Noticias em eLiteracias

🔒
✇ BiblogTecarios

Eso no se dice o la censura y los silencios en la Literatura infantil y juvenil

Por Luis Miguel Cencerrado — 29 de Fevereiro de 2024, 09:40

La entrada Eso no se dice o la censura y los silencios en la Literatura infantil y juvenil aparece primero en BiblogTecarios.

Por segundo año consecutivo, la Asociación LASAL (Salamanca Animación a la Lectura) convocó a los distintos agentes de la creación, la edición, la distribución y […] Leer más

La entrada Eso no se dice o la censura y los silencios en la Literatura infantil y juvenil aparece primero en BiblogTecarios.

✇ Laredo

Nova temporada da Tempestade no Museu Gulbenkian

Por Miguel Horta — 27 de Janeiro de 2024, 21:34

 

Uma “Tempestade” educativa

volta a assolar
o Museu Gulbenkian 

A minha/nossa oficina em torno da obra de William Turner tem navegado ao longo desta temporada, agora com uma nova marinheira na embarcação, Sandra Varela, que tem trabalhado comigo junto dos públicos com necessidades educativas específicas que nos visitam. Uma ajuda preciosa! A nossa viagem começa com "Quilleboeuf/Foz do Sena", envolvendo os participantes nas atmosferas de Turner, ajudando a mergulhar na natureza poderosa até passarmos ao enorme naufrágio de um navio de linha Inglês que domina aquela sala do Museu. Temos trabalhado com grupos inclusivos, grupos com doença mental, muita gente bonita e variada que tem saído contente depois de desenhar o vento, as vagas e a chuva em frente ao quadro “Naufrágio de um cargueiro”. Sabe tão bem estar de volta ao Museu!

Sandra mostra como era um navio de linha Inglês (cargueiro) à época da pintura executada por Turner.





✇ Laredo

Mediação Cultural com pedras preciosas de Loulé

Por Miguel Horta — 28 de Outubro de 2023, 11:06

 

O Convento de Santo António possui uma sala para as atividades educativas

E eis que chega ao fim a exposição depois de uma sequencia de 3 dias intensos com visitas/oficina às minhas “pedras”; cerca de 200 participantes, incluindo técnicos e professores. Foi muito gratificante ver o empenho com que os alunos de artes do secundário de Loulé e Quarteira se aplicaram aos exercícios propostos. Os materiais que usaram para a criação das suas pedras foram os mesmos que usei nos desenhos expostos. Durante esta iniciativa pedagógica, continuo a movimentação entre o Convento de Santo António e a Galeria Alfaia, onde está exposta a obra desenhada de Diogo Pimentão. Não é preciso ser-se adivinho para saber que estamos na presença de um vasto grupo de alunos promissores orientados por professores que favorecem o crescimento estético autónomo. Confirma-se o investimento nas práticas educativas criativas promovido pela Câmara Municipal de Loulé.

Surpreendido por uma prenda da Dária Barshkinova
"De uma artista jovem que partilha o mesmo amor por padrões"

Quem conhece o meu trabalho andarilho de mediação cultural sabe privilégio o trabalho inclusivo e foi isso mesmo que aconteceu ontem com duas estruturas da cidade de Loulé que visitaram a exposição e desenharam as pedras que tinham nos bolsos. É justo destacar o trabalho de qualidade da ASMAL que trouxe um grupo variado (nas suas situações), muito participativo e bem humorado que se prenderam bastante aos conteúdos da exposição opinando e vendo para além do olhar. O primeiro grupo que recebi no Convento era do quarto ano o que insuflou uma energia especial ao meu trabalho – entenderam muito bem o que é o desenho figurativo e foi nisso mesmo que investiram experimentando lápis estranhos, completamente desconhecidos. Falaram muito de sentimentos e atribuíram humores ás peças fazendo analogias com a realidade, ou seja, dominando as metáforas desenhadas. Grande proeza. Este foi o ambiente, profundo nos sentimentos. No final, já a sala estava vazia um menino veio ter comigo e falou de pedras que sentem. A conversa continuou e acabou por falar sobre o Pai que tinha morrido na véspera do Natal. Depois começou a chorar, contando como tinha assistido à degradação rápida da saúde do Pai. Depois demos um abraço e ele secou as lágrimas. Quando saiu da sala e se juntou aos colegas, ia choroso. Perguntaram-lhe o que se tinha passado. Nada, já passou – respondeu. Assim a manhã ficou marcada profundamente, como um traço.



Fica aqui um recado para Ricardina Inácio: Olha amiga, gostei imenso de trabalhar convosco! A vossa equipa aligeirou imenso o meu trabalho e esteve sempre atenta às sessões. Temos de repetir!

✇ Laredo

Construindo uma cidade

Por Miguel Horta — 19 de Maio de 2023, 17:52


A 3 e 4 de Junho terá lugar o 1º Festival de Resistência de Arte Urbana da Charneca da Caparica e da Sobreda na Associação das Concertinas Águias Vermelhas (Rua João de Deus 14 – no mesmo quarteirão do mercado municipal da Charneca). Uma ideia do fantástico Senhor Valentim da Biblioteca Central das Ideias. É com muito prazer que participarei nesta iniciativa, financiada pelo orçamento participativo da minha freguesia (Charneca da Caparica/Sobreda). Um belo lote de pessoas vai estar nesta primeira edição com destaque para quatro amigos narradores, a Cláudia Fonseca, o Adriano Reis, a Rosa Gonçalves e o Thomas Bakk. Esta é uma iniciativa 100% genuína, popular, só poderia ter nascido na cabeça de um livreiro/bibliotecário de rua. Vou apresentar a minha oficina “Construindo Cidades”, noventa minutos de trabalho com as mãos, usando desperdícios de carpintaria e propondo a brincadeira em torno do urbanismo. Peço a todas as crianças participantes nesta oficina que tragam um bonequinho pequeno da Lego (também pode ser Duplo) e um carrinho pequeno – fica assim garantido o faz de conta nas casas e ruas inventadas. Para participar é necessária uma inscrição prévia junto do Geraldo Valentim. 963120760

Para se ter uma ideia...

A 14 de janeiro teve lugar uma animada oficina de “Construindo cidades” no Museu de Almada (Casa da Cidade). A turma que apareceu era tida como “complicada” - não dei por nada... Foi bem divertido ver aquela gente pequena e ruidosa numa azáfama criativa, cola e madeirinhas na mão. Estejam atentos à agenda cultural dos museus de Almada, onde apresentarei diversas oficinas ao longo deste ano.


 

✇ Laredo

Encontro de Bibliotecas Escolares em Oliveira de Azemeis

Por Miguel Horta — 3 de Dezembro de 2022, 22:19

Fotografia de Carla Tavares

 

No dia 22 de Novembro estive em Oliveira de Azemeis no Encontro Concelhio de Bibliotecas Escolares. Fiquei agradavelmente surpreendido pela dinâmica da RBE na zona, como ficou demonstrada nesta jornada formativa que contou com belo naipe de convidados. Na mesa em que participei moderada pela Professora Isabel Pardal, embora o tema fosse “A função das bibliotecas – do mundo virtual para o mundo real”, o rumo seguido foi um pouco mais livre. Antes de começar o meu colega Bruno Batista propôs que interrogássemos os docentes presentes sobre aquilo que gostariam mesmo de saber, o que fosse realmente útil para o seu dia a dia educativo, aproveitando a oportunidade de ter ali dois animadores culturais/Mediadores culturais muito empenhados na intervenção em escolas. Da assistência, muito participativa e atenta, chegaram uma série de perguntas e aquela conversa matinal seguiu o seu rumo. Receita para ter um animador cultural na Escola, assim surgiu a primeira questão. Foi muito interessante e panorâmica a resposta do Bruno que ainda referiu (e muito bem) a visão errada que continua a persistir, na escola, sobre o papel dos Animadores Culturais. Dei umas achegas sobre a presença dos mediadores na escola, comprometidos com os projetos da Biblioteca Escolar. Uma Professora Bibliotecária interrogou: Como faço para motivar para a Leitura? Foi a deixa para narrar, no tempo disponível, o trabalho da LaredoAssociação Cultural em parceria com as Bibliotecas Escolares do Forte da Casa, com forte participação de docentes e assistentes operacionais, um projeto que nasceu com o 14/20 a Ler+ (Plano Nacional de Leitura) e se prolongou por 3 anos acompanhando o crescimento dos jovens de 3 turmas do ensino profissional, curso de apoio à infância. Um projeto que apanhou a pandemia e desconfinou, utilizando, amiúde, os meios tecnológicos/virtuais para estar próximo dos alunos, mantendo o vínculo e a relação com a leitura. Houve ainda tempo para responder ao professor José Rosa sobre a oficina Caça Texturas, referindo a potencialidade das propostas em educação artística na escola, em articulação com a comunidade envolvente. . A conversa foi seguindo sem dificuldade com a assistência viva. Falou-se, ainda do trabalho da Biblioteca Pública e da articulação com as BE. Gostei da intervenção do Professor Bibliotecário José Saro que chamou a atenção para a necessidade de a escola concorrer aos fundos disponíveis com apoio dos municípios, estruturando projetos dando força à capacidade de proposta das Bibliotecas Escolares. Tempo ainda para um agradecimento ao Nuno Granja por toda a atenção dispensada e um beijo especial para a São Pimenta, uma das responsáveis pelo belo projeto 14/20 Ler+ no A E Forte da Casa.


✇ Laredo

É divertido pegar na palavra

Por Miguel Horta — 28 de Outubro de 2022, 22:56
Bonecas e história local


Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu 

A nossa sessão de 26 de Outubro do “Pegar pela palavra”, no edifício da Junta de Freguesia de Montelavar, foi bem produtiva e divertida. Passámos em revista todas as necessidades logísticas para a apresentação no Centro Cultural Olga Cadaval e trabalhámos conteúdos. A sessão foi quase toda ocupada com a apresentação da Dona Milu e do João Leal sobre “As lavadeira e carroceiros” desta zona saloia. Cada vez que o Sr. João fala, aprendo sempre qualquer coisa. Acho que este momento da apresentação vai ser bem interessante. Estes amigos mais velhos apropriam-se da sua cultura local e divulgam-na com um detalhe impressionante. 








Quando a Dona Alice de Camarões (Dona Maria) sentiu que era o momento, propôs uma brincadeira/desfio a todos quanto estavam na sala. Mostrou um saquito de pano vermelho fechado com umas fitas, coma data da sua execução (1958) e disse: “Quem conseguir abrir este saco fica com os 10 Euros que lá estão dentro! Mas vai ter de descobrir o segredo das fitas, para o abrir. Ora eu bem tentei abrir saco, dando voltas para cá, tentando desfazer as fitas, mas nada. Depois foi a Ana Varanda a tentar afincadamente mas com o mesmo resultado, comentando. “Este é que é um exercício mental prático para fazer com os mais velhos, bem melhor do que as atividades de computador.” (Concordo) Entretanto a Sr. Alice ria, bem divertida. Depois foi a vez do Poeta João Mota igualmente sem sucesso. A nossa amiga ensinou-nos o segredo daquela simples brincadeira, que vem de longe, muito longe quando os serões eram longos e não havia televisão. A sessão terminou com algumas brejeiradas divertidas – a oralidade popular está cheia destas coisas...

Tentando resolver o quebra-cabeças da Dona Alice




✇ Laredo

Somos Comunidade com som

Por Miguel Horta — 22 de Outubro de 2022, 10:17

 


Regressei à rua do Matadouro, à sede do projeto Somos Comunidade no dia 21 de Outubro; uma parceria generosa com a associação Memóriamedia envolvendo a Laredo. A sala estava bem composta e acabei por conhecer umas vizinhas que se juntaram ao grupo inicial com quem tenho desenvolvido as minhas propostas criativas, a pensar naquele lugar. Propus um “trabalho de casa” aos participantes: fazerem uma adivinha sonora, captando um som simples de uma a situação/ação, ambiente ou um animal ou ainda um objeto. Não poderiam revelar a nenhum dos outros companheiros a gravação feita com o telemóvel. Foi este o mote para a oficina Dos sons nascem histórias que pretende promover a escuta ativa do meio que nos rodeia, entendendo o que se passa no nosso cérebro à chegada de um novo som. Ora eu levei a gravação do momento em que começo a fazer a sopa para o pessoal cá de casa. Também conhecemos um relógio de pêndulo já com uma longa história; um cão, em dia de chuva, que logo identificámos pelo ladrar como o chato do nosso vizinho canídeo; uma montagem muito abstrata de um passarinho (que já esqueci o nome), umas obras na rua e o som de uma banda (“muito à frente”); o matraquear raivoso de um teclado de computador; umas botas que caminhavam pelo chão (...) A maior parte da sessão foi ocupada com estas adivinhas e com a conversa que cada registo suscitou. Depois passei algumas histórias sonoras (sem palavras em português) para que cada um construísse a narrativa sugerida pelo trecho apresentado. Pelo caminho fui contextualizando e desmontando o processo de construção da proposta para que todos possam usar a ferramenta no futuro, em dinâmicas de grupo semelhantes à nossa. Esta sessão serviu como aquecimento para outra, que gostaria de fazer, em que sairemos para as ruas do bairro, registando a paisagem sonora do lugar, uma outra forma de conhecer o bairro onde se vive.

✇ Laredo

Um Clube da Palavra...

Por Miguel Horta — 28 de Julho de 2022, 11:05
Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Montelavar, edifício da Junta de Freguesia, 27 de julho de 2022. Último encontro do Pegar pela Palavra antes da interrupção do Verão. Voltaremos a 8 de Setembro nos dois territórios (Montelavar, Almargem do Bispo, Sabugo, Pero Pinheiro, Vale de Lobos e, o outro, Tapada das Mercês). O grupo está consolidado e entusiasmado, sobretudo com grande actividade criativa. Na sessão de hoje surgiram poemas cantados, outros muito tocantes, ainda alguns divertidos, tudo isto num ambiente descontraído. O Sr. Albino falou-nos do seu passado como guarda prisional e contou um episódio em que ele e uma criança, na brincadeira, puseram todos os que se encontravam na sala das visitas da prisão a rir com gosto, aliviando assim o peso daquele encontro. Acabei por referir o nosso trabalho nas Bibliotecas Prisionais. 
Com o fito de preparar a nossa apresentação para o dia 30 de Novembro no Olga Cadaval passámos em revista o material partilhado até aqui para que se faça uma seleção. Voltámos a escutar o poema do vento que faz dançar as folhas em torno de uma grande árvore e sugeri uma outra leitura do texto, mais leve, esvoaçante; vamos ter de ensaiar este e outros poemas. Algumas propostas serão colaborativas, por exemplo, ligando um conjunto de bonecas feitas pela Senhora Maria de Lurdes e a sabedoria de João Miguel. Vai ser difícil escolher um poema no meio de muitos, de assinalável qualidade, produzidos pelo Sr João; o mesmo problema vai ter o amigo António Mateus na escolha de um dos seus textos que lê cantando na toada do Alentejo.

Acho que estes dois grupos que se formaram em Sintra no contexto da iniciativa camarária A cultura sai à rua, são uma espécie de clubes da palavra. Hoje falámos na necessidade de criar um blogue para partilha do que se vai fazendo. E, digam-me lá se não seria bonito fazer um encontro público destas histórias, poemas canções e adivinhas, num lugar bem visível da freguesia? Talvez conseguíssemos trazer para o nosso grupo mais gente sénior e criativa que está fechada em casa; é que nós por cá, gostamos muito da conversa que vai acontecendo a cada sessão – faz-nos bem.




✇ Laredo

Pegar pela Palavra em Pêro Pinheiro

Por Miguel Horta — 21 de Julho de 2022, 14:41

 


Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Apesar da canícula que se fazia sentir no dia 13 de julho, o fiel grupo de participantes do Pegar pela Palavra da União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar acorreu ao auditório da Junta de Freguesia, no mercado de Pêro Pinheiro. E trouxeram mais uma mão cheia de amigos para a sessão de contos convocada para esse dia. Comecei por contextualizar a ação no contexto da iniciativa A Cultura sai à Rua (Câmara Municipal de Sintra) e lá fui contando algumas histórias, sobretudo da tradição oral até que fui interrompido pela participação de um dos nossos seniores, com um poema da sua lavra, e de seguida, logo outro amigo nos fez rir com o poema/história do casamento de uma franga lá na sua capoeira. Os nossos participantes tinham tomado o poder da palavra em plena sessão! A minha colega mediadora local olhou para mim surpreendida e eu sorri como se lhe estivesse a dizer: é deixar andar livremente... E foi tão belo e forte aquele pegar pela palavra que todos ficámos surpreendidos. Imaginem que até cantaram um poema de um dos participantes num coro afinado!


Acho que uma boa parte do sucesso desta iniciativa se deve ao empenho da UJFAPM, sempre com a presença da Ana Varandas e do João Francisco que junto com a Tânia Tobias (CMS), vem cuidado da logística e contatos desta iniciativa. Bem sei que vai ser difícil coordenar tanta criatividade no encontro previsto para o Centro Cultural Olga Cadaval (30 de Novembro) mas fico muito contente por ver surgir tantas palavras num ambiente que sessão a sessão se vai tornando mais familiar. A cada encontro vou insistindo na necessidade de todos escreverem “no computador” os seus trabalhos literários, o que levanta a questão sobre a existência de uma resposta local ao nível da literacia sindromática, para preservar e valorizar o labor dos mais velhos. Gostaria de vos falar de uma fantástica participante que não sabe escrever mas é uma poetisa repentista de primeira mão, quase ao estilo de António Aleixo, que bem merecia ser gravada, ou passada a escrita como Tossan fez com o grande mestre da poesia popular. Para além de tudo isto, esta Senhora inventou uma linguagem de símbolos (gráfica) que utiliza para deixar recados a amigas que entendem bem o que lá vem escrito, com aqueles hieroglíficos. (mas afinal, que é saber ler e escrever?)

Ao longo destas reflexões que irei publicando, espero conseguir referir a participação individual de todos os amigos presentes. Todo este movimento criativo leva-nos a algumas conclusões e recomendações, por exemplo, a criação de um espaço on line que vá publicando a produção escrita e dita (gravada) destes seniores; quem sabe, talvez uma publicação (impressa e cuidada) das suas contribuições artísticas... Na ocasião, ofereci um dos meus livros ao coletivo, entregando o livro à mediadora local, logo um dos participantes se quis apropriar da oferta. Percebi que não existe uma biblioteca associada a este trabalho da Junta de Freguesia – talvez fosse a altura de começar a pensar na criação um pequeno núcleo, um pequeno armário em cada um dos espaços onde nos temos vindo a reunir.

A próxima sessão está marcada para dia 27 de julho ás 15h.00 no Centro de Dia “Os Sabugenses”.







✇ Laredo

Palavras tranquilas e encaloradas

Por Miguel Horta — 17 de Julho de 2022, 10:41
Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Pegar pela palavra

Sintra

Mas que grande caloraça que estava no dia 13 de Julho de manhã lá na Tapada das Mercês! Tínhamos preparado uma sessão de conto aberta a toda a vizinhança e famílias mas apareceram apenas três fieis participantes. Acho que foi por causa do calor que o quórum diminuiu... Resolvemos trabalhar na mesma e combinar a forma de apresentação da canção-memória do “João Pestana”, no encontro público dos projetos da iniciativa “Cultura sai à rua”, que acontecerá em Novembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Mais adiante na sessão, o Sr. Conde levou-nos ao outro lado do Mundo, a Macau, e escutámos episódios da sua fantástica história de vida. Foi uma bela conversa que terminou com a leitura do bonito texto da Sr.ª Maria de Jesus, “O meu jardim”. Dia 20 deste mês temos encontro marcado no espaço comunidade da Fundação Aga KhanPortugal (Tapada das Mercês).



✇ Laredo

Recolectores de palavras na Cova da Piedade

Por Miguel Horta — 11 de Julho de 2022, 10:01


 Apesar da caloraça, decorreu neste sábado (9 de julho) mais uma sessão dos Recolectores de Palavras que partiu do Museu de Almada/Casa da Cidadepara as ruas da Cova da Piedade. O percurso escolhido foi curto e à sombra, tínhamos muitas crianças pequenas connosco. De x-acto na mão, recolhemos palavras em cartazes desbotados abandonados pelas paredes, com lápis de cera desenhámos verbos e nomes que nos interessavam, colhendo a sua textura. Depois, interpelámos transeuntes, entrámos nas lojas perguntando aos vizinhos qual as suas palavras favoritas. Também, se tivessem de escolher uma palavra para caracterizar Almada que palavra seria? Assim foram surgindo palavras ao mesmo tempo que o grupo se descontraia na comunicação. Fomos colocando no saco uma bela coleção que serviu para construir dois poemas que criámos, colando as palavras sobre papel de cenário. Finalizámos fixando os dois poemas coletivos na parede do Museu. Gostei de conhecer aquele grupo que participou nesta iniciativa da Casa da Cidade. A 8 de Outubro regresso aos Museus de Almada com a oficina Caça Texturas, em Almada Velha – a não perder! (por reserva)

Conversando com os vizinhos e recolhendo as suas palavras.
 Contámos com o precioso apoio da Eurídice, Almadense da cidade velha




❌