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Antes de ontemLeituras

Caça Texturas no Sardoal

Por Miguel Horta

 

Fotografias por cortesia do Município do Sardoal

10 e 11 de Setembro 2022

No Sabugal a “caça” às texturas foi pouco concorrida. Os dois grupos de participantes eram pequenos mas as sessões foram muito agradáveis, quase familiares. Gostei de conhecer a equipa da cultura do Município. Seria bom aproveitar a minha próxima itinerância pelo alto Alentejo para regressar a estes lugares mais interiores do Médio Tejo.


O Sabugal é uma vila pequena e tranquila, com gente prestável. Como foi fim de semana, percebi que havia um movimento constante de pessoas que aproveitam para percorrer a Estrada Nacional 2, parando no turismo local para carimbar os passaportes da iniciativa.



Programa RIO de CONTOS 2022

Por Miguel Horta




 

O regresso das palavras

Por Miguel Horta


Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Tapada das Mercês, 8 de Setembro de 2022

Terminada a pausa de Agosto, as histórias regressaram ao “Pegar pela palavra” ( “Cultura sai à Rua”) na Tapada das Mercês. Foi uma sessão muito agradável, profunda nos pensamentos e na comunicação, à medida que íamos lendo histórias e combinando a forma de as apresentar no dia 30 de Novembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Ontem gostei muito de escutar a história de vida do Sr. José Abrantes; cada vez tenho mais respeito pelas batalhas individuais ao longo da vida. Também o Sr. Conde, para além de ter escrito uma história de vida, tem vindo a ilustrar os textos dos colegas de projeto – estamos a pensar na possibilidade de projetar estas imagens na apresentação pública. A minha colega mediadora da Fundação Aga Khan, Marlene Vaz, tem vindo a passar para o computador os textos dos nossos autores; com outra apresentação, a leitura é mais fácil e corrigem-se vírgulas e uma ou outra palavra que ande por lá à solta. Todos escutam, propõem e opinam. Começámos o treino de leitura...estamos no bom caminho. Começaram a circular livros entre nós, começou com um livro meu, depois de lido passou a outro companheiro. Ontem ofereci à biblioteca do grupo outro livro. Vamos introduzir na roda de leitura “o Beijo da Palavrinha” por sugestão da Sr.ª Maria, que pela sua mão escreveu um reconto do belo texto de Mia Couto. E ainda há muito para ensaiar...

Foi assim a última Sessão



História da Eternidade de Jorge Luis Borges: o tempo infinito e finito

Por Gonçalo Sousa

Esgotado há alguns anos, o livro História da Eternidade, de Jorge Luis Borges, regressa às livrarias com nova imagem de capa, que utiliza os elementos do tríptico das Tentações de Santo Antão de Hieronymus Bosch. É uma reflexão sobre o tempo, o infinito e o finito, entre outras questões que só abrem as portas para a admirável sabedoria de um dos grandes autores do mundo.

O post História da Eternidade de Jorge Luis Borges: o tempo infinito e finito aparece primeiro no Mundo de Livros.

Caça Texturas em Vila Nova da Barquinha

Por Miguel Horta

 



Vila Nova da Barquinha 4 e 5 de Setembro de 2022

A presença da água faz-me bem. O Tejo em Vila Nova da Barquinha é bonito; nas margens um Jardim-Museu com esculturas contemporâneas. Vale a pena visitar, com calma. A Vila é mimosa, agradável e abriu-me o apetite para o desenho – transformei o quarto do hotel num pequeno ateliê e risquei, risquei. E o desenhou continuou pelas ruas, agora com a oficina Caça Texturas, desvendando uma vila que passa despercebida aos seus habitantes: a cidade tátil com os seus detalhes e grandes relevos. Propus adivinhas: quem consegue encontrar uma carta de correio? E um raio elétrico? Sabem que descobri um cavalo? Os pequenos participantes não tiveram nenhuma dificuldade em encontrar esses “tesouros” (como disse uma dos meninos) e guardá-los a lápis de cera em folhas de papel. Foram grupos pequenos mas com famílias muito participativas e fui sempre muito apoiado por técnicos do Município, da área da cultura. Na última sessão contámos com a agradável presença da Vereadora da Cultura. Gostei bastante dos trabalhos de grandes, uma parede de retalhos de mármore e uma grande ilustração no interior de um café que despertou a atenção dos clientes. O Caça Texturas tem percorrido o Médio Tejo integrado numa iniciativa da CIM, os “Caminhos das Pessoas



Contos em Buarcos

Por Miguel Horta

 



Tem sido difícil contar; ainda estou a recuperar de lesões na minha boca. Este regresso aos contos teve um sabor especial e foi num ambiente protegido: a feira do livro da Figueira da Foz (Buarcos). Já conhecia o trabalho da Livraria “
Ao pé das letras”, organizam também a feira do Livro da Ericeira. Fui muito mimado neste domingo à noite e os contos lá foram saindo, cativando a atenção de um pequeno grupo de escutadores e outros, que fingindo que procuravam livros, se foram aproximando e escutando. A sessão começou com uma escola de samba (por sinal boa) no exterior da tenda – só depois da “banda passar” é que o público foi entrando. Ao que parece fui muito “gráfico” com a história da “hiena e a lebre”, impressionando alguns presentes... De qualquer forma soube bem voltar a contar. A livraria “ao Pé das Letras” desenvolve um trabalho variado de promoção da leitura elegendo como parceiros de trabalho escolas, bibliotecas escolares, bibliotecas públicas, câmaras municipais, coletividades e associações que queiram receber este projeto itinerante que tira os livros da prateleira dando-lhes vida.



Contos em Buarcos

Por Miguel Horta


 

Caça Texturas em Mação

Por Miguel Horta


Não queremos que Mação seja conhecida apenas pelos fogos” - Desaba a vereadora Margarida Lopes, que acompanhou ativamente a realização da oficina Caça Texturas no seu Município. Não é todos os dias que se tem uma vereadora a apoiar, no terreno, uma iniciativa cultural nas aldeias; um raro privilégio. Existe uma proximidade invejável entre quem vota e quem é eleito. Também Vera António, técnica da Câmara Municipal, acolheu e organizou o percurso desta oferta da CIM Médio Tejo (“Caminho das Pessoas”) que decorreu nos dias 12 e13 de Agosto. Vera, a quem agradeço o carinho com que nos recebeu, publica fielmente detalhes e curiosidades da Vila e do território numa rubrica batizada de “Postal do dia”, alojada na (concorrida) página do Município no Facebook. Mação tem muito mais para oferecer a quem passa, a começar pelas praias fluviais, continuando pelos trilhos e nascentes, sobretudo a hospitalidade e um espírito de resiliência optimista que se reconhece em quem por cá vive. Apenas uma nota gastronómica: na vila existe um restaurante de uma família de pescadores do rio (Tejo) que nos dá a provar algumas espécies exóticas, transformadas em iguarias pela mão de quem cozinha; para além da fataça ou do achigã, podemos saborear a lucio-perca e, imagine-se, o siluro! Coisa de quem gosta de peixes...


Cada local de Mação revelou a sua identidade própria, ao longo destas 4 oficinas do Caça-Texturas. A primeira sessão foi muito concorrida e inclusiva. Juntaram-se às famílias crianças da oferta lúdica de férias do município, e, ainda um grupo muito dinâmico e divertido com diversidade funcional. Começámos no jardim e seguimos rua acima até ao centro aproveitando os relevos das velhas paredes e outras texturas mais atuais. 



Demos uma atenção especial aos edifícios antigos; num deles, um par de batentes em bronze exibia duas representações de Faunos o que deu lugar a uma bela brincadeira. Em Cardigos tivemos o privilégio de contar o Professor António Silvaque foi contextualizando cada objeto ou monumento encontrado, partilhando a rica história local – foi muito interessante, apesar de ter sido um grupo pequeno. Gostei muito da sessão de Carvoeiro, não só por ter comigo um monitor muito especial, mas também pela presença de Margarida Lopes que ajudou a criar um bom grupo de caçadores de texturas. Foi bem engraçado recolher texturas junto ao banco das vizinhas e propor aos habitantes um olhar lúdico, diferente, sobre o seu lugar. Hoje, dia 22 de Agosto, foi inaugurada uma exposição dos trabalhos produzidos pelos “caçadores” no Centro Cultural Elvino Pereira (Mação); quem estiver por perto pode visitá-la até 7 de Setembro. 

O banco das vizinhas no Carvoeiro

Já está pronta a exposição!




Namoro de Verão

Por Miguel Horta

Ilustração: Miguel Horta

Nas férias
que tal aproveitar
para conhecer um pouco melhor
o precioso Museu da nossa costa?

Nesta altura do ano, em zonas da nossa costa menos pressionadas pelo homem, é possível encontrar à beira mar uns cachos de cor grená escuro (quase preto), gelatinosos, que mais parecem algas; ora bem, trata-se de ovos de choco (Sepia Officinalis). É o resultado de um belo namoro entre estes moluscos que só afortunados e discretos observadores das marés conseguem assistir. Tal como o polvo ou a lula, o choco comunica (também) através da exibição e mudança de padrões da sua pele, expressando uma miríade de situações e reações, incluindo o discurso amoroso. Os machos, um pouco antes da cópula, apresentam um padrão às riscas e as fêmeas uma aparência mais neutral, enquanto flutuam num suave vai e vem com pequenos toques laterais, até se unirem num prolongado abraço de tentáculos. Às vezes, um maroto de um machozito mais pequeno decide envergar o padrão miudinho das fêmeas para se aproximar e, num momento de distração, zás! Engana o galã mais velho, no meio da confusão. Depois, cabe à fêmea colar os seus ovos, em cachos de cápsulas, a algas, rochas e até objetos submersos, onde ficam até à eclosão. Deixo-vos aqui o poema “Namoro” do meu livro “Rimas Salgadas”, para acompanhar estes dias de Verão.

Namoro


Namora o choco
a choca
na baixa-mar
sobre a areia
abre os tentáculos
e beija
a sua amante salgada

Deste enlace
delirante
que pode ser demorado
nascem cachos de filhotes
mais parecendo
uvas do mar



Caça Texturas em Vila de Rei

Por Miguel Horta

Nas bancas do mercado...
 

O Caça Texturas esteve em Vila de Rei
uma iniciativa da CIM Médio Tejo
incluída no programa “Caminhos das pessoas”

No campo das artes plásticas e intervenção urbana, esta é a minha oficina criativa que mais apresentações públicas teve. Desde 2003, partindo do Teatro Viriato (Viseu), que tenho andado pelo país a propor um outro ponto de vista, mais tátil, sobre as aldeias, cidades e vilas; para além de desenharmos em conjunto, de forma inclusiva, conversamos com os vizinhos e vamos contando histórias locais e outras que surgem sem pedir licença.


Foi assim em Vila de Rei nos dias 3 e 4 de Agosto. Trabalhei com crianças dos programas municipais de férias e com um grupo muito interessante e divertido da Fundação João e Fernanda Garcia (Vila de Rei). Faz todo o sentido propor oficinas artísticas no nosso interior, a resposta é sempre muito positiva.



Apostas desportivas podem tornar-se um trabalho a tempo inteiro

Por beatdigital

Para muitos apostadores, as apostas desportivas já se tornaram a sua principal fonte de rendimento e a sua ocupação básica em tempo integral. Com o crescimento da internet, as apostas tornaram-se mais fáceis, rápidas, cómodas e acessíveis online, pelo que basta ter um dispositivo móvel ou um desktop e ser um apostador regrado e motivado.

O post Apostas desportivas podem tornar-se um trabalho a tempo inteiro aparece primeiro no Mundo de Livros.

Um Clube da Palavra...

Por Miguel Horta
Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Montelavar, edifício da Junta de Freguesia, 27 de julho de 2022. Último encontro do Pegar pela Palavra antes da interrupção do Verão. Voltaremos a 8 de Setembro nos dois territórios (Montelavar, Almargem do Bispo, Sabugo, Pero Pinheiro, Vale de Lobos e, o outro, Tapada das Mercês). O grupo está consolidado e entusiasmado, sobretudo com grande actividade criativa. Na sessão de hoje surgiram poemas cantados, outros muito tocantes, ainda alguns divertidos, tudo isto num ambiente descontraído. O Sr. Albino falou-nos do seu passado como guarda prisional e contou um episódio em que ele e uma criança, na brincadeira, puseram todos os que se encontravam na sala das visitas da prisão a rir com gosto, aliviando assim o peso daquele encontro. Acabei por referir o nosso trabalho nas Bibliotecas Prisionais. 
Com o fito de preparar a nossa apresentação para o dia 30 de Novembro no Olga Cadaval passámos em revista o material partilhado até aqui para que se faça uma seleção. Voltámos a escutar o poema do vento que faz dançar as folhas em torno de uma grande árvore e sugeri uma outra leitura do texto, mais leve, esvoaçante; vamos ter de ensaiar este e outros poemas. Algumas propostas serão colaborativas, por exemplo, ligando um conjunto de bonecas feitas pela Senhora Maria de Lurdes e a sabedoria de João Miguel. Vai ser difícil escolher um poema no meio de muitos, de assinalável qualidade, produzidos pelo Sr João; o mesmo problema vai ter o amigo António Mateus na escolha de um dos seus textos que lê cantando na toada do Alentejo.

Acho que estes dois grupos que se formaram em Sintra no contexto da iniciativa camarária A cultura sai à rua, são uma espécie de clubes da palavra. Hoje falámos na necessidade de criar um blogue para partilha do que se vai fazendo. E, digam-me lá se não seria bonito fazer um encontro público destas histórias, poemas canções e adivinhas, num lugar bem visível da freguesia? Talvez conseguíssemos trazer para o nosso grupo mais gente sénior e criativa que está fechada em casa; é que nós por cá, gostamos muito da conversa que vai acontecendo a cada sessão – faz-nos bem.




Pegar pela palavra e escutar

Por Miguel Horta

Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

20 de Julho de 2022

O nosso Pegar pela Palavra (A Cultura sai à Rua/Câmara Municipal de Sintra). A última sessão na Tapada das Mercês (Espaço da Fundação Aga Khan) teve um ambiente muito especial; serenidade e cumplicidade na leitura de textos, o tempo de silêncio dado ao outro para que termine o seu ponto de vista, uma articulação mais fluida pois quase todos os participantes se conhecem bem. Para além das histórias, tivemos tempo para uma pequena brincadeira de corpo e palavra que obrigava a uma certa concentração, depois de alguma confusão inicial, fizemos o jogo na perfeição. O Sr. Conde, cuja área de expressão favorita é a pintura e o desenho, ofereceu-se para ilustrar algumas histórias, poemas e outros textos que veem surgindo com qualidade assinalável. Gosto do momento de leitura em voz alta; nesses momentos sinto que o projeto ganha corpo. Fiquei muito contente por ter escutado a uma das nossas participantes uma história da tradição oral portuguesa: O moleiro, o neto e a burra. Seria tão bom se esta amiga concordasse em trabalhar o conto comigo... Tudo tem o seu tempo. Terminei a sessão contando uma história tradicional; acho que gostaram...







Pegar pela Palavra em Pêro Pinheiro

Por Miguel Horta

 


Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Apesar da canícula que se fazia sentir no dia 13 de julho, o fiel grupo de participantes do Pegar pela Palavra da União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar acorreu ao auditório da Junta de Freguesia, no mercado de Pêro Pinheiro. E trouxeram mais uma mão cheia de amigos para a sessão de contos convocada para esse dia. Comecei por contextualizar a ação no contexto da iniciativa A Cultura sai à Rua (Câmara Municipal de Sintra) e lá fui contando algumas histórias, sobretudo da tradição oral até que fui interrompido pela participação de um dos nossos seniores, com um poema da sua lavra, e de seguida, logo outro amigo nos fez rir com o poema/história do casamento de uma franga lá na sua capoeira. Os nossos participantes tinham tomado o poder da palavra em plena sessão! A minha colega mediadora local olhou para mim surpreendida e eu sorri como se lhe estivesse a dizer: é deixar andar livremente... E foi tão belo e forte aquele pegar pela palavra que todos ficámos surpreendidos. Imaginem que até cantaram um poema de um dos participantes num coro afinado!


Acho que uma boa parte do sucesso desta iniciativa se deve ao empenho da UJFAPM, sempre com a presença da Ana Varandas e do João Francisco que junto com a Tânia Tobias (CMS), vem cuidado da logística e contatos desta iniciativa. Bem sei que vai ser difícil coordenar tanta criatividade no encontro previsto para o Centro Cultural Olga Cadaval (30 de Novembro) mas fico muito contente por ver surgir tantas palavras num ambiente que sessão a sessão se vai tornando mais familiar. A cada encontro vou insistindo na necessidade de todos escreverem “no computador” os seus trabalhos literários, o que levanta a questão sobre a existência de uma resposta local ao nível da literacia sindromática, para preservar e valorizar o labor dos mais velhos. Gostaria de vos falar de uma fantástica participante que não sabe escrever mas é uma poetisa repentista de primeira mão, quase ao estilo de António Aleixo, que bem merecia ser gravada, ou passada a escrita como Tossan fez com o grande mestre da poesia popular. Para além de tudo isto, esta Senhora inventou uma linguagem de símbolos (gráfica) que utiliza para deixar recados a amigas que entendem bem o que lá vem escrito, com aqueles hieroglíficos. (mas afinal, que é saber ler e escrever?)

Ao longo destas reflexões que irei publicando, espero conseguir referir a participação individual de todos os amigos presentes. Todo este movimento criativo leva-nos a algumas conclusões e recomendações, por exemplo, a criação de um espaço on line que vá publicando a produção escrita e dita (gravada) destes seniores; quem sabe, talvez uma publicação (impressa e cuidada) das suas contribuições artísticas... Na ocasião, ofereci um dos meus livros ao coletivo, entregando o livro à mediadora local, logo um dos participantes se quis apropriar da oferta. Percebi que não existe uma biblioteca associada a este trabalho da Junta de Freguesia – talvez fosse a altura de começar a pensar na criação um pequeno núcleo, um pequeno armário em cada um dos espaços onde nos temos vindo a reunir.

A próxima sessão está marcada para dia 27 de julho ás 15h.00 no Centro de Dia “Os Sabugenses”.







Palavras tranquilas e encaloradas

Por Miguel Horta
Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
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Surge através da candidatura Cultura para Todos,
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cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

Pegar pela palavra

Sintra

Mas que grande caloraça que estava no dia 13 de Julho de manhã lá na Tapada das Mercês! Tínhamos preparado uma sessão de conto aberta a toda a vizinhança e famílias mas apareceram apenas três fieis participantes. Acho que foi por causa do calor que o quórum diminuiu... Resolvemos trabalhar na mesma e combinar a forma de apresentação da canção-memória do “João Pestana”, no encontro público dos projetos da iniciativa “Cultura sai à rua”, que acontecerá em Novembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Mais adiante na sessão, o Sr. Conde levou-nos ao outro lado do Mundo, a Macau, e escutámos episódios da sua fantástica história de vida. Foi uma bela conversa que terminou com a leitura do bonito texto da Sr.ª Maria de Jesus, “O meu jardim”. Dia 20 deste mês temos encontro marcado no espaço comunidade da Fundação Aga KhanPortugal (Tapada das Mercês).



Recolectores de palavras na Cova da Piedade

Por Miguel Horta


 Apesar da caloraça, decorreu neste sábado (9 de julho) mais uma sessão dos Recolectores de Palavras que partiu do Museu de Almada/Casa da Cidadepara as ruas da Cova da Piedade. O percurso escolhido foi curto e à sombra, tínhamos muitas crianças pequenas connosco. De x-acto na mão, recolhemos palavras em cartazes desbotados abandonados pelas paredes, com lápis de cera desenhámos verbos e nomes que nos interessavam, colhendo a sua textura. Depois, interpelámos transeuntes, entrámos nas lojas perguntando aos vizinhos qual as suas palavras favoritas. Também, se tivessem de escolher uma palavra para caracterizar Almada que palavra seria? Assim foram surgindo palavras ao mesmo tempo que o grupo se descontraia na comunicação. Fomos colocando no saco uma bela coleção que serviu para construir dois poemas que criámos, colando as palavras sobre papel de cenário. Finalizámos fixando os dois poemas coletivos na parede do Museu. Gostei de conhecer aquele grupo que participou nesta iniciativa da Casa da Cidade. A 8 de Outubro regresso aos Museus de Almada com a oficina Caça Texturas, em Almada Velha – a não perder! (por reserva)

Conversando com os vizinhos e recolhendo as suas palavras.
 Contámos com o precioso apoio da Eurídice, Almadense da cidade velha




Pegar pela Palavra nos "Sabuguenses"

Por Miguel Horta

Pegar pela palavraé parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
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cofinanciada pelo Fundo Social Europeu

O mais recente encontro do Pegar pela Palavra teve lugar na bela sede da Associação de reformados, pensionistas e idosos “Os Sabuguenses”, onde fomos recebidos afavelmente pela pequena equipa do centro de dia. Esta sessão que juntou os participantes da União das Freguesias de Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar foi bem concorrida e acho que trabalhámos bem. A equipa da Laredo teve uma presença alargada nesta sessão do Projeto. Escutámos algumas histórias de vida, poemas e outros contributos muito genuínos dos amigos e amigas que ali se juntaram. Estas pessoas fantásticas que se juntaram a nós não param se me surpreender com a sua criatividade! Começámos a pensar como poderia ser a participação de cada um nesta iniciativa, ficando decidido que na sessão de trabalho de 20 de julho (que será neste mesmo espaço) nos iremos dividir em pequenos grupos de trabalho para dar forma e expressão à participação de cada um. Na próxima sessão, dia 13 de junho pelas 15.00h, farei uma sessão de contos no Auditório da Junta em Pêro Pinheiro, aberta a todos, família, amigos e vizinhos.





8 dicas de leitura para organizar um evento de sucesso

Por Gonçalo Sousa

Com a leitura é possível adquirir conhecimento e expandir muitas áreas da vida, principalmente a profissional. Pensando nisso hoje indicamos alguns livros que trazem dicas valiosas para quem está responsável pela organização de eventos, sejam ele online, presenciais ou híbridos. Para ajudar quem já atua na área, seja empreendedor ou responsável de marketing, e está em busca de profissionalização e de estudos especializados sugerimos 8 leituras que podem ajudar no planeamento de um evento de sucesso.

O post 8 dicas de leitura para organizar um evento de sucesso aparece primeiro no Mundo de Livros.

Somos Comunidade Poética

Por Miguel Horta

 


Ao fim da tarde de dia 21 de Junho teve lugar mais uma sessão de “Leituras à solta” com os habitantes e mediadores do bairro dos Ameais (Torres Vedras) no projeto “Somos Comunidade”. Já tinha prometido que partilharia, com este grupo fiel, a metodologia da Máquina da Poesia” e a sessão correu bastante bem – surgiram muitos versos bem profundos e outros que nos fizeram rir. No final fizemos um poema coletivo pedindo emprestadas as palavras de Luís de Camões , “o Amor é fogo que arde sem se ver”. E que fazer com a produção poética que pode surgir, fértil? Apresentei uma solução possível, sussurrar poemas aos ouvidos utilizando sussurradores. Desafiei o grupo a organizar uma partilha poética no centro da cidade. Podem fazer novas sessões da Máquina com públicos diferentes, fazer uma oficina de construção plástica e personalização das ferramentas sussurradoras e partir para as ruas com um grupo grande à semelhança de Montemor-o-Novo. Vamos ver se pega… Esta iniciativa tem o precioso apoio da Memória Imaterial, numa parceria com o Projeto Somos Comunidade. Para o mês que vem teremos outra aventura.

preparada para escrever poesia, até de olhos vendados...

Uma máquina simples


A Barca em Almada

Por Miguel Horta


Quando era menino, na praia do Vau (Algarve) gostava de fazer pequenos veleiros de osso de choco, com penas espetadas, pauzinhos e bandeirinhas, que competiam em regatas nas poças da maré vazia. Ficou-me daí o gosto pelas brincadeiras simples. Esta oficina propõem a construção lúdica de barquinhos recuperando o brincar em família, num museu que nos pertence a todos, gente de Almada.

Sábado 18 de junho, dia de visita/oficina no Museu de Almada/Casa da Cidade. Partimos das embarcações da Fonte da Telha, Arte Xávega, para criar os nossos barcos reaproveitando materiais diversos: garrafas de plástico, esferovite, desperdícios de madeira, canas e outros pauzinhos, mas não consegui encontrar nenhum osso de choco inteiro. Mesmo assim o grupo familiar que se juntou no Museu conseguiu fazer várias barcas que aguentaram bem o peso dos bonecos da Lego, os tripulantes de serviço. O modelo mais escolhido foi a jangada. Experimentámos os navios num tanque improvisado e no chafariz e foram autorizados a navegar. Aposto que algumas embarcações, no final do dia de Sábado, foram parar à banheira no meio da esponja, espuma e sabonete. Passámos uma manhã tranquila e divertida no Museu da Cidade de Almada onde tive o precioso apoio da mediadora Eurídice. Entre os participantes estava um avô ilustre, o Vereador António Matos, que muito gostei de rever. Em breve vos darei conta de outra oficina promovida pelo Museu da Cidade que acontecerá nas ruas da cidade velha...o que será?
Adivinhem quem estava ali ao lado no jardim do Museu...a Biblioteca Itinerante Aletria - que bela companhia!

A Praceta da Palavra

Por Miguel Horta

é parte integrante do projeto
 A Cultura sai à Rua 
Câmara Municipal de Sintra.
Surge através da candidatura
 Cultura para Todos
 integrada na Ação 11 da operação
 Lisboa-06-4538-FSE-000016 
idade Mais-Estratégia Municipal
 para o Envelhecimento
 Ativo e Saudável, cofinanciada
 pelo Fundo Social Europeu.

Mercês - 17 de Junho Desta vez realizámos o nosso encontro no jardim da praceta Francisco Ramos da Costa, mesmo em frente à mesquita. Um local fresco, com espaço e sombras. Comecei por fazer uma pequena dinâmica em roda de corpo e concentração e depois fomos em busca da memória sentados no murete do jardim. Contámos com a presença da Maria José Vitorino e da Benita Prieto. Acho que o grupo central das histórias já se consolidou. Toda a gente falou animadamente e deu a opinião e isto é fundamental para se encontrar uma forma de participar que seja o retrato deste grupo de pessoas. Já nos estamos a habituar ao tempo lento, próprio da Guiné, de usar as palavras, sobretudo quando temos de encontrar a expressão exata em português – O Senhor Malan cativou-nos a todos com a descrição do seu casamento. Falou-se do casamento tradicional Mandinga da oferta das nozes cerimoniais de cola à entrega da vaca ao pai da noiva, embora o animal passe a ser propriedade da nubente. A sessão terminou com um texto muito bonito que a Senhora Maria nos leu que descrevia o seu jardim do Amor, com todas as cores, cheiros e paisagem. Comovi-me. A partir daqui vamos começar a trabalhar a participação de cada um, melhorando a postura, a dicção ou encontrando outras soluções de comunicação e partilha das suas histórias. 



Gotas de vozes em Arraiolos

Por Miguel Horta


Uma sessão intensa na Biblioteca Municipal sobre um belo tapete de Arraiolos.

9 de Junho
Há muito tempo que tinha vontade de trabalhar com a Professora Bibliotecária Paula Gaspar; temos o mesmo gosto em trabalhar com crianças com necessidades educativas específicas em contexto de Biblioteca Escolar. Chegou finalmente esse dia, com o precioso apoio da Biblioteca Municipal de Arraiolos onde realizámos as sessões, em plena festa dos tapetes. A vila fica linda com aqueles tapetes pelo chão e nas varandas, ainda a possibilidade de assistir ao vivo à tosquia de uma ovelha (!) no meio da feira que montaram no centro. Realizámos a primeira sessão CEF (Tratadores de animais em cativeiro). E que bem que correu a sessão! Espero que tenha sido útil para os docentes envolvidos neste desafio. António Gedeão foi o poeta eleito e o livro Zoom fez com que todos viajassem pelo mundo através das memórias convocadas pelas imagens da obra. Aproveitei para ler dois textos do Rimas salgadas, com a participação alegre e ruidosa do "público marinho". A sessão foi transmitida em streaming por uma equipa da Câmara Municipal e ainda está disponível para visualização na sua página do facebook . Da parte da tarde, no contexto do projeto “Gotas de vozes” (tema central a água), estive com o 8º ano da Professora Bibliotecária, uma turma inclusiva, muito variada. Falei sobre os meus livros (em especial o Rimas Salgadas) e brinquei com eles, falei um pouco de mim, li um poema de Maria Alberta Menéres e fiz uma ilustração ao vivo (o Pedro lá ficou retratado no desenho...), aturei a lateral direita do campo, lancei algumas perguntas e levei o meu peixe – robô que nadou e nadou num aquário improvisado.


Só agora, com calma, consegui apreciar como deve ser a vossa produção escrita – Sim! Estou a falar para vocês, alunos. Fartaram-se de trabalhar; a vossa professora já me tinha enviado informação sobre a pesquisa que realizaram – Parabéns! Gostei bastante de estar convosco, apesar dos zangados do costume, vocês sabem bem quem são… Espero que tenha sido agradável o vosso início da tarde – Façam o favor de ter um Verão fantástico!

Gotas de vozes: que bonitas ficaram as capas dos trabalhos...


Fica aqui a minha palavra de apreço à
Carla Cândido, pela atenção e hospitalidade, reflexo do apoio do Município a esta iniciativa.

Ler para Crer Ler - Vila Verde dos Francos

Por Miguel Horta


Ler para Crer Ler
Vila Verde dos Francos 
13 de junho

As páginas deste blogue têm sido boas auxiliares da memória, tento registar regularmente as minhas vivências enquanto mediador artístico e, neste caso, mediador do livro e da leitura. No fundo, estas oficinas que estou a realizar no Agrupamento de Escolas da Merceana (Alenquer) são oficinas improváveis, seguindo um modelo surgido nas Bibliotecas Escolares de Torres Vedras, que vou aprimorando. O primeiro grupo que recebemos na Biblioteca Escolar da Escola Básica de Vila Verde dos Francos era inclusivo, constituído por uma bela variedade de crianças o que permitiu partilhar diferentes recursos de comunicação e mediação leitora. Sentámo-nos em torno de uma grande mesa, crianças, auxiliar e professoras e comecei a tocar uma caixinha de música que todos puderam experimentar: Ai que difícil é dar à manivela de uma coisa tão pequenina! De que lado a coloco? À direita ou à esquerda? Depois começámos a folhear os livros em conjunto, livros de cartonados, resistentes, próprios para alunos que não controlam bem a força dos dedos, e que trabalham essa motricidade a par das palavras, da história e da comunicação. Cruzámos o “livro com um buraco” de Herve Tullet com o “Puzzles 3D” (David Carter) e criámos uma escultura coletiva para uma praça cheia de trânsito. Um dos alunos que está a começar a falar sussurrou-me algumas palavras ao ouvido, usando o meu sussurrador – fiquei tão contente... 


De tarde foi a vez de trabalhar com um 2º ano que resolutamente se entregou à tarefa de encontrar os adjetivos correspondentes aos emojis que apresentei colados numa folha de papel de cenário – tratou-se do desafio Filacteraque propõem também a descoberta intuitiva de verbos partindo de onomatopeias, muitas destas vindas da linguagem da banda desenhada. Para além de se trabalhar o léxico ativo, sempre vamos propondo novos vocábulos e corrigindo os habituais erros de ortografia destas idades. Sobretudo é um jogo divertido em torno das palavras.


23 de junho

De regresso à Biblioteca Escolar de Vila Verde dos Francos, trabalhei a metodologia Filactera com uma turma muito inclusiva do 3º e 4º ano. Dividiram-se em dois grupos muito equilibrados. O nível da resposta foi bem elevado! Foi uma risada, imitar as vozes dos animais; ás tantas ninguém se lembrava qual era o verbo do burro… IÔN! IÔN! IÔN! Fartaram-se de trabalhar...No meio de todas aquelas crianças, uma com PEA, cada vez que se concentrava, acertava em cheio nos adjetivos; reparei como este aluno estava tão bem incluído na turma, tendo sempre um par para interagir com ele durante todo o desafio. Percebe-se que já existe, há muito tempo, uma prática inclusiva nesta escola básica do Agrupamento de Escolas Visconde de Chanceleiros (Merceana). Terminando a tarde, sentei-me à mesa com a professora bibliotecária e os dois professores titulares das turmas e conversámos sobre a atividade, o seu ponto de partida e objetivos, encerrando o encontro com a análise dos livros apresentados e que farão parte, em breve, do catálogo da biblioteca. Foi uma boa surpresa, este trabalho com as Bibliotecas da Merceana.


A Member Remembers

Por Mylee J

by Miranda Harrowell

Robin Morrow

The catalyst for my IBBY connection began in 1978 when I was appointed Children’s & YA Librarian at Ryde public library in Sydney. Buying books, part of my job description led me to a treasure trove, The Children’s Bookshop at Beecroft owned and run by future IBBY Australia President Robin Morrow AM.

In 1979, I attended The Art of Storytelling workshop run by IBBY at the University of Sydney. A highlight was storytelling concerts at night. It still gives me goosebumps remembering the haunting retelling of “The fisherman and the changeling”. the singing of dance to your daddy till the boat comes in by the gifted Australian storyteller. Speakers included Caroline Feller Bauer (USA) and Grace Hallworth (UK).

Two years later I drew the straw at work to attend the LAA/NZLA libraries conference in Auckland NZ. At the professional development session one afternoon Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY. The memory of the storytelling workshop was strong. I could not help myself!! My hand shot up, I stood up and enthused about IBBY. Ena inspired me to become a lifelong IBBY member, supporter & promoter.

Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY

I have attended 3 IBBY congresses, Oslo 1988, Williamsburg 1990 and Berlin 1992. Congresses are great places to meet authors & illustrators and others with a shared passion. I roomed with a stranger, Melbourne teacher/librarian Joan Amiet and we left as friends. At Oslo I reconnected with Norwegian author Tormod Haugen who had come to Australia a few years earlier to translate Patricia Wrightson into Norwegian.

Ena always organized dinner and a talk in Sydney to celebrate the birthday of “our dear Hans”.  To this day they continue in Sydney (pre covid) and it is wonderful to sit back and get lost in authors and illustrators talking about their work.  One year I remember Ena’s introduction of Alan Garner was spellbinding and his response was equal. A favourite IBBY memory among many. Recently Tohby Riddle spoke, Australia’s nomination for the 2022 HCA Medal for illustration.

In Williamsburg 1990. I saw Tormod Haugen receive the HCA Medal for writing & I was part of a self-guided tour. “Seven Little Australians” travelled by train to New York city, Boston and Connecticut. In the latter we visited Weston Woods, known by NSW public libraries for putting books into film. Joan and I were thrilled to take Ena to Central Park NYC, opposite East 74th St to see the statue of “dear Hans” reading to the ugly duckling.

We scurried through Grand Central Station almost missing our train to Boston. Robin had the tickets, I had Ena’s bags, others went ahead to hold the train if they could. We passed a station master who called out “I want to marry that little lady” pointing at Ena!

My role at Ryde Library changed in the 1990s but I continued to be involved with IBBY. In 2005 to celebrate the bicentenary of Hans Christian Andersen I helped IBBY Australia President Robin Morrow AM with assistance from the Danish Embassy host guest speaker world renowned translator Patricia Crampton at Tara school Parramatta.

The bust of Hans Christian Andersen at Observatory Hill gazes out over the harbour in the direction of Denmark. It is a replica of the famous sculpture created by the Danish sculptor H W Bissen in 1865.

That year I represented IBBY at the unveiling of a Hans Christian Andersen statue at Observatory Hill in Sydney by Prince Frederik and Princess Mary of Denmark. As guests mingled, I saw Princess Mary had finish talking to a young boy.  I gave myself about 20 seconds to introduce myself, say who and what I was representing. Princess Mary probably caught none of my babble but I was happy to have said Ena’s name out loud to a Danish princess in Sydney at an event honouring “dear Hans”. Ena Noel OAM IBBY Australia President died in 2003. This event would have been very special to Ena.

Miranda Harrowell AM

Miranda is the 1999 winner Children’s Book Council of Australia (New South Wales) Awards — The Lady Cutler Award

A Member Remembers

Por Mylee J

by Miranda Harrowell

Robin Morrow

The catalyst for my IBBY connection began in 1978 when I was appointed Children’s & YA Librarian at Ryde public library in Sydney. Buying books, part of my job description led me to a treasure trove, The Children’s Bookshop at Beecroft owned and run by future IBBY Australia President Robin Morrow AM.

In 1979, I attended The Art of Storytelling workshop run by IBBY at the University of Sydney. A highlight was storytelling concerts at night. It still gives me goosebumps remembering the haunting retelling of “The fisherman and the changeling”. the singing of dance to your daddy till the boat comes in by the gifted Australian storyteller. Speakers included Caroline Feller Bauer (USA) and Grace Hallworth (UK).

Two years later I drew the straw at work to attend the LAA/NZLA libraries conference in Auckland NZ. At the professional development session one afternoon Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY. The memory of the storytelling workshop was strong. I could not help myself!! My hand shot up, I stood up and enthused about IBBY. Ena inspired me to become a lifelong IBBY member, supporter & promoter.

Ena Noel OAM was doing what she did best, promoting IBBY

I have attended 3 IBBY congresses, Oslo 1988, Williamsburg 1990 and Berlin 1992. Congresses are great places to meet authors & illustrators and others with a shared passion. I roomed with a stranger, Melbourne teacher/librarian Joan Amiet and we left as friends. At Oslo I reconnected with Norwegian author Tormod Haugen who had come to Australia a few years earlier to translate Patricia Wrightson into Norwegian.

Ena always organized dinner and a talk in Sydney to celebrate the birthday of “our dear Hans”.  To this day they continue in Sydney (pre covid) and it is wonderful to sit back and get lost in authors and illustrators talking about their work.  One year I remember Ena’s introduction of Alan Garner was spellbinding and his response was equal. A favourite IBBY memory among many. Recently Tohby Riddle spoke, Australia’s nomination for the 2022 HCA Medal for illustration.

In Williamsburg 1990. I saw Tormod Haugen receive the HCA Medal for writing & I was part of a self-guided tour. “Seven Little Australians” travelled by train to New York city, Boston and Connecticut. In the latter we visited Weston Woods, known by NSW public libraries for putting books into film. Joan and I were thrilled to take Ena to Central Park NYC, opposite East 74th St to see the statue of “dear Hans” reading to the ugly duckling.

We scurried through Grand Central Station almost missing our train to Boston. Robin had the tickets, I had Ena’s bags, others went ahead to hold the train if they could. We passed a station master who called out “I want to marry that little lady” pointing at Ena!

My role at Ryde Library changed in the 1990s but I continued to be involved with IBBY. In 2005 to celebrate the bicentenary of Hans Christian Andersen I helped IBBY Australia President Robin Morrow AM with assistance from the Danish Embassy host guest speaker world renowned translator Patricia Crampton at Tara school Parramatta.

The bust of Hans Christian Andersen at Observatory Hill gazes out over the harbour in the direction of Denmark. It is a replica of the famous sculpture created by the Danish sculptor H W Bissen in 1865.

That year I represented IBBY at the unveiling of a Hans Christian Andersen statue at Observatory Hill in Sydney by Prince Frederik and Princess Mary of Denmark. As guests mingled, I saw Princess Mary had finish talking to a young boy.  I gave myself about 20 seconds to introduce myself, say who and what I was representing. Princess Mary probably caught none of my babble but I was happy to have said Ena’s name out loud to a Danish princess in Sydney at an event honouring “dear Hans”. Ena Noel OAM IBBY Australia President died in 2003. This event would have been very special to Ena.

Miranda Harrowell AM

Miranda is the 1999 winner Children’s Book Council of Australia (New South Wales) Awards — The Lady Cutler Award

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