10 e 11 de Setembro 2022
No Sabugal a “caça” às texturas foi pouco concorrida. Os dois grupos de participantes eram pequenos mas as sessões foram muito agradáveis, quase familiares. Gostei de conhecer a equipa da cultura do Município. Seria bom aproveitar a minha próxima itinerância pelo alto Alentejo para regressar a estes lugares mais interiores do Médio Tejo.
Tapada das Mercês, 8 de Setembro de 2022
Terminada a pausa de Agosto, as histórias regressaram ao “Pegar pela palavra” ( “Cultura sai à Rua”) na Tapada das Mercês. Foi uma sessão muito agradável, profunda nos pensamentos e na comunicação, à medida que íamos lendo histórias e combinando a forma de as apresentar no dia 30 de Novembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Ontem gostei muito de escutar a história de vida do Sr. José Abrantes; cada vez tenho mais respeito pelas batalhas individuais ao longo da vida. Também o Sr. Conde, para além de ter escrito uma história de vida, tem vindo a ilustrar os textos dos colegas de projeto – estamos a pensar na possibilidade de projetar estas imagens na apresentação pública. A minha colega mediadora da Fundação Aga Khan, Marlene Vaz, tem vindo a passar para o computador os textos dos nossos autores; com outra apresentação, a leitura é mais fácil e corrigem-se vírgulas e uma ou outra palavra que ande por lá à solta. Todos escutam, propõem e opinam. Começámos o treino de leitura...estamos no bom caminho. Começaram a circular livros entre nós, começou com um livro meu, depois de lido passou a outro companheiro. Ontem ofereci à biblioteca do grupo outro livro. Vamos introduzir na roda de leitura “o Beijo da Palavrinha” por sugestão da Sr.ª Maria, que pela sua mão escreveu um reconto do belo texto de Mia Couto. E ainda há muito para ensaiar...
Foi assim a última Sessão
Esgotado há alguns anos, o livro História da Eternidade, de Jorge Luis Borges, regressa às livrarias com nova imagem de capa, que utiliza os elementos do tríptico das Tentações de Santo Antão de Hieronymus Bosch. É uma reflexão sobre o tempo, o infinito e o finito, entre outras questões que só abrem as portas para a admirável sabedoria de um dos grandes autores do mundo.
O post História da Eternidade de Jorge Luis Borges: o tempo infinito e finito aparece primeiro no Mundo de Livros.
Vila Nova da Barquinha 4 e 5 de Setembro de 2022
A presença da água faz-me bem. O Tejo em Vila Nova da Barquinha é bonito; nas margens um Jardim-Museu com esculturas contemporâneas. Vale a pena visitar, com calma. A Vila é mimosa, agradável e abriu-me o apetite para o desenho – transformei o quarto do hotel num pequeno ateliê e risquei, risquei. E o desenhou continuou pelas ruas, agora com a oficina Caça Texturas, desvendando uma vila que passa despercebida aos seus habitantes: a cidade tátil com os seus detalhes e grandes relevos. Propus adivinhas: quem consegue encontrar uma carta de correio? E um raio elétrico? Sabem que descobri um cavalo? Os pequenos participantes não tiveram nenhuma dificuldade em encontrar esses “tesouros” (como disse uma dos meninos) e guardá-los a lápis de cera em folhas de papel. Foram grupos pequenos mas com famílias muito participativas e fui sempre muito apoiado por técnicos do Município, da área da cultura. Na última sessão contámos com a agradável presença da Vereadora da Cultura. Gostei bastante dos trabalhos de grandes, uma parede de retalhos de mármore e uma grande ilustração no interior de um café que despertou a atenção dos clientes. O Caça Texturas tem percorrido o Médio Tejo integrado numa iniciativa da CIM, os “Caminhos das Pessoas”
O banco das vizinhas no Carvoeiro Já está pronta a exposição! |
Ilustração: Miguel Horta |
Nesta altura do ano, em zonas da nossa costa menos pressionadas pelo homem, é possível encontrar à beira mar uns cachos de cor grená escuro (quase preto), gelatinosos, que mais parecem algas; ora bem, trata-se de ovos de choco (Sepia Officinalis). É o resultado de um belo namoro entre estes moluscos que só afortunados e discretos observadores das marés conseguem assistir. Tal como o polvo ou a lula, o choco comunica (também) através da exibição e mudança de padrões da sua pele, expressando uma miríade de situações e reações, incluindo o discurso amoroso. Os machos, um pouco antes da cópula, apresentam um padrão às riscas e as fêmeas uma aparência mais neutral, enquanto flutuam num suave vai e vem com pequenos toques laterais, até se unirem num prolongado abraço de tentáculos. Às vezes, um maroto de um machozito mais pequeno decide envergar o padrão miudinho das fêmeas para se aproximar e, num momento de distração, zás! Engana o galã mais velho, no meio da confusão. Depois, cabe à fêmea colar os seus ovos, em cachos de cápsulas, a algas, rochas e até objetos submersos, onde ficam até à eclosão. Deixo-vos aqui o poema “Namoro” do meu livro “Rimas Salgadas”, para acompanhar estes dias de Verão.
Namoro
No campo das artes plásticas e intervenção urbana, esta é a minha oficina criativa que mais apresentações públicas teve. Desde 2003, partindo do Teatro Viriato (Viseu), que tenho andado pelo país a propor um outro ponto de vista, mais tátil, sobre as aldeias, cidades e vilas; para além de desenharmos em conjunto, de forma inclusiva, conversamos com os vizinhos e vamos contando histórias locais e outras que surgem sem pedir licença.
Para muitos apostadores, as apostas desportivas já se tornaram a sua principal fonte de rendimento e a sua ocupação básica em tempo integral. Com o crescimento da internet, as apostas tornaram-se mais fáceis, rápidas, cómodas e acessíveis online, pelo que basta ter um dispositivo móvel ou um desktop e ser um apostador regrado e motivado.
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Acho que estes dois grupos que se formaram em Sintra no contexto da iniciativa camarária A cultura sai à rua, são uma espécie de clubes da palavra. Hoje falámos na necessidade de criar um blogue para partilha do que se vai fazendo. E, digam-me lá se não seria bonito fazer um encontro público destas histórias, poemas canções e adivinhas, num lugar bem visível da freguesia? Talvez conseguíssemos trazer para o nosso grupo mais gente sénior e criativa que está fechada em casa; é que nós por cá, gostamos muito da conversa que vai acontecendo a cada sessão – faz-nos bem.
20 de Julho de 2022
O nosso Pegar pela Palavra (A Cultura sai à Rua/Câmara Municipal de Sintra). A última sessão na Tapada das Mercês (Espaço da Fundação Aga Khan) teve um ambiente muito especial; serenidade e cumplicidade na leitura de textos, o tempo de silêncio dado ao outro para que termine o seu ponto de vista, uma articulação mais fluida pois quase todos os participantes se conhecem bem. Para além das histórias, tivemos tempo para uma pequena brincadeira de corpo e palavra que obrigava a uma certa concentração, depois de alguma confusão inicial, fizemos o jogo na perfeição. O Sr. Conde, cuja área de expressão favorita é a pintura e o desenho, ofereceu-se para ilustrar algumas histórias, poemas e outros textos que veem surgindo com qualidade assinalável. Gosto do momento de leitura em voz alta; nesses momentos sinto que o projeto ganha corpo. Fiquei muito contente por ter escutado a uma das nossas participantes uma história da tradição oral portuguesa: O moleiro, o neto e a burra. Seria tão bom se esta amiga concordasse em trabalhar o conto comigo... Tudo tem o seu tempo. Terminei a sessão contando uma história tradicional; acho que gostaram...
Apesar da canícula que se fazia sentir no dia 13 de julho, o fiel grupo de participantes do Pegar pela Palavra da União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar acorreu ao auditório da Junta de Freguesia, no mercado de Pêro Pinheiro. E trouxeram mais uma mão cheia de amigos para a sessão de contos convocada para esse dia. Comecei por contextualizar a ação no contexto da iniciativa A Cultura sai à Rua (Câmara Municipal de Sintra) e lá fui contando algumas histórias, sobretudo da tradição oral até que fui interrompido pela participação de um dos nossos seniores, com um poema da sua lavra, e de seguida, logo outro amigo nos fez rir com o poema/história do casamento de uma franga lá na sua capoeira. Os nossos participantes tinham tomado o poder da palavra em plena sessão! A minha colega mediadora local olhou para mim surpreendida e eu sorri como se lhe estivesse a dizer: é deixar andar livremente... E foi tão belo e forte aquele pegar pela palavra que todos ficámos surpreendidos. Imaginem que até cantaram um poema de um dos participantes num coro afinado!
Ao longo destas reflexões que irei publicando, espero conseguir referir a participação individual de todos os amigos presentes. Todo este movimento criativo leva-nos a algumas conclusões e recomendações, por exemplo, a criação de um espaço on line que vá publicando a produção escrita e dita (gravada) destes seniores; quem sabe, talvez uma publicação (impressa e cuidada) das suas contribuições artísticas... Na ocasião, ofereci um dos meus livros ao coletivo, entregando o livro à mediadora local, logo um dos participantes se quis apropriar da oferta. Percebi que não existe uma biblioteca associada a este trabalho da Junta de Freguesia – talvez fosse a altura de começar a pensar na criação um pequeno núcleo, um pequeno armário em cada um dos espaços onde nos temos vindo a reunir.
A próxima sessão está marcada para dia 27 de julho ás 15h.00 no Centro de Dia “Os Sabugenses”.
Mas que grande caloraça que estava no dia 13 de Julho de manhã lá na Tapada das Mercês! Tínhamos preparado uma sessão de conto aberta a toda a vizinhança e famílias mas apareceram apenas três fieis participantes. Acho que foi por causa do calor que o quórum diminuiu... Resolvemos trabalhar na mesma e combinar a forma de apresentação da canção-memória do “João Pestana”, no encontro público dos projetos da iniciativa “Cultura sai à rua”, que acontecerá em Novembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Mais adiante na sessão, o Sr. Conde levou-nos ao outro lado do Mundo, a Macau, e escutámos episódios da sua fantástica história de vida. Foi uma bela conversa que terminou com a leitura do bonito texto da Sr.ª Maria de Jesus, “O meu jardim”. Dia 20 deste mês temos encontro marcado no espaço comunidade da Fundação Aga KhanPortugal (Tapada das Mercês).
Conversando com os vizinhos e recolhendo as suas palavras. Contámos com o precioso apoio da Eurídice, Almadense da cidade velha |
Com a leitura é possível adquirir conhecimento e expandir muitas áreas da vida, principalmente a profissional. Pensando nisso hoje indicamos alguns livros que trazem dicas valiosas para quem está responsável pela organização de eventos, sejam ele online, presenciais ou híbridos. Para ajudar quem já atua na área, seja empreendedor ou responsável de marketing, e está em busca de profissionalização e de estudos especializados sugerimos 8 leituras que podem ajudar no planeamento de um evento de sucesso.
O post 8 dicas de leitura para organizar um evento de sucesso aparece primeiro no Mundo de Livros.
Ao fim da tarde de dia 21 de Junho teve lugar mais uma sessão de “Leituras à solta” com os habitantes e mediadores do bairro dos Ameais (Torres Vedras) no projeto “Somos Comunidade”. Já tinha prometido que partilharia, com este grupo fiel, a metodologia da Máquina da Poesia” e a sessão correu bastante bem – surgiram muitos versos bem profundos e outros que nos fizeram rir. No final fizemos um poema coletivo pedindo emprestadas as palavras de Luís de Camões , “o Amor é fogo que arde sem se ver”. E que fazer com a produção poética que pode surgir, fértil? Apresentei uma solução possível, sussurrar poemas aos ouvidos utilizando sussurradores. Desafiei o grupo a organizar uma partilha poética no centro da cidade. Podem fazer novas sessões da Máquina com públicos diferentes, fazer uma oficina de construção plástica e personalização das ferramentas sussurradoras e partir para as ruas com um grupo grande à semelhança de Montemor-o-Novo. Vamos ver se pega… Esta iniciativa tem o precioso apoio da Memória Imaterial, numa parceria com o Projeto Somos Comunidade. Para o mês que vem teremos outra aventura.
preparada para escrever poesia, até de olhos vendados...
Uma máquina simples
Mercês - 17 de Junho Desta vez realizámos o nosso encontro no jardim da praceta Francisco Ramos da Costa, mesmo em frente à mesquita. Um local fresco, com espaço e sombras. Comecei por fazer uma pequena dinâmica em roda de corpo e concentração e depois fomos em busca da memória sentados no murete do jardim. Contámos com a presença da Maria José Vitorino e da Benita Prieto. Acho que o grupo central das histórias já se consolidou. Toda a gente falou animadamente e deu a opinião e isto é fundamental para se encontrar uma forma de participar que seja o retrato deste grupo de pessoas. Já nos estamos a habituar ao tempo lento, próprio da Guiné, de usar as palavras, sobretudo quando temos de encontrar a expressão exata em português – O Senhor Malan cativou-nos a todos com a descrição do seu casamento. Falou-se do casamento tradicional Mandinga da oferta das nozes cerimoniais de cola à entrega da vaca ao pai da noiva, embora o animal passe a ser propriedade da nubente. A sessão terminou com um texto muito bonito que a Senhora Maria nos leu que descrevia o seu jardim do Amor, com todas as cores, cheiros e paisagem. Comovi-me. A partir daqui vamos começar a trabalhar a participação de cada um, melhorando a postura, a dicção ou encontrando outras soluções de comunicação e partilha das suas histórias.
Uma sessão intensa na Biblioteca Municipal sobre um belo tapete de Arraiolos. |
Gotas de vozes: que bonitas ficaram as capas dos trabalhos... |
De regresso à Biblioteca Escolar de Vila Verde dos Francos, trabalhei a metodologia Filactera com uma turma muito inclusiva do 3º e 4º ano. Dividiram-se em dois grupos muito equilibrados. O nível da resposta foi bem elevado! Foi uma risada, imitar as vozes dos animais; ás tantas ninguém se lembrava qual era o verbo do burro… IÔN! IÔN! IÔN! Fartaram-se de trabalhar...No meio de todas aquelas crianças, uma com PEA, cada vez que se concentrava, acertava em cheio nos adjetivos; reparei como este aluno estava tão bem incluído na turma, tendo sempre um par para interagir com ele durante todo o desafio. Percebe-se que já existe, há muito tempo, uma prática inclusiva nesta escola básica do Agrupamento de Escolas Visconde de Chanceleiros (Merceana). Terminando a tarde, sentei-me à mesa com a professora bibliotecária e os dois professores titulares das turmas e conversámos sobre a atividade, o seu ponto de partida e objetivos, encerrando o encontro com a análise dos livros apresentados e que farão parte, em breve, do catálogo da biblioteca. Foi uma boa surpresa, este trabalho com as Bibliotecas da Merceana.
The catalyst for my IBBY connection began in 1978 when I was appointed Children’s & YA Librarian at Ryde public library in Sydney. Buying books, part of my job description led me to a treasure trove, The Children’s Bookshop at Beecroft owned and run by future IBBY Australia President Robin Morrow AM.
In 1979, I attended The Art of Storytelling workshop run by IBBY at the University of Sydney. A highlight was storytelling concerts at night. It still gives me goosebumps remembering the haunting retelling of “The fisherman and the changeling”. the singing of dance to your daddy till the boat comes in by the gifted Australian storyteller. Speakers included Caroline Feller Bauer (USA) and Grace Hallworth (UK).
Two years later I drew the straw at work to attend the LAA/NZLA libraries conference in Auckland NZ. At the professional development session one afternoon Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY. The memory of the storytelling workshop was strong. I could not help myself!! My hand shot up, I stood up and enthused about IBBY. Ena inspired me to become a lifelong IBBY member, supporter & promoter.
Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY
I have attended 3 IBBY congresses, Oslo 1988, Williamsburg 1990 and Berlin 1992. Congresses are great places to meet authors & illustrators and others with a shared passion. I roomed with a stranger, Melbourne teacher/librarian Joan Amiet and we left as friends. At Oslo I reconnected with Norwegian author Tormod Haugen who had come to Australia a few years earlier to translate Patricia Wrightson into Norwegian.
Ena always organized dinner and a talk in Sydney to celebrate the birthday of “our dear Hans”. To this day they continue in Sydney (pre covid) and it is wonderful to sit back and get lost in authors and illustrators talking about their work. One year I remember Ena’s introduction of Alan Garner was spellbinding and his response was equal. A favourite IBBY memory among many. Recently Tohby Riddle spoke, Australia’s nomination for the 2022 HCA Medal for illustration.
In Williamsburg 1990. I saw Tormod Haugen receive the HCA Medal for writing & I was part of a self-guided tour. “Seven Little Australians” travelled by train to New York city, Boston and Connecticut. In the latter we visited Weston Woods, known by NSW public libraries for putting books into film. Joan and I were thrilled to take Ena to Central Park NYC, opposite East 74th St to see the statue of “dear Hans” reading to the ugly duckling.
We scurried through Grand Central Station almost missing our train to Boston. Robin had the tickets, I had Ena’s bags, others went ahead to hold the train if they could. We passed a station master who called out “I want to marry that little lady” pointing at Ena!
My role at Ryde Library changed in the 1990s but I continued to be involved with IBBY. In 2005 to celebrate the bicentenary of Hans Christian Andersen I helped IBBY Australia President Robin Morrow AM with assistance from the Danish Embassy host guest speaker world renowned translator Patricia Crampton at Tara school Parramatta.
That year I represented IBBY at the unveiling of a Hans Christian Andersen statue at Observatory Hill in Sydney by Prince Frederik and Princess Mary of Denmark. As guests mingled, I saw Princess Mary had finish talking to a young boy. I gave myself about 20 seconds to introduce myself, say who and what I was representing. Princess Mary probably caught none of my babble but I was happy to have said Ena’s name out loud to a Danish princess in Sydney at an event honouring “dear Hans”. Ena Noel OAM IBBY Australia President died in 2003. This event would have been very special to Ena.
Miranda Harrowell AM
Miranda is the 1999 winner Children’s Book Council of Australia (New South Wales) Awards — The Lady Cutler Award
The catalyst for my IBBY connection began in 1978 when I was appointed Children’s & YA Librarian at Ryde public library in Sydney. Buying books, part of my job description led me to a treasure trove, The Children’s Bookshop at Beecroft owned and run by future IBBY Australia President Robin Morrow AM.
In 1979, I attended The Art of Storytelling workshop run by IBBY at the University of Sydney. A highlight was storytelling concerts at night. It still gives me goosebumps remembering the haunting retelling of “The fisherman and the changeling”. the singing of dance to your daddy till the boat comes in by the gifted Australian storyteller. Speakers included Caroline Feller Bauer (USA) and Grace Hallworth (UK).
Two years later I drew the straw at work to attend the LAA/NZLA libraries conference in Auckland NZ. At the professional development session one afternoon Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY. The memory of the storytelling workshop was strong. I could not help myself!! My hand shot up, I stood up and enthused about IBBY. Ena inspired me to become a lifelong IBBY member, supporter & promoter.
Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY
I have attended 3 IBBY congresses, Oslo 1988, Williamsburg 1990 and Berlin 1992. Congresses are great places to meet authors & illustrators and others with a shared passion. I roomed with a stranger, Melbourne teacher/librarian Joan Amiet and we left as friends. At Oslo I reconnected with Norwegian author Tormod Haugen who had come to Australia a few years earlier to translate Patricia Wrightson into Norwegian.
Ena always organized dinner and a talk in Sydney to celebrate the birthday of “our dear Hans”. To this day they continue in Sydney (pre covid) and it is wonderful to sit back and get lost in authors and illustrators talking about their work. One year I remember Ena’s introduction of Alan Garner was spellbinding and his response was equal. A favourite IBBY memory among many. Recently Tohby Riddle spoke, Australia’s nomination for the 2022 HCA Medal for illustration.
In Williamsburg 1990. I saw Tormod Haugen receive the HCA Medal for writing & I was part of a self-guided tour. “Seven Little Australians” travelled by train to New York city, Boston and Connecticut. In the latter we visited Weston Woods, known by NSW public libraries for putting books into film. Joan and I were thrilled to take Ena to Central Park NYC, opposite East 74th St to see the statue of “dear Hans” reading to the ugly duckling.
We scurried through Grand Central Station almost missing our train to Boston. Robin had the tickets, I had Ena’s bags, others went ahead to hold the train if they could. We passed a station master who called out “I want to marry that little lady” pointing at Ena!
My role at Ryde Library changed in the 1990s but I continued to be involved with IBBY. In 2005 to celebrate the bicentenary of Hans Christian Andersen I helped IBBY Australia President Robin Morrow AM with assistance from the Danish Embassy host guest speaker world renowned translator Patricia Crampton at Tara school Parramatta.
That year I represented IBBY at the unveiling of a Hans Christian Andersen statue at Observatory Hill in Sydney by Prince Frederik and Princess Mary of Denmark. As guests mingled, I saw Princess Mary had finish talking to a young boy. I gave myself about 20 seconds to introduce myself, say who and what I was representing. Princess Mary probably caught none of my babble but I was happy to have said Ena’s name out loud to a Danish princess in Sydney at an event honouring “dear Hans”. Ena Noel OAM IBBY Australia President died in 2003. This event would have been very special to Ena.
Miranda Harrowell AM
Miranda is the 1999 winner Children’s Book Council of Australia (New South Wales) Awards — The Lady Cutler Award