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Antes de ontemLeituras

Tinha uma pedra para desenhar

Por Miguel Horta

 


23 de Março 2024
Oficina de desenho
Biblioteca Municipal de Torres Vedras
Tantas pedras!

A oficina esgotou. A sala encheu-se de gente animada e faladora de várias gerações e motivações. Comecei por fazer uma visita guiada à exposição, falando um pouco sobre a génese deste ciclo de trabalho, mas deixando bastante espaço para a inevitável e fascinante interpretação individual dos presentes. As crianças colaram o nariz ao vidro da vitrina que contém algumas pedras e objetos encontrados à beira do Mar, “no meio do caminho”. Comigo tinha uma pedra inventada (cascalho e nylon) que passou de mão em mão enquanto ia falando sobre o tempo da geologia e o aparecimento de novos materiais que a natureza tenta integrar dolorosamente. Sobretudo, deixei que cada um vivesse a exposição à sua maneira.

Depois começou a oficina. Um grupo divertido de alunos de Arte do secundário ocupou uma mesa mais afastada onde foram surgindo desenhos, que começaram pelo tema da pedra e terminaram com vigorosas personagens desenhadas a lápis de cor. As famílias encheram a sala de risadas e a experimentação foi descontraída; os adultos também se fartaram de criar .Uma senhora mais velha que queria aprender mais sobre desenho ficou ao lado de um Pai e uma filha que, serenamente, utilizaram o carvão, usando os dedos e as “borrachas miolo de pão”. Ainda dei uma mãozinha a uma senhora que estava com a filha ( desenhavam bem!); absorveram as minhas sugestões, fazendo surgir desenhos muito bem concebidos. Gosto do ambiente destas oficinas!

A exposição encerra no Sábado, dia 6 de Abril.

A Máquina da Poesia regressa ao Colégio Valsassina

Por Miguel Horta

 


Neste mês de Março teve lugar, no Colégio Valsassina, um conjunto de sessões da oficina “Máquina da Poesia” ( Laredo Associação Cultural) dedicado aos alunos do 7º ano. Como não podia deixar de ser, o dia mais intenso, com duas sessões. Foi 21 de Março, Dia da Poesia. Os jovens do Colégio aderiram com empenho à proposta de escrita poética, tendo surgido versos muito bonitos que Manuela Santos, Bibliotecária da escola, por certo divulgará. Uma palavra de apreço para as professoras das turmas que se entrosaram facilmente com a metodologia, incentivando os alunos para a criatividade. O ambiente vivido naquele auditório foi bastante envolvente, tendo os jovens conseguido escrever um poema coletivo no final da sessão. A metodologia que apresentei é para ser copiada, aplicada, adaptada e melhorada. E viva a poesia!






#màquinadapoesia #poesia #escritacriativa #miguelhorta #laredoassociaçaocultural #colégiovalsassina

"Tinha uma pedra" em Torres Vedras

Por Miguel Horta

 

No dia 15 de Março, pelas 18horas, inauguro mais uma exposição de desenho do ciclo “Tinha uma pedra” na galeria da Biblioteca Municipal de Torres Vedras. O espaço escolhido é pequeno, intimista, obrigando a uma seleção de trabalhos de pequena dimensão. Será um momento cheio de significado, como se estivesse a expor em casa dos amigos; a minha relação com a Biblioteca Municipal vem de longe, sempre em projetos desafiantes que me têm obrigado a refletir sobre o modo de mediar pela arte, pela literacia e de forma inclusiva. Ainda por cima, o meu novo ateliê e nosso espaço da Laredo Associação Cultural fica em Torres Vedras (sobre esta notícia escreverei depois). Imaginam como estou contente e grato ao Município por esta oportunidade de consolidar a sementeira.

Como sempre, no decorrer das minhas exposições, terá lugar uma oficina de desenho que parte do tema da pedra encontrada para 2 horas de experimentação de diversas técnicas de desenho. Acontecerá no Sábado 23 de Março na Biblioteca Municipal de Torres Vedras e carece de inscrição prévia. Uma oficina aberta a todos a partir dos 8 anos, a pensar, também nos adultos (pais, namorados, seniores, estudantes...) que gostam de desenhar. Levarei os materiais que usei para criar os desenhos da exposição, para que todos possam experimentar

Sobre este conjunto de desenhos executados em 2022/2023

Não existe um modelo, as imagens chegam diretamente do inconsciente, de mão dada com as intenções, essas mais estruturadas, criando uma malha de sustentação para o corpo da obra. Talvez estas pedras tenham adquirido vida própria ao longo do processo que as gerou; às vezes surge uma metáfora e deixo fluir sobre a folha de papel. O desenho continua a ser uma metodologia pessoal para entendimento e explicação do Mundo. O desenho é concreto, preciso, mesmo quando é necessário traçar o indizível. A pintura estrutura-se na teia conceptual do desenho, ganha segurança e rumo de pesquisa. No meu trabalho, o desenho e a pintura sempre conviveram complementando-se, cruzando-se, cada um sabendo bem o seu lugar. O desenho e a escrita, embora de natureza distinta, têm propriedades comuns, juntando-se na reflexão e no plano, numa compatibilidade tão antiga como a própria história do homem.

Mas o desenho tem uma existência autónoma, um dialeto que se expressa de um modo distinto. Neste conjunto de obras, a introdução da ponta seca, a par do lápis, traz uma dimensão táctil às imagens. Os diversos riscadores são numerados de acordo com a sua dureza e tom com que se expressam, distinguindo-se no traço. Assim, temos uma vasta família: 3H HB, 2B, 3B, 8B. Só para citar alguns. E o 0? Pergunto-me. Como é o zero? É o nada? E se o zero for o sulco invisível deixado pela ponta seca? Um lugar onde não é depositada nenhuma matéria deixando que o papel (o suporte) fale. E há tantos desenhos feitos com estes riscadores zero, sobre rochas, metal ou areia ... Perco-me nas diferentes possibilidades geradas por este labor silencioso... A pedra foi o objeto eleito para esta pesquisa, o pretexto para que o lápis vá falando sobre o papel,. É certo que traz a geologia e o universo consigo, mas projeta muito mais, irmanando o público. A atmosfera é o que sinto, vejam como respiro.

Miguel Horta, Verão de 2023

Oficina de desenho no Teatro-Cine de Pombal

Por Miguel Horta

 


Este Sábado à tarde, no Cineteatro de Pombal, teve lugar mais uma oficina de desenho “Tenho uma pedra”, realizada no âmbito da minha exposição itinerante de desenho. Foram quase duas horas de desenho tranquilo com um grupo muito diverso de gente (alguns Amigos!) que experimentou os meus materiais livremente. O resultado foi bastante bom; nem senti o tempo passar. Depois foi a vez de fazer uma visita guiada a um belo grupo de amigos. Para a semana, dias 7 e 8de Fevereiro, começam as oficinas dedicadas a público escolar.



As pedras seguem para a Biblioteca Municipal de Torres Vedras, também 
com um programa de oficinas. A inauguração será no dia 15 de Março.

Nova temporada da Tempestade no Museu Gulbenkian

Por Miguel Horta

 

Uma “Tempestade” educativa

volta a assolar
o Museu Gulbenkian 

A minha/nossa oficina em torno da obra de William Turner tem navegado ao longo desta temporada, agora com uma nova marinheira na embarcação, Sandra Varela, que tem trabalhado comigo junto dos públicos com necessidades educativas específicas que nos visitam. Uma ajuda preciosa! A nossa viagem começa com "Quilleboeuf/Foz do Sena", envolvendo os participantes nas atmosferas de Turner, ajudando a mergulhar na natureza poderosa até passarmos ao enorme naufrágio de um navio de linha Inglês que domina aquela sala do Museu. Temos trabalhado com grupos inclusivos, grupos com doença mental, muita gente bonita e variada que tem saído contente depois de desenhar o vento, as vagas e a chuva em frente ao quadro “Naufrágio de um cargueiro”. Sabe tão bem estar de volta ao Museu!

Sandra mostra como era um navio de linha Inglês (cargueiro) à época da pintura executada por Turner.





Oficina de desenho em Pombal

Por Miguel Horta

 

No próximo dia 3 de Fevereiro, Sábado, estarei de regresso à Galeria do Cineteatro de Pombal para um dia inteiro dedicado aos visitantes. Por volta das 14.30h oriento uma oficina de desenho aberta a todos, famílias alargadas, que parte da exposição para 90minutos de experimentação de técnicas e materiais, num ambiente descontraído.

O tempo restante será para fazer uma visita guiada a quem estiver interessado.
Não se esqueçam de fazer a vossa inscrição, apenas para a oficina, pois temos um número limitado de lugares. Lá vos espero.

Já têm a vossa pedra? Sim, talvez aquela que encontraram no último passeio às serranias do Sicó ou vinda diretamente da vossa coleção privada de seixos e conchas. Devem trazer essa pedra no bolso quando visitarem a exposição, pois vamos desenhá-la com os mesmos materiais que foram utilizados pelo artista na criação da sua obra. Depois de uma visita à exposição começaremos a desenhar, experimentar e conversar sobre o ofício do desenho.

As Pedras em Pombal

Por Miguel Horta

 

Inaugurou a 6 de Janeiro, na Galeria do Cineteatro de Pombal, mais uma exposição da itinerância “Tinha uma Pedra” . Compareceu um belo grupo de amigos e familiares ao qual se juntou uma mão cheia de visitantes locais. Foi uma tarde bem passada que que contou com a presença da Vereadora Cultura Dra. Gina Domingues e onde não faltou um discurso surpresa, logo a abrir.

A minha relação com a cidade de Pombal vem de longe, um desafio continuado proposto por Sónia Fernandes, que tem dado a conhecer o meu trabalho como mediador da leitura, educador pela arte, narrador e autor infantojuvenil. Agora, chegou a vez de mostrar o pintor... Foi editado um catálogo completo das peças expostas e, em breve, orientarei uma série de oficinas de desenho para público escolar e não só. Estou bem contente.
No próximo dia 3 de Fevereiro, Sábado, estarei de regresso à Galeria do Cineteatro de Pombal para um dia inteiro dedicado aos visitantes. Por volta das 14.30h oriento uma oficina de desenho aberta a todos, famílias alargadas, que parte da exposição para 90minutos de experimentação de técnicas e materiais, num ambiente descontraído.
O tempo restante será para fazer uma visita guiada a quem estiver interessado.
Não se esqueçam de fazer a vossa inscrição, apenas para a oficina, pois temos um número limitado de lugares. Lá vos espero.
Fotografias: por cortesia da Câmara Municipal de Pombal

As pedras rolam até Pombal

Por Miguel Horta

Sem título . lápis e ponta seca sobre papel
297x420mm . 2023


Tinha uma Pedra 
Miguel Horta
Desenho

Dia 6 de Janeiro 2024, pelas 16.00h, inaugura a minha exposição de desenho na Galeria do Cineteatro de Pombal . Reúne 39 desenhos produzidos em 2022 e 2023. Trata-se de uma exposição itinerante que procede de Loulé, do Convento de Santo António, onde esteve exposta com o precioso apoio do programa de apoio às artes do Município.

Talvez uma pedra, como tantas outras, encontrada num caminho. Ir para além do objeto, da geologia, acrescentando outros sentidos revelados, transformados pelo observador. Esta exposição apresenta um conjunto de desenhos de diferentes dimensões, resultado de um trabalho de pesquisa que se vem desenvolvendo em torno desta disciplina expressiva, estruturante para o trabalho do pintor, que nos convida a mergulhar em atmosferas temporais e luminosas, onde as rochas ganham vida, convidando o público à imersão.



A Cultura sai à Rua - Sintra

Por Miguel Horta

 


Recentemente, a Câmara Municipal de Sintra divulgou um vídeo sobre o seu Projeto “A Cultura está na Rua” que decorreu ao longo de 2022, terminando numa apresentação do trabalho de todos os grupos no Auditório Olga Cadaval em Sintra. A Laredo Associação Cultural, junto com uma bela mão cheia de companhias de teatro, participou nesta iniciativa junto dos seniores do Concelho com o segmento “Pegar pela palavra” (“Contadores de histórias”), um trabalho continuado de mediação cultural onde a palavra, encerrada no âmago de cada um, foi a força impulsionadora para unir os mais velhos dando voz , valorizando o seu papel na família e na comunidade, através da comunicação. Ao longo de todo o projeto, fui publicando aqui no meu blogue, uma espécie de diário de bordo deste trabalho.
Tânia Tobias foi a autora/mentora deste Projeto que correu muito bem, com resultados cujos ecos se fazem sentir nas novas propostas da nossa associação. Não escondo a admiração que tenho por esta mediadora/técnica do Município, que coordenou a iniciativa. Com este projeto conheci técnicos, artistas e mediadores que fazem toda a diferença junto das comunidades: O João Francisco e a Ana Varanda da União das Freguesias de Montelavar, Pero Pinheiro e Almargem do Bispo, que acompanharam os nossos mais velhos vindos de aldeias diferentes, com carinho e atenção, provendo todos os requisitos logísticos necessários para o projeto. Ainda uma palavra para a Marlene Vaz, mediadora da Fundação Aga Khan Portugal com quem trabalhei – Um trabalho sensível, sereno, atento aos mais velhos. Aprendi bastante com este projeto que me colocou nem pé de igualdade com pessoas um pouquinho mais crescidas que eu, acolhendo-me com amizade no seio dos seus grupos. Agora, na Laredo, redigimos uma nova proposta, batizada de “Palavra Maior” que está à procura de financiamento para medrar. Oxalá 2024 traga boas notícias para a mediação da palavra diretamente no terreno – e há tanta légua para percorrer...


Documentário - https://cloud.cm-sintra.pt/s/sm3Hrpfpb3zEaRr

Publicação Escrita - https://cm-sintra.pt/institucional/documentos-publicos/outros-documentos


Para além de Princesas e Dragões

Por Miguel Horta

Continuando a falar
de momentos importantes
ao longo do ano de 2023

De 17 a 18 de Março, teve lugar em Albergaria-A-Velha, o encontro “Para além de princesas e dragões - a Biblioteca e a Aprendizagem Criativa"- promovido pela Biblioteca Municipal. Foi com gosto que participei neste encontro intervindo em plenário, desenvolvendo formação e apresentando as ilustrações do meu livro “Rimas salgadas”.


Este encontro foi importante para a minha evolução pessoal ao longo de 2023. Não só fui recebido com grande hospitalidade e carinho pela equipa da Biblioteca Municipal como, participei num painel em plenário e tive a oportunidade de voltar a dar formação presencial, depois de um longo ciclo em virtual. Bem sei que é muito importante o trabalho
on line pois permite comunicar com docentes de pontos muito afastados dos grandes centros que, sem estas oportunidades, dificilmente teriam acesso às propostas de Mediação Leitora Inclusiva. Mas o sentir e comunicar com o outro, ao nosso lado, a possibilidade física de folhear livros e experimentar material não livro fizeram a diferença, nesta oficina que explorou recursos de mediação para diversas situações de exclusão.


Um dos momentos mais agradáveis deste Encontro foi a inauguração da exposição com as ilustrações originais do meu livro Rimas Salgadas, que contou com a presença de António Loureiro e Santos, Presidente da Câmara de Albergaria-A-Velha, e Delfim Ferreira, Vice-Presidente que fez a apresentação da iniciativa. Fica aqui um abraço para o José Saro, simbolizando todos os professores bibliotecários (e outros) que estiveram presentes.







Ler e dar a ler - o vídeo

Por Miguel Horta

O programa do PNL “Ler e dar a Ler – Leitura orientada na sala de aula” ocupou uma boa parte da minha vida ao longo deste ano de 2023. É justo que aqui deixe a ligação para este vídeo que dá uma ideia do nosso trabalho (Laredo Associação Cultural) por terras de Trás-os-Montes e Alentejo. Um belo vídeo realizado por António Barbot. Ao mesmo tempo que fazia estrada, outros companheiros trilhavam os caminhos da Mediação Leitora, Andante, Paulo Condessa , No ar -Rádio de bolso, Dora Batalim e Elsa Serra. Sinto-me bem em itinerância, aprendi bastante no decorrer da ação. Tive desilusões e momentos felizes – Quando os docentes estão verdadeiramente empenhados, imediatamente se sente um reflexo nas crianças. Ainda uma palavra de gratidão para a Fátima Bonzinho, coordenadora interconcelhia das bibliotecas escolares do alto Alentejo (PNL) e á minha companheira de aventura, Maria José Vitorino. Mais aqui.

No Festival Literário de Mafra

Por Miguel Horta

 

Malveira: 30 de Outubro e 7 de Novembro 2023

Foi com muito gosto que participei no primeiro Festival Literário de Mafra, como narrador, na Biblioteca Escolar Professor Armando Lucena. Foram 2 dias em crescendo partindo da tradição oral, à qual juntei os meus contos. A partir da primeira sessão (e foram 4) fui aquecendo a voz, vencendo limitações até chegar ao último dia em que me senti solto , sem encalhar na dicção. Na última sessão, com uma bela turma do oitavo ano, partimos, também, para a poesia dita de forma participada – uma festa! Também contei para turmas um pouco mais específicas, mais paradas, que precisam de ser acordadas através do contacto com os narradores e outros artistas. A escola é feita destas diferenças e o Narrador/mediador tem de fazer a leitura correta do jovem público que tem na frente, insuflando energia quando é necessária. A receção na Biblioteca Escolar foi calorosa; num painel (surpresa!) estava exposta a folha de sala/cartaz da minha exposição de desenho “Tinha uma Pedra” (Loulé 2023).

Foi um prazer rever a professora Bibliotecária Dália Santos e aproveito aqui para agradecer aos docentes que me apoiaram e antecedendo este momento de contacto com informação sobre o meu trabalho junto dos alunos escutadores. José Fanha, António Felgueiras e Carla Rodrigues estão de parabéns por terem erguido este festival repleto de encontros com escritores e pensadores da palavra. Mafra ficou mais rica. Das sessões a que assisti, gostei particularmente de escutar Cristina Carvalho em torno da obra de António Gedeão. Também assisti com igual prazer ao encontro sobre o Crioulo e a nossa língua, que trouxe Dulce Pereira ladeada por Germano Almeida e pelo veloz José Luiz Tavares.


Fotografias de Tatiana Oliveira Gomes

Conversas Pintadas no Festival Passa a Palavra.

Por Miguel Horta


Este ano, com mais energia, voltei a apresentar uma oficina de educação artística no Festival Passa a Palavra - “Conversas Pintadas”, em torno do discurso plástico de dois artistas; um, Neves de Sousa e outra Susa Monteiro, ilustradora que muito aprecio. Susa acrescenta à expressão naturalista de Neves de Sousa a presença das entidades mágicas de Angola. Como sempre fiz uma vista à exposição, antecedendo o trabalho de ateliê, promovendo a expressão individual e a comunicação entre gerações. Pensada para participantes a partir dos 8 anos, esta proposta contou com a presença de jovens, de crianças muito aplicadas e com clara inclinação para as Artes e os Pias. Haviam de ter visto as Mães e os Pais a trabalharem... Deu gosto.



Trouxe os meus materiais do ateliê: bons lápis para a fluidez do traço, lápis aguarela, propondo a integração da pintura e do desenho e técnicas compostas, múltiplos, através da utilização criativa de uma fotocopiadora. De vez em quando parava numa mesa e partilhava mais um modo de fazer. Não se ache que a qualidade do material não é importe, não é um capricho de artista – riscadores, pinceis , suportes profissionais, potenciam as expressões. Ora aqui está uma oficina pronta a replicar. Muito obrigado aos amigos Contabandistas que me mimaram e à dupla Cristina Taquelim Claúdia Fonseca, sempre muito atenta. Espero que tenham gostado da proposta e , se passarem por Oeiras, visitem a Galeria Verney onde tem lugar esta conversa entre artistas.




Contar em Alfazina

Por Miguel Horta


Assinalando aqui no blogue
o início do Rio de Contos
com uma sessão em Alfazina
que me soube muito bem.

A sessão de contos que marcou o meu início de Outubro foi, sem dúvida, a que realizei na Biblioteca Escolar da Escola Básica de Alfazina (Monte de Caparica), abrindo a IX edição do Rio de Contos (Encontro de Narração Oral de Almada).  Nessa manhã, no Miradouro de Alfazina, o público multicultural da escola começou meio adormecido, mas depois surgiu a escuta e a sessão fluiu com grande naturalidade. Assinalo o facto de o público ter sido alargado a um número muito significativo de adultos que assim escutaram a minha viagem pelos contos, da nossa costa até Moçambique. É sempre determinante o empenho do Professor Bibliotecário para tornar vivos estes encontros com a palavra. Fiquei com vontade de regressar à Biblioteca. Obrigado, também à Margarida Raimundo (Rede de Bibliotecas Municipais de Almada) pela atenção e empenho nesta realização. E viva o Rio de Contos!

Devolvendo o "anel da Caganita" à proprietária deste objeto mágico, a Professora Bibliotecária Olga Duarte






Mediação Cultural com pedras preciosas de Loulé

Por Miguel Horta

 

O Convento de Santo António possui uma sala para as atividades educativas

E eis que chega ao fim a exposição depois de uma sequencia de 3 dias intensos com visitas/oficina às minhas “pedras”; cerca de 200 participantes, incluindo técnicos e professores. Foi muito gratificante ver o empenho com que os alunos de artes do secundário de Loulé e Quarteira se aplicaram aos exercícios propostos. Os materiais que usaram para a criação das suas pedras foram os mesmos que usei nos desenhos expostos. Durante esta iniciativa pedagógica, continuo a movimentação entre o Convento de Santo António e a Galeria Alfaia, onde está exposta a obra desenhada de Diogo Pimentão. Não é preciso ser-se adivinho para saber que estamos na presença de um vasto grupo de alunos promissores orientados por professores que favorecem o crescimento estético autónomo. Confirma-se o investimento nas práticas educativas criativas promovido pela Câmara Municipal de Loulé.

Surpreendido por uma prenda da Dária Barshkinova
"De uma artista jovem que partilha o mesmo amor por padrões"

Quem conhece o meu trabalho andarilho de mediação cultural sabe privilégio o trabalho inclusivo e foi isso mesmo que aconteceu ontem com duas estruturas da cidade de Loulé que visitaram a exposição e desenharam as pedras que tinham nos bolsos. É justo destacar o trabalho de qualidade da ASMAL que trouxe um grupo variado (nas suas situações), muito participativo e bem humorado que se prenderam bastante aos conteúdos da exposição opinando e vendo para além do olhar. O primeiro grupo que recebi no Convento era do quarto ano o que insuflou uma energia especial ao meu trabalho – entenderam muito bem o que é o desenho figurativo e foi nisso mesmo que investiram experimentando lápis estranhos, completamente desconhecidos. Falaram muito de sentimentos e atribuíram humores ás peças fazendo analogias com a realidade, ou seja, dominando as metáforas desenhadas. Grande proeza. Este foi o ambiente, profundo nos sentimentos. No final, já a sala estava vazia um menino veio ter comigo e falou de pedras que sentem. A conversa continuou e acabou por falar sobre o Pai que tinha morrido na véspera do Natal. Depois começou a chorar, contando como tinha assistido à degradação rápida da saúde do Pai. Depois demos um abraço e ele secou as lágrimas. Quando saiu da sala e se juntou aos colegas, ia choroso. Perguntaram-lhe o que se tinha passado. Nada, já passou – respondeu. Assim a manhã ficou marcada profundamente, como um traço.



Fica aqui um recado para Ricardina Inácio: Olha amiga, gostei imenso de trabalhar convosco! A vossa equipa aligeirou imenso o meu trabalho e esteve sempre atenta às sessões. Temos de repetir!

Últimos dias em Loulé

Por Miguel Horta

 

Nos dias 25, 26 e 27 de Outubro estarei de volta a Loulé para desenvolver, junto de um público muito variado, um conjunto de oficinas e visitas guiadas à minha exposição de desenho. Trata-se de uma iniciativa da equipa educativa dos museus de Loulé. No sábado 28, dia de encerramento, conto estar também no espaço, da parte da tarde, para receber os amigos que resolverem aparecer.

A inauguração da minha exposição “Tinha uma pedra” no Convento de Santo António em Loulé foi um momento marcante neste ano; insuflou energia no meu trabalho plástico, trouxe mais interrogações e abriu novos campos de pesquisa. É uma boa sensação de ter conseguido erguer a exposição que contou com um grande apoio da Câmara de Loulé. Aproveito para enviar um abraço à Dália Paulo que acompanhou sempre, ao longo de dois anos, o nascimento deste projeto de desenho. O curador é um amigo, Miguel Cheta; foi incansável e sem o olhar estético e a generosidade deste artista as pedras não teriam “brilhado”. 

Loulé tem estado no mapa das minhas intervenções enquanto formador/artista como foi o caso do projeto 10x10 (Descobrir/Gulbenkian) e o seu irmão mais novo, ArtexEducação ( proposto localmente pela Câmara Municipal) isto para além da formação que dei aos companheiros dos museus. No dia 22 de Setembro teve lugar a inauguração simultaneamente de duas exposições , a minha no Convento e outra, muito boa, de Diogo Pimentão na Galeria Alfaia. O resultado foi um grande numero de pessoas que circularam entre as dois espaços expositivos de Loulé. Boa energia!


A exposição seguirá para o Cine-Teatro de Pombal onde inaugurará a 6 de Janeiro, mais uma vez apoiado por uma boa equipa.



Programa IX Rio de Contos

Por Miguel Horta


 

Tinha uma Pedra

Por Miguel Horta

 

Miguel Horta .Sem título. lápis e ponta seca sobre papel. 100x70. 2023


Finalmente vou partilhar os desenhos que tenho feito neste últimos dois anos numa exposição que abrirá portas a 22 de Setembro de 2023 (18.00h), no Convento de Santo António em Loulé. Uma iniciativa do Programa de apoio às Artes da Câmara Municipal de Loulé, com curadoria de Miguel Cheta. Esta exposição, que se pretende itinerante, terá em paralelo um conjunto de oficinas de desenho abertas à participação de públicos muito variados. Encerrará a 28 de Outubro.

Talvez uma pedra, como tantas outras, encontrada num caminho. Ir para além do objeto, da geologia, acrescentando outros sentidos revelados, transformados pelo observador. Esta exposição apresenta um conjunto de desenhos de diferentes dimensões, resultado de um trabalho de pesquisa que se vem desenvolvendo em torno desta disciplina expressiva, estruturante para o trabalho do pintor, que nos convida a mergulhar em atmosferas temporais e luminosas, onde as rochas ganham vida, convidando o público à imersão.

                                                                                                                                                (Sinopse)

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade



Saravá, Valentim!

Por Miguel Horta

 


O tempo passa e tal é a voragem dos dias que nos esquecemos de falar do que vivemos, de sublinhar momentos importantes fruídos em comunidade. Foi o caso do I Festival de Resistência e Arte Urbana da Charneca da Caparica que contou com a presença de amigos do conto (Thomas Bakk, Adriano Reis e Rosa Gonçalves) para além de outros artistas que se reuniram em torno desta ideia nos dias 3 e 4 de junho (2023) no pavilhão dos Asas Vermelhas. Pelo meu lado, realizei a oficina construindo cidades para as famílias que estiveram connosco naquele fim de semana. A Biblioteca Central das Ideias do Senhor Valentim está de parabéns por continuar o seu labor interventivo numa freguesia de Almada que ainda não tem um espaço de leitura pública. Saravá, Companheiro!

Ler e dar a ler

Por Miguel Horta

 


Ler e dar a ler

Ao longo deste ano letivo, levámos ao Alto Alentejo e a Trás-os-Montes as nossas oficinas de mediação leitora, inseridas no programa “Ler e dar a Ler”/ Plano Nacional de Leitura (“leitura orientada na sala de aula”), a turmas do 3º ano de 10 escolas do país, em preciosa articulação com os Professores Bibliotecários locais. Cada turma tem uma realidade distinta, um Perfil Leitor específico, ditando um modo próprio de desenvolver a atividade. Trabalhei com turmas que aderiram imediatamente à proposta, demonstrando grande autonomia criativa, outras crianças tiveram mais dificuldade em mergulhar no pensamento poético por estarem mais formatadas na resposta “como deve ser”. Ainda, outras turmas, mereceram uma atenção especial pela inclusão de alunos com necessidades educativas específicas. No geral, considero que estas intervenções correram muito bem, tendo siso muito bem preparadas pela coordenadora interconcelhia da RBE, Fátima Bonzinho. Em vários casos foi bastante evidente a “cumplicidade” dos professores bibliotecários e os professores titulares de turma, a quem deixo um abraço reconhecido – não é qualquer uma que aceita que as crianças desarrumem a sala de aula, logo no início, preparando a ambiente para a leitura, a voz e a escrita.

A cada projeto desta natureza, a Laredo Associação Cultural aprimora as suas propostas e o mediador de serviço aprende mais um pouco; sobretudo fica-se com um retrato mais completo da situação educativa no nosso país – o interior não cessa de nos surpreender... O fotógrafo Samuel Amaral registou as sessões da Laredo, estando em fase de montagem um pequeno vídeo que dá ideia dos dias vividos aos saltinhos de terra em terra.

De olhos vendados, a Poesia...

Diz a Laredo sobre este trabalho...

Ler e Dar a Ler foi um convite endereçado pelo Plano Nacional de Leitura em 2022 a alguns mediadores da leitura para abordar a Leitura em sala de aula no 3º ano do ensino básico. Dividimos a nossa intervenção em duas partes, uma primeira de experimentação poética, onde não faltou a leitura em voz alta, com ritmo e expressão das intenções próprias das palavras e um segundo momento, seguindo a metodologia “Máquina da poesia”, propusemos um mergulho no universo poético, brincando com as palavras, escrevendo pequenos versos originais e construindo, no final, um grande poema coletivo. Trabalhámos sempre em sala de aula, com os alunos de uma turma, e os seus professores.  


Logo no início, os alunos desarrumam a sala de aula criando uma meia-lua acolhedora para as palavras​. O trabalho segue em crescendo, começando com pequenas poesias ditas e partilhadas. A experimentação poética começa com a integração do grupo para a escuta. Procuramos valorizar os alunos que têm mais dificuldade, para que não se sintam isolados. Além da escuta, desenvolve-se o ritmo, utilizando o corpo e também instrumentos de percussão. Falamos de ritmo, brincamos com o som e a intenção das palavras. O corpo participa em pleno nos textos.




Estudos de caso de candidatos bem-sucedidos que atribuíram seu sucesso à pontuação no GMAT

Por beatdigital

O Graduate Management Admission Test (GMAT) é um exame reconhecido mundialmente e uma peça fundamental no processo de admissão em programas de pós-graduação em administração de empresas. A pontuação obtida no GMAT é frequentemente um fator determinante para ingressar em algumas das melhores escolas de negócios do mundo. Neste artigo, exploraremos três casos reais de candidatos bem-sucedidos que atribuíram seu sucesso à pontuação no GMAT, destacando a importância do curso GMAT na preparação para o exame.

O post Estudos de caso de candidatos bem-sucedidos que atribuíram seu sucesso à pontuação no GMAT aparece primeiro no Mundo de Livros.

A Máquina da Poesia no Colégio Valsassina.

Por Miguel Horta
     Fotografias de João Baeta Neves

Acham que vos consigo
transformar em poetas em 90 minutos? 
Alguns alunos anuíram, outros revelaram descrença no olhar...

 Foi assim que Miguel Horta começou cada uma das duas sessões de Mediação Leitora que tiveram lugar no auditório do Colégio Valsassina nos dias 7 e 9 de junho.Compareceram quatro turmas do 7º ano ( 2 por sessão) num encontro participado e animado com o autor/mediador, da Laredo Associação Cultural, que se socorreu da “tecnologia sofisticada” da escrita para resolver o desafio poético: A “Máquina da poesia”. Trata-se de uma metodologia simples de escrita imaginativa que parte de um quadro de palavras construído sobre uma grande folha de papel de cenário que apresenta diferentes categorias gramaticais tornando mais acessível a imersão no universo poético. O resultado foi bastante positivo a avaliar pela produção poética individual dos jovens que se atreveram a “brincar com as palavras”.. As sessões terminaram partindo de um soneto sobre o Amor de Luís de Camões para a escrita de um grande poema coletivo, onde cada um contribuiu com um verso. Todas as sessões contaram ainda com a participação de docentes das turmas e da Bibliotecária do Colégio, Manuela Santos. Maria José Vitorino e Miguel Horta foram os dois interventores de serviço.

Até de olhos fechados Júlia conseguiu escrever poesia!

Esta atividade foi concretizada no âmbito da parceria para desenvolvimento das Bibliotecas/Centro de Recursos, entre a Laredo Associação Cultural e o Colégio Valsassina, a decorrer desde 2021.
Na coleção da Biblioteca ficaram dois livros do autor - Boas leituras!
Mediadores de serviço: Maria José Vitorino e Miguel Horta


(texto Laredo Associação Cultural)

Construindo uma cidade

Por Miguel Horta


A 3 e 4 de Junho terá lugar o 1º Festival de Resistência de Arte Urbana da Charneca da Caparica e da Sobreda na Associação das Concertinas Águias Vermelhas (Rua João de Deus 14 – no mesmo quarteirão do mercado municipal da Charneca). Uma ideia do fantástico Senhor Valentim da Biblioteca Central das Ideias. É com muito prazer que participarei nesta iniciativa, financiada pelo orçamento participativo da minha freguesia (Charneca da Caparica/Sobreda). Um belo lote de pessoas vai estar nesta primeira edição com destaque para quatro amigos narradores, a Cláudia Fonseca, o Adriano Reis, a Rosa Gonçalves e o Thomas Bakk. Esta é uma iniciativa 100% genuína, popular, só poderia ter nascido na cabeça de um livreiro/bibliotecário de rua. Vou apresentar a minha oficina “Construindo Cidades”, noventa minutos de trabalho com as mãos, usando desperdícios de carpintaria e propondo a brincadeira em torno do urbanismo. Peço a todas as crianças participantes nesta oficina que tragam um bonequinho pequeno da Lego (também pode ser Duplo) e um carrinho pequeno – fica assim garantido o faz de conta nas casas e ruas inventadas. Para participar é necessária uma inscrição prévia junto do Geraldo Valentim. 963120760

Para se ter uma ideia...

A 14 de janeiro teve lugar uma animada oficina de “Construindo cidades” no Museu de Almada (Casa da Cidade). A turma que apareceu era tida como “complicada” - não dei por nada... Foi bem divertido ver aquela gente pequena e ruidosa numa azáfama criativa, cola e madeirinhas na mão. Estejam atentos à agenda cultural dos museus de Almada, onde apresentarei diversas oficinas ao longo deste ano.


 

Tanto Mar!

Por Miguel Horta

Desde o início do ano
já passei por 8 grupos
fora de portas
levando comigo o Mar
e a visão única de dois artistas
sobre os Elementos


Tem sido realmente interessante e motivador levar o Museu Gulbenkian para “Fora de Portas” com a nossa/minha oficina “O movimento das águas” que parte da obra “Naufrágio de um cargueiro” (pintura) de William Turner e “Mar II” de Fernando Calhau (vídeo) para um trabalho mais profundo nas instituições e escolas de origem dos nossos visitantes. Um programa nascido durante a pandemia que permanece, apresentando uma oferta variada do nosso serviço educativo (Fundação Calouste Gulbenkian). (Esta proposta surge na sequência da oficina "A tempestade") Tenho andado por Instituições (vulgo Cercis) e núcleos de ensino especial de vários níveis de ensino em agrupamentos da “Grande Lisboa”. Tenho recebido um eco muito positivo dos colegas mediadores que me antecederam e sinto que a relação com o Museu, cada vez mais presencial, se estreita fidelizando este público. Por outro lado, sinto o grau de informação e efetiva intervenção desenvolvida em cada local com estas pessoas com necessidades educativas específicas. Questionam-me frequentemente sobre oportunidades de formação neste campo de trabalho pedagógico. Referem ser um privilégio esta vinda do museu à escola!


Esta oficina trabalha o conhecimento das obras de arte, fomenta o desenvolvimento de uma opinião estética individual, reforça a capacidade de interpretação do que é visto; depois trabalha o movimento do corpo, ondulante como as vagas, a velocidade do vento espessa em grafismos livres que acontecem em grandes folhas de papel, o desenho da chuva (consegue-se escutar o som do grafite desenhando as bátegas sobre papel)... A vida dos autores, enquadradas pelas respetivas épocas é abordada de forma acessível e adaptada (às vezes narrada como num conto), assim como alguns conceitos da história de arte. Não podendo transportar as obras de arte para a escola, projetamos imagens com boa definição sobre a parede, sempre que possível à escala. Mostro imagens de navios do séc XIX, enquanto conto alguns episódios interessantes da aventura artística de Turner. Durante esta hora e maia de ateliê falamos muito sobre o mar e surge sempre mais um conhecimento novo sobre os oceanos. Os grupos são variados e sublinho aqui a adaptação específica que é necessário fazer para a presença de perturbações do espectro do autismo, concomitantemente com a respeito das características próprias de cada nível etário. O grande desafio é conseguir a comunicação, um vínculo conquistado durante hora e meia de oficina, fixando os nomes de cada um e atendendo a situações individuais; criada essa empatia, o nosso Museu fora de portas flui naturalmente. Não há uma oficina que seja igual à outra; como se existisse um perfil específico de cada grupo de participantes a que é necessário responder, o que acontece por intuição e o gosto do mediador cultural. Espero que esta oferta se mantenha e que sejam convidados jovens mediadores a executarem esta bela aventura educativa.



Almocinho de contadores sénior

Por Miguel Horta

 

Pegar pela Palavra é parte integrante do projeto
A Cultura sai à Rua – Câmara Municipal de Sintra
Surge através da candidatura Cultura para Todos,
integrada na Ação 11 da operação Lisboa-06-4538-FSE-000016
Idade Mais - Estratégia Municipal para o Envelhecimento Ativo e Saudável,
cofinanciada pelo Fundo Social Europeu 

No dia 5 de Janeiro os participantes no Pegar pela Palavra/Contador de Histórias da União de Freguesias de Montelavar, Pêro Pinheiro e Almargem do Bispo voltaram a encontrar-se. Técnicos (mediadores) e seniores almoçaram em D. Maria. O repasto foi acompanhado por poesia, canções, rimas populares, tudo com a habitual boa disposição. Fico a pensar como é importante dar continuidade a toda esta energia criativa que conseguiu vencer a solidão dos mais velhos com a realização desta iniciativa da responsabilidade da Câmara de Sintra (programa “a Cultura sai à rua"), em que a Laredo Associação Cultural se envolveu profundamente. Hoje comecei a fazer um esboço do que poderia dar força e continuidade ao trabalho desenvolvido na União de Freguesias de coração rural, em Sintra.

O Senhor Albino lendo um dos seus poemas
e a Dona Alice usando o seu caderninho de escrita personalizada
 (uma espécie de código secreto e auxiliar da memória)
 opara nos encantar a todos com as suas quadras populares





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