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Gramado Summit: como a IA está mudando sua vida?

Por Bruno Capozzi — 12 de Abril de 2024, 02:33

Em novembro de 2022, surgia algo que cativou a curiosidade dos mais distantes da tecnologia, ao mesmo tempo em que chacoalhou o mercado. O ChatGPT, chatbot de inteligência artificial generativa da OpenAI, promoveu uma verdadeira corrida por esse tipo de tecnologia. Agora, em 2024, os chatbots em si podem até não ser os protagonistas de pesquisas e geração de conteúdos que muitos apostavam. Talvez, seja uma questão de tempo. A ver.

O mais importante me parece ser a abertura que a tecnologia por trás desse chatbot deu para outros vários setores. Estivemos na CES 2024, em Las Vegas, em janeiro. Não tinha uma área destinada à inteligência artificial no evento. Todos os pavilhões — e são todos imensos —, da robótica ao automotivo, do metaverso à saúde, contavam com exposições de tecnologias abastecidas pela IA.

Como alguém que acompanha o noticiário como forma de trabalho, eu vejo dia após dia que essa tecnologia já triunfou. Agora é correr atrás de mais desenvolvimento, regulação, ética e uma coexistência saudável com o trabalho humano.

Christiano Faig, Alessandra Montini e Bruno Capozzi conduziram um debate sobre IA no Gramado Summit. Imagem: Mario Kurth/Olhar Digital

OD no Gramado Summit

Pensando em tudo isso, o Olhar Digital promoveu um debate no Gramado Summit, um dos mais importantes eventos de tecnologia e inovação do País. Nossos convidados foram Alessandra Montini, diretora do Laboratório de Análise de Dados da Fia Business School, além de colunista do OD; e Christiano Faig, vice-presidente de Vendas de Soluções & Tecnologia da Microsoft Brasil.

A conversa girou em torno de quatro temas principais: mercado, homem vs máquina, regulamentação e futuro.

Comecei perguntando à professora se ela mantinha a opinião dela do começo do ano, quando escreveu um artigo para o Olhar Digital falando que 2024 seria o ano da IA. Segundo Alessandra Montini, a avaliação se mantém e foi reforçada. Inclusive, ela destacou que surpreende a velocidade com que as tecnologias se desenvolveram e foram adotadas nas mais diversas áreas.

Na avaliação da professora, a IA pode e deve ser uma aliada. Contudo, é preciso se precaver. Quem não souber usar essas ferramentas e não se adequar aos novos tempos, pode ficar para trás.

A IA é uma ferramenta muito importante nos dias de hoje, principalmente com a era da IA generativa. Ela cria texto, inventa, organiza e nos ajuda. Na minha área, por exemplo, sou professora e uso essa tecnologia como minha aliada. Ela gera textos, apresentações, cria provas e corrige as provas. Fica com as tarefas mais operacionais e eu fico mais pensando em ajudar os alunos e fazer da criatividade algo sempre novo e inovador.

Alessandra Montini

Christiano Faig explicou que, dentro da Microsoft, o Copilot já responde por boa parte da parte “braçal” da programação de Tecnologia da Informação. Além disso, pesquisas internas mostram que essa ferramenta de IA aumenta consideravelmente a produtividade das empresas que a adotam. 70% dos usuários do Copilot disseram que se tornaram mais produtivos e 68% disseram que a adoção melhorou a qualidade de seu trabalho. 

É uma época muito excitante para trabalhar com tecnologia. A IA generativa ela não está mudando só a forma como a gente trabalha. Para resumir em uma palavra, é produtividade. Mas, também, junto com a IA generativa, há outra revolução. É a forma como a gente interage com a máquina. São duas revoluções em uma e o potencial disso é imenso.

Christiano Faig

Em termos de regulamentação, houve um consenso: é preciso, sim, impor limites às tecnologias. Alessandra Montini entende que o melhor caminho é restringir em caso de dúvida e, se observarmos que a tecnologia está num bom caminho, ir cedendo.

A diretora do Laboratório de Análise de Dados da Fia Business School alerta que não impor regras pode ter consequências graves. Ela lembrou que estamos em ano eleitoral e que a tecnologia pode e, provavelmente, irá alimentar notícias falsas. Por isso, é fundamental ter uma legislação clara, que impeça o mau uso e capaz de punir aqueles que não a seguem — algo que ainda não temos globalmente. Por isso, estamos atrasados.

Christiano Faig lembrou que as empresas de tecnologia têm grandes responsabilidades para proteger essas tecnologias e impedir que elas caiam nas mãos erradas e virem “armas”. Além disso, ele citou o trabalho da Microsoft de treinamento para quem adquire os produtos de IA da companhia. Assim, é possível proporcionar o uso consciente da tecnologia.

O vice-presidente de Vendas de Soluções & Tecnologia da Microsoft Brasil entende que o usuário final sempre será o elo mais fraco e deve ter uma atenção especial. Isso inclui, por exemplo, não treinar as IAs com os dados fornecidos por eles.

(Foto: Gramado Summit/Divulgação)

O futuro das IAs

Encerramos o debate com a seguinte pergunta: daqui 10 ou 20 anos, como será o Gramado Summit? Se a gente repetisse essa mesma mesa, o que discutiríamos?

Será que estarei aqui ou será meu avatar? Daqui 10 anos, vamos disputar com nosso avatar. A IA generativa é capaz de fazer um clone, uma pessoa completamente igual a mim. Ela é rápida, é precisa. Então, daqui 10 anos, a dificuldade, a dor, será: você vai ter que concorrer com seus colegas de trabalho, com a inovação e com seus gêmeos digitais. Eu, como professora, vou sentir isso na pele. Será que meu aluno vai querer conversar comigo ou com o avatar? Você vai querer me entrevistar ou entrevistar meu clone digital? Daqui 10 anos, teremos muitas inovações. O metaverso, realidade aumentada e esses clones que se passam por ser humano. Então, eu recomendo, que daqui 10 anos, você faça um convite a mim e à minha inteligência avatar. Teremos um grupo dobrado debatendo e discutindo o futuro.

Alessandra Montini

Na mesma linha, Christiano Faig complementou a análise adicionando a computação quântica às apostas.

É difícil prever tecnologia. Há anos atrás, Bill Gates falou que 64 KB seria mais do que suficiente para todo mundo. Hoje, temos celulares com mais de 1 TB em nosso bolso. O grande salto que vejo é a computação quântica. Isso vai mudar todos os paradigmas que a gente conhece de computação, incluindo a parte de inteligência artificial, que terá muito mais capacidade. Vai levar a IA para um próximo estágio.

Christiano Faig

O evento

A sétima edição do Gramado Summit começou nesta quarta-feira (10) e vai até esta sexta-feira (12). Mais de 15 mil visitantes estão passando pelo evento. Participantes de diferentes estados estão na cidade da Serra Gaúcha para conferir temas ligados à tecnologia e inovaçãostartups, comunicação e empreendedorismo, em um evento que vai gerar mais de R$ 60 milhões diretos à economia local.

O cálculo não leva em conta o valor gasto em passagens aéreas de moradores de outros estados. Se este número for levado em consideração, temos uma arrecadação de R$ 20 milhões em serviços logísticos.

O Gramado Summit também está promovendo um concurso voltado para startups. A vencedora da competição receberá um aporte de R$ 200 mil da aceleradora Ventiur, com possibilidade de chegar em até R$ 1 milhão por meio de co-investimento. 

Alguns dos temas desta edição são mercado digital, ESG, estratégia para empresas, desenvolvimento de carreira e experiência do cliente.

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A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: uma resposta estratégica aos desafios da aprendizagem

6 de Março de 2024, 09:00

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No artigo de hoje vamos dar continuidade à série “A inteligência artificial (IA) nas bibliotecas escolarese apresentar exemplos de assistentes virtuais gratuitos que podem ser utilizados em contexto de sala de aula e de biblioteca escolar para apoiar o processo de aprendizagem e proporcionar uma experiência personalizada aos alunos.

Os assistentes virtuais, ou chatbots, – ferramentas que utilizam inteligência artificial para interagir com o utilizador e realizar tarefas de forma autónoma - emergem, cada vez mais, como valiosos aliados no ecossistema educativo, oferecendo apoio à aprendizagem dos alunos sob a orientação e supervisão atenta dos professores. Desde a explicação de conceitos complexos até ao auxílio em tarefas específicas, estes modelos podem desempenhar um papel importante, permitindo que os alunos personalizem e reforcem a sua experiência de aprendizagem. Parte superior do formulário

Estes assistentes virtuais podem desempenhar um papel importante no apoio à aprendizagem dos alunos, sob a supervisão dos professores[1], por exemplo em:

  1. Explicação de conceitos complexos: os alunos podem recorrer aos assistentes virtuais para obter explicações claras e detalhadas sobre conceitos complexos em matemática, ciências, línguas e outras disciplinas. Por exemplo, o assistente virtual pode explicar fórmulas matemáticas, princípios científicos ou regras gramaticais.

  2. Auxílio em tarefas e exercícios: os alunos podem solicitar ajuda ao assistente virtual para esclarecer dúvidas em exercícios específicos ou tarefas escolares. O modelo pode oferecer orientação passo a passo, sugerir abordagens para a resolução de problemas e fornecer exemplos práticos.

  3. Prática de línguas estrangeiras: o assistente virtual pode servir como um parceiro de prática para os alunos que querem melhorar as suas competências em línguas estrangeiras. Os alunos podem realizar conversas simuladas, pedir correções gramaticais e obter sugestões de vocabulário.

  4. Apoio na redação e compreensão de textos: os alunos podem recorrer ao assistente virtual para receberem sugestões de melhoria dos seus textos, dicas de escrita e esclarecimentos sobre a estrutura dos textos. Para além disso, o modelo pode criar resumos ou análises de textos complexos.

  5. Revisão de conteúdos: o assistente virtual pode ser utilizado para rever os conceitos aprendidos na sala de aula, esclarecendo dúvidas persistentes e fornecendo resumos de tópicos específicos.

Tal como foi referido no artigo anterior, já estão disponíveis no mercado várias plataformas de tutoria que tiram partido das tecnologias de IA. Contudo, as escolas podem começar a usar, com a devida precaução, as plataformas que disponibilizam assistentes virtuais  de forma gratuita, nomeadamente:

  1. ChatGPT (desenvolvido pela OpenAI): modelo de linguagem baseado em inteligência artificial que utiliza a aprendizagem de máquina para a compreensão e a criação de linguagem natural em respostas a perguntas e diálogos;

  2. Gemini (desenvolvido pela Google) ferramenta de escrita alimentada por IA projetada para auxiliar na criação de ideias e conteúdos de forma criativa e eficaz;

  3. Copilot (desenvolvido pela Microsotf): assistente digital baseado em IA que oferece suporte personalizado em diversas tarefas e atividades, visando aumentar a produtividade dos utilizadores.

Para usar estes assistentes virtuais, devemos usar comandos, os chamados prompts, que guiam os assistentes na realização da tarefa que lhes solicitamos, seja responder a uma pergunta, criar um texto ou apoiar na resolução de um problema.

Os prompts, para serem eficazes e responderem às necessidades dos alunos, devem ser[2]:

  1. Contextualizados: deve ser definido o cenário no qual o chatbot vai ser utilizado, especificando claramente o contexto (por exemplo, aula de Português de 7º ano sobre o texto de opinião), o papel a assumir (por exemplo, tutor de português que apoia um aluno de 12 anos com dificuldades ao nível da leitura e da escrita) e as competências a dominar (por exemplo, características de um texto de opinião);

  2. Específicos: é essencial que as instruções sejam claras e detalhadas, evitando ambiguidades e garantindo que as informações sejam precisas e diretas (por exemplo, explica-me de forma detalhada e com exemplos concretos quais são as características de um texto de opinião);

  3. Simples: deve utilizar uma linguagem simples e acessível, evitando o uso de termos técnicos desnecessários;

  4. Estruturados: é fundamental dizer qual o produto final que se pretende, nomeadamente, o formato, o público-alvo e outras informações específicas relevantes para cada caso (por exemplo, cria uma série de 5 perguntas sobre as características dos textos de opinião em que eu possa testar os meus conhecimentos e corrige-me os erros, explicando-me porque errei).

Para obter melhores resultados, deve fornecer  feedback ao longo da interação com o assistente virtual, para que ele possa ir adequando a sua resposta às necessidades de cada um (por exemplo, não percebi o que disseste; os exemplos são demasiado complexos, têm de ser mais simples).

Os assistentes virtuais podem ser ferramentas valiosas para a aprendizagem, no entanto, à medida que abraçamos os benefícios, é igualmente crucial que os alunos desenvolvam uma compreensão crítica dos riscos associados à IA. Questões como a privacidade, o viés algorítmico e a potencial dependência da tecnologia devem ser abordadas. Capacitar os alunos para avaliar de forma crítica as informações geradas pela IA, compreender o funcionamento dos algoritmos e reconhecer potenciais desafios éticos torna-se fundamental.

Neste contexto, a biblioteca escolar desempenha um papel fundamental ao preparar os alunos para uma utilização mais consciente e responsável da tecnologia, desenvolvendo as competências necessárias para enfrentar desafios éticos e sociais. A biblioteca deve apoiar a formação dos alunos na utilização segura da IA, destacando as limitações desta tecnologia. Os alunos devem compreender as suas restrições, reconhecendo a importância da verificação humana e compreendendo as suas limitações contextuais. Ao promover uma compreensão equilibrada dos benefícios, riscos e limitações da IA, estamos a preparar os alunos para um tempo em que a tecnologia é uma aliada e não uma força desconhecida.

📷 Imagem criada com IA: Copilot

Notas:

[1] No próximo artigo, debruçar-nos-emos sobre o papel que a IA pode ter no apoio aos professores e apresentaremos propostas concretas de utilização da IA.

[2] Já existem várias bibliotecas de prompts, que poderão ser utilizadas pelos professores, como por exemplo https://www.aiforeducation.io/prompt-library

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Veja também - Série: A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares

 

Uma resposta estratégica aos desafios da aprendizagem

(Blogue RBE, Qua | 14.02.24)

 

 

Desafios e Oportunidades

 (Blogue RBE, Qui | 07.12.23)

 

 

Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas

(Blogue RBE, Qua | 10.01.24)

✇ Blogue RBE

A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: uma resposta estratégica aos desafios da aprendizagem

14 de Fevereiro de 2024, 09:00

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Nos dois primeiros artigos da série “A inteligência artificial (IA) nas bibliotecas escolares”, explorámos as oportunidades criadas pela IA e apresentámos propostas de integração da IA nos Planos de Ação de Desenvolvimento Digital das Escolas, com o apoio da biblioteca. Hoje, abordaremos as questões relacionadas com os desafios que a IA coloca à aprendizagem.

A rápida evolução da inteligência artificial tem desencadeado transformações profundas no cenário educativo, moldando a experiência dos alunos. Este artigo reflete sobre a necessidade de estabelecer diretrizes claras, éticas e transparentes para a utilização da IA em contexto educativo e apresenta propostas de utilização com os alunos.

A biblioteca escolar desempenha um papel fulcral neste novo paradigma, não apenas disponibilizando recursos e ferramentas que auxiliam os alunos, mas também impulsionando a experimentação e a disseminação de práticas inovadoras que promovem um ambiente educativo estimulante e inclusivo.

Criação de uma Política de Escola para a utilização responsável da inteligência artificial

A definição de uma política de utilização da inteligência artificial em contexto educativo é fundamental para orientar a sua integração eficiente e ética e estabelecer os princípios fundamentais para a segurança, privacidade e equidade no uso da IA.

Este assunto foi abordado no artigo A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas e articula-se com os Planos de Ação de Desenvolvimento Digital dos Agrupamentos. Ao abordar questões éticas, definir responsabilidades e estabelecer diretrizes claras para a implementação da IA em contexto educativo, as escolas asseguram que esta tecnologia seja uma ferramenta eficaz para melhorar o ensino e a aprendizagem, mantendo um compromisso sólido com o bem-estar dos estudantes e a integridade educativa. Uma política de utilização da IA não só promove a transparência e a responsabilidade, mas também fomenta a confiança da comunidade educativa na adoção desta inovação, contribuindo assim para o desenvolvimento de um ambiente educativo tecnologicamente avançado e ético.

A biblioteca escolar, enquanto espaço de informação, partilha e promoção das diferentes literacias, desempenha um papel crucial no apoio à definição desta política de utilização da IA nas escolas, contribuindo para uma implementação consciente e ética.

A transformação da experiência de aprendizagem com a inteligência artificial

A integração da IA em educação tem tido um impacto significativo nas experiências de aprendizagem, um pouco por todo o mundo. A IA pode desempenhar um papel importante no apoio aos alunos, através da criação de experiências práticas e interativas, adequadas ao perfil e necessidades de cada estudante.

De facto, a IA, pode ser uma verdadeira ferramenta de aprendizagem, pois permite a personalização e adaptação ao ritmo individual de cada aluno. As plataformas de gestão de aprendizagem (LMS - Learning Management System), amplamente adotadas em escolas, como Google Classroom, Teams ou Moodle, utilizam algoritmos de IA para fornecer sugestões personalizadas de conteúdos, atividades e avaliações, tendo em conta o desempenho e as preferências de aprendizagem de cada aluno.

Para além disso, há inúmeros sistemas de tutoria baseados em IA que oferecem apoio individualizado, identificando lacunas no conhecimento e adaptando os materiais de ensino às necessidades específicas de cada estudante [1]. A evolução deste tipo de tecnologia é tão rápida que diariamente surgem novas ferramentas e plataformas. As escolas devem, por isso, fazer uma análise cuidadosa das opções disponíveis no mercado, tendo em conta os objetivos que querem alcançar.

Para apoiar esta análise, apresentamos abaixo algumas das funcionalidades que devem estar disponíveis neste tipo de plataformas.

  1. Aprendizagem personalizada: ferramentas que utilizam algoritmos para ajustar os conteúdos com base no desempenho individual dos alunos. Esta funcionalidade permite personalizar o plano de estudos, reforçando conceitos mais desafiadores e adaptando-se ao ritmo de aprendizagem de cada aluno.

  2. Feedback imediato: ferramentas que disponibilizam feedback instantâneo sobre o desempenho dos alunos. Este recurso permite a correção imediata de erros e a avaliação do progresso pelos alunos, durante o processo de aprendizagem.

  3. Personalização do plano de estudos: ferramentas que adaptam os planos de estudos com base nas metas e preferências de aprendizagem dos alunos, sugerindo atividades específicas e adaptando-se às necessidades individuais de cada um.

  4. Exercícios interativos: disponibilização de uma variedade de exercícios, como por exemplo questionários, simulações, jogos educativos, laboratórios virtuais, mapas conceptuais, puzzles, quebra-cabeças interativos, simulações de cenários.

  5. Recompensas e gamificação: ferramentas que integram elementos de gamificação, como recompensas virtuais, conquistas e níveis. Estes incentivos tornam o processo de aprendizagem mais envolvente, encorajando os alunos a alcançarem metas e a superarem desafios.

  6. Funcionalidades de interação social: ferramentas que oferecem funcionalidades como fóruns de discussão e grupos de estudo. Essa abordagem cria uma comunidade de aprendizagem, permitindo a troca de conhecimentos e experiências entre os participantes.

  7. Acesso multiplataforma: ferramentas que estão disponíveis em diversas plataformas, incluindo dispositivos móveis. Essa flexibilidade de acesso permite que os alunos aprendam ao seu próprio ritmo.

 

Ao incorporar estas funcionalidades, as ferramentas de tutoria proporcionam aos alunos uma experiência de aprendizagem eficaz, personalizada e envolvente, adaptando-se às diferentes disciplinas e contextos educativos.

No próximo artigo, ainda dedicado aos desafios que a IA coloca à aprendizagem, serão apresentados exemplos de assistentes virtuais gratuitos que podem apoiar o processo de aprendizagem e ser utilizados em contexto de sala de aula pelos alunos. Estes assistentes, para além do apoio individualizado, permitem a personalização da aprendizagem e oferecem acesso a recursos interativos.

Nota

[1] Todos os dias surgem novas plataformas e ferramentas. As plataformas Khan Academy e Duolingo são das mais conhecidas. A Khan Academy desenvolveu um assistente virtual impulsionado por IA - Khanmigo - que funciona como um tutor personalizado, apoiando os alunos no processo de aprendizagem. O Duolingo é uma plataforma de aprendizagem de idiomas online que utiliza métodos interativos e gamificação para envolver os alunos, funcionando como um tutor virtual.

📷criada com IA (Adobe Firefly).

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Veja também - Série: A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares

 

Desafios e Oportunidades

 (Blogue RBE, Qui | 07.12.23)

 

 

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18 herramientas de Inteligencia Artificial que te sorprenderán

Por Manu Velasco — 22 de Janeiro de 2024, 23:00


1. Jasper: es herramienta con inteligencia artificial entrenada para escribir contenido completamente original a la vez que creativo. Se trata de una herramienta perfecta para aquellos usuarios que buscan ahorrar tiempo con sus proyectos sin que se vea afectado el nivel del contenido. Todo ello gracias a consultas con expertos en SEO y marketing de respuesta directa.

2. Artssy: es como tener tu propio asistente artístico personal. Crea imágenes únicas generadas por IA con un solo clic.

3. Runway: software para automatizar la edición de video y para generar contenido nuevo a partir de algoritmos y con solo con escribir una frase.

4. Fliki: crea vídeos a partir de guiones o de publicaciones de blog usando voces realistas.

5. Resemble: generador de voz que permite crear en segundos voces en off similares a las humanas.

6. Play.HT: permite convertir instantáneamente texto en voz con sonido natural y descargarlo como archivos de audio MP3 y WAV.

7. Frase: ayuda a investigar, escribir y optimizar contenido SEO de alta calidad en minutos.

8. Copy.AI: generador de texto automático en el que podrás crear textos de diversa índole en segundos gracias a la inteligencia artificial.

9. Articoolo: crea contenido de texto único en un instante.

10. Concured: es una plataforma estratégica de contenidos impulsada por inteligencia artificial para detectar y predecir qué va a causar mayor interacción o engagement con tu público objetivo.

11. Chat OpenAI: modelo de IA generadora de texto conversacional capaz de ejecutar múltiples tareas relativas a la generación de texto como crear textos, completarlos, traducirlos, responder preguntas, clasificar conceptos o ejecutar conversaciones, entre otras.

12. Midjourney: programa de inteligencia artificial con el cual podemos crear imágenes a partir de descripciones textuales.

13. Wombo: tiene una Inteligencia Artificial incorporada que genera dibujos en base a una frase que le escribamos.

14. Craiyon: generador de imágenes IA en línea a partir de texto.

15. Rytr: utiliza OpenAI/GPT-3, una tecnología de Inteligencia artificial que permite generar contenidos para diversos usos, en varios idiomas y con diversas intenciones.

16. Copymatic: escribe automáticamente textos o contenido únicos, atractivos y de alta calidad: publicaciones de blog largas, landing pages, anuncios digitales, etc.

17. Peppertype: solución que ayuda a automatizar el proceso de creación de contenido e ideas. Utiliza aprendizaje automático avanzado e inteligencia artificial para analizar procesos, interpretar marcas y público objetivo y producir contenido original para ti.

18. Desgnify: crea diseños automáticos usando tus fotos favoritas. Elige cualquier imagen para crear diseños impulsados ​​por IA mediante la eliminación automática de fondos, la mejora de colores, el ajuste de sombras inteligentes y mucho más. Guarda, descarga o comparte sus diseños.



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ChatGPT pode ajudar criação de armas biológicas? OpenAI responde

Por Pedro Spadoni — 2 de Fevereiro de 2024, 15:27

Quem pesquisou sobre armas biológicas no ChatGPT pago – cujo “motor” é o GPT-4 – teve “pequena vantagem” em relação a quem pesquisou sobre o assunto em mecanismos de busca da internet. Essa é a conclusão de um estudo conduzido pela OpenAI.

Para quem tem pressa:

  • Um estudo da OpenAI concluiu que usuários do ChatGPT têm “pequena vantagem” sobre quem pesquisou sobre armas biológicas usando mecanismos de busca convencionais;
  • O estudo foi conduzido pela equipe da OpenAI com intuito de avaliar os riscos e usos indevidos potenciais de seus modelos de inteligência artificial (IA), em resposta às preocupações de cientistas e legisladores;
  • O estudo envolveu 100 participantes – entre eles, especialistas e estudantes de biologia – divididos em dois grupos para comparar a eficácia do GPT-4 e da internet em tarefas relacionadas à fabricação de armas biológicas;
  • Apesar da vantagem modesta em precisão, usuários do GPT-4 produziram respostas mais detalhadas, e estudantes que acessaram o modelo quase equipararam a proficiência dos especialistas em certas tarefas.

A pesquisa foi realizada pela equipe da OpenAI, anunciada em outubro de 2023, com objetivo de avaliar os riscos e possíveis usos indevidos dos modelos de inteligência artificial (IA) da empresa.

Leia mais:

ChatGPT e armas biológicas

Imagem para ilustrar tutorial sobre o ChatGPT
(Imagem: Jonathan Kemper/Unsplash)

O estudo envolveu 100 participantes divididos em dois grupos: especialistas em biologia e estudantes com formação em biologia de nível universitário. Um grupo teve acesso ao GPT-4, enquanto o outro utilizou apenas a internet convencional para realizar cinco tarefas relacionadas à fabricação de armas biológicas.

Os resultados mostraram que o grupo que usou GPT-4 teve uma pontuação média de precisão ligeiramente superior nas tarefas. Por um lado, a pesquisa descreve a diferença como estatisticamente significa. Por outro, suas conclusões desafiam a ideia de que a inteligência artificial oferece uma grande vantagem nesse contexto.

No entanto, participantes que utilizaram GPT-4 produziram respostas mais detalhadas. E os estudantes que tiveram acesso ao modelo quase alcançaram o nível de proficiência dos especialistas em algumas tarefas, o que levanta questões sobre o potencial educativo da ferramenta.

A equipe da OpenAI responsável pelo estudo também explora o potencial de ameaças cibernéticas e a influência da IA na mudança de crenças. A ideia é entender e mitigar os riscos associados à tecnologia.

Pontos e contrapontos

Detalhe da página do ChatGPT
(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Apesar dos resultados do estudo minimizarem a vantagem fornecida pelo GPT-4 em comparação à internet convencional, críticos argumentam que a pesquisa interna da OpenAI subestima o impacto real do modelo de IA, treinado numa vasta quantidade de dados científicos e outras informações.

O estudo reconheceu que o ChatGPT forneceu uma vantagem “estatisticamente significativa” em termos de precisão total quando não ajustado por múltiplas comparações. Isso contradiz a interpretação inicial de que a IA oferece apenas um leve aumento na precisão e completude das respostas.

A pesquisa da OpenAI levanta o debate sobre o verdadeiro potencial das ferramentas de IA como ChatGPT, especialmente em campos sensíveis como a pesquisa de armas biológicas. Também destaca a importância de considerar as implicações éticas e de segurança ao desenvolver e aplicar essas tecnologias avançadas.

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Y cuando creíamos que teníamos todas las respuestas, vino la IA y nos cambió todas las preguntas…

Por Felicidad Campal — 12 de Janeiro de 2024, 06:46

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El uso de la IA Generativa en el cine documental

Por Rebeca Hernández — 10 de Janeiro de 2024, 05:30

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Hace unas semanas la Alliance of Archive Producers Industry  de EEUU publicó una carta abierta para alertar al sector cinematográfico de los peligros que despierta […] Leer más

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Tem conversado com os seus documentos ultimamente?

18 de Janeiro de 2024, 09:00

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Tenho falado frequentemente sobre o impacto da IA nos profissionais da informação e, até há pouco tempo, centrava-me sobretudo nas ferramentas de IA generativa de uso geral, como o ChatGPT e o Claude.ai, e nos chatbots de pesquisa, como o Google Bard e o Perplexity.ai. Sim, os chatbots de uso geral são ótimos para resumir texto e redigir correspondência comercial (veja, por exemplo, o que obtém quando lhe pede para escrever uma carta de um diretor de biblioteca a pedir um aumento de financiamento). E os chatbots de pesquisa fazem um bom trabalho ao agregar os principais resultados de pesquisa num resumo coeso.

No entanto, a minha perspetiva mudou quando me deparei com um novo conjunto de ferramentas de IA, incluindo o PDF.ai e o ChatDOC, que permitem carregar um documento e utilizar uma interface do tipo ChatGPT para fazer perguntas ao documento e obter respostas precisas, perspicazes e sensíveis ao contexto.

Por exemplo, pode carregar o registo anual 10-K de uma empresa junto da Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA e fazer-lhe perguntas como: "Em que é que esta empresa gastou mais dinheiro?" ou "Quanto dinheiro é que esta empresa ganhou com o seu produto mais vendido?". Se tiver um manual do utilizador de um produto ou um manual do trabalhador extenso, pode fazer-lhe uma pergunta sobre a sua situação ou problema específico e ser encaminhado para o local específico do documento que aborda o problema. Pode até pegar num trabalho de investigação e perguntar-lhe qual o aspeto mais interessante das conclusões.

A maior parte destas ferramentas que permitem uma interação dinâmica com os documentos estão disponíveis para um período de teste gratuito e depois custam menos de 30 dólares por mês. Naturalmente, a primeira pergunta que qualquer profissional da informação fará é o que acontece aos ficheiros que são carregados para qualquer uma destas ferramentas de IA: Se carregar um documento confidencial ou interno, este é guardado na plataforma ou utilizado para treinar o chatbot? Muitos dos serviços que investiguei afirmam que não retêm o documento no seu armazenamento na nuvem, embora possa querer consultar as políticas de privacidade específicas do seu serviço preferido.

Embora a possibilidade de ter uma interação dinâmica com um documento possa ser uma verdadeira poupança de tempo, uma bibliotecária catalogadora indicou recentemente uma utilização específica para estas ferramentas. Descreveu uma coleção especial de relatórios na sua biblioteca que não tinha sido adequadamente catalogada e questionou se poderia utilizar uma ferramenta de IA generativa para criar registos de catalogação para o material. À medida que falávamos, apercebi-me de que estas ferramentas para criar documentos interativos podiam ser utilizadas de uma forma ainda mais poderosa, saltando a etapa de identificação de um documento específico e levando o utilizador diretamente para uma conversa com toda a coleção especial de uma só vez. Os metadados e a catalogação só levam o utilizador até certo ponto, e mesmo a pesquisa em texto integral nem sempre oferece um acesso significativo à informação certa que responde às necessidades do utilizador. A possibilidade de conversar com o conteúdo, fazendo-lhe perguntas que só podem ser respondidas através da análise e síntese de todo o conteúdo consultado, pode revolucionar a forma como fornecemos acesso à informação aos utilizadores.

Lembrei-me de quando fui apresentado ao HyperCard no final da década de 1980. Já nessa altura, esse programa de base de dados baseado em Mac permitia hiperligações dentro de um documento, bem como com outros documentos no mesmo computador. Nessa altura - quando a única forma de navegar no conteúdo da Internet era através de ferramentas simples como o Gopher, o FTP e o Telnet - tive dificuldade em compreender a ideia de como estas hiperligações iriam transformar a descoberta de informação, como os primeiros utilizadores prometiam. Parece que nos encontramos num ponto de inflexão semelhante com os documentos interativos. Temos acesso a novas ferramentas que nos permitem descobrir ideias e explorar dados de formas inovadoras e muito mais eficientes. Estamos apenas a começar a ver os casos de utilização desta tecnologia.

Uma das melhores formas de explorar as possibilidades dos documentos interactivos no seu contexto pode ser desenvolver uma plataforma de IA generativa para os seus utilizadores e ver o que eles conseguem fazer (e obter apoio para financiar uma ferramenta empresarial robusta na sua organização). Identifique alguns exemplos de relatórios ou outros documentos que seriam relevantes para os seus utilizadores e subscreva algumas das ferramentas para conversar com esses documentos. Pergunte aos seus utilizadores quais são os seus maiores obstáculos na procura e organização de informação e incentive-os a pensar de forma abrangente sobre onde estas novas ferramentas podem ser utilizadas para resolver os seus desafios de informação. Seja paciente; tal como eu demorei muito tempo a perceber o valor das hiperligações quando as vi pela primeira vez, os pesquisadores, investigadores e analistas vão demorar algum tempo a descobrir a melhor forma de incorporar documentos inteligentes no seu fluxo de trabalho de informação. Como profissionais da informação, podemos liderar esta conversa e defender ferramentas que possam transformar o panorama da informação.

 

O texto deste artigo foi traduzido e publicado com a autorização de InformationToday:

Bates M. (2023, 9 de novembro). Have You Chatted With Your Documents Lately? Computers in Libraries. https://www.infotoday.com/cilmag/nov23/Bates--Have-You-Chatted-With-Your-Documents-Lately.shtml

📷 Imagem de Chen por Pixabay

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A biblioteca como pilar da integridade da informação

15 de Janeiro de 2024, 09:30

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Na sequência do lançamento do Resumo de Políticas Information Integrity on Digital Platforms [link do artigo anterior] e, em parceria com a Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA), a Biblioteca Dag Hammarskjold da sede das Nações Unidas, Nova Yorque, organizou um encontro com bibliotecários, organizações de apoio às bibliotecas dos 5 continentes e membros da ONU, como a Subsecretária-Geral para Comunicações Globais, Melissa Fleming e a responsável pela integridade da informação, Charlotte Scratton.

O objetivo é “determinar onde e como as mais de 2,8 milhões de bibliotecas do mundo poderiam ajudar a alcançar os objetivos do futuro Código de Conduta para a Integridade da Informação” e reforçar a coerência e ambição [2].

O Relatório Preliminar do encontro, que serve de base a este artigo, apresenta 10 pontos de convergência que destacam “a biblioteca como infraestrutura-chave” para alcançar a integridade da informação pública e apresentam soluções concretas.

1. Ao destacar a importância do “acesso a informações exatas, coerentes e fiáveis” nas sociedades da informação atuais, Information Integrity on Digital Platforms preenche uma lacuna da Agenda 2030. Segundo Melissa Fleming, “um ecossistema de informação saudável não pode ser considerado um dado adquirido, mas precisa de atenção e investimento sustentados” e esta pode ser uma missão fundamental de todas as bibliotecas, ao enfatizarem a importância da informação e “ajudarem os utilizadores a utilizar a informação de forma eficaz e ética”.

2. “Precisamos de uma forte infraestrutura de instituições e pessoas que trabalhem para promover a integridade da informação nas comunidades” e as bibliotecas podem garantir esta oferta de forma personalizada. Intervenções exclusivamente a nível macro, por exemplo, ao nível das plataformas, podem ter efeitos prejudiciais.

3. Confiança na internet: “Não devemos tornar-nos negacionistas da Internet, mas sim procurar enfrentar os desafios que ela traz, de forma responsável e eficaz. Em alguns casos, tecnologias como a inteligência artificial podem ajudar a fornecer soluções […] A credibilidade na Internet exige transparência e regras eficazes, mas também utilizadores com competências e confiança”.

4. Só se pode garantir um ecossistema de informação saudável (healthy information ecosystem) – no qual há oportunidades “de acesso a informação exata, coerente e fiável” e em que estas são efetivamente acedidas pelos cidadãos - promovendo “uma prática científica ética”, o acesso livre e a ciência/educação, que “facilita a verificabilidade” e responde ao direito de cada um à informação.

5. Para promover um currículo completo (full curriculum) junto das crianças e jovens, “as bibliotecas são suportes naturais para os esforços de verificação de factos”, para aproximação à imprensa de qualidade – “bibliotecas e jornalistas são aliados naturais” - e desenvolvimento da argumentação.

6. As pessoas têm um sentido de curiosidade natural e uma necessidade de ter voz no espaço público. Quando têm medo da complexidade e incerteza existentes no mundo e aceitam ideias sem espírito crítico, “a desinformação e o discurso de ódio prosperam”. Ora, “Esta curiosidade é algo que se pode desenvolver através da exposição a um leque mais alargado de ideias e materiais desde tenra idade, por exemplo, através das bibliotecas”. É importante que esta curiosidade seja alimentada pelo “valor do jornalismo de qualidade, da ciência ética e da informação fiável”.

7. A IA (Inteligência Artificial) acrescenta “um novo nível de complexidade ao funcionamento da Internet e à forma como a experimentamos”, pelo que é fundamental a partilha de “experiência e conhecimentos sobre ética da informação na conceção de sistemas de IA” e “o desenvolvimento da literacia em IA entre os utilizadores da Internet de todas as idades - algo que as bibliotecas estão bem posicionadas para apoiar”.

8. As bibliotecas são “os atores de referência na promoção do respeito e do interesse por informação de qualidade”, promovendo “a verificação dos factos, ajudando estudantes, investigadores e profissionais a aprender a encontrar a informação correta e dando às pessoas as ferramentas para se manterem seguras na internet. A nível local, por exemplo, quando os governos municipais estão a tentar desenvolver a inclusão e os direitos digitais, a biblioteca é muitas vezes o principal ator”.

9. O Relatório Preliminar destaca ainda a necessidade de as bibliotecas contribuírem para promover a “compreensão da integridade da Informação e questões conexas em todas as partes do mundo”, o que exige a criação de instrumentos e materiais diversos, que tenham em contam culturas e necessidades diferentes da Europa e América do Norte, geografias nas quais esta investigação tem estado centrada. 

10. A eficácia de um ecossistema de informação saudável que garanta a integridade da Informação pública implica a colaboração de uma variedade de intervenientes e as bibliotecas têm esta capacidade de mobilização. Apoiam ainda o jornalismo e meios de comunicação independentes, criam oportunidades de verificação de factos, proporcionam acesso aberto e publicações científicas abertas e formam utilizadores de Internet confiantes e seguros, valorizando “uma informação exata, coerente e fiável”.

Concluindo, quando se pretendem implementar soluções de baixo para cima (bottom-up) que envolvam o maior número de pessoas, as bibliotecas escolares que trabalham no terreno com as crianças e jovens, têm um papel fundamental no combate à poluição da informação (information pollution) – informações falsas, enganosas, manipuladas [3] - que se dissemina muito mais rapidamente do que a proveniente de fontes fiáveis e corrói a confiança nas instituições democráticas, gera oposição às políticas públicas (climáticas, de inclusão social…) e violações aos direitos humanos e dificulta o alcance da Agenda 2030.

Referências

  1. Fleming, Melissa. (2023). Healing Our Troubled Information Ecosystem. https://melissa-fleming.medium.com/healing-our-troubled-information-ecosystem-cf2e9e8a4bed
  2. (2023). Pillars of Information Integrity. https://repository.ifla.org/handle/123456789/3136
  3. Oslo Governance Centre. (2023). Information Integrity. https://www.undp.org/policy-centre/oslo/information-integrity
  4. 📷 [1.]

 

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A Inteligência Artificial nas Bibliotecas Escolares: Um Contributo para o Desenvolvimento Digital das Escolas

10 de Janeiro de 2024, 09:00

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No primeiro artigo da série “A inteligência artificial (IA) nas bibliotecas escolares”, exploramos os desafios e oportunidades criados pela IA. Neste segundo artigo, vamos centrar-nos na crescente relevância que os Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas assumem atualmente e propor ações de integração da IA em contexto educativo, com o apoio da biblioteca. Estas ações são apenas sugestões que deverão ser adaptadas por cada agrupamento/ escola, com o apoio da biblioteca, tendo em conta a sua missão estratégica e o contexto específico em que se inserem.

 Integração da IA nos Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas

A integração da tecnologia em contexto educativo é uma prioridade para a Comissão Europeia (2020), em alinhamento com outros organismos internacionais (OCDE, 2023; UNESCO, 2023), reconhecendo-se a necessidade de preparar os alunos para uma sociedade cada vez mais influenciada pela tecnologia.

A nível europeu, o Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027) da Comissão Europeia (2020) pretende apoiar a adaptação dos sistemas de ensino à era digital, visando uma educação inclusiva e acessível na Europa. As questões relativas à utilização ética da IA e de dados no ensino e na aprendizagem não foi esquecida, sendo uma das vertentes deste plano.

Os Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas (PADDE) tornam-se, assim, instrumentos cruciais, não só para adaptar a escola à era digital, mas também para apoiar a integração eficaz da IA em contexto educativo.

A biblioteca escolar, enquanto centro de inovação e espaço cada vez mais híbrido, desempenha um papel crucial na (re)definição destes planos, podendo contribuir com ações estratégicas capazes de envolver toda a comunidade educativa na utilização da tecnologia, nomeadamente da IA.

A título de exemplo, apresentam-se algumas propostas de ação, para cada uma das três dimensões do PADDE, organizacional, pedagógica e tecnológica. Estas sugestões devem ser vistas como pontos de partida, que cada agrupamento/ escola deve adaptar às suas necessidades específicas, tendo em conta o seu contexto, visão e objetivos.

I. Dimensão Organizacional

A biblioteca escolar assume um papel crucial na integração efetiva da IA na esfera organizacional. A direção e as estruturas intermédias, entre as quais se integra a biblioteca, devem refletir sobre os desafios criados pela IA, tomando decisões sobre a sua utilização em contexto escolar, tendo em conta as orientações nacionais e internacionais, bem como os objetivos do Projeto Educativo e de outros documentos de referência do agrupamento/ escola.

Neste âmbito, sugerem-se as seguintes ações:

  1. Criar um grupo de trabalho para a IA

Este grupo de trabalho deve ser composto por representantes da biblioteca, da direção e de outros departamentos da escola. O objetivo deste grupo é coordenar a implementação da IA na escola e garantir que a sua utilização esteja alinhada com os objetivos da escola e com as recomendações nacionais e internacionais.

  1. Desenvolver um plano estratégico para a utilização da IA

Este plano deve estabelecer os objetivos do agrupamento/ escola para a utilização da IA e as ações a serem implementadas para alcançar esses objetivos. O plano deve ser desenvolvido com a participação de todos os stakeholders, incluindo o(s) professor(e)s bibliotecário(s).

  1. Monitorizar o impacto da IA

É importante monitorizar o impacto da IA no agrupamento/ escola, para garantir que está a ser utilizada de forma eficaz e responsável. A monitorização pode ser feita através da análise de dados, como por exemplo, os resultados dos alunos, as opiniões dos professores e dos alunos e o feedback dos diferentes stakeholders.

II. Dimensão Pedagógica

A biblioteca escolar posiciona-se como agente transformador, impulsionando a excelência no ensino e na aprendizagem e, por isso, desempenha um papel crucial na integração da IA em contexto escolar. Ao adotar a IA, as bibliotecas escolares criam um ambiente dinâmico e inovador que apoia a participação ativa dos alunos e a personalização das experiências de aprendizagem. Contudo, é fundamental garantir os princípios éticos na utilização da IA, preservando a privacidade e segurança dos dados.

Relativamente à dimensão pedagógica, sugerem-se as seguintes ações:

  1. Criar um repositório de recursos educativos

A criação de um repositório abrangente de recursos educativos (jogos, aplicações, vídeos e outros materiais que explorem as potencialidades da IA para a aprendizagem) facilita a sua utilização, promovendo a integração dessas ferramentas inovadoras em contexto educativo e fomentando a colaboração entre os professores.

  1. Apoiar os professores na utilização da IA

A biblioteca pode organizar cursos e oficinas de formação para apoiar os professores na utilização da IA em contexto de sala de aula. Poderá, também, criar pequenos tutoriais, para a utilização de diferentes ferramentas.

  1. Desenvolver atividades de aprendizagem com recurso à IA

A biblioteca pode desenvolver atividades de aprendizagem com recurso à IA, adaptadas às necessidades individuais de cada aluno, para promover a aprendizagem personalizada. Estas atividades podem ser utilizadas para apoiar a aprendizagem em diferentes áreas curriculares, mas também no âmbito das diferentes literacias.

  1. Criar programas de tutoria personalizados

A criação de programas de tutoria personalizados baseados em IA pode ser bastante útil para apoiar alunos com necessidades educativas. A IA pode ser utilizada para adaptar a tutoria às necessidades individuais de cada aluno, fornecendo feedback personalizado, identificando áreas de dificuldade e oferecendo estratégias de aprendizagem adaptadas.

  1. Criar programas de formação para alunos sobre o uso ético da IA

As bibliotecas escolares devem promover a literacia mediática dos alunos e uma compreensão ética do uso da IA, podendo fazê-lo através de atividades de aprendizagem e de formação. Os programas de formação podem incluir sessões, debates e projetos de investigação sobre os desafios éticos do uso da IA. Estes programas podem ajudar os alunos a desenvolverem uma compreensão crítica da IA e a utilizarem a tecnologia de forma consciente e responsável.

III. Dimensão Tecnológica

É necessário garantir uma infraestrutura tecnológica adequada e estabelecer políticas de segurança robustas, assegurando a conformidade com leis e regulamentos de privacidade de dados. Para tal, sugere-se a elaboração de um plano de gestão de risco que considere as implicações éticas associadas à implementação da IA na escola. A biblioteca escolar pode desempenhar um papel fundamental no apoio à elaboração deste plano, promovendo uma abordagem ética e segura na integração da IA em contexto educativo.

 

A biblioteca escolar, como centro dinâmico de recursos e conhecimento, desempenha um papel crucial no apoio ao desenvolvimento digital das escolas. Ao alinhar estrategicamente a integração da IA com os objetivos da biblioteca e da escola, os professores bibliotecários têm uma oportunidade única de liderar iniciativas que impulsionam a inovação. Através da colaboração, formação contínua e exploração responsável da IA, as bibliotecas escolares podem não apenas transformar-se em centros de aprendizagem digital, mas também capacitar alunos e professores para enfrentar os desafios de uma sociedade cada vez mais digitalizada.

Referências

  1. Comissão Europeia. (2020). Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027). https://education.ec.europa.eu/pt-pt/focus-topics/digital-education/action-plan
  2. OECD Education International. (2023). Opportunities, Guidelines and Guardrails on Effective and Equitable Use of AI in Education. https://bit.ly/41Kod1V
  3. (2023). Inteligencia Artificial¿ Necesitamos una nueva educación?https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000386262
  4. 📷 Imagem criada com IA – Designer 

 Dossier Inteligência Artificial:
Consulte os vários artigos sobre esta temática que têm vido a ser publicados no blogue RBE.

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10 herramientas increíbles de Inteligencia Artificial para docentes

Por Manu Velasco — 13 de Dezembro de 2023, 11:31

Aquí os dejo 10 herramientas de Inteligencia Artificial sencillas y útiles para nuestra práctica educativa. Con una de ellas, he creado en segundos la imagen de este artículo. ¡Vamos a allá!

1. ChatGPT - 31 ejemplos prácticos de cómo utilizar la ChatGPT en educación.

2. Magic School - Ofrece multitud de herramientas mágicas para generar en un abrir y cerrar de ojos todo lo que te puedas imaginar: evaluaciones de opción múltiple, comentarios para los boletines de notas, rúbricas, reescritura de textos, planes de lecciones, retroalimentación del trabajo de los alumnos, preguntas para vídeos de YouTube, chistes para maestros, contenido académico, preguntas dependientes de un texto, texto informativo, canciones, PEI (Programa de Educación Individualizado), problemas matemáticos, comunicación por correo en varios idiomas, nivelación de texto, traducción de texto, resumen de texto, desglose de estándares, repaso en espiral de Matemáticas, correo electrónico profesional, corrección de texto, preguntas DOK, lecciones de aprendizaje socioemocional, tablero de elección (UDL), respuesta de correo electrónico, trabajo en grupo, plan de unidad, inicio de oraciones, frase del día, resumen vídeos, Aprendizaje Basado en Proyectos, sugerencias de intervención de comportamiento, historias sociales, sugerencias de regalos, carta de recomendación, lista de vocabulario basada en temas, observación del profesor, notas de agradecimiento, Team Building, práctica deportiva, ideas relevantes para enseñar, laboratorio de ciencias, asignador de tareas, explicaciones de conceptos complejos, análisis de texto, mapas conceptuales, pruebas de lectura, programas de estudio, etc.

3. Suno.ai - Crea canciones personalizadas a partir de tus peticiones, sin derechos de autor y con distintos estilos y voces.

4. Slidesgo - Podrás crear presentaciones de manera muy sencilla y rápida. Solo tienes que escribir el tema de tu presentación y la herramienta lo creará.

5. Typpo - Nos permite crear vídeos fantásticos a partir de un simple audio.

6. Canva - Cuenta con su estudio mágico. En él nos ofrece la posibilidad de crear imágenes, presentaciones, textos, vídeos y todo lo que necesitemos a partir de la Inteligencia Artificial. Además, tiene vinculadas aplicaciones dentro de su plataforma para sacar el mayor provecho posible a la Inteligencia Artificial. Entre ellas: DALL-E, Murf AI, AiVOOV, Colorize, Soundraw, Mojo, Hello Qart, HeyGen, Multimedia mágico, Neiro, Enhancer, etc.

7. Educaplay - Con esta herramienta podemos crear actividades y juegos interactivos con Inteligencia Artificial gracias a su asistente Ray.

8. Yippity - Es una herramienta de inteligencia artificial que convierte texto en preguntas y respuestas para crear cuestionarios y tarjetas de estudio.

9. Sendsteps - Es una herramienta de creación de presentaciones de IA que se encarga del contenido, del diseño y de la interactividad.

10. Diffit - Genera contenido y materiales para nuestras clases a partir de un texto, un enlace, un vídeo o un documento.

Además, puede que te interesen también estas 18 herramientas de IA que te sorprenderán.


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IFLA: Resposta estratégica de biblioteca à Inteligência Artificial

12 de Dezembro de 2023, 08:00

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1. Enquadramento

A 20 de novembro o AI SIG (Artificial Intelligence Special Interest Group/ Grupo Especial de Interesse em Inteligência Artificial) da IFLA publicou um documento de trabalho que pretende “apoiar a tomada de decisões locais sobre IA”, Desenvolvendo uma resposta estratégica de biblioteca à Inteligência Artificial [1], que está aberto a comentários e sugestões feitas no formulário disponível na fonte.

Resultou de um encontro presencial na Escola de Informação da Universidade de Sheffield, Inglaterra, focado na questão: “Inteligência Artificial: Onde é que ela se encaixa na sua estratégia de biblioteca?”. Neste os participantes, incluindo os que aderiram através da internet (até 250), apresentaram os seus pontos de vista [2].

O presente artigo baseia-se nestes dois documentos, sendo que o segundo inclui PowerPoint do encontro [3]. São todos de Andrew Cox, coordenador do IFLA AI SIG e professor na Universidade de Sheffield.

2. Questões de informação e éticas

O documento [1] refere uma série de ameaças de modelos de IA, como o Chat GPT, das quais se destacam cinco:

  • Criação descontrolada de notícias falsas, para manipular e polarizar a opinião pública, espalhar desinformação e minar a democracia, ou mesmo incitar à violência”;

  • Violação de “direitos autorais ao usar texto e dados sem permissão (Dreben, 2023). Poucos provedores de LLM disponibilizaram abertamente detalhes dos dados de treino” (opacidade) - LLM (Large Language Model) corresponde ao uso de técnicas de aprendizagem profunda e de dados de grande dimensão (big data);

  • Violação de dados pessoais (privacidade) e aumento da vigilância das grandes tecnológicas;

  • Impactos ambientais significativos, é o novo petróleo também pela sua pegada ambiental;

  • Agravamento das divisões digitais e sociais.

Quais são os riscos potenciais da IA e como é que a biblioteca – inclusive a sua, local - pode contribuir para mitiga-los é uma das questões do documento [1], que, a partir de uma análise SWOT explora as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da IA para as bibliotecas.

No âmbito das fraquezas há duas que importa destacar:

  • Ainda não existem ferramentas de IA para bibliotecas;

  • “IA impulsionada pelas Big Tech muitas vezes entram em conflito com os valores fundamentais da biblioteca, como a proteção da privacidade, a remoção de preconceitos, o acesso para todos e o livre acesso” e com as questões do poder político, da democracia ameaçada pelas grandes empresas privadas de tecnologias.

No âmbito das oportunidades, para além das apresentadas infra, colaborar com cientistas de dados.

 3. Qual o impacto de IA nas bibliotecas?

“As bibliotecas adotarão a IA de formas que se alinhem com as funções existentes” e tornando as suas coleções mais acessíveis.

Pode “mudar o trabalho diário de conhecimento, por exemplo, através da tradução, do resumo e da geração de texto” e de “ferramentas como ResearchRabbit, Scite, Elicit e Openread que realizam tarefas de apoio à revisão de literatura”, relacionando artigos de forma personalizada.

Pode mudar o funcionamento da biblioteca através da introdução de sistemas de biblioteca backend que permite ao administrador da biblioteca gerir utilizadores, livros, requisições e devoluções de forma simplificada e à distância – e.g. RPA (Robotic Process Automation) para processar dados bibliográficos. Também ao nível do marketing é possível adaptação de “textos às necessidades de públicos específicos”. Junto aos utilizadores, chatbots podem responder a pedidos de consulta e a dúvidas, recolher e tratar os seus dados e apoia-los em tarefas de rotina, bem como prever padrões do seu comportamento e apoiar decisões do bibliotecário. O artigo refere bibliotecas que já existem em que robôs fazem o inventário e aplicam o Sistema Automatizado de Armazenamento e Recuperação (ASRS) de recursos, através de prateleiras inteligentes e automatizadas - que poderiam existir no subsolo da biblioteca – e que entregam documentos ao utilizador sob pedido.

Estas novas valências melhoram a eficiência da biblioteca ou tornam-na irrelevante?

Na “Tabela 1. Impactos da IA nas operações da biblioteca” e na “Tabela 2. Serviços de IA” é especificada a previsão das principais mudanças na gestão e serviços da biblioteca [1].

4. Que competências são necessárias para interagir com IA?

A apresentação [3] evoca o conceito de Competências de Fusão/ Fusion Skills (Daugherty & Wilson, 2018) que remete para o carater holístico da aprendizagem:

“As competências de fusão combinam [numa mesma aprendizagem] educação, artes, design, tecnologia e negócios, refletindo a forma como a vida é transformada pela fusão destas disciplinas, gerando oportunidades para novas aprendizagens, negócios, produtos e serviços” e é “sobretudo orientada para o processo” (Find Fusion, 2023) [4]. Neste contexto, o importante é trabalhar em colaboração com IA: 1. Treinando-a; 2. Delegando tarefas ou explicando os resultados a atingir; 3. Apoiando a sua utilização responsável para não prejudicar os humanos (Wilson & Daugherty, 2018) [5].

A “interrogação inteligente - Saber qual a melhor forma de fazer perguntas à IA, em todos os níveis de abstração, para obter as informações de que necessitamos”, tal como a “capacitação baseada em bots” e a “rehumanização do tempo - A capacidade de aumentar o tempo disponível para tarefas claramente humanas, como interações interpessoais, criatividade e tomada de decisões” são algumas das competências de fusão, mencionadas na apresentação (Daugherty & Wilson, 2018) [3].

Esta nova abordagem reformula o quadro de 10 competências para prosperar na Quarta Revolução Industrial proposto, em 2016, pelo Fórum Económico Mundial:

“1. Resolução de problemas complexos; 2. Pensamento crítico; 3. Criatividade; 4. Gestão de pessoas; 5. Coordenação com os outros; 6. Inteligência emocional; 7. Julgamento e tomada de decisões; 8. Orientação para o serviço; 9. Negociação; 10. Flexibilidade cognitiva” [6].

Este quadro resultou da consulta a diretores de recursos humanos e principais empregadores globais e foi publicado no relatório, O Futuro do Emprego apresentado neste Fórum. Dedicado à Quarta Revolução Industrial, vaticinava: “Daqui a cinco anos, mais de um terço das competências (35%) consideradas importantes na força de trabalho atual terão mudado” [6].

Em Portugal, O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória responde às competências exigidas no mundo atual?

5. Literacias de IA

De acordo com as conclusões da apresentação [3], profissionais da informação podem desempenhar as seguintes tarefas:

  • Escrever código (programador);

  • Criar e gerir dados usados no processo de aprendizagem de IA (gestor de IA);

  • Trabalhar com RPA (Robotic Process Automation/ Automação Robótica de Processos), interagindo e resolvendo, na retaguarda, incidentes de tarefas automatizadas com IA (assistente de IA);

  • Criar comunidades de IA e educar com/ para IA, na qualidade de formador, tarefa que pode ser partilhada com a biblioteca [2].

A literacia em IA faz parte da literacia da informação e media e “é a compreensão da IA em qualquer uma das suas manifestações, envolvendo a capacidade de ‘avaliar criticamente as tecnologias de IA; comunicar e colaborar de forma eficaz com IA; e usar a IA como ferramenta online, em casa e no local de trabalho’ (Long e Magerko, 2020)” [1]. Segundo o documento “literacia em IA passou rapidamente para o primeiro plano” [1] e deve estender-se à equipa e funcionários da biblioteca e utilizadores. Complementarmente, também é importante conhecer as perceções e o modo como os utilizadores usam IA, para além de desenvolver estudos sobre boas práticas.

O documento propõe que a IA seja desenvolvida de forma participativa, por todas as partes interessadas, inclusive com a colaboração da biblioteca e dos cidadãos [1].

 6. Modelo de pesquisa

IA generativa, como o Chat GPT, permite, de forma personalizada, redigir textos (ensaio, poema, candidatura de emprego/ projeto) em várias línguas, responder a perguntas, escrever código de um programa informático, criar imagens, resolver problemas de matemática e responde simulando conversas humanas.

Com base nele, Cox inquire se abre “Um novo paradigma de pesquisa?”, por frases ou instruções/ prompts em linguagem natural, diverso do da biblioteca (por palavras-chave: assunto, título, cota, coleção, autor, etc.).

Qual será o modelo de pesquisa da biblioteca inteligente?

Como pode a biblioteca tradicional adaptar-se a este novo modelo?

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 Referências

[1]. Cox, A. (2023, 20 Nov.). Developing a library strategic response to Artificial Intelligence. https://www.ifla.org/developing-a-library-strategic-response-to-artificial-intelligence/

[2]. Cox, A. (2023, Apr.). Library strategy and Artificial Intelligence. https://nationalcentreforai.jiscinvolve.org/wp/2023/06/05/library-strategy-and-artificial-intelligence/

[3]. Cox, A. (2023, Apr.). Artificial Intelligence: Where does it fit into your library strategy? https://drive.google.com/file/d/1uAvlt0Ucdcg8eQqNN5f0OXF1xHGpg_MF/view

[4]. Find Fusion. (2023). Fusion skills essential to success in the 21st century. https://www.culturesummit.com/fusion-skills-essential-to-success-in-the-21st-century/

[5]. Wilson, J. & Daugherty, P.. (2018). Collaborative Intelligence: Humans and AI Are Joining Forces. https://hbr.org/2018/07/collaborative-intelligence-humans-and-ai-are-joining-forces

[6]. World Economic Forum. (2016). The 10 skills you need to thrive in the Fourth Industrial Revolution. https://www.weforum.org/agenda/2016/01/the-10-skills-you-need-to-thrive-in-the-fourth-industri[1]al-revolution/

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A inteligência artificial nas bibliotecas escolares: desafios e oportunidades

7 de Dezembro de 2023, 09:00

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A utilização da inteligência artificial (IA) no nosso dia-a-dia é incontornável, mesmo que muitas vezes passe despercebida. Desde a personalização dos feeds das redes sociais, até aos assistentes virtuais como a Siri e a Alexa, a IA está, cada vez mais, presente na nossa vida. As plataformas de streaming recomendam-nos conteúdos com base em algoritmos de aprendizagem automática, enquanto as empresas de comércio eletrónico utilizam a IA para antecipar tendências de consumo. A tradução automática, os assistentes de voz que controlam dispositivos inteligentes nas nossas casas, o reconhecimento facial ou os chatbots de atendimento ao cliente são exemplos de como a tecnologia molda, muitas vezes impercetivelmente, a forma como vivemos e interagimos diariamente.

“Os especialistas são unânimes: a humanidade está no limiar de uma nova era. A Inteligência Artificial transformará as nossas vidas de uma maneira que não podemos imaginar” (Azoulay, 2018, p. 36).

Estas questões têm vindo a integrar as agendas dos diferentes organismos internacionais, nomeadamente a Comissão Europeia, a UNESCO e a OCDE, que procuram regular a utilização da IA e encontrar pontos de equilíbrio, assegurando a transparência, a responsabilidade e o respeito pelos direitos fundamentais no desenvolvimento e uso da inteligência artificial.

A educação também será fortemente abalada. “A AI no domínio da educação já não pertence a um futuro distante. Já está a mudar a forma como as escolas, as universidades e os educadores trabalham, bem como a forma como os nossos filhos aprendem” (Comissão Europeia, 2022, p. 6). Torna-se, por isso, crucial assegurar que a inteligência artificial promova uma educação de alta qualidade e oportunidades de aprendizagem acessíveis a todos, independentemente de género, deficiência, posição social ou económica, origem étnica ou cultural, ou localização geográfica (UNESCO, 2019).

Também as bibliotecas, um pouco por todo o mundo, discutem estas questões, tendo sido publicado pela IFLA (International Federation of Library Associations and Institutions[1]) um documento de trabalho que aponta para a necessidade de responder de forma estratégica aos desafios colocados pela IA. O texto está organizado em torno de um conjunto de questões que visam estimular a reflexão e a ação dos responsáveis pelas bibliotecas (IFLA, 2023).

A Rede de Bibliotecas Escolares, ciente da importância que esta temática assume nas escolas, publica o primeiro de uma série de artigos que abordam a inteligência artificial (IA) e as suas implicações para as bibliotecas escolares. O objetivo destes artigos é proporcionar uma visão geral e atualizada sobre a IA e as suas possibilidades para as bibliotecas escolares, bem como apresentar orientações práticas para quem deseja iniciar ou aprofundar o uso desta tecnologia. Esta utilização deve ser precedida de uma reflexão alargada, que será discutida nos próximos artigos:

  • Como é que a IA se adequa à estratégia da biblioteca escolar, sobretudo tendo em conta o alinhamento à missão do Agrupamento de Escolas / Escola não Agrupada?

  • Como criar uma resposta estratégica aos desafios colocados pela IA à aprendizagem, sobretudo num contexto em que os alunos já estão a utilizar ferramentas com IA?

  • Como utilizar a IA para personalizar os percursos formativos dos alunos, adaptando-os às suas necessidades individuais?

  • Como se devem preparar os professores bibliotecários e as equipas das bibliotecas  para uma utilização eficaz da IA?

  • Como tirar partido da IA para melhorar os serviços e recursos disponibilizados pela biblioteca?

  • Que questões éticas, legais e pedagógicas a IA levanta às bibliotecas escolares e como assegurar a transparência e a equidade?

A inteligência artificial poderá ter um impacto nos serviços prestados pela biblioteca escolar, tornando-os mais eficazes e inclusivos. Para isso, é necessário implementar algumas mudanças, como por exemplo:

  • a criação de espaços físicos e digitais inteligentes, com a automação de alguns processos;
  • novas formas de interação com os utilizadores;
  • novos formatos de apoio e formação.

O compromisso dos professores bibliotecários com o desenvolvimento profissional contínuo implica disponibilidade para acompanhar estas mudanças, isto é compreender o funcionamento dos algoritmos de IA, saber tirar partido das ferramentas disponíveis e ter uma atitude aberta em relação à aprendizagem e à inovação, adotando uma postura proativa. “O desafio não é proibir a IA, mas sim sermos melhores do que ela. Analisá-la, avaliá-la. E realizar aquilo que a IA não pode fazer” (UNESCO, 2023, p.38).

É fundamental colaborar com os utilizadores, alunos e professores, para compreender como estão a utilizar a IA e para que propósitos. Para além disso, a colaboração com outros profissionais, incluindo especialistas na área, é essencial para o sucesso deste cenário em constante evolução nas bibliotecas escolares.

Referências

  1. Azoulay. A. (2018, julho-setembro). Aproveitando o melhor da IA . O Correio da UNESCO, 3, 36-39. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000265211_por
  2. Comissão Europeia. (2022). Orientações éticas para educadores sobre a utilização de inteligência artificial (IA) e de dados no ensino e na aprendizagemhttps://data.europa.eu/doi/10.2766/07
  3. IFLA. (2023). Developing a library strategic response to Artificial Intelligence. https://www.ifla.org/developing-a-library-strategic-response-to-artificial-intelligence/
  4. UNESCO. (2019). Consenso de Beijing Consensus sobre a inteligência artificial e a educaçãohttps://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000372249
  5. UNESCO. (2023). Inteligencia Artificial¿ Necesitamos una nueva educación?  https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000386262

 Para saber mais:

[1] Para mais informações sobre a posição da IFLA a propósito da IA, consultar https://blogue.rbe.mec.pt/ifla-declaracao-sobre-bibliotecas-e-ia-2778509

Consulte também os vários artigos sobre a temática que têm vido a ser publicados no blogue RBE.

 

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La Entrevista que no fue…

Por ergonomic — 3 de Dezembro de 2023, 15:21

A veces las invitaciones a una entrevista tienen destinos inesperados, esta es una de esas. La comparto aquí en caso que pueda ser de interés…

1. ¿Cómo imagina las salas de clases en 20 años más? ¿Qué cree que se mantendrá del modelo actual y qué imagina como diferente?

Todo depende de a quién se le pregunte. En los años en que se expandía el uso de iPhone (2008) un prestigioso instituto de investigación europeo pronosticaba que ,“En el año 2015 la mitad de los estudiantes de secundaria han optado por salir del sistema obligatorio. En 2020 las viejas aulas de las escuelas son sólo un vestigio histórico.” La evidencia nos mostró que la historia fue muy diferente. En educación las cosas cambian lento. No me extrañaría que en 20 años haya muchas aulas que sigan funcionando con pizarra, tiza y libro de texto y un profesor adelante dictando la clase. Evidentemente uno espera cambios de índole tecnológico, pero por sobre todo de orden pedagógico. Aún está por verse, pero la pregunta que uno se hace es si la tecnología educativa no terminará siendo usada principalmente por aquellos que no tienen el privilegio de contar con un buen profesor. En otras palabras, el acompañamiento docente seguirá siendo la educación de excelencia para aquellos que tengan los medios.

fuente: [IPTS 2008] Miller, R. et al. School’s Over: Learning Spaces in Europe in 2020: An Imagining Exercise of the Future of Learning, JRC Technical Report, IPTS 2008. https://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/handle/JRC47412

2. ¿Qué políticas cree que se requieren para apoyar el uso efectivo de las TIC en educación?

Las tecnologías en la educación, durante las últimas décadas (y mucho más durante y postpandemia), nos ofrecen un panorama mixto. En primer lugar, políticas TIC en educación sin un fuerte componente de inclusión (reducción de brechas) suelen terminar ampliando inequidades. En segundo lugar, las evidencias en las investigaciones no suelen ser concluyentes. Las investigaciones nos indican que bajo ciertas condiciones podemos identificar algunas mejoras en el aprendizaje. El impacto suele tener que ver menos con las tecnologías y más con las condiciones habilitantes (ej. niveles de acceso, formación docente, acompañamiento, bienestar socio emocional, motivación, etc.). En tercer lugar, las TICs no son una vacuna contra las deficiencias educativas. Un buen profesor puede ser más efectivo en la enseñanza con el uso apropiado de TIC. Pero un profesor de bajo desempeño difícilmente mejorará únicamente por contar con TICs. Se requieren políticas de largo plazo, con objetivos realistas y basados en evidencia, que aseguren las condiciones habilitantes y que nivelen las asimetrías. Pero por, sobre todo, cuando la incorporación de la tecnología está al servicio de una propuesta pedagógica (y no al revés).

3. ¿Cómo evalúa las actuales competencias digitales de los escolares de Latinoamérica? ¿Y de sus profesores?

Las competencias digitales son fundamentales, pero no suficientes. Sin habilidades de lecto-escritura, matemáticas, pensamiento crítico y socio-emocionales, las competencias digitales son meramente instrumentales y con ello no alcanza.

Las competencias digitales no se limitan únicamente a saber utilizar un dispositivo o programa. También tienen que ver con selección de información, administración de la identidad, privacidad, etc. Estas habilidades digitales son importantes para aprender, para trabajar y para vivir en sociedad. Tengo la impresión de que en la región no se aplican sistemáticamente mediciones o evaluaciones de estas habilidades. Sin medición es difícil diseñar acciones de mejora. En Europa, por ejemplo, donde sí cuentan con estas evaluaciones aplicadas regularmente, existe la iniciativa “Década Digital” que tiene como objetivo garantizar que al menos el 80% de los adultos posean habilidades digitales básicas, y planean tener 20 millones de especialistas en TIC empleados en la UE para 2030. Esas políticas se sustentan en la posibilidad de hacer mediciones regulares a nivel nacional y regional de estas habilidades digitales.

fuente: https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/ip_23_2246

4. ¿Qué tan presente está el concepto de pensamiento computacional en los establecimientos educativos?

Quizá el país más vanguardista en la región es Uruguay, que implementó un transformador programa de Pensamiento Computacional a nivel nacional. Este incluye un sólido plan de estudios, acceso a laboratorios en las escuelas públicas, permanentes torneos nacionales e internacionales, programas de formación docente presencial y remoto, mecanismos de incentivo y equipamiento tecnológico (y conectividad) de primer nivel. Ahí, el pensamiento computacional no es una asignatura, sino que es una forma de pensar (y de resolver problemas complejos) que se aplica en diferentes materias y contenidos curriculares de cada nivel (tanto dentro como fuera del aula). Cuando hay una buena base de pensamiento computacional esto sirve para entender sobre inteligencia artificial pero también para materias que no tienen nada que ver con informática. Es una herramienta para pensar.

fuente: http://pensamientocomputacional.ceibal.edu.uy/


5. Muchos profesores y apoderados temen al efecto nocivo que puede tener el uso de pantallas. ¿Qué piensa usted al respecto?

Todo en exceso hace mal. Yo comparto el mensaje del último Reporte GEM 2023 de UNESCO. “Necesitamos enseñar a los niños a vivir con y sin tecnología”. Una parte del desarrollo cognitivo debe ser sensorial y experiencial, no tras una pantalla. Aunque las tecnologías pueden acercarnos a los que están lejos un mal uso puede también alejarnos a los que están cerca. En mi libro “Acepto las Condiciones: Usos y abusos de las tecnologías digitales” analizo este tema en profundidad. Aquí hay una oportunidad, escapar de las visiones utópicas y distópicas de las tecnologías e involucrarse y comprender cuál es la “dieta cognitiva” que consumen los chicos. Más que imponer un tiempo en pantalla, quizá es preferible que apoderados (y profesores) destinen el tiempo necesario para hablar con sus hijos sobre cómo utilizan el tiempo que están en pantalla ¿qué gusta y qué no? Las investigaciones nos indican que será el capital social y cultural (el hogar) lo que al final del día hará la diferencia. Es evidente que el exceso de información consume nuestra atención. Aprender a administrar y cuidar nuestra atención es un recurso clave.

más información: https://www.cristobalcobo.net/publicaciones


6. Durante su presentación en el Congreso Futuro 2020, usted planteó que ante un futuro cada vez más digital, lo que nos diferenciará de las máquinas será no solo conocer, sino comprender. ¿Qué supone esto en la práctica? (ver nota CNN)

Hoy vivimos en un mundo donde lo fácil es encontrar, pero lo difícil es saber buscar. Vivimos en una sociedad desbordada de información, donde tenemos acceso a un sinfín de contenidos, por tanto “conocer” es más superficial y requiere mínimo esfuerzo. En el contexto digital, una parte importante de las cosas que conocemos lo hacemos mediados por una pantalla (también llamado conocimiento de “segunda mano”). La inteligencia artificial “conoce” (o está entrenada con) muchos más datos que los que puede retener una persona. Lo que (por ahora) nos distingue de las máquinas es nuestra capacidad de “comprender”. Si formamos personas que simplemente “conocen” existe el riesgo de que muchas de sus habilidades puedan ser desplazadas o reemplazadas por una inteligencia artificial con acceso a grandes registros de información. En cambio, cuando las personas comprendemos algo lo experimentamos y lo cuestionamos, cuando lo conectamos con otras experiencias o saberes o cuando lo podemos enseñar a otros. Comprender, por tanto, es un acto más profundo (adquirido más lentamente pero que resulta más duradero) que simplemente conocer. En términos concretos, en la educación quizá habríamos de pensar en planes curriculares que pongan no tanto énfasis en enfoques enciclopédicos centrados a “conocer” muchos temas, y más en “comprender” por qué ocurren las cosas y cuáles son sus implicancias a corto y largo plazo.

cross- post.
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Como criar seu “próprio” ChatGPT; veja passo a passo

Por Marcelo Valladão — 13 de Dezembro de 2023, 22:20

A inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais acessível, e uma maneira interessante de começar é usando o ChatGPT da OpenAI. Neste tutorial, você verá o processo de criar sua própria IA usando o ChatGPT, permitindo que você explore a capacidade de geração de linguagem deste modelo avançado. Também vamos apresentar a opção da IA com o Bing.

A verdade é que os limites do ChatGPT parecem que a cada dia ficam menores, mas vale ressaltar que há uma boa diferença entre usar a versão gratuita da versão plus, com customizações testadas e que podem apresentar uma melhora significativa em seus projetos.

Leia Mais:

Você pode utilizar a IA para muitas tarefas como escrever um texto, definindo o tema, o tamanho, entre outros atributos, bem como para produzir imagens fictícias para ilustrações diversas, ou muitas outras aplicações. Claro, se você for programador poderá tirar ainda mais proveito da ferramenta, mas não se preocupe, ela é acessível mesmo para quem não conhece programação.

Vamos começar mostrando como você pode fazer uma conta no ChatGPT da OpenAI e utilizar para desenvolver sua própria versão da ferramenta:

  1. Acesse o site e crie sua conta.

    Acesse o site e crie sua conta, caso ainda não tenha uma.

  2. Obenha as chaves de API

    Depois de criar a conta, vá ao menu à esquerda e clique em chaves de API para criar as mesmas (Você deverá antes disso, ter cadastrado um celular e confirmado o número ao criar sua conta)

  3. Você pode, aqui, criar seu primeiro Chat e já começar a utilizar a ferramenta

    Por exemplo, você já pode criar o seu primeiro “assistente” para lhe ajudar com tarefas simples

  4. Nomear Assistente

    Na tela seguinte você pode dar um nome para sue assistente e também criar instruções, além de definir os modelos, atribuições e funções para ele.

  5. Outro exemplo – Programando o ChatGPT

    Caso você queira testar alguma programação em Python, por exemplo, você deve antes preparar o ambiente, instalando a biblioteca OpenAI Python com o comando pip install openai. Mas, para isso, antes é preciso estar com o programa Python instalado, como no exemplo de instalação abaixo (Windows), mas ele também pode ser instalado no iOS:

  6. Programação

    Feito isso, você pode configurar as credenciais API no script:
    openai.api_key = (sua chave api aqui)

    Faça depois uma chamada à API paar obter uma resposta do ChatGPT:
    response = openai.Completion.create(
    engine=’’text-davinci-003’’,
    prompt=’’escreva aqui a sua pergunta ou frase para o ChatGPT.’’,
    max_tokens=100)

    E por último, personalizar a saída, ajustando os parâmetros como “temperature” para controlar a aleatoriedade das respostas. E ‘max_tokens’ para limitar o comprimento da resposta.

Parabéns! Agora você tem sua própria IA usando o ChatGPT da OpenAI. Este é apenas um ponto de partida; sinta-se à vontade para explorar mais configurações e possibilidades para personalizar sua IA de acordo com suas necessidades.

Lembre-se sempre de revisar a documentação oficial da OpenAI para obter informações mais detalhadas sobre a API e suas funcionalidades.

Use o ChatGPT 4 – Bing AI, de forma gratuita

É possível utilizar a Inteligência Artificial com o ChatGPT 4 por meio do Bing, e o que é melhor é que essa forma é gratuita. Nessa plataforma, você pode criar imagens incríveis dando apenas as diretrizes gerais. Entrando na loja do seu smartphone, você pode baixar o aplicativo:

(Imagem: Reprodução)

Depois de instalar o App, você poderá utilizar o ChatGPT 4

Imagem inicial no App (Reprodução)

Com o acesso ao Bing, você pode usar todo o potencial da IA para encontrar os resultados que você precisa.

(Imagem: Reprodução)

Clicando em “Usar o GPT-4”, você poderá enviar a pergunta para obter as respostas que você procura:

(Imagem: Reprodução)

A Inteligência Artificial pode ajudar tanto nas tarefas cotidianas, quanto nos projetos profissionais, pesquisas acadêmicas, entre outras aplicações. Apresentamos aqui duas alternativas para que você possa começar a explorar essa facilidade.

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ChatGPT poderá citar notícias em respostas graças a novo acordo

Por Pedro Spadoni — 13 de Dezembro de 2023, 21:11

A OpenAI e a Axel Springer, uma importante editora global de notícias, anunciaram um acordo inédito que permitirá ao ChatGPT resumir notícias de veículos de comunicação consagrados, como Politico e Business Insider.

Para quem tem pressa:

  • Parceria OpenAI e Axel Springer: OpenAI e Axel Springer, uma grande editora de notícias global, anunciaram uma colaboração para que o ChatGPT possa resumir notícias de veículos como Politico e Business Insider;
  • Conteúdo de Notícias como Dados de Treinamento: A Axel Springer fornecerá conteúdo de suas marcas de mídia, incluindo conteúdos exclusivos para assinantes, para serem usados como dados de treinamento nos modelos avançados de linguagem da OpenAI, como o GPT-4;
  • Funcionalidades do ChatGPT com Novos Dados: O ChatGPT será capaz de fornecer resumos de notas, artigos e reportagens desses veículos, com atribuição e links para os artigos originais;
  • Contexto Legal e Controvérsia: Este acordo segue um precedente de um contrato similar entre a OpenAI e a Associated Press, mas também ocorre em meio a debates e ações legais contra empresas de IA por utilizarem conteúdos de criadores sem permissão.
  • Dependência de Conteúdo Editorial nos Modelos de IA: A News Media Alliance destacou que os conjuntos de dados usados para treinar modelos populares de IA dependem significativamente mais de conteúdo editorial do que o conteúdo genérico da web.

Como parte do acordo, a Axel Springer fornecerá conteúdo de suas marcas de mídia para serem usados como dados de treinamento nos avançados modelos de linguagem da OpenAI, como o GPT-4.

Leia mais:

Assim, o ChatGPT poderá responder perguntas dos usuários com resumos de notas, artigos e reportagens de veículos como Bild e Welt, além dos já citados Politico e Business Insider. Isso incluirá conteúdos exclusivos para assinantes, com atribuição e links para os artigos originais, visando transparência. As informações são da Axel Springer.

Contexto do acordo OpenAI-Axel Springer

Montagem com logotipos da Axel Srpinger e OpenAI
(Imagem: Divulgação)

Este acordo segue um precedente estabelecido quando a OpenAI fechou um contrato semelhante com a Associated Press em julho, no qual adquiriu licenças para usar o arquivo de notícias da AP como dados de treinamento.

Além disso, o acordo surge num contexto em que editores, artistas, escritores e tecnólogos debatem ou tomam medidas legais contra empresas de inteligência artificial (IA) por usarem seus conteúdos ou criações em chatbots e modelos de geração de imagens. Os autores como John Grisham e George R.R. Martin, por exemplo, processaram a OpenAI por suposta infração de direitos autorais.

A News Media Alliance, representando mais de 2,2 mil editores, realizou uma pesquisa em outubro, indicando que os conjuntos de dados usados para treinar modelos populares de IA dependem consideravelmente do conteúdo editorial, superando em muito o conteúdo genérico da web.

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Google turbina seu portfólio de IA com suporte do Gemini

Por Pedro Spadoni — 13 de Dezembro de 2023, 20:45

O Google anunciou, nesta quarta-feira (13), uma série de novos recursos importantes em seu portfólio de inteligência artificial (IA) com suporte do Gemini, seu modelo de IA mais avançado até o momento. Agora, o Gemini faz parte de um portfólio de IA “verticalmente integrado e otimizado”, informou o Google.

Para quem tem pressa:

  • Lançamento de Novos Recursos de IA pelo Google: O Google anunciou importantes atualizações em seu portfólio de IA, integrando o modelo de IA avançado Gemini em uma plataforma “verticalmente integrada e otimizada”;
  • Componentes Chave da Plataforma: A plataforma inclui infraestrutura de IA “super escalável”, modelos de classe mundial, Vertex AI para desenvolvedores e Duet AI para assistência em Workspace e Google Cloud;
  • Outras Inovações Apresentadas: Google também apresentou o Imagen 2, tecnologia avançada de conversão de texto em imagem, e MedLM, um conjunto de modelos médicos disponíveis no Vertex AI;
  • Duet AI e Proteção de Direitos Autorais: O Google divulgou o Duet AI para desenvolvedores e em Operações de Segurança, além de expandir a indenização para proteger usuários contra questões de direitos autorais. O Gemini também será incorporado ao portfólio do Duet AI nas próximas semanas.

“Ele [o Gemini] foi construído desde o início para ser multimodal, o que significa que pode generalizar e compreender perfeitamente, além de operar e combinar diferentes tipos de informação, incluindo texto, código, áudio, imagem e vídeo, da mesma forma que os humanos veem, ouvem, leem e falam sobre muitos tipos diferentes de informação, simultaneamente.”

Thomas Kurian, CEO do Google Cloud, em post no blog do Google Brasil

Leia mais:

Novidades no Gemini

Ilustração de novidades do Gemini
(Imagem: Google)

A integração vertical e otimizada citada pelo Google envolve componentes projetados para funcionarem juntos. São eles:

  • Infraestrutura de IA “super escalável”;
  • Modelos de classe mundial;
  • Vertex IA (plataforma de IA empresarial para desenvolvedores);
  • Duet IA (agentes de IA assistencial para Workspace e Google Cloud).

O Google também apresentou uma versão atualizada do seu modelo de imagem, o Imagen 2, sua tecnologia mais avançada de conversão de texto em imagem até o momento. Segundo a empresa, ela oferece realismo, renderização de texto e recursos de geração de logotipo.

A big tech também anunciou a disponibilidade geral do MedLM, seu conjunto de modelos ajustados para fins médicos. Ele está disponível no Vertex AI, trazendo aos clientes a capacidade dos modelos de base do Google ajustados à experiência médica.

Vertex AI

O Google informou que o Gemini está disponível no Vertex AI no modo preview. Ele capacita os desenvolvedores a criar agentes novos e diferenciados que podem processar informações entre texto, linguagem, código, áudio, imagens e vídeo.

O Vertex AI ajuda o usuário a implantar e gerenciar agentes na produção, avaliar automaticamente a qualidade e a confiabilidade das respostas dos agentes, bem como monitorá-las e gerenciá-las, conforme divulgado pela empresa. Além disso, o Vertex AI oferece suporte ao Gemini, com a capacidade de descobrir, personalizar, aumentar, gerenciar e implantar agentes criados com base no Gemini API.

A big tech também divulgou o Automatic Side by Side (Auto SxS), uma ferramenta automatizada para comparar modelos. O Auto SxS é mais rápido e econômico do que a avaliação manual de modelos, além de ser personalizável em várias especificações de tarefas, segundo o Google. A empresa acrescentou que o Gemini estará disponível no Vertex AI Search até o final de dezembro.

Duet AI

Outra novidade anunciada pelo Google é a disponibilidade do Duet AI para desenvolvedores e o Duet AI no Security Operations para o público geral, além da incorporação do Gemini em seu portfólio do Duet AI nas próximas semanas.

O Duet AI para Developers ajuda os usuários a codificar mais rapidamente com preenchimento de código de IA, geração de código e chat em vários ambientes de desenvolvimento integrados (IDEs), segundo a empresa.

A empresa também informou que mais de 25 parceiros de assistência de código e base de conhecimento contribuirão com conjuntos de dados específicos para suas plataformas. Assim, os usuários do Duet AI para Desenvolvedores poderão receber assistência de IA com base nos modelos de codificação e dados dos parceiros, documentação de produtos, melhores práticas e outros recursos empresariais úteis.

O Duet AI em Operações de Segurança, plataforma unificada de operações de segurança do Google Cloud, permite que as organizações se protejam de uma maneira mais eficaz contra ataques cibernéticos, segundo o Google.

Por fim, a big tech anunciou que está expandindo sua indenização para ajudar a proteger os usuários contra questões de direitos autorais.

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15 películas sobre la inteligencia emocional que deberíamos ver

Por Manu Velasco — 15 de Novembro de 2023, 23:00



1. Robots: caer en la cuenta de las necesidades de los otros a través de la empatía, es el primer paso para poder ayudarlos.

2. Colegas en el bosque: confiar en los demás nos da seguridad y nos ayuda a superar las dificultades. Cuando trabajamos unidos por un mismo objetivo conseguimos resultados sorprendentes. 

3. El emperador y sus locuras: para superar un miedo tenemos que confiar en las personas que nos ofrecen su ayuda. También nosotros podemos ayudar a los demás a superar sus temores.


4. Chicken Little: en nuestra vida hay muchos motivos para el entusiasmo y la ilusión. Afrontar la vida con optimismo ayuda a superar las dificultades y generar alegría a nuestros alrededor.

5. Señora Doubtfire: cuando hacemos algo mal nos sentimos culpables. El perdón ayuda a superar la culpabilidad y nos da la alegría de poder empezar de nuevo.

6. Buscando a Nemo: querer a los demás hagan lo que hagan, es sentir un amor incondicional. El amor incondicional se preocupa por el bienestar del otro sin esperar nada a cambio.

7. Pocahontas: incluso en las situaciones más complicadas es posible encontrar gozo y esperanza. A veces, hay que tomar decisiones difíciles que, a la larga, nos darán felicidad.

8. Up: hay personas a las que admiramos e imitamos. Muchas de las cosas que hemos aprendido las sabemos porque alguien a quien admiramos nos las enseñó.

9. Lluvia de albóndigas: cuando los demás nos acogen y nos aceptan tal y como somos, crecemos en autoestima y ganamos seguridad para realizar nuestros sueños.

10. Del revés: las 5 emociones básicas (alegría, tristeza, ira, miedo y asco) gobiernan el cerebro de Riley. 

11. Wall-E: un robot nos ayuda a profundizar en la comunicación no verbal a través de las expresiones y gestos que utiliza para comunicarse.

12. Hermano Oso: que importante es perdonarse y reconciliarse. Esta película nos lo permite comprender.

13. Ratatouillees una película ideal para hacer ver a nuestros alumnos que "cualquiera puede cocinar", que cualquier puede crear si se lo propone. Podemos trabajar con nuestros alumnos el valor de creer en uno mismo.

14. Cómo entrenar a tu dragón: una película que nos da la oportunidad de trabajar la diversidad y de reflexionar sobre las consecuencias de nuestros actos. Durante toda la historia el valor de la amistad está muy presente, así como la capacidad de aprender a confiar en los demás.

15Los Croods: esta película se centra en el valor de la familia y en la posibilidad de hacer las cosas de un modo diferente, de atreverse a cambiar y de conquistar nuestros miedos.


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Guía de uso de ChatGPT-3.5 para educadores

Por Manu Velasco — 14 de Novembro de 2023, 23:00


Estefanía Hita comparte en su web esta fantástica guía de uso de ChatGPT-3.5 para educadores. ¡Gracias!

Aquí la podéis descargar: Guía de uso de ChatGPT-3.5 para educadores.


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Google vai adicionar marca d’água de áudio em músicas geradas por IA

Por Vitoria Lopes Gomez — 17 de Novembro de 2023, 19:38

A DeepMind, empresa de IA da Alphabet, mesma controladora do Google, lançou na quarta-feira (16) uma ferramenta que usa IA generativa para criar músicas no YouTube. No mesmo dia, a empresa anunciou que também lançará um recurso de marca d’água em áudio para esses conteúdos, que seria incorporado nas canções, mas não seria detectado pelo ouvido humano.

Leia mais:

Lyria e Dream Track

Lyria é a IA generativa do Google usada para criar músicas a partir de instruções em palavras ou voz. Ela foi anunciada junto de um recurso para sonorizar vídeos curtos no YouTube Shorts, o Dream Track.

Com isso, o plano da empresa é recriar instrumentos, batidas, sons sintetizados e vozes usando apenas a tecnologia, formando uma canção completa.

O Olhar Digital já falou mais sobre o assunto aqui.

Confira um exemplo prático no vídeo abaixo:

Marca d’água na IA para músicas

  • Além da IA para músicas, o Google DeepMind anunciou que as faixas feitas com a tecnologia receberão uma marca d’água do SynthID (empresa que realiza essas marcações) para que as pessoas possam identificar suas origens.
  • Em seu blog, a empresa disse que o selo não deve ser detectável ao ouvido humano e “não compromete a experiência auditiva”.
  • Além disso, a marca d’água ainda permanecerá na canção mesmo que ela seja comprimida, acelerada ou editada de qualquer forma.
  • Essas marcações para identificar a procedência de um conteúdo estão se popularizando entre as empresas do setor, mas ainda não são vistas como uma solução total para o problema da IA generativa.
  • Como exemplo disso, a marca d’água do Google DeepMind não é infalível e pode haver “manipulações extremas de imagem”.

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Amazon usa IA para identificar avaliações falsas de produtos

Por Alessandro Di Lorenzo — 17 de Novembro de 2023, 18:45

Quem nunca recorreu as avaliações de outros usuários na hora de comprar um produto pela internet? É normal ficar em dúvidas sobre a qualidade ou qualquer outro aspecto da mercadoria. E por isso, os comentários de clientes que fizeram uso daquele produto podem ser decisivos na hora da compra. Mas como saber se essas avaliações são verdadeiras? A Amazon está usando a inteligência artificial para garantir a autenticidade delas.

Leia mais

Coibindo avaliações falsas

  • As compras pela internet hoje são uma realidade.
  • E com a proximidade do final de ano, e ainda mais em época de promoções, como a Black Friday, a quantidade de negócios aumenta consideravelmente.
  • Nesse sentido, cresce também a preocupação com as avaliações falsas deixadas em algumas páginas.
  • Isso não é um problema recente.
  • A Amazon, por exemplo, chegou a processar administradores de mais de 10 mil grupos do Facebook, em 2022, em função de comentários sobre problemas inexistentes relacionados a algumas mercadorias.
  • A empresa, agora, diz usar ferramentas de inteligência artificial avançada para detectar essas avaliações falsas.
  • As informações são da The Verge.

Como a IA é utilizada?

Antes de uma avaliação ser publicada online, a Amazon usa a IA para analisar alguns indicadores. A maioria dos comentários é postada imediatamente. No entanto, se um possível problema for detectado, há vários caminhos que a empresa pode tomar.

Se a Amazon tiver evidências que a revisão é falsa, é possível bloquear ou remover a avaliação. Em casos extremos, a permissão de revisão de um cliente pode ser até revogada.

Já no caso de um comentário ser suspeita, mas sem provas disso, funcionários da Amazon que são especialmente treinados para identificar comportamentos abusivos procuram outros sinais de problemas. Em 2022, por exemplo, a empresa observou e bloqueou mais de 200 milhões de avaliações suspeitas falsas em todo o mundo.

As avaliações falsas enganam intencionalmente os clientes, fornecendo informações que não são imparciais, autênticas ou destinadas a esse produto ou serviço. Não apenas milhões de clientes contam com a autenticidade das avaliações na Amazon para decisões de compra, mas milhões de marcas e empresas contam conosco para identificar com precisão avaliações falsas e impedir que elas cheguem aos seus clientes. Trabalhamos duro para monitorar e aplicar nossas políticas de forma responsável para garantir que as avaliações reflitam as opiniões de clientes reais e protejam vendedores honestos que confiam em nós para acertar.

Josh Meek, gerente sênior de ciência de dados da equipe de Prevenção e Abuso de Fraude da Amazon

Hoje, a inteligência artificial também é usada com esse objetivo. A tecnologia analisa diversos dados, inclusive se o vendedor investiu em anúncios (o que pode estar gerando avaliações adicionais), relatórios de abuso enviados pelo cliente, padrões de comportamento arriscados, histórico de avaliações e muito mais.

A IA é capaz de detectar anomalias nesses dados que podem indicar que uma avaliação é falsa. A Amazon também usa redes neurais de gráficos profundos para analisar e entender relacionamentos complexos e padrões de comportamento para ajudar a detectar e remover grupos de agentes mal-intencionados ou apontar para atividades suspeitas para investigação.

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IFLA: Declaração sobre bibliotecas e IA

6 de Novembro de 2023, 09:00

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Potencial

Os sistemas de IA (Inteligência Artificial) têm potencial para transformar o modo como aprendemos/trabalhamos e vivemos e a gestão e serviços das bibliotecas na criação, classificação e pesquisa de conteúdo; assistência à aprendizagem e aprendizagem personalizada; realidade aumentada por IA; OCD (Optical Character Recognition/Reconhecimento Ótico de Caracteres); tradução automática e serviços mais acessíveis para todos.

Questões

No âmbito do uso de sistemas de IA em contexto de biblioteca escolar, há questões que se levantam:

  • Como é que os professores bibliotecários estão a comunicar aos alunos as potencialidades e os impactos de IA?
  • Estão a ensaiar novas formas de aprender baseada em investigação de IA, da qual os alunos são cobaias?
  • Ao familiarizarem-se precocemente com sistemas IA, criados para gerar/melhorar automaticamente conteúdos (texto, imagens, dados, códigos de programação…), os alunos poderão julgar, à primeira vista, que trabalhar não exige esforço?
  • Que competências de literacia de informação é que os professores bibliotecários ensinam aos alunos?
  • Incentivam a criação de informação/dados/História(s) sobre a comunidade local não contemplada na IA generalista e dominante?
  • Como é que os alunos estão a iniciar o seu próprio envolvimento intelectual (leitura/discussão/expressão) para que tenham pensamento crítico antes de utilizarem IA?
  • Como é que leem, escrevem e discutem factos e notícias, de modo a desenvolver o raciocínio e o espírito crítico?
  • Como é que podem procurar informação aprofundada, rigorosa e evitar resultados iguais e limitados?

Considerações

A declaração política da IFLA sobre Bibliotecas e IA estabelece considerações para a sua utilização com alunos e outros utilizadores:

  • “Deve estar sujeita a normas éticas claras (…), seguras [privacidade] e legais”;
  • Deve ser usada “significativamente”, no contexto de atividades relevantes para a vida diária dos jovens;
  • Deve ser acessível a todos e inclusiva, proporcionando “oportunidades equitativas de aprendizagem ao longo da vida, particularmente para as populações vulneráveis”.

Qual é o papel das bibliotecas e do professor bibliotecário?

A declaração política da IFLA sobre Bibliotecas e IA define o papel que os bibliotecários – e o professor bibliotecário - podem desempenhar no setor da IA.

1.

É necessário reforçar a MIL (Media and Information Literacy/Literacia Mediática e da Informação), de que faz parte a “literacia em IA” e, segundo a IFLA, esta inclui a compreensão de:

  • Como funciona/Qual é a lógica e limitações de IA e ML (machine learning/ aprendizagem automática) e dos algoritmos (“literacia algorítmica”, conforme documento) na forma como os utilizadores acedem e recebem informação;
  • Potenciais impactos sociais da IA, especialmente em direitos humanos;
  • Competências de gestão e proteção de dados pessoais – privacidade e ética;
  • Literacia mediática e da informação.

Neste contexto, os bibliotecários podem alargar as parcerias na área das tecnologias e da literacia algorítmica e digital e participar em “debates políticos sobre o que significa a IA ser utilizada ‘para o bem’”.

Para saberem ajustar os seus serviços à evolução das necessidades da sociedade, do mercado de trabalho e dos seus utilizadores, é importante que os bibliotecários reforcem a sua formação no setor.

2.

É fundamental que as iniciativas de literacia em IA sejam acessíveis, para que todos possam beneficiar - e não ser prejudicados – e fazer escolhas significativas de aplicações de IA, designadamente os grupos mais vulneráveis. Porquê?

Para:

  • “Promover a participação informada do público no diálogo político e na tomada de decisões em matéria de IA”
  • “Incentivar a transparência”, a qual deve prever “a capacidade de contestar”/reclamar o uso indevido de IA.

3.

Para além destas recomendações, a declaração da IFLA sobre Bibliotecas e IA define condições para a utilização e a aquisição de tecnologias de IA em contexto de biblioteca:

  • “Deve estar sujeita a normas éticas claras e salvaguardar os direitos dos seus utilizadores”;
  • Deve cumprir “os requisitos legais e éticos em matéria de privacidade e acessibilidade”.

Qual é o papel de associações de bibliotecas, formadores e governos?

1. Apresenta recomendações às associações de bibliotecas e formadores, das quais se destaca:

  • Defender a intervenção das bibliotecas na adaptação dos sistemas educativos às novas exigências no mercado de trabalho que a IA pode trazer;
  • “Colaborar com investigadores e programadores de IA para criar aplicações para uso das bibliotecas, que cumpram as normas éticas e de privacidade e respondam especificamente às necessidades das bibliotecas e dos seus utilizadores”;
  • Promover fóruns de partilha e “intercâmbio de boas práticas sobre a utilização ética das tecnologias de IA nas bibliotecas”.

A formação e a experiência destes profissionais em qualidade dos dados, curadoria, privacidade e uso ético de informação e literacia MIL habilita-os para esta intervenção.

2. E apresenta aos governos recomendações sobre IA:

  • Negociar com os criadores e empresas de ferramentas de IA, para que incluam exceções aos direitos de autor, para que possam ser usadas para fins de educação e investigação;
  • Dotar as “bibliotecas das infraestruturas e tecnologias necessárias” para uso de IA;
  • Assegurar que a regulamentação/legislação em IA “proteja os princípios da privacidade ou da equidade”, salvaguardando o interesse público/social da IA.

O SIG (Special Interest Group/Grupo de Interesse Especial) de IA da IFLA trabalha no sentido de implementar as recomendações para a utilização de tecnologias de IA no setor das bibliotecas, conforme constam da Declaração sobre Bibliotecas e IA da IFLA, acrescentando-lhe valor e impacto.

Publicou, a 30 de junho, um recurso não técnico sobre IA que pode ser útil aos professores bibliotecários. Apresenta um conjunto de tópicos simples, com bibliografia atual e um glossário, que pode ajudar a estruturar atividades com alunos [3].

A dinamização destas atividades é importante porque permite conhecer as perceções e utilizações dos jovens e permitem que eles saibam como foi construída, funciona, quais as melhores ferramentas, para o que se deve – e não deve – usá-la, que desafios éticos levanta, entre muitos outros aspetos. 

Referências

  1. (2020). IFLA Statement on Libraries and Artificial Intelligence. International Federation of Library Associations and Institutions. https://www.facebook.com/photo/?fbid=4003466199682295&set=a.598622580166691
  2. (2020). IFLA Statement on Libraries and Artificial Intelligence. International. Federation of Library Associations and Institutions. https://repository.ifla.org/handle/123456789/1646
  3. IA generativa para profissionais de bibliotecas e informação (rascunho). International Federation of Library Associations and Institutions. https://www.ifla.org/generative-ai/
  4. 📷 [1]

 

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31 ejemplos prácticos de cómo utilizar la IA en nuestra práctica docente

Por Manu Velasco — 22 de Outubro de 2023, 22:00


La Inteligencia Artificial ha llegado para quedarse y tenemos la suerte de contar con un gran faro que nos guía en su utilización en el ámbito educativo. Este faro se llama César Poyatos y ha tenido la generosidad de compartir estos 31 ejemplos prácticos de cómo utilizar la IA en nuestra práctica docente. ¡Gracias, César! Os animo a seguir su trabajo visitando su web o en X. ¡¡Es muy grande!!


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Xiaomi 14 e 14 Pro terão IA e Snapdragon 8 Gen 3, novo chip da Qualcomm

Por Vitoria Lopes Gomez — 27 de Outubro de 2023, 19:09

O novo chip da Qualcomm, o Snapdragon 8 Gen 3, mal chegou e já será estreado em novos dispositivos da Xiaomi, o 14 e o 14 Pro. Ambos serão lançados exclusivamente na China antes de se estenderem para o resto do mundo (com exceção dos Estados Unidos) e contarão com novidades de IA e de um sistema de compatibilidade do Android.

Leia mais:

Xiaomi 14 e 14 Pro

O Xiaomi 14 terá uma tela de 6,3 polegadas e o Pro, 6,7 polegadas. Os dois modelos terão designs semelhantes, com uma área plana e bordas arredondas.

Além disso, as câmeras dos dispositivos ganharam um upgrade. Ambos vêm com câmeras principais de 50 megapixels da renomada marca Leica e lentes de abertura variável com 1.204 pontos. Estas últimas também terão abertura máxima de f/1.4 e mínima de f/4.0. Isso, para quem gosta de fotografia, é um deleite.

Xiaomi 14 e 14 Pro (Foto: Xiaomi/Reprodução)

Novidades do Android e de IA

  • O Xiaomi 14 e o 14 Pro também vem com uma novidade baseada no sistema Android, o HyperOS. Segundo o site The Verge, ele funciona em diferentes tipos de dispositivos e reúne todos eles em um único ecossistema da Xiaomi.
  • Com ele, será possível, por exemplo, acessar a câmera do telefone pelo computador ou os dados do celular por um tablet.
  • Inclusive, o novo chip da Qualcomm foca justamente nessa compatibilidade entre dispositivos.
  • Ainda, o Xiaomi 14 e o 14 Pro serão os primeiros da marca a usarem IA: os dois celulares terão modelos básicos de IA, graças ao chip Snapdragon 8 Gen 3.
  • Ele permite algumas funcionalidades comuns da IA, como resumir sites e realizar transcrições de ligações e videoconferências.
(Foto: Xiaomi/Reprodução)

Venda e valores

Por enquanto, os dois modelos da Xiaomi com o chip Snapdragon 8 Gen 3 estão limitados à China, mas é de se esperar que nos próximos meses eles comecem a aparecer pelo mundo.

Por lá, o Xiaomi 14 sai por a partir de CNY 3.999 (moeda chinesa conhecida como yuan chinês), cerca de R$ 2.700 em conversão direta. Já o 14 Pro sai por CNY 4.999, cerca de R$ 3.420. 

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O dilema da Inteligência Artificial

20 de Outubro de 2023, 08:00

2023-10-20.png

Potencial

Os sistemas de IA (Inteligência Artificial) têm potencial para transformar o modo como aprendemos/trabalhamos e vivemos.

Automatizam versões agregadas de competências humanas com valor, usadas para ler, conhecer, expressar e influenciar/manipular.  “Todas as tecnologias têm consequências positivas e negativas, mas com a IA, o alcance dessas consequências é extraordinariamente grande” e, por isso, o uso de IA em educação deve ser amplamente discutido [1].

Imagem2.pngFonte da imagem [1]

O gráfico supra resulta de testes em que “o desempenho humano e de IA foram avaliados em cinco domínios: reconhecimento de caligrafia, reconhecimento de fala, reconhecimento de imagem, compreensão de leitura e compreensão de linguagem. Dentro de cada domínio, o desempenho inicial da IA é definido como –100” e o desempenho humano corresponde à linha de base zero.  E mostra que, nos últimos 10 anos, a evolução de IA tem sido veloz, pelo que, na maioria destas competências, ultrapassou o desempenho humano [1]. Estes testes - e estudo correspondente - foram originalmente publicados em Dynabench: Rethinking Benchmarking in NLP [Natural Language Processing/Processamento de Linguagem Natural, subdomínio de IA que ensina máquinas a lidar com a linguagem humana] [2].

Problemas/Discussão

Porque faz parte do dia-a-dia e tem enorme potencial, é importante envolver os alunos na reflexão e uso crítico de IA.

Há questões controversas que podem analisar, investigar e discutir para saber tomar decisões informadas e intervir na discussão pública:

📍 A falta de regulamentação capaz de promover o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social em IA;

📍 Os impactos ambientais, podendo o treino de algoritmos de IA gerar maior consumo de energia e emissão de CO2 do que aquele que se verifica na atualidade. Segundo Maanvi Singh, o modelo de IA Bloom, de 2019, “gerou cerca de 50 toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono, o equivalente a um indivíduo fazer cerca de 60 voos entre Londres e Nova York”. Em 2023, “cerca de 500 toneladas métricas de CO2 foram produzidos apenas no treino do modelo GPT3 da ChatGPT - o equivalente ao funcionamento de mais de um milhão de quilómetros de carros médios movidos a gasolina”. E não se trata apenas de gasto de energia, mas também de água doce para arrefecimento do calor gerado pelos servidores dos data centers. Neste sentido, para esta jornalista do The Guardian a IA representa um risco ambiental e “existencial” (3). Sobre os efeitos da IA no sistema de vida terrestre, domina o silêncio e a falta de informação dos principais responsáveis.

📍 Os impactos sociais/equidade da IA, pois os dados que alimentam os seus resultados são essencialmente produzidos por pessoas e culturas no poder ao longo da História, predominantemente anglófonas e ocidentais, podendo ser tendenciosos e criar divisões, falando-se atualmente de um colonialismo digital.

📍 A falta de transparência sobre os métodos e os dados usados para treinar modelos de IA, sendo credível que procedam a violação de direitos de autor, designadamente na área da cultura, resultando de formas pouco éticas e justas de trabalho. As bibliotecas escolares cultivam a transparência e fogem à opacidade, não querem ficar sem saber.

📍 A falta de evidências imparciais, ao nível da comunidade internacional, de que forte uso de IA e de tecnologias digitais contribua para aprender melhor, para treinar a memória, a inteligência emocional/solidariedade e para desenvolver competências nas crianças e jovens.

📍 A prova de que a dependência de automatização pode diminuir a atenção, competências manuais e outras -  por exemplo, o caso Boeing 737Max e o de várias outras aeronaves.

📍 Inúmeras evidências de erros de programação que levaram a imensos acidentes, mortes e feridos provocados por veículos com direção autónoma (piloto automático) alimentada por IA.

📍 Qual pode ser o impacto da IA na liberdade intelectual e de expressão em matéria de produção e consumo, eleições, vacinação…? O determinismo, não apenas do passado, mas da IA em que o ser humano se desenvolve, permite-lhe opiniões livres de interferência? A autodeterminação individual tornou-se uma impossibilidade?

De destacar que a IA permite selecionar feeds de notícias e de publicidade, de acordo com o que os utilizadores acederam no passado e é nesta base que introduz recomendações sobre notícias, locais, compras e amigos [conhecidos]... e ajuda a criar e a moderar conteúdos.

📍 Quem governa os dados? Empresas económicas particulares? A elite de 1% de milionários? Um ou outro destes milionários? Quais as implicações do uso crescente de IA para a democracia?

De acordo com o relatório das Nações Unidas [4], referido pela IFLA na sua Declaração sobre Bibliotecas e IA (§ 55) [5]:

“as auditorias independentes e contínuas devem complementar as avaliações de impacto sobre os direitos humanos efetuadas antes da adjudicação dos contratos, enquanto mecanismo importante de transparência e responsabilização dos sistemas de IA (…) especialmente quando uma aplicação de IA está a ser utilizada por um organismo do setor público [sublinhado nosso]”.

Como até à presente data esta avaliação/auditoria e regulamentação pelas entidades a quem cumpre esse papel não foi feita, há que manter prudência sobre o uso de IA em educação de crianças e jovens. Será na Cimeira do Futuro/ Summit of the Future de setembro de 2024 que deverá ser acordado um Pacto Digital Global seguro, inclusivo, sustentável, ancorado em direitos humanos e no Estado de Direito.

Our Word in Data é uma plataforma de “dados para progredir em relação aos maiores problemas do mundo”, tem acesso e código aberto e é usada em media e universidades internacionais credíveis [6]. Na área da IA, visa apoiar o envolvimento social, abordando questões sobre como esta tecnologia pode ser desenvolvida e usada e fazer parte do trabalho e da vida das pessoas, para que não fique restrita a um pequeno grupo de empreendedores e engenheiros. 

Referências

  1. Giattino, C., Mathieu, E., Samborska, V. & Roser, M. (2023). As capacidades de reconhecimento de linguagem e imagem dos sistemas de IA melhoraram rapidamente. Our World in Data. https://ourworldindata.org/artificial-intelligence

  2. Kiela, D. et al. (2023). Dynabench: Rethinking Benchmarking in NLP [Natural Language Processing/Processamento de Linguagem Natural]. https://aclanthology.org/2021.naacl-main.324.pdf
  3. Singh, M. (2023, 8. Jun.). À medida que a indústria de IA cresce, que preço terá sobre o meio ambiente? The Guardian. https://www.theguardian.com/technology/2023/jun/08/artificial-intelligence-industry-boom-environment-toll

    Outra fonte:
    Associated Press. (2023, 24. 05). ChatGPT: Qual é a pegada de carbono dos modelos de IA generativa? Euronews. https://www.euronews.com/next/2023/05/24/chatgpt-what-is-the-carbon-footprint-of-generative-ai-models
  1. (2018). Promotion and protection of the right to freedom of opinion and expression - A/73/348. United Nations General Assembly. https://documents-dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N18/270/42/PDF/N1827042.pdf?OpenElement

  2. (2020). IFLA Statement on Libraries and Artificial Intelligence. International Federation of Library Associations and Institutions. https://www.facebook.com/photo/?fbid=4003466199682295&set=a.598622580166691

  3. Our World in Data. (2023). Research and data to make progress against the world’s largest problems. Our World in Data. https://ourworldindata.org/
  4. 📷Kohji Asakawa por Pixabay

 

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