanhou a evolução da mancha solar AR3354 desde o surgimento, na última terça-feira (27).

Segundo um comunicado emitido pela agência nesta segunda-feira (3), essa colossal e crescente região ativa do Sol explodiu no domingo (2), às 20h14 (pelo horário de Brasília), produzindo uma erupção solar de longa duração da classe X.1, que foi registrada pelo SDO.

The Sun emitted a strong solar flare on July 2, 2023, peaking at 7:14pm ET. NASA’s Solar Dynamics Observatory captured an image of the event, which was classified as X1.0: https://t.co/wc4wEGkZTc pic.twitter.com/djYJ4VsTzi

— NASA Sun & Space (@NASASun) July 3, 2023

Como estava voltada para a Terra, a radiação da explosão ionizou o topo da atmosfera, o que provocou uma interrupção momentânea nas comunicações por rádio. Aviadores, navegadores e operadores de rádio amador localizados no oeste dos EUA e no Oceano Pacífico podem ter notado perda de sinal por até 30 minutos após o disparo do flare.

Leia mais:

O que é uma erupção solar de classe X

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento.

De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.

“A classe X denota as chamas mais intensas, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força”, explicou a agência em um comunicado. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. Sinalizadores classificados como X10, os mais fortes, são incomumente intensos”.

Em média, erupções solares dessa magnitude ocorrem cerca de 10 vezes por ano e são mais comuns durante o máximo solar (período de maior atividade) do que o mínimo solar (período de menor atividade). Se a explosão solar for eruptiva e ocorrer perto do centro do disco solar voltado para a Terra, ela pode causar uma forte e duradoura tempestade solar e liberar uma ejeção de massa coronal significativa que pode causar uma tempestade geomagnética de grau severo (G4) a extremo (G5) no planeta.

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NASA anunciou que “apocalipse da internet” está próximo? Entenda

Por Flavia Correia — 28 de Junho de 2023, 16:08

Nos últimos dias, rumores de que cientistas da NASA teriam emitido alertas sobre um possível “apocalipse da internet” esperado para a próxima década causaram um verdadeiro alvoroço nas redes sociais ao redor do mundo. Postagens no Instagram, Facebook, Twitter, TikTok e outras plataformas trataram o tema com o devido alarde que já sabemos ser bem comum nesses veículos.

NASA está alertando sobre 1 apocalipse iminente da Internet q desativaria a Internet por meses e Elon concordou em dizer que o Starlink poderia atuar como 1 rede de segurança p tais eventos.
Schwab previu um apagão na Internet dp de "prever" uma pandemia. pic.twitter.com/TxmBCy0q7e

— Isamara Martins (@Isamara55433815) June 23, 2023

era só isso q me faltava agr
“apocalipse da internet” vsff

— fael (@faellsnts_) June 27, 2023

essa história de "apocalipse da internet" já tá rodando por aí desde 2021 e não sei pq decidiram reviver isso justo agora https://t.co/IqJUvSeTWy

— lena⁷ 🦕 (@jinossaro) June 25, 2023

Mas, o que esse burburinho tem de verdade e o que não passa de exagero da web? Venha entender tudo isso.

Leia mais:

“Apocalipse da internet” virou notícia há dois anos

Uma reportagem publicada pelo jornal britânico Mirror no início do mês foi o estopim para essa onda de postagens alarmistas acerca de um apagão da internet no mundo, que seria causado pelo Sol.

No entanto, vale lembrar que esse assunto não é de hoje. Tudo começou, na verdade, em 2021, com a publicação de um estudo conduzido por uma pesquisadora da Universidade da Califórnia chamada Sangeetha Abdu Jyothi, que previa um cenário semi apocalíptico, no qual cabos submarinos de fibra óptica estariam especialmente vulneráveis a um evento de ejeção de massa coronal de grande porte – ou seja, uma supertempestade solar. (O Olhar Digital falou sobre essa pesquisa aqui).

Segundo a cientista, se um fluxo de vento solar extremo voltado para a Terra atingisse o planeta, afetaria esses cabos internacionais de internet, cortando o fornecimento de conexão na fonte. “É como fechar o suprimento de água de uma casa quebrando o encanamento da rua”, exemplificou Sangeetha.

Quase dois anos depois, o assunto volta à tona – algo que costuma acontecer bastante, a propósito. No fim do ano passado, por exemplo, a internet “ressuscitou” uma história de 2017 que dizia que a NASA vai mandar apenas mulheres para Marte para “evitar sexo no espaço”.

Supertempestade solar já interrompeu sistemas de comunicação na Terra

O medo generalizado do tal “apocalipse da internet” provocou uma avalanche de desinformação de rápida disseminação sobre avisos inexistentes da NASA e especulações sobre o que seria da humanidade um mundo offline. 

Conforme destaca o jornal The Washington Post (TWP), é fácil entender o porquê de tanta polêmica. Afinal, praticamente todos os aspectos da vida humana estão ligados à internet, e sua ausência pode ter consequências desastrosas – sem mencionar que muita gente mal aguenta uma viagem de elevador de 30 segundos sem Wi-Fi.

Especialistas apontam que uma interrupção generalizada da internet pode, de fato, ser provocada por uma forte tempestade solar que vier a atingir a Terra – um evento raro, mas muito real, que ainda não aconteceu na era digital. 

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

Arrebentações na superfície solar causadas por emaranhados nos campos magnéticos da estrela enviam partículas carregadas de radiação à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação.

As erupções solares às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra.

Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.

Quando uma tempestade solar que ficou conhecida como “Evento Carrington” atingiu o planeta em 1859, as linhas telegráficas foram afetadas, operadores foram eletrocutados e auroras boreais desceram para latitudes incrivelmente baixas. 

Mais de um século depois, em 1989, uma tempestade solar interrompeu a rede elétrica de Quebec, no Canadá, por longas horas. E em 2012, um outro evento do tipo passou raspando pela Terra, o que evitou graves consequências.

NASA usa sonda espacial para investigar a atividade solar

Várias das postagens que espalham o (até então) boato sobre o apocalipse da internet citam que a Parker Solar Probe, uma sonda espacial desenvolvida pela NASA para orbitar o Sol, detectou que o evento estaria próximo de acontecer. 

E isso não é verdade. A missão Parker tem por objetivo examinar o comportamento do astro e entender como ele consegue provocar efeitos espaciais climáticos capazes de afetar desde a segurança de astronautas durante caminhadas espaciais até o funcionamento de satélites e de redes de energia, além da ocorrência de auroras na atmosfera terrestre.

No entanto, em momento algum foi divulgado pela NASA que a espaçonave teria descoberto qualquer evento extremo em vias de acontecer nos próximos anos. 

Na verdade, a sonda nem faz previsões. Ocorre que, desde que foi lançada, ela já fez alguns sobrevoos próximos à coroa solar para examinar a atividade da estrela e, com base nessas aproximações, bem como em levantamentos feitos por outros equipamentos (como o Observatório de Dinâmicas Solares, por exemplo), os cientistas da NASA conseguem projetar os períodos de maior e menor movimentação no Sol.

Espera-se que a sonda Parker faça mais 12 passagens próximas do Sol ao longo dos próximos dois anos da missão, prevista para ser concluída em meados de 2025. 

O que pode ter dado forças à volta dos rumores sobre o apocalipse da internet é que, há algumas semanas, cientistas publicaram novas evidências da sonda sobre a origem dos ventos solares, que dizem ser resultado de um fenômeno chamado “reconexão magnética”. 

Embora a pesquisa não tenha olhado especificamente para tempestades solares, ela tem relevância mais ampla. “A atmosfera solar muda muito lentamente”, diz Stuart Bale, professor de física da Universidade da Califórnia em Berkeley e pesquisador principal da sonda Parker na NASA. “Então, sempre que algo muda muito rápido magneticamente no Sol, provavelmente é devido à reconexão”.

Ele explica que os estudos servem justamente para reunir informações que possam ser úteis para prevenir cenários catastróficos. “Quanto mais soubermos sobre a reconexão magnética no Sol, mais poder preditivo isso nos dará para o clima espacial”.

Bale disse ao TWP que entende o tipo de pânico que a ideia de “apocalipse da internet” incute. Mas, normalmente, o cientista não se preocupa muito com isso. “De certa forma, prefiro cultivar minhas próprias batatas no campo, não usando um celular”, disse ele.

Ou seja: vamos seguir com as nossas vidas em paz, porque o apagão da internet, definitivamente, não é um assunto que mereça tanto a nossa atenção e preocupação – pelo menos por enquanto.

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Explosão solar atinge a Terra e atrapalha comunicações navais

Por Flavia Correia — 8 de Maio de 2023, 19:51

Uma explosão solar atingiu o campo magnético da Terra no domingo (7), às 12h44 (pelo horário de Brasília). Embora o impacto tenha sido considerado fraco, segundo a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, a radiação ultravioleta extrema da erupção causou um pequeno apagão de rádio de ondas curtas sobre o oeste dos EUA e o Oceano Pacífico, interferindo nas comunicações navais e nas operações de rádio amador.

Tudo isso foi provocado por um jato de plasma disparado de uma mancha solar de polaridade invertida denominada AR3296, que está em constante atividade e produziu mais uma explosão de classe M (mesma categoria daquela que atingiu a Terra na tarde de domingo) que deve chegar ao planeta na quarta-feira (10).

Leia mais:

Nova erupção solar da mancha AR3296 captada pelo instrumento AIA do Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA. Crédito: SDO/AIA

Esse segundo evento se deu às 19h34 do mesmo dia em que a explosão anterior atingiu a nossa atmosfera. Ele foi captado pelos instrumentos Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) e Conjunto de Imagiologia Atmosférica (AIA), do Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA.

A erupção solar da mancha AR3296 sob a leitura do instrumento SOHO do Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA. Crédito: SDO/SOHO

A agência estima que o impacto pode provocar tempestades geomagnéticas de classes G2 e G3 (de graus médio e forte, respectivamente, em uma escala definida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica – NOAA – que vai de G1 a G5).

Manchas solares são regiões escuras na superfície do Sol por baixo das quais poderosos campos magnéticos, criados pelo fluxo de cargas elétricas, se entrelaçam antes de, repentinamente, estalarem jatos explosivos de material solar carregados de radiação e, algumas vezes, com ejeções de massa coronal (CMEs). Por sua vez, as CMEs são caracterizadas pelo disparo de gás ionizado a alta temperatura, provenientes da coroa solar.

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