Se você olhou para o céu em algum lugar do Brasil, ou do mundo, na noite passada e sem nuvens de chuva, deve ter notado que nosso satélite estava diferente. Na última sexta-feira (29) tivemos a Superlua da Cholheita, que é a lua cheia de setembro justamente quando o nosso satélite alcança o ponto de perigeu.
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Traduzindo, o ponto de perigeu é o local onde a lua e a Terra estão mais próximas. Por conta disso, neste momento chamamos de Superlua e podemos ter a sensação de que o astro está maior – e ele está visivelmente grande mesmo. Em números, este acontecimento deixa o satélite natural 14% mais largo e 30% mais brilhante no céu.
Como a internet é uma fonte infinita de informação, também conseguimos traçar uma linha de observação para quem conseguiu não só ver a Superlua deste mês, mas também registrar o momento com um equipamento competente para isso. Eu tentei em São Paulo, mas o clima não ajudou com o céu nublado por dias seguidos.
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Nesta terça-feira (1º), teve início a lua cheia de agosto, também chamada de Lua do Esturjão (clique aqui para entender o motivo desse nome e saber as designações que o astro recebe em sua fase completa nos demais meses do ano). Assim que o Sol se pôs, a primeira Superlua de agosto pôde ser vista imensa e brilhante no céu.
Exatamente o que você leu: esta foi somente a primeira Superlua deste mês, que conta com mais um evento do tipo no dia 30. Quando um mês tem duas luas cheias, a segunda recebe o nome de Lua Azul, sendo ou não “super” – no caso, teremos, então, duas Superluas em agosto. Entenda adiante.
O que é uma Superlua?
De forma bem simples e resumida, uma Superlua ocorre quando o nosso satélite natural chega à fase completa quase ao mesmo tempo em que faz sua aproximação máxima com a Terra (ponto chamado de perigeu).
“Mas, sem saber o quão perto a lua cheia precisa estar da Terra, não dá para cravar se esta ou aquela lua cheia é uma Superlua”, explica o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, que é presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON).
Segundo Zurita, até existem algumas tentativas de criar uma definição científica, completa e definitiva para o termo, mas é difícil chegar a um consenso, e talvez isso tenha algo a ver com ele vir da astrologia. “Na astronomia, sua utilização é recente e tem se mostrado uma boa forma de popularizar a ciência, mas muita gente ainda ‘torce o nariz’ para o termo, por considerá-lo um nome mercadológico para ‘vender’ a Lua Cheia no perigeu, que, na prática, não tem nada de super, nem representa nenhum fenômeno de interesse científico”.
Talvez por isso a União Astronômica Internacional (IAU) não demonstrou, até hoje, nenhum interesse em normatizar o termo. “Tudo que temos são as definições informais para a Superlua”, disse Zurita.
Pela definição do astrólogo Richard Nolle, “pai” do termo, pode-se chamar de Superlua quando a lua cheia está perto de (dentro de 90%) sua maior aproximação da Terra em uma determinada órbita (que, neste mês, será de 356.500 km). Assim, como a lua cheia desta terça-feira esteve a cerca de 357 mil km do nosso planeta (de acordo com o guia de observação astronômica InTheSky.org), sim, enquadra-se como uma Superlua.
Zurita explica que, no meio científico, os astrônomos preferem o termo “perigeu-sizígia” ou simplesmente “Lua Cheia no Perigeu”, adotado para quando a Lua entra na fase cheia a menos de 24 horas do perigeu.
Desta vez, por exemplo, a Lua atingiu o ponto mais próximo da Terra na madrugada desta quarta-feira (2), às 2h52 (pelo horário de Brasília) – pouco mais de 11 horas após iniciar a fase cheia.
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Para ver a Superlua na noite passada, um observador baseado em São Paulo, por exemplo, só precisava, ao cair da noite, olhar para a direção leste, que é o lado oposto ao pôr-do-sol. A primeira hora após a aparição, que foi por volta das 17h40 (pelo horário de Brasília) seria o momento mais propício para observá-la, pois ela estava maior, podendo apresentar belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada e até avermelhada), devido à interação com a atmosfera.
Conforme foi ficando mais alta no céu, a Lua continuou igualmente ou até mais brilhante, mas já aparecia menor e bem branca.
Se você não conseguiu ver a Superlua do Esturjão, não se preocupe, pois registros belíssimos de todas as partes do mundo não faltaram nas redes sociais. Confira alguns abaixo:
No Brasil:
Em outros países:
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Nesta segunda-feira (3), teve início a lua cheia de julho, também chamada de Lua dos Cervos (clique aqui para entender o motivo desse nome e saber as designações que o astro recebe em sua fase completa nos demais meses do ano). Assim que o Sol se pôs, esta que é a primeira Superlua de 2023 pôde ser vista imensa e brilhante no céu.
Segundo o guia de observações astronômicas In-The-Sky.org, as próximas Superluas do ano acontecem nos dias 1º e 30 de agosto, com a última em 29 de setembro.
Mas, o que é uma Superlua?
De forma bem simples e resumida, uma Superlua ocorre quando o nosso satélite natural chega à fase completa quase ao mesmo tempo em que faz sua aproximação máxima com a Terra (ponto chamado de perigeu).
“Mas, sem saber o quão perto a lua cheia precisa estar da Terra, não dá para cravar se esta ou aquela lua cheia é uma Superlua”, explica o colunista do Olhar Digital Marcelo Zurita, que é presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON).
Segundo Zurita, até existem algumas tentativas de criar uma definição científica, completa e definitiva para o termo, mas é difícil chegar a um consenso, e talvez isso tenha algo a ver com ele vir da astrologia. “Na astronomia, sua utilização é recente e tem se mostrado uma boa forma de popularizar a ciência, mas muita gente ainda ‘torce o nariz’ para o termo, por considerá-lo um nome mercadológico para ‘vender’ a Lua Cheia no perigeu, que, na prática, não tem nada de super, nem representa nenhum fenômeno de interesse científico”.
Talvez por isso a União Astronômica Internacional (IAU) não demonstrou, até hoje, nenhum interesse em normatizar o termo. “Tudo que temos são as definições informais para a Superlua”, explica o astrônomo.
Pela definição do astrólogo Richard Nolle, “pai” do termo, pode-se chamar de Superlua quando a lua cheia está perto (dentro de 90%) de sua maior aproximação da Terra em uma determinada órbita (que, neste mês, é de 360.149 km). Assim, como a lua cheia desta segunda-feira estava a cerca de 361 mil km do nosso planeta, sim, enquadra-se como uma Superlua.
No entanto, Zurita explica que, no meio científico, os astrônomos preferem o termo “perigeu-sizígia” ou simplesmente “Lua Cheia no Perigeu”, adotado para quando a Lua entra na fase cheia a menos de 24 horas do perigeu. “E neste critério, esta lua cheia não é uma Superlua, já que ela chegou a essa fase pouco mais de 35 horas antes de atingir seu perigeu” – que será nesta terça-feira (4), às 19h25.
Para ver a Superlua na noite passada, um observador baseado em São Paulo, por exemplo, só precisava, ao cair da noite, olhar para a direção leste, que é o lado oposto ao pôr-do-sol. A primeira hora após a aparição, que foi por volta das 17h40 (pelo horário de Brasília) seria o momento mais propício para observá-la, pois ela estava maior, podendo apresentar belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada e até avermelhada), devido à interação com a atmosfera.
Conforme foi ficando mais alta no céu, ela continuou igualmente ou até mais brilhante, mas já aparecia menor e bem branca.
Se você não conseguiu ver a Superlua dos Cervos, não se preocupe, pois registros belíssimos de todas as partes do mundo não faltaram nas redes sociais. Confira alguns abaixo:
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