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Gêmeos seguem dietas diferentes, um se tornou vegano e o outro comeu carne

Por CONTI outra — 3 de Outubro de 2023, 01:13

Dois gêmeos geneticamente idênticos britânicos, Hugo e Ross Turner, recentemente se tornaram o foco de uma pesquisa inovadora realizada pelo King’s College London, com o objetivo de determinar quais são os impactos das dietas veganas e carnívoras na saúde. Durante um estudo de 12 semanas, os irmãos mantiveram um estilo de vida idêntico, ingerindo a mesma quantidade de calorias e seguindo o mesmo padrão de exercícios físicos.

O professor Tim Spector, epidemiologista do King’s College e líder da pesquisa, explicou: “Queríamos usar o modelo de gêmeos idênticos, que são clones genéticos, para testar o efeito da dieta e dos exercícios e como esses indivíduos respondem a diferentes tipos de alimentos.”

Hugo (esquerda) e Ross (direita). Foto: Reprodução/Youtube

Hugo Turner optou por uma dieta vegana, eliminando carne e laticínios de sua alimentação, enquanto seu irmão Ross continuou a consumir carne, laticínios e peixes. A diferença nas escolhas alimentares trouxe resultados surpreendentes.

Hugo relatou que a transição para uma dieta baseada em vegetais foi desafiadora, mas ele logo começou a sentir-se com mais energia. Ele compartilhou suas experiências, dizendo: “Eu estava fazendo dieta vegana e isso realmente afeta seu corpo. Acho que nas primeiras semanas eu estava com muita vontade de comer carne, laticínios e queijo. Eu amo queijo. Agora estava tendo que comer frutas e nozes e alternativas que não continham laticínios – e isso significava que eu estava comendo muito mais alimentos saudáveis, o que significava que meus níveis de açúcar estavam muito saciados durante o dia. Eu senti que tinha mais energia.”

Hugo (esquerda) e Ross (direita). Foto: Reprodução/Youtube

Por outro lado, Ross Turner relatou que seu desempenho na academia oscilou “um pouco mais”. Ele experimentou dias com muita energia e outros com grandes baixas de energia.

Após 12 semanas, os resultados revelaram diferenças notáveis entre os irmãos. Hugo experimentou uma redução nos níveis de colesterol, perdeu peso e aumentou sua resistência ao diabetes tipo 2. Sua dieta vegana resultou em níveis de açúcar no sangue mais estáveis e uma sensação geral de maior energia. Enquanto isso, a dieta carnívora de Ross resultou em picos e quedas mais acentuadas de energia.

Hugo (esquerda) e Ross (direita). Foto: Reprodução/Youtube

Um dado particularmente intrigante da pesquisa foi a diversidade de bactérias intestinais. Durante o período de estudo, a diversidade de bactérias intestinais de Hugo diminuiu em sua dieta vegana, enquanto a de Ross permaneceu estável. Isso levantou a questão de que, teoricamente, Hugo poderia estar mais suscetível a doenças do que seu irmão devido a essa diminuição na diversidade microbiana.

O professor Spector observou que, embora os gêmeos idênticos compartilhem muitos genes, eles compartilham apenas entre 25% e 30% de seus micróbios intestinais. Isso pode explicar por que suas respostas às dietas foram tão diferentes, destacando a complexidade das interações entre genética, dieta e microbioma.

Com informações de Realidade Simulada

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Apple anuncia maior avanço em energia limpa; saiba mais

Por Gabriel Sérvio — 12 de Setembro de 2023, 18:56

O evento da Apple nesta terça-feira (12) foi além dos lançamentos aguardados de novos produtos. A empresa aproveitou para anunciar o maior progresso em descarbonização da sua cadeia de abastecimento global.

O que você precisa saber

  • Mais de 300 fornecedores se comprometeram a usar 100% de energia limpa até 2030.
  • A notícia é um marco importante e aproxima a Apple do seu ambicioso objetivo: ser uma companhia neutra em carbono até o fim da década.
  • Fornecedores que operam em 28 países vão disponibilizar mais de 20 gigawatts de energia renovável através do Programa de Energia Limpa para Fornecedores da Apple.
  • A lista inclui nomes como a Skyworks Solutions, Analog Devices, Cirrus Logic e a Renesas Electronics no Japão. 
  • Na China, outras 14 empresas se comprometeram a utilizar energia limpa desde abril de 2023, incluindo a Jingmen GEM, fornecedora de materiais reciclados para produtos da Apple.

Na Apple, estamos orgulhosos que muitos de nossos fornecedores estejam agindo em direção a um futuro neutro em carbono (…) todos temos a responsabilidade urgente de reduzir as emissões e nos proteger contra os piores impactos das mudanças climáticas

Sarah Chandler, vice-presidente de Meio Ambiente e Inovação da Cadeia de Fornecimento da Apple.

Leia mais:

iphone apple
A Apple diz que acompanha o progresso anual dos fornecedores na redução de emissões. Imagem: Framesira / Shutterstock

Pegada de carbono na fabricação

Em 2022, foram gerados 13,7 gigawatts de eletricidade renovável pela cadeia de fornecimento global da Apple, evitando 17,4 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono — o equivalente a retirar quase 3,8 milhões de carros das ruas, destaca a empresa.

A fabricação ainda é a maior fonte de emissões. Alimentá-la com energia 100% limpa é um fator-chave também para tornar os produtos Apple neutros em carbono — como os novos membros da linha Apple Watch.

No fim, como resultado dos esforços ambientais, incluindo design de produtos com baixo teor de carbono e novas tecnologias de reciclagem, a Apple afirma que reduziu as suas emissões em mais de 45% nos últimos oito anos sem impactar no crescimento dos negócios. 

Desde 2015, a companhia de Tim Cook trabalha em estreita parceria com fornecedores para lidar com a eletricidade utilizada para fabricar os produtos, por exemplo.

O Brasil também foi citado na apresentação sobre questões ambientais. Mais informações serão divulgadas em breve, incluindo sobre os planos da empresa de Cupertino de investir em reflorestamento.

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Turbina eólica inteligente reduz até 80% das mortes de aves; veja como

Por Gabriel Sérvio — 12 de Setembro de 2023, 17:46

Uma questão que ainda levanta críticas contra o uso de turbinas eólicas são as mortes de aves. A boa notícia é que pesquisadores noruegueses encontraram uma forma de reduzir drasticamente o número de vítimas. A resposta? Um sistema que deixa as turbinas mais inteligentes.

A ideia é de uma equipe de especialistas do SINTEF e do Centro Norueguês de Pesquisa Energética Favorável ao Meio Ambiente.

Turbina eólica controlada por software

  • Cada turbina terá câmeras capazes de detectar pássaros voando diretamente na direção dos rotores.
  • Um software chamado SKARV calculará automaticamente a trajetória prevista das aves e enviará sinais de controle para desacelerar as pás, diminuindo o risco de colisão.
  • Em simulações, o SKARV consegue evitar a maioria das colisões com pássaros que se movem em uma trajetória previsível — vindo em direção à turbina de frente e avistados com pelo menos cinco segundos até o impacto. 
  • O sistema pode ser configurado para desligar completamente as turbinas se muitos pássaros se aproximam ao mesmo tempo — embora a equipe observe que pode levar até 20 segundos para uma turbina grande parar a partir de uma velocidade de rotação normal.
O sistema detecta e rastreia as aves e desacelera os rotores da turbina para evitar acidentes. Imagem: Marijs Jan/Shutterstock

Leia mais:

É claro que isso ainda não resolve todas as situações. Isso não impedirá a colisão se as aves vierem voando pelas laterais ou se estiverem circulando ao redor da turbina, por exemplo. É o que explica Paula B. Garcia Rosa, uma das especialistas por trás do novo sistema.

É difícil prever a trajetória de voo de uma ave e o novo sistema não resolverá totalmente este problema (…) se uma ave jovem e inexperiente se aproximar de uma turbina com comportamento de voo irregular, não será possível prever exatamente onde estará alguns segundos depois. A previsão também é mais difícil se vários pássaros se aproximarem ao mesmo tempo

Paula B. Garcia Rosa, ao New Atlas

Confira abaixo um vídeo que mostra como a tecnologia funciona. A novidade deve estar disponível para uso comercial em até cinco anos.

“Com base nas nossas simulações, acreditamos que o projeto SKARV pode ajudar a reduzir o número de colisões fatais em até 80%”, diz a especialista. O próximo passo é integrar métodos para identificar mais trajetórias de voo das aves antes de uma demonstração prática, conclui a pesquisadora.

Quantas aves morrem por colisão com turbinas eólicas?

  • Atualmente, é difícil determinar exatamente quantos pássaros morrem ao voar em direção as grandes pás giratórias.
  • Enquanto alguns pesquisadores dizem que alguns pássaros estão aprendendo a evitar turbinas por conta própria, a American Bird Conservancy estima que um milhão de aves morrem por ano só nos Estados Unidos.
  • Parece muito, mas, para efeito de comparação, 5,5 milhões de pássaros morrem anualmente no país ao atingir acidentalmente linhas elétricas.

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Qual o futuro da energia eólica offshore? Esse relatório responde

Por Pedro Borges Spadoni — 29 de Agosto de 2023, 20:33

A indústria global de energia eólica offshore deu passos significativos em 2022. É o que mostra a edição de 2023 de um relatório anual publicado nesta semana pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês).

Para quem tem pressa:

  • O ano de 2022 foi o segundo melhor ano já registrado para a indústria global de energia eólica offshore, segundo relatório do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC);
  • Um total de 64,3 GW de capacidade global do setor em três continentes e 19 países estava em operação até o final de 2022 (7,1% da instalação global de energia eólica);
  • Mais de 380 GW de capacidade do setor, em 32 mercados, deverá ser adicionada nos próximos dez anos (2023-2032);
  • Quase metade desse crescimento é esperado vir da região Ásia-Pacífico, seguida pela Europa (41%), América do Norte (9%) e América Latina (1%);
  • Até 2026, o GWEC vê possíveis gargalos em todas as regiões do mundo, exceto na China;
  • Para enfrentar esses gargalos, o Conselho afirma que será necessário mais investimento e cooperação global.

O setor de energia eólica offshore registrou mais um ano de crescimento impressionante para reforçar os números recordes do ano passado. Este relatório destaca que o potencial está presente para um crescimento recorde a cada ano a partir de agora. Isso resultaria em um sistema de energia transformado, limpo e seguro – especialmente na região da Ásia-Pacífico.

Ben Backwell, CEO do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC)

Leia mais:

Segundo o documento, 8,8 GW foram adicionados na capacidade de geração de energia limpa. Isso tornou 2022 o segundo melhor ano já registrado neste setor.

Energia eólica offshore no mundo

(Imagem: MingYang Smart Energy)

Até o final de 2022, um total de 64,3 GW de capacidade de energia eólica offshore – quando empresas têm a sua contabilidade num país distinto daquele(s) onde exerce a sua atividade – estava em operação em 19 países e três continentes, de acordo com o relatório. Isso representa 7,1% das instalações do setor no mundo.

O Relatório Global de Energia Eólica Offshore 2023 do GWEC também destacou a contínua proeminência da China como líder no crescimento da energia eólica offshore para o próximo ano.

Embora as novas instalações da China tenham caído para 5 GW em 2022, ante um recorde de 21 GW em 2021, o país permaneceu na vanguarda do desenvolvimento global de energia eólica offshore – inclusive, é lá onde fica a maior turbina eólica do mundo. Essa queda foi atribuída ao fim do programa de tarifa de alimentação (FiT), que impulsionou o crescimento excepcional em 2021.

No entanto, o relatório também observa que, embora as previsões para o crescimento da energia eólica offshore na região da Ásia-Pacífico tenham sido revisadas para cima, a Europa e a América do Norte viram um rebaixamento de 17% em suas previsões de curto prazo.

Isso se deve a atrasos causados por questões de licenciamento e regulamentação, com gargalos na cadeia de suprimentos representando um risco para todas as regiões, exceto a China, de acordo com o documento.

Horizonte do setor

As projeções do GWEC indicam que uma capacidade nova significativa de energia eólica offshore de 380 GW deve ser construída até 2032. A região da Ásia-Pacífico deve contribuir com quase metade dessa capacidade, seguida pela Europa (41%), América do Norte (9%) e América Latina (1%).

Se concretizada, essa expansão resultaria numa capacidade total de energia eólica offshore de 447 GW até o final de 2032. No entanto, o relatório destaca que apenas um terço dessa capacidade projetada será adicionado nos anos de 2023 a 2027, devido a condições desafiadoras de mercado, que exigem mais investimento e colaboração global para abordar os gargalos.

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Google planeja explorar o setor de energia solar; entenda

Por Vitoria Lopes Gomez — 29 de Agosto de 2023, 00:00

Google está planejando se aventurar em um novo setor. A big tech amplia cada vez mais seus serviços de mapeamento e pretende lucrar com isso vendendo acesso a API e dados relacionados a energia solar, qualidade do ar e até edifícios de cidades inteiras. Assim, a empresa procura atrair clientes de outras áreas, como construtoras, imobiliárias e até instaladoras de energia solar.

Leia mais:

Google no ramo da energia solar

De acordo com materiais vistos pelo site CNBC, o Google quer vender o acesso a APIs (interfaces de programação de aplicativos) com informações sobre índices solares, energéticos e de qualidade do ar para empresas que usam esses dados;

Um dos planos inclui uma API Solar, que forneceria um tipo de calculadora de economia solar. Com ela, os usuários inserem o endereço e recebem os custos estimados para instalar energia solar, bem como possíveis economias na conta de luz e as proporções da instalação;

Segundo documentos os quais o site teve acesso, empresas de instalações solares como SunRun e Tesla seriam os clientes alvo. Companhias de energia, imobiliárias e de hospitalidade também estão na mira do Google para esse serviço;

Outro serviço nos planos da big tech é vender acesso ao API de dados de edifícios individuais e de conjuntos de instalações de cidades ou condados inteiros, para serem aproveitados por construtoras ou instaladoras, por exemplo. Isso porque a empresa já revelou ter dados de mais de 350 milhões de edifícios.

Ainda, a big tech deve anunciar uma API de qualidade do ar, permitindo que os clientes solicitem dados de qualidade do ar, poluentes e recomendações de saúde para locais específicos, entre outros dados.

Lucros

Google vai vender dados de mapeamento para fins como energia solar (Foto: Google Maps/Reprodução)

A empresa irá se aventurar no setor por um motivo: lucros. Um documento interno acessado pela CNBC mostrou que os dados solares, como os que o Google quer vender, gerarão uma receita de US$ 90 a US$ 100 milhões apenas no primeiro ano de lançamento.

Além disso, os materiais indicam que pode haver conexão entre as API e os produtos do Google, como o Cloud.

Os planos para o novo negócio vêm em meio à desaceleração na receita da empresa, ao mesmo tempo que já lucra com outras APIs.

Outras APIs do Google

No entanto, apesar da energia solar ser algo novo, o ramo das APIs não é inteiramente novidade para o Google. Atualmente, a big tech já vende dados de navegação para o Uber, por exemplo, que só até 2019 já havia desembolsado US$ 58 milhões.

Além disso, a empresa está investindo em seus serviços de mapeamento e deve ampliar as vendas.

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Brasil precisa organizar suas demandas por energia a longo prazo, diz especialista

Por Alisson Santos — 26 de Agosto de 2023, 02:52

A última década registrou mudança significativa nos métodos de produção de energia elétrica em todo o mundo. No Brasil, mesmo com a predominância das hidrelétricas, as usinas termoelétricas também ganharam grande destaque.

Mas essa energia tem preço alto para o meio ambiente. “Sem dúvida, dentre as fontes disponíveis no Brasil, a termoelétrica é a fonte mais cara. Alguém pode até dizer que a energia nuclear é mais cara, mas ela ainda é fundamentalmente uma usina termoelétrica, só muda a fonte de combustível”, afirma Pedro Luiz Côrtes, titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP. 

Leia mais:

Côrtes destaca que houve atraso em reconhecer os limites de atendimento das hidrelétricas, de forma que a fonte de energia seria incapaz de acompanhar a demanda crescente do Brasil. Como alternativa, o uso das termoelétricas em períodos específicos foi o método alternativo para suprir essa necessidade, segundo o Jornal da USP.

Outras alternativas

  • Outra fonte que tem ganhado espaço nos últimos anos é a energia eólica, que predomina nas regiões Norte e Nordeste do País;
  • A adesão da energia fotovoltaica extraída de painéis solares também demonstrou crescimento na última década;
  • ”Esses sistemas, muitas vezes, conseguem atender a toda a demanda e o excedente energético é passado para a rede de distribuição, ajudando a desafogar outras fontes, como as hidrelétricas”, declara o professor.

O futuro

Pensando em projeção futura, Côrtes acredita que a Bacia de Campos – uma das regiões onde se explora petróleo no Brasil – será capaz de abastecer boa parte da necessidade de energia da próxima década. “Nós estamos investindo tanto em energias renováveis que me questiono se nós vamos precisar tanto de combustíveis fósseis para a geração termoelétrica”, defende Côrtes.

O professor também defende o planejamento estratégico de médio a longo prazo sobre as demandas de geração elétrica e de combustíveis fósseis. “Acredito que, em dez anos, os recursos fotovoltaicos e eólicos superem nossa capacidade atual de geração termoelétrica.”

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Cosmologia: Olhar Espacial mergulha nos mistérios da origem e da expansão do Universo

Por Flavia Correia — 11 de Agosto de 2023, 15:38

Tudo começou com o Big Bang, uma violenta “explosão” de uma partícula muito densa e extremamente quente que teria dado origem ao Universo há cerca de 14 bilhões de anos. Isso é o que dizem as teorias mais aceitas na astronomia sobre o surgimento e a evolução do cosmos.

No entanto, recentes descobertas feitas pelo Telescópio Espacial James Webb podem revelar que, na verdade, a história começou muito antes disso: há quase 27 bilhões de anos, o que é praticamente o dobro da idade presumida.

Seja como for, tudo isso é estudado por um ramo da astronomia chamado cosmologia, que se baseia nesse conceito de uma inflação inicial e consequente expansão do Universo, impulsionada por algo que ainda não é totalmente compreendido pela ciência: a energia escura.

Na verdade, embora represente mais de 70% da composição do Universo (que tem somente 5% de sua massa constituída de matéria ordinária e cerca de 25% de matéria escura), a energia escura é um dos maiores mistérios cósmicos.

Para falar sobre tudo isso, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (11) vai receber o professor Carlos Alexandre Wuensche de Souza. Graduado em física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ele é mestre em astrogeofísica e doutor em cosmologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com estágio sanduíche na Universidade da Califórnia, Santa Barbara.

É também pesquisador titular de astronomia do Inpe, atuando principalmente nos seguintes temas: cosmologia, emissão galáctica em microondas, instrumentação em radioastronomia e radiação cósmica de fundo (RCF), com participação em diversos projetos internacionais ligados a este último há mais de 50 anos.

Atualmente, Wuensche é chefe da Divisão de Astrofísica do Inpe (DIAST) e da linha de pesquisa em cosmologia da DIAST, além de pesquisador principal do projeto BINGO.

Carlos Alexandre Wuensche de Souza é o convidado desta sexta-feira (11) do Programa Olhar Espacial, para falar sobre Cosmologia. Crédito: Captura de Tela YouTube BINGO

Sigla em inglês para Oscilações Acústicas de Bárion de Observações Integradas de Gás Neutro, BINGO será o maior radiotelescópio do Brasil, tendo como principal objetivo ajudar a compreender a natureza deste grande enigma chamado energia escura.

Leia mais:

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramTwitterLinkedIn e TikTok, além do canal por assinatura Markket (611-Vivo, 56 -Sky e 692-ClaroTV).

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“Via no lixo vontade de estudar”, diz ex-catador que ganhou vaga em Harvard

Por CONTI outra — 28 de Julho de 2023, 22:05

Ciswal Santos, de 31 anos, está prestes a embarcar em uma jornada que antes lhe parecia inviável. Ele foi agraciado com a rara oportunidade de estudar na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conhecida mundialmente por sua excelência acadêmica e tradição centenária.

No entanto, a história de Ciswal vai muito além de sua conquista acadêmica. Originário de Juazeiro do Norte, ele enfrentou inúmeras dificuldades financeiras e obstáculos aparentemente intransponíveis. Como ex-catador de latinhas, Ciswal trabalhou em empregos temporários para juntar o dinheiro necessário para comprar materiais escolares básicos. Mas sua determinação em buscar conhecimento abriu caminho para um futuro brilhante.

“Eu via no lixo uma oportunidade de suprir minhas necessidades e minha vontade de estudar”, conta Ciswal, recordando os dias em que se esforçava para juntar alguns trocados catando latinhas após as aulas.

Foto: Valéria Alves/TV Verdes Mares

A trajetória de Ciswal foi marcada por momentos de desânimo, quase o levando a desistir. No entanto, ele encontrou apoio inesperado. “Eu me senti um fracasso e chorei”, revela. “Contei ao dono de um comércio o motivo da minha angústia, e ele colocou a mão no meu ombro, dizendo que eu não precisava sentir vergonha. Ele me aconselhou a não voltar tarde da noite e a utilizar esse tempo para estudar.”

A generosidade do proprietário do comércio foi um ponto de virada na vida do homem. “Ele guardou aquelas latinhas para que eu as pegasse pela manhã”, lembra emocionado. “Graças a esse anjo e às latinhas de cerveja que encontrei no lixo, consegui me formar.”

Ciswal pretende estudar a energia solar e tem o objetivo de torná-la acessível a todos. Com sua trajetória na renomada universidade, seus sonhos agora estão cada vez mais próximos.

Com informações de Manualidades Fáceis

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Energia eólica: turbinas gigantes estão “em crise”

Por Alisson Santos — 26 de Julho de 2023, 11:14

Os projetos eólicos offshore — que obtém energia através da força do vento em alto-mar — estão enfrentando uma grande crise econômica, que já eliminou milhões de dólares em investimentos. O aumento dos custos de produção estão tornando esses projetos inviáveis, mesmo com a alta demanda por essa energia renovável.

Leia também:

As mudanças climáticas estão sobrecarregando as redes elétricas em todo o mundo, resultando na maior utilização dessa energia — e até em um apelo maior pela transição mais ágil dos combustíveis fósseis para a energia eólica.

A energia proveniente desses projetos é desesperadamente necessária […] Com as novas condições de mercado, não faz sentido continuar.

Helene Bistrom, chefe do negócio eólico da Vattenfall

Exemplo na prática

  • A empresa espanhola Iberdrola SA entrou em acordo para cancelar um contrato para vender energia de um parque eólico planejado na costa de Massachusetts (EUA).
  • Já a desenvolvedora dinamarquesa Orsted A/S perdeu uma licitação para fornecer energia eólica offshore para Rhode Island (EUA), com a justificativa de que os custos crescentes tornaram a proposta muito cara. 
  • Enquanto isso, a concessionária estatal sueca Vattenfall AB também descartou os planos de um parque eólico na costa da Grã-Bretanha, por causa da inflação.
  • Somando as produções dessas três empresas, foram fornecidos mais de 3,5 gigawatts de energia, o que representa mais de 11% do total da frota eólica offshore atualmente implantada nas águas dos EUA e da Europa.
  • Esses números deverão continuar aumentando nos próximos dias, mas sob os riscos dos custos de produção. Cerca de 9,7 gigawatts de projetos nos EUA estão em risco, porque seus respectivos desenvolvedores querem renegociar seus contratos para vender energia a preços muito baixos, com o intuito de melhorar seus investimentos, segundo a BloombergNEF.

Resistindo à crise

Os parques eólicos offshore são equipados com turbinas maiores do que arranha-céus, que servem para extrair energia do ar do mar — onde os ventos são mais fortes. O aumento do custo de materiais para a produção, como o aço, induziu os fabricantes de turbinas a aumentar os preços.

Mesmo assim, grandes projetos dos EUA e da Europa seguem produzindo diante da demanda. Nesse mês, as empresas BP Plc e TotalEnergies SE ofereceram € 12,6 bilhões (R$ 66,2 bilhões) para desenvolver parques eólicos offshore no Mar do Norte da Alemanha. 

Com informações de Tech Xplore

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Mega projeto pode fornecer energia limpa na África

Por Alessandro Di Lorenzo — 25 de Julho de 2023, 18:30

Uma extensa rede elétrica construída em 12 países da África Subsaariana pode promover o crescimento do continente, além de reduzir significativamente as emissões de carbono. A proposta faz parte de um estudo desenvolvido por uma equipe de economistas e engenheiros da China, Turquia e Nigéria, e publicado na revista Scientific Reports.

Leia mais

A rede proposta atravessaria partes do norte do continente de forma horizontal e depois seguiria para o sul perto da costa Leste. Os países incluídos seriam: África do Sul, Moçambique, Burundi, Tanzânia, Quênia, Uganda, Etiópia, Sudão, Chade, Nigéria, Níger e Mali.

Mapa com a proposta de rede elétrica africana (Imagem: Scientific Reports)

Falta de eletricidade: um problema histórico

  • Pesquisas sugerem que um dos fatores que impedem o desenvolvimento de muitos países da África é a falta de acesso à eletricidade.
  • Atualmente, cerca de 620 milhões de africanos, o que equivale a dois terços da população do continente, não têm acesso à eletricidade, enquanto cerca de 730 milhões usam biomassa tradicional para cozinhar.
  • Na região da África Subsaariana, composta por 46 dos 54 países da África, a capacidade de crescimento de eletricidade nos últimos 40 anos tem sido igual a metade da taxa de crescimento de outros países e regiões em desenvolvimento.
  • Embora a população da África seja de 16,72% da população mundial, a participação do continente na geração de eletricidade global tem sido de cerca de 3% desde o início dos anos 2000. 

Energia limpa

  • A região subsaariana também é dependente de combustíveis fósseis, respondendo por cerca de 70% a 90% do suprimento de energia primária da região.
  • Segundo o estudo, a implantação do novo sistema proposto reduziria as emissões de carbono do setor elétrico em 56,6% e 61,8% até 2030 e 2040, respectivamente.
  • E ajudaria na missão global de atingir emissões líquidas zero até 2050 no setor elétrico.

Energia eólica

  • Com todos esses dados à disposição, os pesquisadores concluíram que a energia eólica seria a opção mais viável.
  • Com base em simulações, eles descobriram que a demanda total de eletricidade para a rede seria de aproximadamente 700 TWh/ano para 2030 e 800 TWh/ano para 2040.
  • O custo total de investimento seria de US$ 517 bilhões, quase R$ 2,5 trilhões, para o ano de 2030, e de US$ 533 bilhões para 2040.
  • Segundo estudo, os valores são bem menores do que se fosse escolhida a energia solar fotovoltaica, por exemplo.
Energia eólica seria a opção mais viável para o mega projeto (Imagem: GeorgeVieiraSilva/Shutterstock)

Futuro da África

  • Os pesquisadores defendem que a simulação seja levada em consideração para a criação efetiva do sistema.
  • E pedem que países como a China, que tem grande participação dentro da economia africana, financiem as obras.
  • O estudo finaliza afirmando que a resolução do problema energético garantia um desenvolvimento mais veloz da África, e também um retorno sobre os investimentos externos, à medida que o comércio africano se tornaria mais pujante.

Com informações de Tech Xplore.

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Cientistas geram energia renovável a partir da umidade do ar

Por Alessandro Di Lorenzo — 3 de Julho de 2023, 20:27

Uma descoberta inusitada e fruto do acaso. É assim que os pesquisadores responsáveis pela geração contínua de energia elétrica a partir da umidade do ar descrevem o feito.

A equipe da Universidade de Massachusetts Amhers publicou um artigo com a descoberta. “Para ser franco, foi um acidente. Na verdade, estávamos interessados em fazer um sensor simples para a umidade do ar”, afirmou o principal autor do estudo, o professor Jun Yao.

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Como a descoberta aconteceu?

  • Os pesquisadores explicaram que o aluno que estava trabalhando no projeto esqueceu de ligar a energia, mas mesmo assim o dispositivo, que compreendia uma série de tubos microscópicos, ou nanofios, produzia um sinal elétrico.
  • O professor Yao destaca que o funcionamento é semelhante ao de uma bateria: “você tem uma puxada positiva e uma puxada negativa, e quando você as conecta a carga vai fluir”.
  • Agora, a equipe trabalha na criação de um dispositivo do tamanho de uma miniatura, um quinto da largura de um cabelo humano, e capaz de gerar aproximadamente um microwatt, o suficiente para acender um único pixel em uma grande tela de LED.

Tecnologia pode ser usada em larga escala

  • Uma outra equipe, formada pela professora Svitlana Lyubchyk e seus filhos gêmeos, os professores Andriy e Sergiy Lyubchyk, trabalham num projeto semelhante.
  • Eles conseguiram criar dispositivos que podem gerar 1,5 volts e 10 miliamperes.
  • Segundo os pesquisadores, 20 mil desses dispositivos podem ser empilhados em um cubo do tamanho de uma máquina de lavar, gerando 10 quilowatts-hora de energia por dia, aproximadamente o consumo de uma família média do Reino Unido.
  • O objetivo é apresentar um protótipo pronto para demonstração em 2024.
  • Enquanto os pesquisadores da Universidade de Massachusetts Amhers estão trabalhando com materiais orgânicos, que em teoria podem ser produzidos com relativa facilidade, a equipe de Svitlana Lyubchyk alcançou resultados superiores usando óxido de zircônio, um material de interesse na pesquisa de células de combustível.
  • No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia tem impedido avanços maiores na tecnologia. Isso porque eles contavam com recursos provenientes do território ucraniano, repleto de jazidas de zircônio. A alternativa foi trabalhar com quantidades relativamente pequenas compradas da China.

Com informações do The Guardian.

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Barringer, o lembrete de que nosso planeta não está livre dos grandes impactos

Por Marcelo Zurita — 28 de Junho de 2023, 12:29

Estima-se que somente a cada 50 ou 100 anos, nosso planeta sofra um impacto tão grande como o que ocorreu em 2013 sobre Chelyabinsk, na Rússia. A raridade como esses eventos ocorrem nos dão uma falsa impressão de segurança, mas não se engane. A Terra não está livre de grandes eventos de impacto, e há um lugar no deserto do Arizona que não nos deixa esquecer que o nosso planeta é vulnerável a essas imensas rochas que vem do espaço.

A Cratera de Barringer é uma imensa cicatriz de um impacto relativamente recente. Com um diâmetro de 1.186 metros e 170 metros de profundidade. Ela foi formada há cerca de 50 mil anos, quando o clima na região era mais frio e úmido. A área era coberta por vegetação e habitada por mamutes e preguiças gigantes. Talvez os primeiros seres humanos a cruzar o Estreito de Bering e chegar à América, foram testemunhas do violento impacto que gerou a Cratera de Barringer.

Um asteroide metálico, com cerca de 50 metros de ferro e níquel, atingiu o solo a cerca de 45 mil km/h, com uma energia equivalente a 10 milhões de toneladas de dinamite. Energia suficiente para devastar milhares de quilômetros quadrados de  florestas, acabar com toda vida existente num raio de uns 10 km. Não restaria por perto, ninguém vivo para contar a história. Mas então, como sabemos disso tudo?

[ Tamanho da Cratera de Barringer (1.186 x 170 m) e seu impactador (50 m) comparados ao Estádio do Maracanã (320 m) ao Congresso Nacional (100 m de altura) e a um Boeing 747 (76 m) – Imagem: Asteroid Day Brazil ]

Pois é, não sabíamos. Nosso conhecimento sobre a natureza dessas crateras é algo muito recente para a humanidade. Até pouco tempo atrás, se imaginava que elas teriam origem vulcânica. Mas foi a Cratera de Barringer, que nos levou a compreender que os impactos de asteroides, também podem ajudar a moldar a superfície da Terra. 

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A curiosa feição do relevo encravada no meio do Deserto do Arizona chamou a atenção dos cientistas deste de que ela foi descoberta por colonos no século XIX.

Em 1891, o mineralogista Albert Foote recebeu uma rocha de ferro coletada no Norte do Arizona e imediatamente a reconheceu como meteorito. Foote liderou então uma equipe de buscas que coletou cerca de 270 kg de meteoritos nas proximidades da Cratera de Barringer. Os estudos de Foote, além de confirmarem a origem espacial daquelas rochas, também induziram novas pesquisas sobre a formação da cratera.

[ Panorâmica da Cratera de Barringer registrada em 2012 – Créditos: Tsaiproject ]

No final daquele ano, o geólogo Grove Karl Gilbert investigou se o então chamado Monte Coon, poderia se tratar de uma cratera gerada por um impacto de uma rocha vinda do espaço sideral. Entretanto, ele concluiu que que ela era resultado de uma explosão de vapor vulcânico. A conclusão foi baseada no fato de haver uma cratera vulcânica a apenas 80 km de lá, e também por não haver nenhum vestígio do asteroide impactador. 

Só que em 1903, certo de que a cratera seria resultado de um impacto cósmico e que esse impacto teria relação com os meteoritos metálicos encontrados na região, o engenheiro Daniel Barringer comprou o terreno a fim de minerar a área. Barringer acreditava que poderia encontrar no subsolo, cerca de 100 milhões de toneladas de ferro oriundo do asteroide que gerou a cratera. Aquilo faria de Barriger um milionário, mas depois de 27 anos de buscas, tudo que ele conseguiu encontrar foi a falência e o descrédito de seus investidores. Além disso, o insucesso de Barringer em encontrar os detritos do asteroide, pôs em dúvida a tese da origem meteorítica da cratera.

[ Imagem de satélite da Cratera de Barringer – Créditos: National Map Seamless Server / NASA Earth Observatory ]

Em 1929, Barringer recebeu um relatório do astrônomo Forest Ray Multon, que concluía que o impactador que gerou aquela cratera pesava apenas 300 mil toneladas e teria sido completamente vaporizado pelo calor do impacto. Essa foi de matar… e de fato, Barringer morreu apenas 10 dias depois de receber o relatório.

Algum tempo depois, entre os anos 30 e 50, Harvey Nininger reuniu evidências de que a cratera de Barringer teria sido criada pelo impacto de um asteroide. Ele encontrou no local impactitos, que são rochas de formadas pelo resfriamento aerodinâmico de material derretido em impactos, esférulas de ferro e níquel, formadas pelo resfriamento de gotículas da rocha espacial vaporizada, e lascas de ferro meteorítico semiderretidas e misturadas com rochas locais. Nininger defendia a criação de um parque nacional e um museu público na área. Por isso, em 1953, a família de Barringer criou um museu privado na borda da cratera.

[ Cartão postal do American Meteorite Museum, idealizado por Harvey Nininger nas proximidades da Cratera de Barringer – Créditos: Meteoritekid

Mas as provas definitivas de que Barringer seria uma cratera de impacto vieram dos estudos do jovem geólogo e astrônomo Eugene Shoemaker. Baseado nos artefatos geológicos encontrados nas crateras geradas por testes de explosões nucleares, Shoemaker somou ainda mais evidências a favor da origem cósmica da cratera. 

Ele encontrou cristais e estruturas geológicas  que só se formam sob uma enorme e instantânea pressão, como as que ocorrem durante as explosões nucleares e como propôs Shoemaker, nos impactos de asteroides.  

Ele confirmou a teoria proposta por Nininger de que temperaturas extremamente elevadas geradas com o impacto, teriam vaporizado grande parte do corpo impactador. O trabalho de Eugene Shoemaker fez de Barringer a primeira cratera comprovadamente originada do impacto de um asteroide. Ele também se tornou referência na área e motivou a busca de novas crateras como a de Barringer, que são um lembrete de que o nosso planeta não está livre dos grandes impactos.

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Maior usina eólica marítima do mundo ficará pronta em breve

Por Ana Luiza Figueiredo — 7 de Junho de 2023, 16:31

A instalação dos últimos aerogeradores na usina eólica offshore, também conhecida como usina marítima ou usina oceânica, Hollandse Kust Zuid, na Holanda, está quase completa.

A usina, com capacidade de 1,5 gigawatt (GW), está localizada a 18-35 quilômetros da costa holandesa, no Mar do Norte. Os proprietários da usina são Vattenfall, BASF e Allianz.

Leia mais:

  • Usina offshore é uma instalação de geração de energia elétrica construída no mar.
  • A instalação final dos aerogeradores na usina eólica offshore Hollandse Kust Zuid, na Holanda, está quase concluída.
  • Hollandse Kust Zuid será a maior usina eólica offshore do mundo e a primeira a ser construída sem subsídios.
  • A usina possui 140 aerogeradores Siemens Gamesa 11.0-200 DD, os maiores já instalados em escala.
  • A produção de eletricidade renovável da usina será equivalente ao consumo anual de 1,5 milhão de residências holandesas.
  • A previsão é que a usina entre em operação nos próximos meses.

Em 2 de junho, a Vattenfall anunciou nas redes sociais que os últimos componentes dos aerogeradores foram carregados no navio de instalação de turbinas eólicas Wind Osprey e já chegaram ao local.

usina eólica
Imagem: Hollandse Kust Zuid / Divulgação

A usina eólica offshore é composta por 140 aerogeradores Siemens Gamesa 11.0-200 DD — os maiores aerogeradores já instalados em escala. Eles possuem um diâmetro de rotor de 200 metros e uma área varrida de 31.400 metros quadrados.

Além de se tornar a maior usina eólica offshore do mundo — superando a usina Hornsea 2, no Reino Unido, com capacidade de 1,3 GW — Hollandse Kust Zuid também é a primeira usina eólica offshore a ser construída sem subsídios.

A usina Hollandse Kust Zuid terá uma produção de eletricidade renovável equivalente ao consumo anual de incríveis 1,5 milhão de residências holandesas. A previsão é que a usina entre em operação nos próximos meses, no verão europeu (entre junho e setembro).

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Energia solar do espaço sem fio é transmitida para Terra pela primeira vez 

Por Lucas Soares — 6 de Junho de 2023, 19:46

O futuro da energia renovável pode estar no Sol e um passo importante foi anunciado semana passada pela Caltech. Os cientistas do instituto conseguiram pela primeira vez transmitir energia solar sem fio diretamente do espaço para a Terra.

O experimento foi conduzido pela equipe do  Projeto de Energia Solar Espacial com o protótipo Space Solar Power Demonstrator (SSPD-1), lançado em janeiro. 

Captar energia solar diretamente do espaço é mais eficiente do que fazer isso aqui na Terra, onde existem diversas camadas que filtram os raios solares. No entanto, o maior desafio em coletar esse calor em órbita é trazer essa energia para cá.

É aí que entram os experimentos em transmitir isso sem fios. Para realizar o procedimento, os cientistas utilizaram o sistema Maple (sigla em inglês para Microwave Array for Power-transfer Low-orbit Experiment). Basicamente um receptador foi instalado no telhado da universidade e recebeu sinais de micro-ondas diretamente do espaço.

O sistema basicamente é uma série de transmissores de microondas leves e flexíveis controlados por chips eletrônicos personalizados. Dessa forma, é possível captar energia solar e transmiti-la para as estações receptoras desejadas em todo o mundo.

Energia solar diretamente para a Terra sem fio

A demonstração da transferência de energia sem fio no espaço usando estruturas leves é um passo importante em direção à energia solar espacial e amplo acesso a ela globalmente. Os painéis solares já são usados ​​no espaço para alimentar a Estação Espacial Internacional, por exemplo, mas para lançar e implantar grandes o suficiente matrizes para fornecer energia à Terra, a SSPP precisa projetar e criar sistemas de transferência de energia solar que sejam ultraleves, baratos e flexíveis.

Harry Atwater, presidente da Otis Booth Leadership Chair da Divisão de Engenharia e Ciências Aplicadas

Leia mais:

Se funcionar em larga escala, o sistema pode ajudar a trazer energia limpa e renovável para a Terra, sendo mais uma opção dentro deste que está se tornando um dos segmentos mais disputados dentro do mercado energético no mundo.

“Nenhuma infraestrutura de transmissão de energia será necessária no solo para receber essa energia”, diz o comunicado. “Isso significa que podemos enviar energia para regiões remotas e áreas devastadas por guerras ou desastres naturais”.

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Empresa aposta em fabricação robótica de painéis solares para promover energia limpa

Por Ronnie Mancuzo — 14 de Maio de 2023, 16:47

A californiana Terabase Energy está iniciando a fabricação de painéis solares por meio de tecnologia robótica. Como objetivo, ajudar na implementação dessa energia limpa em escala de serviços públicos, por exemplo.

Batizada de Terafab, ela é uma fábrica de campo digital automatizada capaz de dobrar a produtividade em relação aos métodos tradicionais. Instalada na Califórnia-EUA, a unidade está atualmente fabricando o primeiro gigawatt (GW) das linhas de montagem – que possuem capacidade para construir mais de 10 GW por ano.

Leia também:

Braços robóticos levantando painéis

O sistema usa braços robóticos que levantam e conectam painéis solares a rastreadores. Enquanto isso, o gerenciamento da fábrica é auxiliado por um gêmeo digital (ou seja, um modelo virtual da “fazenda solar”).

Há ainda sistemas voltados para a logística e um centro de comando digital sem fio no local.
Além da linha de montagem automatizada implantada em campo, rovers de instalação especializados atuam de forma contínua (24 horas por dia, 7 dias por semana).

Today, we're excited to officially launch Terafab™, the world's first automated, digital field factory for solar power plant construction, increasing productivity by 2x over traditional methods.

Press release: https://t.co/ue19GsPsWc#TerawattSolar #Terafab #SolarEnergy pic.twitter.com/U5EhiDlTNd

— Terabase Energy (@TerabaseEnergy) May 11, 2023

A Terafab também possui um design modular – assim pode ser escalável. Segundo a empresa, entre os benefícios da fabricação robótica de painéis solares, há melhorias para a saúde e segurança do trabalhador, diminuição de custos e alívio em relação à escassez de mão de obra especializada para essas tarefas.

Vários projetos devem receber o sistema Terafab comercialmente a partir do próximo semestre, de acordo com a Terabase Energy. As expectativas da empresa incluem ainda implementações econômicas de hidrogênio verde com tecnologia fotovoltaica no futuro.

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Usina nuclear faz água do mar ficar quente em praia no Rio de Janeiro

Por Lucas Soares — 8 de Maio de 2023, 20:07

Recentemente viralizou nas redes sociais um vídeo mostrando a famosa Praia do Laboratório, localizada perto do complexo nuclear de Angra dos Reis. A proximidade com a usina faz com que a água seja quente durante o ano inteiro no local; mas será que o mar dali é seguro?

De acordo com a empresa que administra a usina, a Eletronuclear, o aquecimento é causado por conta da grande captação de água feita pela central para o vapor resultante do aquecimento do reator.

A água usada nesse processo vem do mar e não é contaminada com resíduos nucleares. Segundo a administradora, o processo de resfriamento ocorre em um circuito separado, o que faz com que a água não tenha contato com o material radioativo.

Ao lado da Usina Nuclear, em Angra dos Reis, existe uma praia que tem águas quentes o ano todo 😱

📍A Praia do Laboratório fica encostada numa Usina Nuclear, mas nem por isso oferece perigo! A água quente deve-se ao resfriamento das águas dos reatores de Angra I e II pic.twitter.com/gz2dbrVcZr

— Queria Viajar 🌎 (@QueriaViajar) April 18, 2023

Como funciona o sistema da usina nuclear?

Basicamente, o reator esquenta e esquenta a água em um gerador de vapor. Esse vapor move uma turbina que gera energia. A água é usada para resfriar o vapor, mas não tem contato diretamente com a central nuclear, já que apenas o calor do reator é aproveitado no processo, sem nenhum dejeto nuclear.

Leia mais:

Uma reportagem do G1 mostra que nadar no mar da região traz uma sensação próxima do que é causado por águas termais. Além disso, a praia sempre recebe banhistas e não foram encontrados indícios de contaminação.

A água é lançada cerca de três a cinco graus acima da temperatura de entrada. No entanto, o programa de mapeamento hidrotérmico realiza medições quinzenais da temperatura da água do mar nas áreas de captação e de lançamento para verificar a dispersão térmica e avaliar uma possível influência sobre as populações marinhas. O programa constatou que o impacto térmico permanece concentrado a uma profundidade de até meio metro, o que faz com que esse calor seja rapidamente disperso para a atmosfera, livrando as comunidades bióticas que vivem abaixo dessa profundidade dos efeitos do aumento de temperatura

Eletronuclear, em nota

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Revolución verde y digital, claves de la recuperación económica

15 de Outubro de 2020, 12:26

Afrontar la crisis provocada por la covid-19 requerirá del desarrollo de unos planes de reconstrucción de una magnitud sin precedentes. Con ellos no solo se facilitará la recuperación, sino que podrían convertirse en una oportunidad para transformar nuestra economía, haciéndola más moderna y más sólida, más internacionalizada y más competitiva.

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Calles de hidrógeno: una ciudad para crear el combustible del futuro

Por Sergio Amadoz — 18 de Julho de 2020, 18:11

A los pies del monte Fuji y en un espacio de 70 hectáreas, Toyota prepara desde hace meses un laboratorio tecnológico viviente donde desarrollará tres grandes líneas de trabajo, posiblemente las más ambiciosas de las que tiene en marcha: el hidrógeno, la movilidad autónoma y la robótica. Woven City es para la marca japonesa un tres en uno perfecto: gracias a esta ciudad tejida (es decir, conectada), la marca japonesa dará salida a los terrenos de una antigua fábrica, acogerá a empleados, exempleados y científicos y, sobre todo, ensayará en un territorio manejable tecnologías que difícilmente puede exprimir al 100% en el mundo real. Si los planes siguen adelante a pesar de la crisis del coronavirus —y nadie ha dicho lo contrario hasta ahora—, el fabricante nipón empezará a construir su ciudad ideal en 2021.

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