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O que está a acontecer: Os abutres-pretos fazem a corte e põem os seus ovos

Por Inês Sequeira — 1 de Fevereiro de 2024, 17:29

Em pleno Inverno, o maior abutre da Europa está na época de nidificação. Samuel Infante, que convive com a espécie no Parque Natural do Tejo Internacional, descreveu à Wilder o que se passa.

Portugal abriga actualmente entre 78 a 81 casais de abutre-preto em cinco áreas diferentes do país, desde o Parque Natural do Douro Internacional, mais a norte, até ao concelho de Moura, no Alentejo, a área mais a sul.

É nesta época do ano, ainda no Inverno, que estas aves majestosas já podem ser vistas em paradas nupciais, uma espécie de ritual que marca o início dos acasalamentos. “Normalmente fazem voos sincronizados, parece uma dança no ar! Também temos observado comportamentos de cortejamento dos indivíduos nos campos de alimentação, em que se tocam com o bico”, descreve Samuel Infante, que trabalha na Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza.

abutre em voo
Abutre-preto em voo. Foto: Artemy Voikhansky/Wiki Commons

Estas grandes aves ficam no próprio ninho, normalmente o mesmo de ano para ano – construído no topo de uma árvore – ou então mantêm-se ali pelas redondezas, até porque “são sedentárias, não migram”, explica Samuel, que é também coordenador do CERAS – Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco.

Casais sim, mas também trocas e trios

A identidade dos membros do casal também costuma ser a mesma: é habitual juntarem-se os machos e fêmeas de anos anteriores, como acontece aliás com outras grandes aves.

Ainda assim, ao contrário do que se pensava, isso nem sempre é um dado adquirido. Algo que os investigadores descobriram só em anos mais recentes, graças à marcação e ao seguimento de diferentes abutres-pretos e também à genética: “Comprovou-se que podem existir trocas de indivíduos na mesma colónia e até chegam a formar trios”, nota o mesmo responsável.

Abutre-preto no ninho. Foto: Samuel Infante

É por estes dias, no início de Fevereiro, que têm também início as posturas, com as fêmeas a porem os seus ovos – “normalmente apenas um por cada ninho, são raros os registos de dois ovos”. Ele e ela dividem entre si os cuidados da incubação.

Quanto ao ovo, será muito maior e mais pesado do que um ovo de galinha, elucida o coordenador do CERAS. No caso do abutre-preto, o ovo “pode chegar a pesar 300 gramas” e tem também um aspecto diferente, com “a cor de fundo branca e manchas de várias tonalidades.”

Ovo de abutre-preto. Foto: Didier Descouens/Wiki Commons

Ninhos que impõem respeito

Entretanto, nos próximos meses, é no ninho que os casais vão passar a maior parte dos seus dias, normalmente “no topo de uma árvore madura de grande porte.” As árvores escolhidas serão quase decerto azinheiras se estes abutres-pretos nidificarem no Tejo Internacional, mas provavelmente pinheiros se estiverem na Serra da Malcata (na confluência entre a Beira Baixa e a Beira Alta) ou na Herdade da Contenda (concelho de Moura), uma vez que aí são essas as árvores maiores. No Douro Internacional, costumam ficar em cima de zimbros, azinheiras e sobreiros, no topo das ravinas que ladeiam o rio.

Os próprios ninhos têm dimensões que impõem respeito, pois “variam entre 1,5 a dois metros de diâmetro e os mais antigos chegam a ter mais de um metro de altura, pois os materiais vão-se acumulando”. Nesses entrelaçados de pequenos paus sem folhas, como os descreve Samuel, as aves normalmente “usam esteva (Cistus ladanifer) e forram o interior com lã de ovelha e por vezes com egagrópilas, com os restos de pêlos de javali ou veado.”

Ninho de abutre-preto no Tejo Internacional. Foto: Samuel Infante

O problema é que se amontoam tantos materiais, ano após ano, que alguns ninhos acabam por soçobrar devido ao peso ou mesmo por estarem mal construídos. E por isso, têm vindo também a ser instalados alguns ninhos artificiais.

É em Abril que acontecem as últimas posturas da espécie e que nascem também as primeiras crias, com vários meses de aprendizagens ainda pela frente. Para já, tanto antes como depois de saírem dos ovos, as pequenas aves vão enfrentar várias ameaças: “Perturbação por actividades humanas, predação natural, quedas dos ninhos pelo peso destes, que por vezes faz colapsar as árvores, venenos, intoxicações por chumbo”, exemplifica Samuel Infante, que acolhe casos desses no CERAS.

Abutre-preto num ninho, a proteger a cria do sol. Foto: Quercus ANCN

E se as coisas não correrem bem? Nesse caso, se ainda houver tempo, o casal fará uma postura de reposição, assegurando assim um novo descendente. Esta é uma questão importante, uma vez que o abutre-preto é uma espécie ameaçada em Portugal, onde tem vindo lentamente a recuperar. No Tejo Internacional e noutros locais do país, dentro de poucos meses, já será possível observar os primeiros voos das crias.


Saiba mais.

Leia aqui a incrível história de Aravil, salvo da morte quando era uma jovem cria e reencontrado mais de 13 anos depois, no concelho de Idanha-a-Nova.

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Como escolher um aquecedor para sua casa ou apartamento

Por Matheus Chaves — 28 de Junho de 2023, 16:11

Com o inverno chegando, muitas pessoas estão buscando opções mais confortáveis para enfrentar esse período. Uma ótima solução é escolher um aquecedor para deixar os cômodos de sua casa ou apartamento em uma temperatura confortável, assim garantindo bem-estar e aconchego.

Quais os tipos de aquecedor existentes?

No mercado, existem diversos tipos de aquecedores que podem ser ótimos em determinados ambientes. Há aqueles que são melhores para locais pequenos, outros que podem ser melhor aproveitados em casas ou mesmo apartamentos mais espaçosos.

Para você saber qual pode ser o melhor para a sua residência, o Olhar Digital, preparou esse texto com diversas informações sobre quais são os aquecedores disponíveis no mercado e suas características.

Leia também:

Aquecedor de Resistência Incandescente

Aquecedor
Imagem: Reprudução/ YouTube Harpyja

Facilmente encontrado para aquisição, o equipamento possui um custo menor do que os demais e ainda traz mais praticidade, pois é portátil. No entanto, é recomendável apenas para locais de pouco espaço, pois o calor emanado pela resistência fica concentrado apenas nas proximidades do aparelho.

É possível encontra-lo no modelo elétrico com a resistência visível, protegida apenas por uma grade metálica. Não pode deixa-lo próximo de objetos ou em locais úmidos.

O outro modelo é o Termoventilador, que também é elétrico, mas funciona como um ventilador. Além disso, ele possui a resistência acoplada à hélice, sendo mais eficiente e dissipando de melhor forma o calor.

Aquecedor à Óleo

Imagem: Divulgação/Cadence

Uma opção um pouco mais cara, no entanto, mais eficiente, podendo ser utilizada em locais maiores, e consumindo menos energia, é o aquecedor à óleo. Vale ressaltar que o óleo do aparelho não precisa ser trocado, o que garante mais comodidade no dia a dia.

Aquecedor Cerâmico

Imagem: Reprodução/Dular

Assim como o primeiro item, esse também conta com uma resistência para aquecimento. Por outro lado, ele possui uma placa cerâmica que fica dentro dele. Quando ligado, a resistência elétrica aquece essa placa e o calor se espalha pelo ambiente bem rápido. Além disso, ele pode ser fixado no teto ou na parede.

Ele também não é um dos equipamentos mais baratos, mas é ideal para pequenos e médios ambientes.

Aquecedor à gás

Aquecedor
Imagem: Reprodução/ YouTube Conformax Wanderlei Fernandes Atanasov

O aquecedor à gás pode funcionar com GLP (gás de botijão ou de cilindro), mas nesse caso só é possível colocar em casas, pois em prédio é proibido, tendo que usar o sistema de aquecimento por meio de tubulação de gás natural.

Apesar de ajudar na economia de energia, pois podem ser utilizados inclusive para manter a água do chuveiro ou torneira quente, geralmente são equipamentos muito mais caros que os demais.

Como saber se o aquecedor é bom?

Para escolher o equipamento ideal, você deve primeiramente avaliar as suas necessidades, como o local onde você quer colocá-lo. É espaçoso ou pequeno? A partir daí você vai conseguir avaliar melhor cada opção que tem no mercado.

Se você deseja colocar o aquecedor no seu quarto, por exemplo, e ele é pequeno, uma opção não muito potente pode ser que lhe dê o conforto desejado. Por outro lado, se o quarto for muito grande, você vai precisar de uma versão mais potente e eficiente.

Pensando nisso, nem sempre se baseie pelo preço do produto, já que itens mais baratos costumam ser menos potentes. E já deu para perceber que a potência é um parâmetro muito importante a ser analisado antes da compra.

Um outro ponto importante é o consumo de energia. Para medir, você pode se basear pela classificação dele. Quanto mais perto estiver de A no selo Procel, menor será o gasto de energia para chegar na temperatura ideal.

Como escolher a potência do aquecedor?

Basicamente, um aquecedor de ambiente usa 10 watts de potência para esquentar cada metro quadrado e geralmente as opções estão entre 600 e 1.500 watts de potência. A partir dessa informação, você avalia o espaço onde ele será colocado e decide qual potência deve utilizar.

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Hoje é o dia mais curto do ano: entenda o solstício de inverno 

Por Lucas Soares — 21 de Junho de 2023, 15:06

Este dia 21 de junho marca o começo do inverno. Chamado de solstício de inverno, esse  também é o dia mais curto do ano devido a algumas curiosas razões físicas.

Aqui em São Paulo, por exemplo, o sol nasceu às 6h48 e vai se pôr já às 17h29 (bem cedo para o padrão do estado). Com isso, o dia vai ter 10 horas e 41 minutos e a noite 13 horas e 19 minutos.

A situação é ainda mais bizarra em locais como a capital do Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre o Sol nasceu às 7h21 e vai se por às 17h33. Com o dia tendo apenas 10 horas e 12 minutos.

Leia mais:

Mas o que é o solstício de inverno?

Como explicou o Olhar Digital recentemente, o solstício é um fenômeno astronômico que ocorre duas vezes por ano e marca o início do verão e do inverno. Em termos técnicos, é quando o Sol atinge a maior ou a menor declinação em relação à Linha do Equador.

Isso ocorre porque a Terra obedece tanto a um movimento de translação ao redor da estrela, quanto a um movimento no seu eixo de rotação. Com isso, a incidência de luz sobre os hemisférios é diferente.

Solstício de verão e de inverno ocorrem nos dois hemisférios
Solstício de verão e de inverno ocorrem nos dois hemisférios de maneira oposta. Imagem: KajaNi / Shutterstock

Durante o solstício de inverno, o Sol atinge o ponto mais baixo. Por isso, os dias são mais curtos e as noites mais longas.

Dessa forma, durante os solstícios, observa-se também que na Linha do Equador os dias e as noites têm sempre 12 horas. Já nos círculos polares Ártico e Antártico, eles têm um único dia do ano com 24 horas de luz ou de escuridão.

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