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Whindersson Nunes doará telescópio para piauiense de 9 anos que descobriu asteroide

Por CONTI outra — 26 de Abril de 2024, 01:27

Whindersson Nunes demonstrou mais uma vez seu coração generoso ao promover uma emocionante iniciativa em prol da jovem Thayla Janis Carvalho Figueiredo, de apenas 9 anos, que recentemente alcançou os holofotes ao descobrir um asteroide. A notícia encantou o país, ressaltando não apenas a precocidade e o talento da garotinha, mas também a nobreza de gestos como o de Whindersson.

Thayla, natural do Piauí, revelou sua aptidão para a astronomia durante sua participação em um programa da NASA no ano passado, onde teve sua descoberta de um asteroide reconhecida pela renomada Agência Espacial Americana. Desde então, seu brilho só tem aumentado, com mais de 13 novas descobertas em seu currículo.

Foto: Thayla Janis

O humorista e empresário não só reconheceu o potencial de Thayla, mas também decidiu agir. “Para você estudar, fazer suas pesquisas e olhar para o céu como você gosta”, expressou Whindersson em uma postagem emocionante no Instagram, anunciando sua decisão de presentear a jovem com um telescópio.

Segundo o CRN, Whindersson também estendeu um convite especial a Thayla para testar um novo telescópio desenvolvido pela empresa da qual é sócio, a Tron Robótica Educativa. “A Tron Robótica Educativa estava projetando um telescópio simples de Busca Inteligente, queria que você fosse a primeira a testar na sede da Tron em Parnaíba”, revelou o influenciador.

Foto: TRON Robótica Educativa

A homenagem não parou por aí. O telescópio, construído pela Tron, receberá o nome de “Saturn versão Janis 1”, em reconhecimento ao talento e à dedicação de Thayla à astronomia.

Emocionada com o gesto de apoio, Thayla expressou sua gratidão: “Agora eu vou poder observar o céu com minhas próprias pesquisas. Obrigado Whindersson Nunes e Tron, eu estou muito feliz”.

Confira o agradecimento completo de Thayla:

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Grife no espaço! Prada vai criar trajes espaciais para missão da Nasa à Lua

Por Alessandro Di Lorenzo — 5 de Outubro de 2023, 16:45

A Prada veste… os astronautas da Nasa. Calma, você não leu errado. A renomada marca italiana e a startup Axiom Space, com sede no Texas, nos Estados Unidos, anunciaram nesta quarta-feira (4) uma colaboração para a criação dos trajes espaciais lunares para a missão Artemis III, planejada para 2025.

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Missão Artemis III

  • A Artemis III será a primeira aterrissagem lunar tripulada desde a missão Apollo 17, realizada em dezembro de 1972.
  • Também será a primeira a levar uma mulher para a Lua.
  • Segundo a Nasa, os astronautas têm uma série de objetivos nessa missão.
  • Entre eles, entender os processos planetários; compreender o caráter e a origem dos voláteis do polo lunar; interpretar a história do impacto do sistema Terra-Lua; revelar o registro do antigo sol e nosso ambiente astronômico; observar o universo e o ambiente espacial local a partir de um local único; conduzir ciência experimental no ambiente lunar e investigar e mitigar riscos de exploração.
  • E para esse momento histórico, os astronautas receberão trajes mais do que especiais.
  • As informações são da Bloomberg.
Representação artística de astronautas do Programa Artemis, da NASA, explorando a superfície da Lua. (Imagem: NASA)

Trajes espaciais

Ao longo de todo o processo de criação, as equipes da Prada e Axiom Space trabalharão lado a lado para desenvolver soluções inovadoras em termos de materiais e design capazes de fornecer proteção e responder aos desafios de um ambiente único como o lunar.

O espírito constantemente inovador da Prada para a humanidade se ampliou para seu desejo de aventura e de desbravar novos horizontes: o espaço. É uma verdadeira celebração do poder da criatividade e inovação humana para o avanço da civilização.

Lorenzo Bertelli, diretor de Marketing do Grupo Prada

Em nota, a Prada explicou que o traje espacial AxEMU fornecerá aos astronautas capacidades avançadas para a exploração espacial, ao mesmo tempo que oferecerá à Nasa sistemas humanos desenvolvidos comercialmente, necessários para acessar, viver e trabalhar na Lua e ao redor dela.

As peças são uma evolução do modelo Exploration Extravehicular Mobility Unit (xEMU) e foram projetadas para fornecer maior flexibilidade e proteção em um ambiente hostil, além de serem equipados com instrumentos especializados para exploração e atividades científicas.

A experiência técnica da Prada com matérias-primas, técnicas de fabricação e conceitos de design inovadores trará tecnologias avançadas fundamentais para garantir não apenas o conforto dos astronautas na superfície lunar, mas também as tão necessárias considerações de fatores humanos ausentes dos trajes espaciais tradicionais.

Michael Suffredini, CEO da Axiom Space

A empresa tem um contrato com a agência espacial norte-americana para desenvolver trajes espaciais para uso na Lua e em outros programas espaciais.

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Psyche: telescópios espaciais ajudam NASA a se preparar para sondar asteroide

Por Flavia Correia — 4 de Outubro de 2023, 14:03

O que você precisa saber:

  • A NASA vai lançar a missão Psyche na próxima quinta-feira, 12 de outubro;
  • O objetivo da agência é analisar in loco o asteroide 16 Psyche, de cerca 225 km de largura; 
  • O interesse científico nesta rocha está no fato de que ela pode ter sido o núcleo metálico de um planeta como a Terra;
  • Dados de dois observatórios espaciais de luz infravermelha dão pistas do que a sonda deve encontrar por lá.

Na próxima quinta-feira (12), se tudo correr conforme o planejado, a NASA vai lançar uma espaçonave de alta tecnologia a uma jornada de 3,5 bilhões de km rumo ao asteroide 16 Psyche, que dá nome à missão.

O objetivo da missão Psyche é estudar em detalhe essa rocha espacial, que se acredita ser muito rica em metais. Além disso, especula-se que o objeto seja o núcleo de ferro remanescente do que teria sido um planeta inteiro – algo semelhante ao núcleo da Terra.

Caso isso seja comprovado, 16 Psique poderia nos oferecer uma espécie de viagem para o centro do nosso mundo – local impossível de alcançar de outra forma.

What’s waiting for us at asteroid Psyche?

Data from our retired SOFIA flying telescope helps paint a picture. Learn about its observations of the metallic planetary body: https://t.co/LGWOHAOz7Q pic.twitter.com/4z0mdIWUoy

— NASA Ames (@NASAAmes) October 2, 2023

Telescópio Espacial James Webb e SOFIA 

Nos preparativos para o lançamento, um grupo de cientistas do Southwest Research Institute (SwRI), uma conceituada organização de pesquisa e desenvolvimento norte-americana, usou dados coletados em 2022 por dois equipamentos em diferentes comprimentos de onda de luz infravermelha para compreender a variabilidade da composição e o nível de hidratação da superfície da rocha.

De acordo com um comunicado do SwRI, enquanto as observações do Telescópio Espacial James Webb (JWST) podem procurar sinais de água na superfície metálica do asteroide, os últimos dados coletados pelo aposentado Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA) podem fornecer pistas sobre a composição química do objeto em diferentes pontos da crosta.

Dessa forma, segundo os cientistas, é possível ter uma ideia do que está reservado para a sonda da NASA na chegada em 2029 ao colossal asteroide de estimados 225 km de largura.

O que a equipe descobriu sobre o asteroide 16 Psyche

Diferentemente dos sensores ópticos padrão, os sensores infravermelhos são capazes de observar dados em uma região do espectro eletromagnético cuja luz é, em essência, invisível ao olho humano. 

Os pesquisadores focaram na emissividade de 16 Psyche (a quantidade de energia que a rocha irradia) e na porosidade (quantos pequenos buracos ou vãos o objeto tem). Ambas as características podem dar uma noção sobre os materiais que compõem o asteroide.

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Com base nas observações de SOFIA, a equipe verificou que os dados de emissividade do objeto eram em sua maioria planos, o que significa que não havia picos ou outras características notáveis em seus espectros. Espectros igualmente planos foram encontrados em ambientes de laboratório quando instrumentos de infravermelho médio foram usados em objetos metálicos – o que comprova a natureza metálica da rocha.

Sobre a presença de água no asteroide, examinada pelo Webb, ainda não se chegou a um resultado conclusivo. “Observações nas faixas de comprimento de onda de 3 e 6 mícrons nos dizem se a hidratação está presente na forma de hidroxila ou água real”, disse Stephanie Jarmack, pesquisadora da SwRI e membro da equipe do estudo, no comunicado (hidroxila se refere a uma molécula que consiste em um átomo de oxigênio e um átomo de hidrogênio).

“Se não encontrarmos, isso não seria surpreendente, considerando que Psyche é um mundo majoritariamente metálico”, explicou a cientista.

Agora, segundo a equipe, só resta aguardar até que a sonda Psyche chegue ao alvo e comece a empregar suas próprias tecnologias projetadas para estudar essa intrigante rocha espacial.

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OSIRIS-REx: como assistir à chegada da missão que traz amostra do asteroide Bennu

Por Flavia Correia — 22 de Setembro de 2023, 11:50

Falta pouco para a sonda OSIRIS-REx, da NASA, chegar à Terra trazendo uma amostra do asteroide Bennu. O pouso da espaçonave é aguardado para este domingo (24), por volta de 12h30 (pelo horário de Brasília), após uma longa missão de mais de sete anos que mudou a forma como os cientistas veem as rochas espaciais.

A NASA está preparando uma cobertura especial para a chegada da primeira amostra de asteroide coletada no espaço por um equipamento norte-americano. A transmissão ao vivo do pouso da cápsula OSIRIS-REx (sigla em inglês para algo como Explorador de Origens, Interpretação Espectral, Identificação de Recursos e Segurança de Regolitos) começa às 11h (pelo horário de Brasília), pela NASA TV, pelo aplicativo da NASA e pelo canal oficial da agência no YouTube.

Além da transmissão em inglês, haverá outra simultânea em espanhol, também oficial, no X (antigo Twitter), Facebook e YouTube.

Pelos mesmos canais, uma coletiva de imprensa pós-pouso acontece por volta das 19h, para apresentação da cápsula de amostra, que estará em uma sala limpa reservada, de acordo com um comunicado da NASA.

Depois que o invólucro finalmente for aberto, vamos descobrir a quantidade exata de material coletado em outubro de 2020 do asteroide de 500 metros de largura. Os cientistas acreditam que o estudo da amostra pode revelar muito sobre os primeiros dias do Sistema Solar, inclusive lançando alguma luz sobre como a vida começou na Terra.

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O que vai acontecer com a amostra do asteroide Bennu?

O material entregue pela OSIRIS-REx será armazenado e curado no Centro Espacial Johnson (JSC) da NASA, em Houston. A equipe do JSC supervisionará a distribuição da amostra para pesquisadores de todo o mundo, que vão investigá-la para uma variedade de propósitos.

Uma linha de estudo, por exemplo, vai se concentrar em compostos orgânicos, como o carbono. Os cientistas acreditam que asteroides ricos desse elemento, como Bennu, podem ter ajudado a vida a se estabelecer na Terra, entregando orgânicos por meio de impactos.

Depois de entregar as amostras à Terra no domingo, a sonda OSIRIS-REx continuará trabalhando. A equipe vai definir um curso para o asteroide potencialmente perigoso Apophis, que a espaçonave deve alcançar em 2029, transformando-se na missão OSIRIS-APEX.

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Confira o Olhar Digital News na íntegra

Por Júlia Dal Rovere — 14 de Setembro de 2023, 23:46

NASA divulga relatório oficial sobre OVNIs

Nesta quinta-feira, a NASA divulgou um estudo independente focado em medidas que a agência pode tomar para ajudar o governo dos Estados Unidos a compreender os avistamentos de OVNIs – ou UAPs, na nova nomenclatura adotada.

Inteligência Artificial pode ter consciência?

As inteligências artificiais têm a real capacidade de pensar, ou melhor, raciocinar como humanos? Elas têm consciência? Essas questões são tema de debate entre diversos pesquisadores de IA atualmente. Um estudo recente descobriu que as tecnologias atuais têm uma “consciência situacional”. E para entender melhor esse assunto, recebemos o Álvaro Machado Dias, pós-doutor em neurociências e professor da Unifesp.

Seu Direito Digital: Leandro Alvarenga tira dúvidas dos nossos leitores e espectadores

Vazamento de dados, golpe com empresas de entrega por aplicativo e golpistas se passando por atendentes de banco por telefone. O advogado Leandro Alvarenga explicou o que fazer e como se proteger em situações como essas.

Verão no hemisfério norte bateu recorde de temperaturas altas

O verão no hemisfério norte em 2023 foi o mais quente da Terra desde que os registros globais começaram, em 1880. Essa informação foi dada pela NASA nesta quinta-feira. Os meses de junho, julho e agosto combinados foram 0,23º Celsius mais quentes do que qualquer outro verão registrado pela agência espacial – e 1,2º Celsius mais quentes do que a média do verão entre 1951 e 1980.

Nova plataforma romete ajudar músicos com IA

O Stable Audio é uma nova plataforma de inteligência artificial generativa lançada pela Stability AI. Ela usa o mesmo modelo do Stable Diffusion para criação de músicas e sons. Na versão gratuita, o usuário pode gerar até 20 faixas com no máximo 45 segundos de duração. Já a assinatura Pro permite criar até 500 faixas de 90 segundos, que podem ser usadas em projetos comerciais.

James Webb poderia detectar vida na Terra se estivesse em outro sistema estelar

O Telescópio Espacial James Webb, além de investigar o universo primitivo, também tem como objetivo observar a atmosfera de exoplanetas próximos a fim de encontrar vida. Agora, um novo estudo sugere que, se ele estivesse a dezenas de anos-luz de distância daqui e olhando para a Terra, conseguiria encontrar sinais da nossa civilização.

Essas e outras informações sobre o mundo da tecnologia você encontra o Olhar Digital News. Acompanhe!

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NASA liga motores de foguete que vai decolar de Marte

Por Lucas Soares — 12 de Agosto de 2023, 12:09

A NASA planeja para os próximos anos uma ousada missão para trazer amostras de Marte para a Terra. Recentemente, a agência revelou um vídeo mostrando um teste com o Mars Ascent Vehicle (MAV), que deve decolar do planeta vermelho.

A missão chamada Mars Sample Return é feita pela NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e pode ser considerada uma das missões espaciais mais complexas já realizadas.

Caso tudo ocorra como o planejado, o MAV está programado para ser lançado em junho de 2028, com as amostras prontas para chegar à Terra no início dos anos 2030.

NASA quer trazer amostras de Marte 

O veículo viajará a bordo do Sample Retrieval Lander durante o lançamento da Terra, uma jornada de dois anos para Marte é quase um ano recebendo amostras coletadas pelo Perseverance.

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Depois que o material for transferido, o MAV será lançado de Marte em órbita ao redor do planeta, liberando o recipiente de amostra para o Earth Return Orbiter capturar.

“Este teste demonstra que nossa nação tem a capacidade de desenvolver um veículo de lançamento que pode ser leve o suficiente para chegar a Marte e robusto o suficiente para colocar um conjunto de amostras em órbita para trazer de volta à Terra”, disse o gerente de propulsão do MAV, Benjamin Davis, da NASA. Marshall Space Flight Center.

Até o momento, os testes estão sendo bem-sucedidos, mas isso não significa que a missão irá acontecer. Isso porque o senado dos Estados Unidos lançou um alerta sobre os custos do projeto.

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Vida em Marte? Rachaduras no solo podem ser a resposta

Por Alessandro Di Lorenzo — 11 de Agosto de 2023, 19:36

Descobertas feitas por pesquisadores através da análise de rachaduras no solo de Marte sugerem que o planeta passou por um ciclo repetido de períodos úmidos e secos por milhões de anos. Isso poderia auxiliar no surgimento de vida no local. As conclusões foram publicadas na revista Nature.

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Estudos anteriores

  • Diversas pesquisas já apontaram que a superfície de Marte foi coberta por rios, riachos, lagoas, lagos e talvez até mares e oceanos no passado.
  • A presença de água, dizem os cientistas, possibilitaria a presença de vida no planeta.
  • Mas hoje o Planeta Vermelho é frio e seco.

Condições para existência de vida em Marte?

  • Agora, pesquisadores usaram o rover Curiosity, da Nasa, e descobriram sinais de que Marte passou por ciclos repetidos entre os períodos úmido e seco.
  • “Na Terra, as pessoas fizeram experimentos que mostraram que, se você submeter uma rocha a ciclos de períodos úmidos e secos, moléculas orgânicas simples podem se combinar e formar moléculas maiores, como proteínas, e até mesmo RNA e DNA”, disse o principal autor do estudo, William Rapin, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França.
  • Isso pode ser a prova de que houve sim condição propícia para o surgimento de vida no local.
Rachaduras em Marte podem indicar presença de vida (Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS/IRAP)

Descoberta inesperada

  • Os estudos se concentraram em rochas de 3,6 bilhões de anos na cratera Gale, onde o Curiosity pousou em agosto de 2012, segundo informações da Space.com.
  • Os cientistas encontraram rachaduras de lama em forma de hexágonos, que se originaram de junções em forma de Y.
  • “Isso foi realmente empolgante para nós – era um tipo inesperado de rocha, algo que não tínhamos visto em Marte antes”, disse Rapin.
  • A pesquisa sugere que essas são rachaduras fossilizadas de lama antiga em um leito de lago que regularmente passava por ciclos de períodos úmidos e secos, possivelmente de maneira sazonal.
  • Tais fenômenos nunca foram observados no planeta em função da erosão.
  • “Até agora, a pesquisa se concentrou na questão de saber se a vida surgiu em Marte, e agora também podemos procurar vestígios de como a vida pode ter surgido em Marte”, concluiu Rapin.

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Voyager 2 perde comunicação com a Terra

Por Mateus Dias — 31 de Julho de 2023, 21:30

No dia 21 de julho a sonda Voyager 2 da NASA perdeu contato com a Terra. O ocorrido está fazendo com que a sonda não receba comandos e nem envie dados de volta para o planeta. Felizmente, o problema é temporário e a comunicação deve ser retomada em breve.

A perda de conexão aconteceu depois da antena da Voyager 2 sofrer um desvio acidental, que apesar de ser de apenas 2 graus, foi o suficiente para causar interrupção na transmissão de dados entre a sonda e a Terra.

Os dados enviados pela Voyager 2 são recebidos pela antenas da rede Deep Space Network (DSN), também da NASA, localizadas nos Estados Unidos, na Espanha e na Austrália. Além dessa missão, os radiotelescópios do sistema também oferecem suporte a outras missões distantes no nosso Sistema Solar.

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A comunicação será restabelecida em breve

Apesar da perda de comunicação, a sonda continuará seguindo o seu caminho no espaço interestelar e deve restabelecer sua comunicação conosco ainda esse ano. A Voyager 2 está programada para realizar vários ajustes ao longo do ano, de forma a manter sua antena sempre apontada para a Terra. O próximo ajuste deve acontecer em outubro, e os pesquisadores acreditam que será suficiente para resolver o problema.

Atualmente, a Voyager 2, lançada em agosto de 1977, está a cerca de 20 bilhões de quilômetros de distância da Terra e essa não é a primeira vez que perdemos a comunicação com a sonda.

Em 2020, a NASA ficou sete meses sem receber dados da sonda devido a um problema no radiotelescópio do DSN localizado em Canberra, na Austrália. Os transmissores de rádio da antena não recebiam reparos desde quando foram construídos, há cerca de 50 anos atrás.

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NASA perde contato com Estação Espacial após queda de energia

Por Lucas Soares — 26 de Julho de 2023, 15:47

Você já imaginou que a NASA poderia ficar sem energia? E que isso poderia causar um problemão? Foi exatamente essa situação que aconteceu com a agência na última terça-feira (25), fazendo com que a equipe em Houston perdesse brevemente o contato com a Estação Espacial Internacional (ISS).

A queda ocorreu enquanto uma manutenção era feita no prédio do do Houston’s Johnson Space Center. Para avisar os astronautas do problema, a equipe precisou contar com a ajuda de sistemas de comunicação russos.

Apesar de não ter tido grandes problemas, a NASA se apressou para comunicar a tripulação da queda de energia, e os astronautas foram informados cerca de 20 minutos depois.

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O gerente do programa da estação espacial, Joel Montalbano, disse que nem os astronautas nem a estação estiveram em perigo e que os sistemas de controle de backup assumiram o controle para restaurar as comunicações normais em 90 minutos.

“Não foi um problema a bordo. Isso foi puramente um problema de solo ”, disse ele. “Em nenhum momento a tripulação ou o veículo estiveram em perigo.”

Sabíamos que esse trabalho estava acontecendo e, em preparação para isso, temos o sistema de comando e controle de backup que usaríamos se tivéssemos que fechar o centro de emergência meteorológica, especialmente importante durante a temporada de furacões

Joel Montalbano
Visão de dentro da cúpula da Estação Espacial Internacional
A EEI tem uma cúpula com visão espetacular para a Terra (Imagem: Reprodução/Google Earth)

Estação Espacial sem comunicação

Essa foi a primeira vez na história que a NASA precisou usar seu sistema de emergência para falar com a Estação Espacial.

A agência possui um centro de controle longe de Houston em caso de alguma evacuação. Entretanto, dessa vez a comunicação emergencial pode ser feita no próprio Johnson Space Center apesar da falta de energia.

“Vamos entender melhor o que aconteceu e então pegar as lições aprendidas e seguir em frente”, disse Montalbano.

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New Horizons – A sonda espacial que expandiu os horizontes do conhecimento humano

Por Marcelo Zurita — 17 de Julho de 2023, 22:06

Em janeiro de 2006, uma missão da NASA foi lançada a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, para explorar Plutão, o mais distante planeta do Sistema Solar. Só que em 14 de julho de 2015, quando a sonda New Horizons alcançou seu destino, Plutão nem era mais considerado um planeta, mas os dados coletados pela sonda ajudaram a expandir os horizontes do conhecimento humano, explorando os confins do Sistema Solar.

[ Lançamento do foguete Atlas V levando a New Horizons para a missão de exploração de Plutão e os confins do Sistema Solar – Foto: Kim Shiflett / NASA ]

Ao deixar nosso planeta, a New Horizons havia se tornado a mais veloz espaçonave da história. Quando foi liberada pelo Star 48B, o terceiro estágio do foguete Atlas V, a sonda alcançou 58.536 km/h, bem próxima da velocidade de escape do Sistema Solar, que é de cerca de 59 mil km/h. Em 2007, a New Horizons se aproximou de Júpiter, onde registrou algumas de suas luas e realizou uma assistência gravitacional que deu o impulso que faltava para a sonda alcançar Plutão e seguir sua jornada para além do Sistema Solar.

A New Horizons foi projetada para explorar o menor, mais estranho, e único planeta do Sistema Solar que ainda não havia sido visitado por uma sonda espacial. Suas 5 luas também eram alvo da missão, sendo que duas delas, Nix e Hydra, foram descobertas apenas em 2005 e as iniciais seus nomes (N e H) foram também uma referência à Missão da NASA que partiria no ano seguinte. 

[ Trajetória da New Horizons através do Cinturão de Kuiper – Créditos: Yanping Guo/NASA/JHUAPL/SwRI ]

Plutão, além de muito pequeno, com pouco mais de 2300 km de diâmetro, tem também uma órbita muito inclinada e alongada, que chega a cruzar a órbita de Netuno, e habita uma região do Sistema Solar repleta de outros pequenos corpos gelados conhecidos como trans-netunianos. A descoberta de alguns desses corpos com diâmetro comparáveis ao de Plutão, motivaram a União Astronômica Internacional a alterar a definição de planeta e, com isso, Plutão foi “rebaixado” para a classe de “planeta-anão” em agosto de 2006.

Nada disso abalou a equipe da New Horizons e muitos deles seguiram considerando Plutão como o nono planeta do Sistema Solar. E a sonda, além dos instrumentos científicos levava, entre outros souvenirs, um CD com os nomes de 435 mil “viajantes virtuais” e um pequeno recipiente com as cinzas de Clyde Tombaugh, o astrônomo descobridor de Plutão. 

[ Clyde Tombaugh, o descobridor de Plutão – Fonte: wikimedia.org

Outra homenagem da Missão estava no instrumento contador de poeira cósmica que recebeu o nome de “Contador Venetia Burney”, o nome da menina fascinada por mitologia que, com 11 anos, sugeriu o nome de “Plutão” ao planeta descoberto por Tombaugh.

As imagens captadas nos dias anteriores à máxima aproximação com Plutão já elevavam as expectativas. Mostravam um mundo com várias feições na superfície e mais avermelhado do que se esperava.

Os controladores da Missão fizeram os últimos ajustes na programação da viagem e enviaram para a sonda. Com a espaçonave a 4 bilhões e meio de quilômetros da Terra, mesmo viajando na velocidade da luz, o sinal de rádio levaria mais de 4 horas para chegar até a New Horizons. E precisariam de outras 4 horas esperando as imagens da sonda chegarem de volta. 

E 8 anos atrás, em 14 de julho de 2015, a New Horizons cumpriu seu principal objetivo, passando a apenas 12.500 km da superfície de Plutão, captando imagens inéditas e dados que nos permitiram compreender muito mais a respeito do, agora planeta-anão.

A quantidade de imagens e dados coletadas pela sonda foi absurda, mas a velocidade com que esses dados foram transmitidos para a Terra foi absurdamente lenta, cerca de 2 kilobytes por segundo. Eram como fotos de alta resolução transmitidas pela internet discada da sua avó num dia de chuva. 

A espera foi difícil, mas recompensadora. Dois dias depois do encontro, com apenas 2% dos 6 gigabytes de dados recebidos, os cientistas já começaram a trabalhar nas imagens e nos dados enviados pela New Horizons. 

A missão forneceu a primeira visão em alta definição de Plutão e suas montanhas, planícies geladas, vales e penhascos, revelando detalhes fascinantes sobre a geologia e a topografia do planeta-anão. Uma das mais curiosas feições da sua superfície, a região clara conhecida como “Coração de Plutão”, recebeu o nome de “Tombaugh Regio”, em homenagem ao descobridor daquele mundo.

[ Plutão registrado pela New Horizons – Créditos: NASA/JHUAPL/SWRI ] 

A New Horizons revelou também que Plutão tem uma atmosfera, e essa atmosfera contém  nitrogênio, metano e monóxido de carbono. Ela também observou fenômenos climáticos, como neblina e nuvens, e a interação entre a atmosfera de Plutão e o vento solar.

Estudou com detalhes inéditos suas 5 luas, principalmente a maior delas, Caronte, que teve boa parte de sua superfície mapeada pela New Horizons, além de fornecer informações valiosas sobre a geologia, a topografia e a evolução dessa lua de Plutão. 

[ Caronte, a maior lua de Plutão, registrado pela New Horizons – Créditos: NASA/JHUAPL/SWRI/Alex Parker ]

Algumas horas depois de passar por Plutão, a New Horizons se virou para a Terra e enviou uma mensagem única: “Missão cumprida”. E de fato, a missão alcançou com louvor todos os seus objetivos. Mas aquele não era o final da história. 4 anos depois, a sonda sobrevoou o objeto transnetuniano Arrokoth, apelidado pela equipe de Ultima Thule. 

[ Transnetuniano Arrokoth registrado pela New Horizons – Créditos: NASA/JHUAPL/SWRI/Roman Tkachenko ]

E mesmo agora, 8 anos depois do ápice da Missão New Horizons, a sonda continua explorando os confins do Sistema Solar, levando as cinzas de Clyde Tombaugh rumo à eternidade do espaço interestelar.

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Visite a simulação de Marte onde astronautas vão ser confinados pela NASA

Por Alessandro Di Lorenzo — 4 de Julho de 2023, 19:40

Quatro astronautas estão confinados dentro de um habitat simulado de Marte em preparação para uma missão que será realizada em 2024. A NASA divulgou imagens da base especial simulada.

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Porta de entrada para o Mars Dune Alpha (Imagem: NASA)

Mars Dune Alpha: a casa dos astronautas pelos próximos meses

  • Localizada no Johnson Space Center da NASA, em Houston, nos Estados Unidos, a base marciana simulada foi impressa em 3D e é conhecida como Mars Dune Alpha;
  • Ela será a casa da primeira missão Crew Health and Performance Exploration Analog (CHAPEA) da agência para os tripulantes Kelly Haston, Ross Rockwell, Nathan Jones e Anca Selariu;
  • No total, serão três missões que a NASA está usando para investigar a melhor forma de projetar e planejar futuras missões a Marte.

A tripulação de quatro pessoas viverá e trabalhará dentro do habitat enquanto se coordena com os operadores de controle da missão para realizar atividades semelhantes às esperadas de uma tripulação de astronauta real, na verdade em Marte, incluindo o atraso de comunicação de 22 minutos que existe entre a Terra e o planeta vermelho.

Enquanto o quarteto cumpre suas funções, os pesquisadores da NASA estarão de olho na própria tripulação. Desde como eles interagem com seu habitat, e uns com os outros, ao longo de sua estadia de um ano fornecerá dados cruciais que podem informar tudo, até o layout do mobiliário e planejamento de refeições, até atribuições da tripulação e manutenção do equipamento.

  • A Mars Dune Alpha oferece quatro dormitórios separados, com um interior total de 1.700 metros quadrados;
  • O solo marciano simulado e o pano de fundo de penhascos rochosos vermelhos revestem as paredes da estrutura;
  • A intenção é oferecer à tripulação a imersão mais completa possível enquanto realizam pesquisas da missão.

Confira o vídeo postado pela NASA:

Mars Habitat Tour 📹

CHAPEA, or Crew Health and Performance Exploration Analog, is @NASA's first one-year ground-based mission that will simulate living on @NASAMars. The crew will live and work in this 3D-printed, 1,700-square-foot habitat.

MORE: https://t.co/aA6dSIRWLG pic.twitter.com/fgiznfV0uU

— NASA_SLS (@NASA_SLS) April 22, 2023

Com informações de Space.com.

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Como a NASA escolhe os nomes das rochas em Marte?

Por Samara Menezes — 3 de Julho de 2023, 17:03

Há 25 anos, cientistas costumavam dar nomes as rochas encontradas em Marte de forma aleatória, mas, segundo a geóloga que faz parte das equipes das missões da NASA rovers Curiosity e Perseverance, Tina Seeger, os critérios para dar nomes a descobertas em Marte mudaram.

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Era muito comum, lá nos anos 90, surgirem nomes de rochas marcianas baseadas em personagens de ficção, como “Scooby Doo” e “Indiana Jones”, mas agora os nomes possuem duas categorias: os nomes oficiais e os apelidos. Os nomes oficiais são definidos por um corpo de cientistas chamado União Astronômica Internacional (IAU), que registra os nomes escolhidos no Gazetteer of Planetary Nomenclature. Ficou curioso? Logo abaixo explicaremos melhor como esse processo funciona.

Como a NASA escolhe os nomes das rochas em Marte?

Cerca de 2.000 lugares em Marte possuem nomes oficiais, mas o número de apelidos para essas descobertas é ainda maior. Isso acontece porque foi somente após o rover Spirit e Opportunity, veículos de exploração da NASA, decidirem colocar nomes mais apropriados para os objetos de estudo que as coisas começaram a mudar. Hoje, as descobertas em Marte levam nomes mais intencionais, escolhidos para homenagear personalidades importantes, lugares, ou coisas que se assemelham ao objeto estudado.

Marte, NASA
Imagem: Pixabay

Por exemplo, a equipe do Opportunity deu nome a uma cratera de “Endurance” em homenagem ao navio que transportou a expedição do explorador Ernest Shackleton à Antártida. Já a equipe do InSight escolheu o nome de “Rolling Stones Rock”, em homenagem a banda The Rolling Stones, para uma rocha que havia sido empurrada pelos retrofoguetes da sonda durante o pouso.

Crateras com mais de 60 quilômetros homenageiam cientistas famosos ou autores de ficção científica, já as menores recebem o nome de cidades pequenas do nosso planeta. Geralmente, é escolhido um tema para determinada região e os nomes são escolhidos a partir daí. Como a equipe do Curiosity que escolheu o tema Roraima, um dos estados Brasileiros, e o nome do pico mais alto das montanhas de Pacaraima, na fronteira entre Venezuela Brasil e Guiana, o Monte Roraima.

Ashwin Vasavada, cientista do projeto da missão Curiosity no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no sul da Califórnia, explica que “A principal razão pela qual escolhemos todos esses nomes é ajudar a equipe a acompanhar o que estão encontrando a cada dia”, afirmou, já que há a necessidade de documentar cada descoberta realizada em Marte.

Fonte: NASA

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NASA anunciou que “apocalipse da internet” está próximo? Entenda

Por Flavia Correia — 28 de Junho de 2023, 16:08

Nos últimos dias, rumores de que cientistas da NASA teriam emitido alertas sobre um possível “apocalipse da internet” esperado para a próxima década causaram um verdadeiro alvoroço nas redes sociais ao redor do mundo. Postagens no Instagram, Facebook, Twitter, TikTok e outras plataformas trataram o tema com o devido alarde que já sabemos ser bem comum nesses veículos.

NASA está alertando sobre 1 apocalipse iminente da Internet q desativaria a Internet por meses e Elon concordou em dizer que o Starlink poderia atuar como 1 rede de segurança p tais eventos.
Schwab previu um apagão na Internet dp de "prever" uma pandemia. pic.twitter.com/TxmBCy0q7e

— Isamara Martins (@Isamara55433815) June 23, 2023

era só isso q me faltava agr
“apocalipse da internet” vsff

— fael (@faellsnts_) June 27, 2023

essa história de "apocalipse da internet" já tá rodando por aí desde 2021 e não sei pq decidiram reviver isso justo agora https://t.co/IqJUvSeTWy

— lena⁷ 🦕 (@jinossaro) June 25, 2023

Mas, o que esse burburinho tem de verdade e o que não passa de exagero da web? Venha entender tudo isso.

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“Apocalipse da internet” virou notícia há dois anos

Uma reportagem publicada pelo jornal britânico Mirror no início do mês foi o estopim para essa onda de postagens alarmistas acerca de um apagão da internet no mundo, que seria causado pelo Sol.

No entanto, vale lembrar que esse assunto não é de hoje. Tudo começou, na verdade, em 2021, com a publicação de um estudo conduzido por uma pesquisadora da Universidade da Califórnia chamada Sangeetha Abdu Jyothi, que previa um cenário semi apocalíptico, no qual cabos submarinos de fibra óptica estariam especialmente vulneráveis a um evento de ejeção de massa coronal de grande porte – ou seja, uma supertempestade solar. (O Olhar Digital falou sobre essa pesquisa aqui).

Segundo a cientista, se um fluxo de vento solar extremo voltado para a Terra atingisse o planeta, afetaria esses cabos internacionais de internet, cortando o fornecimento de conexão na fonte. “É como fechar o suprimento de água de uma casa quebrando o encanamento da rua”, exemplificou Sangeetha.

Quase dois anos depois, o assunto volta à tona – algo que costuma acontecer bastante, a propósito. No fim do ano passado, por exemplo, a internet “ressuscitou” uma história de 2017 que dizia que a NASA vai mandar apenas mulheres para Marte para “evitar sexo no espaço”.

Supertempestade solar já interrompeu sistemas de comunicação na Terra

O medo generalizado do tal “apocalipse da internet” provocou uma avalanche de desinformação de rápida disseminação sobre avisos inexistentes da NASA e especulações sobre o que seria da humanidade um mundo offline. 

Conforme destaca o jornal The Washington Post (TWP), é fácil entender o porquê de tanta polêmica. Afinal, praticamente todos os aspectos da vida humana estão ligados à internet, e sua ausência pode ter consequências desastrosas – sem mencionar que muita gente mal aguenta uma viagem de elevador de 30 segundos sem Wi-Fi.

Especialistas apontam que uma interrupção generalizada da internet pode, de fato, ser provocada por uma forte tempestade solar que vier a atingir a Terra – um evento raro, mas muito real, que ainda não aconteceu na era digital. 

O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar, e está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25. Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas.

Arrebentações na superfície solar causadas por emaranhados nos campos magnéticos da estrela enviam partículas carregadas de radiação à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação.

As erupções solares às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra.

Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.

Quando uma tempestade solar que ficou conhecida como “Evento Carrington” atingiu o planeta em 1859, as linhas telegráficas foram afetadas, operadores foram eletrocutados e auroras boreais desceram para latitudes incrivelmente baixas. 

Mais de um século depois, em 1989, uma tempestade solar interrompeu a rede elétrica de Quebec, no Canadá, por longas horas. E em 2012, um outro evento do tipo passou raspando pela Terra, o que evitou graves consequências.

NASA usa sonda espacial para investigar a atividade solar

Várias das postagens que espalham o (até então) boato sobre o apocalipse da internet citam que a Parker Solar Probe, uma sonda espacial desenvolvida pela NASA para orbitar o Sol, detectou que o evento estaria próximo de acontecer. 

E isso não é verdade. A missão Parker tem por objetivo examinar o comportamento do astro e entender como ele consegue provocar efeitos espaciais climáticos capazes de afetar desde a segurança de astronautas durante caminhadas espaciais até o funcionamento de satélites e de redes de energia, além da ocorrência de auroras na atmosfera terrestre.

No entanto, em momento algum foi divulgado pela NASA que a espaçonave teria descoberto qualquer evento extremo em vias de acontecer nos próximos anos. 

Na verdade, a sonda nem faz previsões. Ocorre que, desde que foi lançada, ela já fez alguns sobrevoos próximos à coroa solar para examinar a atividade da estrela e, com base nessas aproximações, bem como em levantamentos feitos por outros equipamentos (como o Observatório de Dinâmicas Solares, por exemplo), os cientistas da NASA conseguem projetar os períodos de maior e menor movimentação no Sol.

Espera-se que a sonda Parker faça mais 12 passagens próximas do Sol ao longo dos próximos dois anos da missão, prevista para ser concluída em meados de 2025. 

O que pode ter dado forças à volta dos rumores sobre o apocalipse da internet é que, há algumas semanas, cientistas publicaram novas evidências da sonda sobre a origem dos ventos solares, que dizem ser resultado de um fenômeno chamado “reconexão magnética”. 

Embora a pesquisa não tenha olhado especificamente para tempestades solares, ela tem relevância mais ampla. “A atmosfera solar muda muito lentamente”, diz Stuart Bale, professor de física da Universidade da Califórnia em Berkeley e pesquisador principal da sonda Parker na NASA. “Então, sempre que algo muda muito rápido magneticamente no Sol, provavelmente é devido à reconexão”.

Ele explica que os estudos servem justamente para reunir informações que possam ser úteis para prevenir cenários catastróficos. “Quanto mais soubermos sobre a reconexão magnética no Sol, mais poder preditivo isso nos dará para o clima espacial”.

Bale disse ao TWP que entende o tipo de pânico que a ideia de “apocalipse da internet” incute. Mas, normalmente, o cientista não se preocupa muito com isso. “De certa forma, prefiro cultivar minhas próprias batatas no campo, não usando um celular”, disse ele.

Ou seja: vamos seguir com as nossas vidas em paz, porque o apagão da internet, definitivamente, não é um assunto que mereça tanto a nossa atenção e preocupação – pelo menos por enquanto.

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Rover da NASA fotografa rocha em forma de rosquinha em Marte

Por Flavia Correia — 28 de Junho de 2023, 13:25

Construído pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA a um custo de US$2,2 bilhões, e lançado em 30 de julho de 2020, o rover Perseverance pousou em Marte às 17h55 (horário de Brasília) do dia 18 de fevereiro de 2021, mudando a maneira como olhamos para o Planeta Vermelho. 

Entre os muitos feitos do equipamento nesses mais de 16 meses em operação, está a coleta de rochas e porções de solo marciano, a criação do primeiro depósito de amostras fora da Terra, o uso de um diversificado conjunto de técnicas para identificar minerais e moléculas orgânicas e, claro, uma incrível variedade de imagens capturadas do nosso cobiçado vizinho.

Entre esses registros estão centenas de selfies, além de algumas capturas bastante curiosas, como uma “porção de espaguete” flagrada no chão de Marte e até uma rocha em formato de cobra.

Tudo isso na Cratera Jezero, uma área de 45 km de extensão onde o Perseverance pousou e vem explorando, que, nas palavras da equipe de controle da missão, é uma “verdadeira festa geológica”, além de ser um local ideal para que o rover continue sua busca por sinais de vida marciana.

Recentemente, um novo registro obtido pelo veículo explorador robótico chamou a atenção dos pesquisadores e causou alvoroço nas redes sociais: uma rocha bizarra que mais parece uma imensa rosquinha – ou donut como é chamado o petisco nos EUA.

#PPOD: @NASAPersevere took a picture using the SuperCam Remote Micro-Imager on 23 June 2023 of a donut-shaped rock off in the distance, which could be a large meteorite alongside smaller pieces. Credit: @NASA @NASAJPL @Caltech @LosAlamosNatLab @CNES @IRAP_France @mars_stu pic.twitter.com/9EFTr5tlno

— The SETI Institute (@SETIInstitute) June 26, 2023

De acordo com a publicação feita no Twitter pelo Instituto SETI (sigla em inglês para Busca por Inteligência Extraterrestre), o objeto foi fotografado pelo instrumento SuperCam Remote Micro-Imager do rover. 

Ainda segundo o post, a intrigante pedra grande e escura com um buraco no meio, cercada por outras de tonalidade semelhante, pode não ser nem marciana e, sim, “um grande meteorito ao lado de pedaços menores”.

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Perseverance já coletou 20 amostras em Marte

O registro do possível “meteorito rosquinha” foi obtido na sexta-feira (23), mesmo dia em que o rover Perseverance coletou sua 20ª amostra em Marte: um núcleo de rocha sedimentar de 5,77 cm.

Esse tipo de amostra corresponde a 85% do material coletado pelo rover. O restante é dividido entre amostras atmosféricas (5%) e regolitos de solo (10%), segundo o relatório da missão publicado pela NASA. 

Todo esse trabalho tem por objetivo detectar sinais de vida microbiana antiga, ajudando a NASA a compreender a habitabilidade passada de Marte. Assim, o rover usa uma broca para coletar amostras de núcleo de rocha e solo marciano e, em seguida, armazená-las em tubos selados que serão resgatados por uma futura missão conjunta entre as agências espaciais norte-americana e europeia planejada para a próxima década.

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Primeiro satélite brasileiro supera NASA e bate recorde de tempo em órbita

Por Flavia Correia — 26 de Junho de 2023, 15:08

Lançado em fevereiro de 1993, o Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1) entrou para a história como o primeiro satélite projetado, construído e operado pelo Brasil

Nesta segunda-feira (26), ele completa 30 anos, quatro meses e 13 dias em órbita da Terra, o que ultrapassa em 10 dias o tempo recorde anterior de um equipamento enviado ao espaço para observação do planeta – marco antes pertencente ao Geotail (uma parceria entre as agências espaciais norte-americana, NASA, e japonesa, JAXA).

Além disso, a espaçonave também superou sua própria expectativa de vida em mais de 30 vezes, já que foi desenvolvido para durar apenas um ano.

De maneira geral, satélites pequenos mais modernos funcionam por cerca de cinco anos. Quando se aposentam, eles permanecem em órbita como lixo espacial por, no máximo, 25 anos. Depois disso, mergulham na atmosfera da Terra para uma morte flamejante.

Ou seja, até mesmo o período máximo de permanência em órbita de um satélite inativo o SCD-1 excedeu – e ainda está em funcionamento.

O Satélite de Coleta de Dados 1 (SCD-1), desenvolvido pelo Inpe, é o equipamento enviado ao espaço para observação da Terra que está há mais tempo em órbita. Crédito: Inpe

Satélite foi desenvolvido pelo Inpe

O projeto é de responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que classifica a espaçonave como “um tributo à competência da engenharia espacial brasileira”.

Em entrevista ao Tilt, do Uol, Sebastião Varotto, engenheiro do Inpe, disse que o lançamento e consequente sucesso do SCD-1 representou uma grande conquista para a instituição e para o Brasil, com o objetivo de alcançar a autonomia de acesso ao espaço e o desenvolvimento de satélites em território nacional. “Este recorde realça a robustez do projeto e a elevada qualidade da fabricação, da integração e dos testes realizados”.

Segundo Varotto, o SCD-1 já percorreu mais de sete bilhões de quilômetros orbitando a Terra – o que daria quase para ir a Marte e voltar duas vezes. 

Atualmente ofuscado pelas novas tecnologias, o satélite brasileiro SCD-1 foi considerado um avanço na época em que foi lançado, ficando entre os melhores do mundo em relação à previsão do tempo. Crédito: Inpe

Embora seja lembrado com nostalgia, o equipamento atualmente é ofuscado pelas novas tecnologias (e pelo sucateamento da ciência brasileira). No entanto, quando foi lançado, ele representou uma verdadeira revolução. Na época, os modelos de previsão do tempo ofereciam apenas 50% de acerto no Brasil. “Com o SCD, chegamos a 80% de precisão, ficando entre os melhores do mundo”, disse Varotto.

Para isso, o equipamento coleta dados ambientais e meteorológicos de estações de monitoramento espalhadas pelo território brasileiro e os transmite a centros de processamento localizados em Cuiabá (MT) e em Natal (RN). Essas Plataformas de Coleta de Dados Ambientais (PCDs) são providas de instrumentos capazes de levantar informações como:

  • nível de água em rios e represas 
  • qualidade da água 
  • precipitação pluviométrica 
  • pressão atmosférica 
  • intensidade da radiação solar
  • temperatura do ar

No entanto, diante de novos modelos e supercomputadores, tais dados deixaram de ser tão relevantes. “Mas naquele tempo, com capacidade computacional limitada e sem redes de celular, eles foram essenciais para a meteorologia e a previsão climática”, completa Varotto.

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Vale destacar, também, que a rede de PCDs sofreu uma significativa queda. Houve um tempo em que existiam mais de 700 delas em todo o Brasil e em países de fronteira. Agora, são somente 127, já que muitas foram abandonadas ou quebradas. 

Ainda assim, as informações levantadas pelo SCD-1 abastecem o Sistema Integrado de Dados Ambientais (Sinda), que permite monitorar bacias hidrográficas, fazer planejamento agrícola e manejar desastres naturais, além de previsão do tempo e clima.

Esse sistema é acessado por 80 empresas e instituições, como a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de universidades, indústrias, usinas hidrelétricas, Marinha, Defesa Civil, entre outros.

Fusca espacial

Com formato de um prisma octogonal, o SCD-1 pesa cerca de 115 kg, distribuídos em um metro de largura por 1,45 m de altura. Seus oito lados e a parte de cima são cobertos por painéis solares. 

Posicionado a 750 km de altitude, o satélite viaja a 27 mil km por hora, levando uma hora e 40 minutos para dar uma volta completa na Terra. Dessa forma, a espaçonave passa 16 vezes por dia sobre o território brasileiro para cumprir sua função.

Com o passar dos anos, foram aparecendo os sinais de cansaço. As baterias do satélite já não são capazes de armazenar energia. Então, desde 2010, o equipamento só funciona quando os painéis recebem a luz do Sol. Assim, o SCD-1 fica ligado cerca de 60% do tempo. 

Além disso, desde que entrou em órbita, sua velocidade de rotação (os giros em torno de si mesmo) diminuiu muito. Dos iniciais 120 rpm (rotações por minuto), agora ele atinge menos de 10 rpm.

Isso afeta a estabilidade da órbita e o ângulo em relação à superfície do planeta, superaquecendo seus componentes, que hoje operam acima do limite. Segundo a reportagem do Tilt, os técnicos do Inpe ainda conseguem fazer algumas manobras para controlar a atitude, mas com cada vez menos eficácia.

A concepção do SCD-1 foi como a de um Fusca: simples e robusto. Se não tiver bateria, é só empurrar que pega. Um satélite não tem chave. É lançado ligado e fica assim pra sempre. A maioria deles acaba por questão energética, como um celular velho. Mas este tem um jeito de continuar funcionando, mesmo que parcialmente, só com a tensão gerada nos painéis solares.

Sebastião Varotto, engenheiro do Inpe

Cinco anos depois do lançamento do SCD-1, foi lançado o SCD-2. Também com expectativa de vida de um ano, ele continua ativo, e, segundo Varotto, é provável que venha, um dia, a bater o recorde do irmão mais velho.

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Animação da NASA ilustra aumento do nível do mar em 30 anos

Por Flavia Correia — 22 de Junho de 2023, 20:48

Em 30 anos, o nível médio do mar da Terra subiu 9,85 centímetros, segundo a NASA. Embora pareça pouco, a agência diz que é um aumento “sem precedentes nos últimos 2.500 anos”. 

Já que pode não ser tão fácil imaginar como a elevação do nível do mar já está remodelando o planeta em que vivemos, o Estúdio de Visualização Científica da NASA desenvolveu uma animação para ilustrar isso em escala.

Na segunda-feira (19), o climatologista Zack Lab, cientista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), compartilhou o vídeo no Twitter. No material, pode-se ver claramente como o nível da água dos oceanos do mundo aumentou significativamente nas últimas décadas – sem nenhuma perspectiva de que possa parar tão cedo.

"Sea Level Through a Porthole" – new animation by @NASAViz at https://t.co/YADfJXlaq7

Learn more from @NASAClimate at https://t.co/kAiasdwZGl #ClimateChange pic.twitter.com/4X0c7ibKXa

— Zack Labe (@ZLabe) June 19, 2023

A animação mostra o ponto de vista da vigia de um barco. Conforme os anos passam, o nível da água sobe um pouco mais.

O clipe documenta a mudança no nível global do mar a partir de 1993, quando os satélites começaram a fazer um registro confiável da mudança, até 2022. Os dados são alimentados em modelos climáticos globais que tentam conciliar diversos elementos das condições da superfície do nosso planeta. 

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O que provoca o aumento do nível do mar

Para analisar o aumento do nível do mar, essas três décadas de observações por satélite são acompanhadas de medições de marégrafos costeiros, dados sobre massas de gelo e, claro, o aumento das emissões de gases de efeito estufa – algo diretamente relacionado com as mudanças climáticas impulsionadas pelo homem, especialmente pela queima de combustíveis fósseis, que retém o calor.

Sintetizar esses dados e deixar bem claro o que tudo isso significa para as pessoas em todo o mundo tem sido um dos maiores problemas no centro da crise climática.

Embora a atmosfera tenha sido por muito tempo o cobertor aconchegante da Terra, o planeta agora está sufocando sob o peso das emissões de dióxido de carbono. E são os oceanos que absorvem 90% do calor que nós, seres humanos, adicionamos ao sistema.

Grandes quantidades de água procedentes das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida estão derretendo a uma taxa alarmante, o que também é um fator determinante para o aumento dos oceanos. Por último, mas não menos importante, o derretimento das geleiras de montanha também está contribuindo consideravelmente.

Segundo a NASA, o impacto dessas mudanças será profundo. As regiões costeiras e as áreas baixas assumirão grande parte do fardo inicial, mas o aumento do nível do mar também tem o potencial de permitir que tempestades e inundações cheguem mais para dentro no continente. Isso será devastador para um grande número de assentamentos humanos em todo o mundo, além da destruição dos ambientes naturais.

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Nome de missão da NASA pode ser escolhido por votação na internet (e isso parece uma péssima ideia)

Por Mateus Dias — 14 de Junho de 2023, 00:11

A NASA planeja lançar no início da década de 2030 uma sonda com destino a Urano, e mesmo ainda não tendo nem o sinal verde para sair do papel, as sugestões de nomes para a missão já surgiram no Twitter, e não é possível levá-las a sério.

Recorrer à opinião pública para nomear missões científicas não é bem uma coisa nova. Em 2016, o Conselho de Pesquisa Natural Ambiente, da Grã-Bretanha, abriu uma campanha para batizar um navio científico, que iria realizar pesquisas no Oceano Antártico. O público votou para que ele fosse chamado de Boaty McBoatface, que em português seria algo semelhante à Barquinho Cara de Barco. No final, o nome acabou não indo para frente.

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Batizando a sonda

Agora, nessa missão com destino à Urano, a consulta não é oficial, mas ainda sim o público interagiu bastante para batizá-la depois que o perfil do Twitter da Ice Giant Missions perguntou aos seus seguidores como ela deveria ser chamada.

There was:
Voyager – @NSFVoyager2 🌌
Cassini-Huygens – @CassiniSaturn 🪐
New Horizons – @NASANewHorizons 🖤
Juno – @NASAJuno 🟠
Perseverance – @NASAPersevere 🔴

We want to know, what would YOU name the #Uranus Orbiter & Probe Mission? #letsgoback #icegiants #namethemission pic.twitter.com/o6vLLgdvMo

— Ice Giant Missions (@ExploreIGO) September 10, 2022

A imagem da publicação, simula a aparência oficial de um comunicado, o que provavelmente fez com que os usuários pensassem se tratar realmente de uma consulta pública feita pela NASA. No entanto, em nenhum portal da agência é possível encontrar essa informação. 

Algumas das sugestões feitas pelo público e publicadas depois pelo perfil, até levam em consideração o gosto da NASA em usar acrônimos, como ANUS (Advanced New Uranus Space mission), que significa Missão Espacial Nova Urano Avançada, e RECTUM (Research Education Charging Towards Uranus Mission), Pesquisa Educativa Carregando Rumo à Missão de Urano.

The #icegiants community is insanely creative 😍 & hilarious 😂
Here are the two lists:
1. Seriously cool name suggestions for the #Uranus mission ⚪ (so difficult to choose!)
2. Some of the best jokes people came up with 🍑
Which is your favorite from each list?#letsgoback pic.twitter.com/MupJ2WMqBz

— Ice Giant Missions 🛰 (@ExploreIGO) September 12, 2022

Entre as sugestões chegou até mesmo a aparecer Proby McProbeface, Sondinha Cara de Sonda. Apesar da grande maioria dos nomes não serem sérios, existem alguns que até fazem sentido com o objetivo da missão, como Odin, responsável por derrotar os gigantes de gelo na mitologia nórdica, e Boreas, deus grego do vento do norte e portador do inverno.

Missão a Urano

A missão para Urano, ainda é somente um projeto da NASA chamado de Uranus Orbiter and Probe, que possui como objetivo passar vários anos orbitando o gigante gelado e até mesmo, mandar uma sonda através de sua atmosfera, até sua superfície, podendo mostrar mais sobre a composição do planeta.

Por ainda não ter sido aprovada, a missão continua sem nome. Mas se você quer realmente batizar alguma coisa pode tentar nomear um dos exoplanetas a ser explorado em breve pelo Telescópio Espacial James Web, como Planetinha Cara de Planeta.

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Artemis: astronautas vão procurar vida na Lua?

Por Flavia Correia — 12 de Junho de 2023, 15:42

Existe muita expectativa na busca por vida em outros planetas do Sistema Solar, ou mesmo em mundos mais distantes ao redor das mais de 200 bilhões de estrelas da Via Láctea. No entanto, pouco se fala sobre a possibilidade de microrganismos habitarem um corpo celeste muito mais próximo da Terra do que se imagina: a Lua.

Agora, parece que isso está prestes a mudar. A NASA anunciou que um dos focos dos astronautas das futuras missões de pouso na superfície lunar pelo Programa Artemis será, justamente, investigar locais com potencial para abrigar microrganismos.

Uma nova pesquisa conduzida pela agência sugere que os futuros visitantes do polo sul lunar devem estar atentos a evidências de vida em crateras superfrias permanentemente sombreadas.

De acordo com o astrofísico Prabal Saxena, pesquisador planetário do Centro de Voos Espaciais Goddard (GSFC), a vida microbiana poderia potencialmente sobreviver nas condições adversas daquela região.

Topografia e regiões permanentemente sombreadas (PSRs) do polo sul da Lua. Crédito: NASA

“Uma das coisas mais impressionantes que nossa equipe descobriu é que, dados os estudos recentes sobre as faixas em que certa vida microbiana pode sobreviver, pode haver nichos potencialmente habitáveis para essa vida em áreas relativamente protegidas em alguns corpos sem ar”, disse Saxena ao site Space.com.

“Estamos atualmente trabalhando para entender quais organismos específicos podem ser mais adequados para sobreviver em tais regiões e quais áreas das regiões polares lunares, incluindo locais de interesse relevantes para a exploração, podem ser mais propícias para suportar vida”, revelou o cientista.

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Possível vida na Lua teria se originado na Terra

Em trabalho apresentado em um recente workshop sobre os potenciais locais de pouso da missão Artemis 3, prevista para decolar entre 2025 e 2026, Saxena e os coautores do estudo relataram ainda que pequenos pedaços do nosso planeta podem ter sido lançados à Lua como “meteoritos da Terra” por poderosos impactos cósmicos.

Assim, a equipe pretende descobrir se, durante esses episódios, microrganismos terrestres podem ter sobrevivido a essa viagem pelo espaço profundo e prosperado em solo lunar. 

Além disso, há também outra possibilidade: que micróbios tenham sido deixados pelos humanos na Lua da última vez que estiveram lá (ou quando um módulo de pouso fracassado espalhou um monte de tardígrados resistentes na superfície lunar em 2019).

Saxena explica que essas descobertas seriam extremamente relevantes, já que a NASA selecionou 13 áreas perto do polo sul para escolher o local de pouso da primeira missão tripulada à superfície da Lua em mais de meio século.

Diagrama mostra as 13 regiões candidatas a local de pouso na Lua da missão Artemis 3. Créditos: NASA

“Vemos os humanos como o vetor mais provável [pelo envio de micróbios à Lua], com base nos extensos dados que temos sobre nossa história de exploração e o registro de impacto como uma segunda, embora menos influente, fonte terrestre inicial”, disse a geoquímica orgânica Heather Graham, também cientista do GSFC.

Resumindo: se algum dia encontrarmos vida na Lua, provavelmente terá vindo da Terra – mas isso não deve ser considerado desanimador. Pelo contrário. Segundo os pesquisadores, confirmar que os micróbios poderiam sobreviver na Lua teria vastas implicações na busca por vida genuinamente alienígena.

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OVNIs: “Sem provas extraordinárias, são apenas alegações”, diz ex-astronauta

Por Flavia Correia — 2 de Junho de 2023, 20:57

Na última quarta-feira (31), conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA realizou uma conferência pública para apresentar os primeiros resultados das investigações sobre objetos voadores não-identificados (OVNIs) feitas por um grupo de estudos especializado da agência.

O foco da sessão, que durou em torno de quatro horas, foi apresentar “deliberações finais” antes que a equipe publique um relatório oficial, planejado para ser divulgado até o fim de julho.

Paralelamente aos estudos da NASA, o Departamento de Defesa (DoD) dos EUA (Pentágono) também tem um escritório específico dedicado a rastrear o que o governo norte-americano prefere chamar de “fenômenos aéreos não identificados” (UAPs).

Veterano da NASA revela que colega confundiu balão com OVNI

Entre os participantes da conferência de quarta-feira estava o ex-capitão da Marinha dos EUA Scott Kelly, que também é ex-astronauta, com quatro missões espaciais no currículo: a primeira, atuando como piloto do ônibus espacial Discovery, em 1999, e as outras três, sendo comandante de expedições à Estação Espacial Internacional (ISS).

Scott Kelly, ex-astronauta da NASA, já foi capitão da Marinha dos EUA. Crédito: Robert Markowitz/NASA

Em determinado momento, depois de permanecer boa parte da reunião em silêncio, ele pediu a palavra para compartilhar uma experiência pela qual passou enquanto pilotava um caça supersônico F-14 Tomcat. “Lembro-me de uma vez em que estava voando nas áreas de alerta da zona de operação militar de Virginia Beach, e meu RIO [oficial de interceptação de radar] – o cara que fica na parte de trás do Tomcat – estava convencido de que passamos por um OVNI. Eu não vi. A gente se virou para olhar: acontece que era um balão do Bart Simpson”.

Em seguida, um repórter do site Space.com perguntou a Kelly o que os avistamentos relatados, principalmente, por aviadores civis e militares podem implicar sobre a segurança dos céus e a busca por vida inteligente, e o que ele achava sobre os inúmeros ex-pilotos, oficiais de inteligência e conselheiros do governo dos EUA que afirmam que a Casa Branca tem ciência de objetos ou naves que desafiam a sabedoria convencional sobre aerodinâmica, propulsão e física.

Scott Kelly participou da reunião promovida pelo grupo de estudo da NASA sobre OVNI, ocorrida na quarta-feira (31). Crédito: NASA/Joel Kowsky

“Como disse Carl Sagan, ‘alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias’. Você sabe, eles têm todo o direito de fazer reivindicações extraordinárias, mas sem as provas extraordinárias, são apenas alegações”, respondeu o ex-astronauta. “Em um tribunal, depoimentos de testemunhas oculares são considerados prova – o que eu não concordo. Mas, na ciência, faz parte de uma hipótese. É como, ‘Oh, nós vemos isso!’ Então, vamos investigar”.

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Avistamentos de OVNIs podem ser ilusões de ótica

Para Kelly, os tipos de alegações extraordinárias associadas a alguns dos avistamentos de UAP relatados divulgados na mídia nos últimos anos, ou mencionados na conferência desta semana, se devem em grande parte ao fato de que, ao voar sobre a água ou no espaço, pode ser difícil avaliar a velocidade e o tamanho dos objetos devido à falta de pontos de referência.

“Se você vê algo que sabe que é um avião, e geralmente sabe quão grandes são os aviões, você pode dizer a distância relativa”, explicou. “Mas, quando você não tem pontos de referência, seja no espaço ou voando sobre a água, está realmente propenso a ilusões de ótica”.

Segundo ele, não apenas os olhos humanos estão sujeitos a percepções errôneas, como também muitos dos sensores a bordo de caças e outras aeronaves enfrentam a mesma dificuldade.

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Animação da NASA dimensiona monstruosos buracos negros do Universo; assista

Por Ronnie Mancuzo — 14 de Maio de 2023, 11:52

Uma animação muito interessante da NASA reforça o quanto os buracos negros merecem ser considerados verdadeiros “monstros” cósmicos. Eles se encontram no centro da maioria das grandes galáxias (inclusive em nossa própria Via Láctea), possuindo entre 100.000 e dezenas de bilhões de vezes a massa do nosso Sol.

Conforme explica a agência espacial norte-americana, qualquer luz que cruze o horizonte de eventos – o ponto sem retorno do buraco negro – fica presa para sempre, e qualquer luz que passe perto dela é redirecionada pela intensa gravidade do objeto supermassivo. Juntos, esses efeitos produzem uma “sombra” com cerca de duas vezes o tamanho do horizonte de eventos real do buraco negro.

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10 buracos negros

Na animação, os protagonistas são 10 dos mais conhecidos buracos negros – acompanhados pelo Sol, que começa ao centro da tela e nos permite entender melhor a dimensão dos gigantes. De início, com uma massa cerca de 100.000 vezes maior que a massa de nossa estrela, surge J1601+3113.

Em seguida, muito maior que o primeiro objeto, surge o buraco negro da galáxia Circinus e, logo depois, aparece o da galáxia M32. Este último parece maior que o da galáxia Circinus, por causa da sombra, mas tem metade da massa.

Chega então a vez do buraco negro localizado em nossa galáxia. Sagitários A* possui o peso de 4,3 milhões de Sóis com base no rastreamento de longo prazo de estrelas ao seu redor. Há cerca de um ano, a primeira imagem deste gigante foi divulgada, como mostramos no vídeo abaixo:

Dupla de gigantes

Outras cenas da animação mostram dois buracos negros monstruosos na galáxia conhecida como NGC 7727. Separados por cerca de 1.600 anos-luz de distância, um pesa 6 milhões de massas solares e o outro mais de 150 milhões de sóis. Segundo os astrônomos, o par vai se fundir nos próximos 250 milhões de anos.

Com massa 5,4 bilhões de vezes maior que a do nosso Sol, surge M87*. Ele teve a imagem obtida pela primeira vez em 2017, que foi publicada 2 anos depois. A agência espacial explica que a sombra deste buraco negro é tão grande, que mesmo um raio de luz – viajando a 1 bilhão de quilômetros por hora – levaria cerca de dois dias e meio para atravessá-la.

Por fim, fechando a magnífica galeria, aparece TON 618, um dos poucos buracos negros extremamente distantes e maciços para os quais os astrônomos têm medições diretas. “Este gigante contém mais de 60 bilhões de massas solares e possui uma sombra tão grande, que um feixe de luz levaria semanas para atravessá-lo”, conforme explica a NASA.

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Imagem: NASA/Divulgação

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Rio seco em Marte é fotografado por rover da NASA

Por Lucas Soares — 11 de Maio de 2023, 21:30

Marte hoje é um enorme deserto, mas um dia o planeta vermelho já teve água. Indícios disso estão por toda parte, inclusive em um dos registros mais recentes feitos pelo rover perseverance, que fez imagens de um rio seco encontrado na Cratera Jezero.

Por que é importante? 

  • As fotos mostram um rio de fluxo rápido e profundo;
  • O que pode indicar que a presença de água era mais abundante por lá do que se pensava;
  • Entender esses ambientes pode nos ajudar a encontrar vida microbiana por lá.

O local possui enormes pedras em forma de leque com cerca de 250 metros de altura. As dezenas de curvas indicam um fluxo rápido, que pode fazer parte de um grande e poderoso sistema fluvial. 

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Isso indica um rio de alta energia que está transportando muitos detritos. Quanto mais poderoso o fluxo de água, mais facilmente é capaz de mover pedaços maiores de material

Libby Ives, pesquisadora de pós-doutorado no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA
montanha rio perseverance
Os cientistas acham que essas bandas de rochas podem ter sido formadas por um rio muito rápido e profundo – a primeira evidência desse tipo foi encontrada em Marte. O rover Perseverance Mars da NASA capturou esta cena em um local apelidado de “Skrinkle Haven” usando sua câmera Mastcam-Z entre 28 de fevereiro e 9 de março de 2023. Créditos: NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS

Rover perseverance encontra rio em Marte

Os cientistas acreditam que as camadas eram bem mais altas no passado, mas o evento ao longo dos milhares de anos moveu sedimentos, formando pilhas de entulho nas laterais.

montanha rio perseverance
Os cientistas acham que essas bandas de rochas podem ter sido formadas por um rio muito rápido e profundo – a primeira evidência desse tipo foi encontrada em Marte. O rover Perseverance Mars da NASA capturou esta cena em um local apelidado de “Skrinkle Haven” usando sua câmera Mastcam-Z entre 28 de fevereiro e 9 de março de 2023. Créditos: NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS

“O vento agiu como um bisturi que cortou o topo desses depósitos”, disse Michael Lamb, da Caltech, especialista em rios e colaborador da equipe científica do Perseverance. “Nós vemos depósitos como este na Terra, mas eles nunca estão tão bem expostos quanto aqui em Marte. A Terra está coberta de vegetação que esconde essas camadas.”

“O que é emocionante aqui é que entramos em uma nova fase da história de Jezero. E é a primeira vez que vemos ambientes como este em Marte,” disse a vice-cientista do projeto Perseverance, Katie Stack Morgan do JPL. “Estamos pensando em rios em uma escala diferente da que tínhamos antes.”

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