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Idosa de 102 anos tem plano de saúde cancelado unilateralmente

Por CONTI outra — 24 de Abril de 2024, 01:10

No auge dos seus 102 anos, Martha Zequetto Treco, residente do Brasil, foi surpreendida com uma notificação abrupta e desanimadora: seu plano de saúde, do qual é beneficiária desde 2009, estava prestes a ser cancelado unilateralmente pela operadora Unimed Nacional.

O comunicado, enviado pela administradora de benefícios Qualicorp, deixou seu filho, João Treco Filho, perplexo. Ele relata: “Sempre pagamos pontualmente o convênio médico. De uns anos para cá, ele passou a nos aterrorizar, com reajustes abusivos. Depois, descredenciou os principais hospitais que utilizávamos. Agora, simplesmente decidiu descredenciá-la”.

Foto: Amira Hissa/PBH

Martha, além de enfrentar os desafios da idade avançada, luta contra uma infecção bacteriana resistente, adquirida durante uma internação hospitalar, e investiga uma suspeita de tumor de mama. Seu tratamento requer cuidados específicos, incluindo antibióticos intravenosos, e sua mobilidade é comprometida.

Os esforços de Treco Filho para reverter a situação foram em vão. Ele conta: “A Qualicorp disse que não tinha o que fazer, que era uma decisão da Unimed. E a Unimed alegou ter direito a rescindir o contrato. Não ofereceram nenhum plano alternativo”.

Porém, após a intervenção da imprensa e a obtenção de uma liminar na Justiça, o plano de Martha foi temporariamente mantido. A Unimed Nacional declarou que cumpre rigorosamente a legislação e que as rescisões de planos coletivos estão previstas e regulamentadas pela ANS.

Foto: Reprodução/Redes Sociais/Folha de S. Paulo

No entanto, casos como o de Martha têm se tornado mais frequentes, com um aumento significativo nas queixas à ANS sobre o cancelamento de planos coletivos por adesão. Advogados especializados em direito à saúde relatam um aumento na procura por assistência jurídica nesse sentido.

A advogada Marina Magalhães, do Idec, argumenta para a Folha de S. Paulo que a rescisão unilateral e imotivada é abusiva e fere os princípios da boa-fé nos contratos. Ela enfatiza a necessidade de uma regulamentação mais eficaz por parte da ANS ou do Legislativo.

O caso lança luz sobre uma questão premente no sistema de saúde brasileiro e levanta questões sobre os direitos dos consumidores e a necessidade de uma revisão nas políticas regulatórias do setor.

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Vacina pode ser o próximo grande avanço no tratamento do câncer

Por Vitoria Lopes Gomez — 26 de Junho de 2023, 19:35

Pesquisadores passaram décadas procurando uma vacina para o câncer sem sucesso. Agora, eles estão realmente próximos de encontrá-la. Um estudo revelou que cientistas chegaram a um ponto crítico na pesquisa de um imunizante, que pode não prevenir a doença, mas reduz um tumor ou impede que ele retorne. A estimativa é que as doses cheguem em cinco anos.

Leia mais:

Vacina para o câncer

As vacinas para o câncer não são como as tradicionais: não irão prevenir a doença de surgir, mas querem diminuir os tumores e impedir que retornem.

Por enquanto, os tratamentos são experimentais em pacientes com câncer de mama e pulmão. Resultados positivos já foram registrados em pessoas com câncer de pele, melanoma e câncer pancreático.

Segundo Dr. James Gulley, um dos líderes do centro do Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos, a vacina funciona, mas eles estão tentando fazê-la funcionar melhor.

Vacina será aliada junto a outros tipos de tratamentos (Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock)

Como a vacina funciona?

  • Os cientistas já sabem como o câncer funciona no corpo humano e no sistema imunológico, o que foi fundamental para o desenvolvimento de outras formas de tratamento.
  • No caso da vacina em especial, o tratamento estimula o sistema imunológico a encontrar as células cancerígenas e matá-las.
  • Para isso, o imunizante deve ensinar as células T, que combatem essas células cancerígenas, a enxergarem o câncer como algo perigoso. Assim, elas podem identificá-las e combatê-las.

Testes e contratempos

Para desenvolver a vacina, os testes em pacientes voluntários são fundamentais e estão sendo realizados.

O progresso nas vacinas de tratamento tem sido um desafio. A pesquisa de imunizantes precoces estagnava quando os pacientes já estavam com o sistema imunológico muito comprometido, segundo Olja Finn, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

“Todos esses testes que falharam nos permitiram aprender muito”, disse Finn.

Paciente com câncer
Agora, pesquisadores estão focando em pacientes com um quadro precoce (Imagem: Ground Picture / Shutterstock)

Futuro da vacina contra o câncer

  • Finn, então, passou a focar os testes em pessoas com um quadro precoce, que ainda não estão com a saúde debilitada.
  • Ela e seu grupo planejam uma vacina para mulheres com câncer de mama não invasivo e de baixo risco.
  • Já outra médica, a Dra. Susan Domchek, diretora do Centro Basser da Penn Medicine, está realizando testes em pessoas com mutações BRCA. Esses indivíduos não têm a doença, mas a mutação aumenta o risco do câncer de mama e ovário, e a intenção é matar as células anormais antes que elas possam agir.
  • As empresas farmacêuticas Moderna e Merck também estão desenvolvendo vacinas para pacientes com melanoma, que serão personalizadas para cada paciente de acordo com as mutações do quadro.
  • Outras já estão procurando formas de funcionar de forma generalizada, para que sejam mais baratas e rápidas de serem produzidas.

Com informações de Medical Xpress

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