No auge dos seus 102 anos, Martha Zequetto Treco, residente do Brasil, foi surpreendida com uma notificação abrupta e desanimadora: seu plano de saúde, do qual é beneficiária desde 2009, estava prestes a ser cancelado unilateralmente pela operadora Unimed Nacional.
O comunicado, enviado pela administradora de benefícios Qualicorp, deixou seu filho, João Treco Filho, perplexo. Ele relata: “Sempre pagamos pontualmente o convênio médico. De uns anos para cá, ele passou a nos aterrorizar, com reajustes abusivos. Depois, descredenciou os principais hospitais que utilizávamos. Agora, simplesmente decidiu descredenciá-la”.
Martha, além de enfrentar os desafios da idade avançada, luta contra uma infecção bacteriana resistente, adquirida durante uma internação hospitalar, e investiga uma suspeita de tumor de mama. Seu tratamento requer cuidados específicos, incluindo antibióticos intravenosos, e sua mobilidade é comprometida.
Os esforços de Treco Filho para reverter a situação foram em vão. Ele conta: “A Qualicorp disse que não tinha o que fazer, que era uma decisão da Unimed. E a Unimed alegou ter direito a rescindir o contrato. Não ofereceram nenhum plano alternativo”.
Porém, após a intervenção da imprensa e a obtenção de uma liminar na Justiça, o plano de Martha foi temporariamente mantido. A Unimed Nacional declarou que cumpre rigorosamente a legislação e que as rescisões de planos coletivos estão previstas e regulamentadas pela ANS.
No entanto, casos como o de Martha têm se tornado mais frequentes, com um aumento significativo nas queixas à ANS sobre o cancelamento de planos coletivos por adesão. Advogados especializados em direito à saúde relatam um aumento na procura por assistência jurídica nesse sentido.
A advogada Marina Magalhães, do Idec, argumenta para a Folha de S. Paulo que a rescisão unilateral e imotivada é abusiva e fere os princípios da boa-fé nos contratos. Ela enfatiza a necessidade de uma regulamentação mais eficaz por parte da ANS ou do Legislativo.
O caso lança luz sobre uma questão premente no sistema de saúde brasileiro e levanta questões sobre os direitos dos consumidores e a necessidade de uma revisão nas políticas regulatórias do setor.
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A UC San Francisco criou parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) para estudar os efeitos a longo prazo das condições após a infecção por Covid-19, com base nas pesquisas anteriores e destacando os impactos significativos no sistema de saúde dos EUA.
Conhecidos como “Covid longa” ou “Covid prolongada”, esses casos são reconhecidos quando os sintomas da doença persistem (ou aparecem pela primeira vez) meses após a contaminação.
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Os resultados desse estudo foram publicados no “Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade” (MMWR) e apontaram que cerca de 16% dos entrevistados que tiveram contato com a doença sofreram com os sintomas por quase um ano.
A pesquisa avaliou os sintomas a cada três meses, com foco em comparar as mudanças ao longo do tempo. Parte deles relataram que os sintomas surgiam e desapareciam nesse período.
“Era comum que os sintomas desaparecessem e reaparecessem meses depois”, afirma Juan Carlos Montoy, MD, Ph.D., professor associado do Departamento de Medicina de Emergência da UCSF e principal autor do estudo. “Muitas pesquisas anteriores se concentraram nos sintomas em um ou dois pontos no tempo, mas fomos capazes de descrever a trajetória dos sintomas com maior clareza e nuances.”
Isso sugere que as medições em único ponto no tempo podem subestimar ou descaracterizar o verdadeiro fardo da doença.
Juan Carlos Montoy, MD, Ph.D., professor associado do Departamento de Medicina de Emergência da UCSF e principal autor do estudo
De acordo com o Medical Xpress, o estudo envolveu 1.741 participantes, sendo:
“Ficamos surpresos ao ver como os padrões eram semelhantes entre os grupos Covid positivo e Covid negativo”, disse Montoy. “Isso mostra que a carga após a Covid-19 pode ser alta, mas também pode ser alta para outras doenças não relacionadas à Covid. Temos muito a aprender sobre os processos pós-doença para Covid-19 e outras condições.”
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O post Sintomas de Covid longa podem surgir meses após a infecção; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.