A oficina esgotou. A sala encheu-se de gente animada e faladora de várias gerações e motivações. Comecei por fazer uma visita guiada à exposição, falando um pouco sobre a génese deste ciclo de trabalho, mas deixando bastante espaço para a inevitável e fascinante interpretação individual dos presentes. As crianças colaram o nariz ao vidro da vitrina que contém algumas pedras e objetos encontrados à beira do Mar, “no meio do caminho”. Comigo tinha uma pedra inventada (cascalho e nylon) que passou de mão em mão enquanto ia falando sobre o tempo da geologia e o aparecimento de novos materiais que a natureza tenta integrar dolorosamente. Sobretudo, deixei que cada um vivesse a exposição à sua maneira.
Depois começou a oficina. Um grupo divertido de alunos de Arte do secundário ocupou uma mesa mais afastada onde foram surgindo desenhos, que começaram pelo tema da pedra e terminaram com vigorosas personagens desenhadas a lápis de cor. As famílias encheram a sala de risadas e a experimentação foi descontraída; os adultos também se fartaram de criar .Uma senhora mais velha que queria aprender mais sobre desenho ficou ao lado de um Pai e uma filha que, serenamente, utilizaram o carvão, usando os dedos e as “borrachas miolo de pão”. Ainda dei uma mãozinha a uma senhora que estava com a filha ( desenhavam bem!); absorveram as minhas sugestões, fazendo surgir desenhos muito bem concebidos. Gosto do ambiente destas oficinas!
A exposição encerra no Sábado, dia 6 de Abril.
Neste mês de Março teve lugar, no Colégio Valsassina, um conjunto de sessões da oficina “Máquina da Poesia” ( Laredo Associação Cultural) dedicado aos alunos do 7º ano. Como não podia deixar de ser, o dia mais intenso, com duas sessões. Foi 21 de Março, Dia da Poesia. Os jovens do Colégio aderiram com empenho à proposta de escrita poética, tendo surgido versos muito bonitos que Manuela Santos, Bibliotecária da escola, por certo divulgará. Uma palavra de apreço para as professoras das turmas que se entrosaram facilmente com a metodologia, incentivando os alunos para a criatividade. O ambiente vivido naquele auditório foi bastante envolvente, tendo os jovens conseguido escrever um poema coletivo no final da sessão. A metodologia que apresentei é para ser copiada, aplicada, adaptada e melhorada. E viva a poesia!
#màquinadapoesia #poesia #escritacriativa #miguelhorta #laredoassociaçaocultural #colégiovalsassina
No dia 15 de Março, pelas 18horas, inauguro mais uma exposição de desenho do ciclo “Tinha uma pedra” na galeria da Biblioteca Municipal de Torres Vedras. O espaço escolhido é pequeno, intimista, obrigando a uma seleção de trabalhos de pequena dimensão. Será um momento cheio de significado, como se estivesse a expor em casa dos amigos; a minha relação com a Biblioteca Municipal vem de longe, sempre em projetos desafiantes que me têm obrigado a refletir sobre o modo de mediar pela arte, pela literacia e de forma inclusiva. Ainda por cima, o meu novo ateliê e nosso espaço da Laredo Associação Cultural fica em Torres Vedras (sobre esta notícia escreverei depois). Imaginam como estou contente e grato ao Município por esta oportunidade de consolidar a sementeira.
Como sempre, no decorrer das minhas exposições, terá lugar uma oficina de desenho que parte do tema da pedra encontrada para 2 horas de experimentação de diversas técnicas de desenho. Acontecerá no Sábado 23 de Março na Biblioteca Municipal de Torres Vedras e carece de inscrição prévia. Uma oficina aberta a todos a partir dos 8 anos, a pensar, também nos adultos (pais, namorados, seniores, estudantes...) que gostam de desenhar. Levarei os materiais que usei para criar os desenhos da exposição, para que todos possam experimentar
Sobre este conjunto de desenhos executados em 2022/2023
Não existe um modelo, as imagens chegam diretamente do inconsciente, de mão dada com as intenções, essas mais estruturadas, criando uma malha de sustentação para o corpo da obra. Talvez estas pedras tenham adquirido vida própria ao longo do processo que as gerou; às vezes surge uma metáfora e deixo fluir sobre a folha de papel. O desenho continua a ser uma metodologia pessoal para entendimento e explicação do Mundo. O desenho é concreto, preciso, mesmo quando é necessário traçar o indizível. A pintura estrutura-se na teia conceptual do desenho, ganha segurança e rumo de pesquisa. No meu trabalho, o desenho e a pintura sempre conviveram complementando-se, cruzando-se, cada um sabendo bem o seu lugar. O desenho e a escrita, embora de natureza distinta, têm propriedades comuns, juntando-se na reflexão e no plano, numa compatibilidade tão antiga como a própria história do homem.
Mas o desenho tem uma existência autónoma, um dialeto que se expressa de um modo distinto. Neste conjunto de obras, a introdução da ponta seca, a par do lápis, traz uma dimensão táctil às imagens. Os diversos riscadores são numerados de acordo com a sua dureza e tom com que se expressam, distinguindo-se no traço. Assim, temos uma vasta família: 3H HB, 2B, 3B, 8B. Só para citar alguns. E o 0? Pergunto-me. Como é o zero? É o nada? E se o zero for o sulco invisível deixado pela ponta seca? Um lugar onde não é depositada nenhuma matéria deixando que o papel (o suporte) fale. E há tantos desenhos feitos com estes riscadores zero, sobre rochas, metal ou areia ... Perco-me nas diferentes possibilidades geradas por este labor silencioso... A pedra foi o objeto eleito para esta pesquisa, o pretexto para que o lápis vá falando sobre o papel,. É certo que traz a geologia e o universo consigo, mas projeta muito mais, irmanando o público. A atmosfera é o que sinto, vejam como respiro.
Miguel Horta, Verão de 2023
Este Sábado à tarde, no Cineteatro de Pombal, teve lugar mais uma oficina de desenho “Tenho uma pedra”, realizada no âmbito da minha exposição itinerante de desenho. Foram quase duas horas de desenho tranquilo com um grupo muito diverso de gente (alguns Amigos!) que experimentou os meus materiais livremente. O resultado foi bastante bom; nem senti o tempo passar. Depois foi a vez de fazer uma visita guiada a um belo grupo de amigos. Para a semana, dias 7 e 8de Fevereiro, começam as oficinas dedicadas a público escolar.
Uma “Tempestade” educativa
A minha/nossa oficina em torno da obra de William Turner tem navegado ao longo desta temporada, agora com uma nova marinheira na embarcação, Sandra Varela, que tem trabalhado comigo junto dos públicos com necessidades educativas específicas que nos visitam. Uma ajuda preciosa! A nossa viagem começa com "Quilleboeuf/Foz do Sena", envolvendo os participantes nas atmosferas de Turner, ajudando a mergulhar na natureza poderosa até passarmos ao enorme naufrágio de um navio de linha Inglês que domina aquela sala do Museu. Temos trabalhado com grupos inclusivos, grupos com doença mental, muita gente bonita e variada que tem saído contente depois de desenhar o vento, as vagas e a chuva em frente ao quadro “Naufrágio de um cargueiro”. Sabe tão bem estar de volta ao Museu!
Sandra mostra como era um navio de linha Inglês (cargueiro) à época da pintura executada por Turner. |
No próximo dia 3 de Fevereiro, Sábado, estarei de regresso à Galeria do Cineteatro de Pombal para um dia inteiro dedicado aos visitantes. Por volta das 14.30h oriento uma oficina de desenho aberta a todos, famílias alargadas, que parte da exposição para 90minutos de experimentação de técnicas e materiais, num ambiente descontraído.
Inaugurou a 6 de Janeiro, na Galeria do Cineteatro de Pombal, mais uma exposição da itinerância “Tinha uma Pedra” . Compareceu um belo grupo de amigos e familiares ao qual se juntou uma mão cheia de visitantes locais. Foi uma tarde bem passada que que contou com a presença da Vereadora Cultura Dra. Gina Domingues e onde não faltou um discurso surpresa, logo a abrir.
Sem título . lápis e ponta seca sobre papel 297x420mm . 2023 |
Talvez uma pedra, como tantas outras, encontrada num caminho. Ir para além do objeto, da geologia, acrescentando outros sentidos revelados, transformados pelo observador. Esta exposição apresenta um conjunto de desenhos de diferentes dimensões, resultado de um trabalho de pesquisa que se vem desenvolvendo em torno desta disciplina expressiva, estruturante para o trabalho do pintor, que nos convida a mergulhar em atmosferas temporais e luminosas, onde as rochas ganham vida, convidando o público à imersão.
Documentário - https://cloud.cm-sintra.pt/s/
Publicação Escrita - https://cm-sintra.pt/
De 17 a 18 de Março, teve lugar em Albergaria-A-Velha, o encontro “Para além de princesas e dragões - a Biblioteca e a Aprendizagem Criativa"- promovido pela Biblioteca Municipal. Foi com gosto que participei neste encontro intervindo em plenário, desenvolvendo formação e apresentando as ilustrações do meu livro “Rimas salgadas”.
Foi um prazer rever a professora Bibliotecária Dália Santos e aproveito aqui para agradecer aos docentes que me apoiaram e antecedendo este momento de contacto com informação sobre o meu trabalho junto dos alunos escutadores. José Fanha, António Felgueiras e Carla Rodrigues estão de parabéns por terem erguido este festival repleto de encontros com escritores e pensadores da palavra. Mafra ficou mais rica. Das sessões a que assisti, gostei particularmente de escutar Cristina Carvalho em torno da obra de António Gedeão. Também assisti com igual prazer ao encontro sobre o Crioulo e a nossa língua, que trouxe Dulce Pereira ladeada por Germano Almeida e pelo veloz José Luiz Tavares.
A sessão de contos que marcou o meu início de Outubro foi, sem dúvida, a que realizei na Biblioteca Escolar da Escola Básica de Alfazina (Monte de Caparica), abrindo a IX edição do Rio de Contos (Encontro de Narração Oral de Almada). Nessa manhã, no Miradouro de Alfazina, o público multicultural da escola começou meio adormecido, mas depois surgiu a escuta e a sessão fluiu com grande naturalidade. Assinalo o facto de o público ter sido alargado a um número muito significativo de adultos que assim escutaram a minha viagem pelos contos, da nossa costa até Moçambique. É sempre determinante o empenho do Professor Bibliotecário para tornar vivos estes encontros com a palavra. Fiquei com vontade de regressar à Biblioteca. Obrigado, também à Margarida Raimundo (Rede de Bibliotecas Municipais de Almada) pela atenção e empenho nesta realização. E viva o Rio de Contos!
Devolvendo o "anel da Caganita" à proprietária deste objeto mágico, a Professora Bibliotecária Olga Duarte |
O Convento de Santo António possui uma sala para as atividades educativas |
E eis que chega ao fim a exposição depois de uma sequencia de 3 dias intensos com visitas/oficina às minhas “pedras”; cerca de 200 participantes, incluindo técnicos e professores. Foi muito gratificante ver o empenho com que os alunos de artes do secundário de Loulé e Quarteira se aplicaram aos exercícios propostos. Os materiais que usaram para a criação das suas pedras foram os mesmos que usei nos desenhos expostos. Durante esta iniciativa pedagógica, continuo a movimentação entre o Convento de Santo António e a Galeria Alfaia, onde está exposta a obra desenhada de Diogo Pimentão. Não é preciso ser-se adivinho para saber que estamos na presença de um vasto grupo de alunos promissores orientados por professores que favorecem o crescimento estético autónomo. Confirma-se o investimento nas práticas educativas criativas promovido pela Câmara Municipal de Loulé.
Surpreendido por uma prenda da Dária Barshkinova "De uma artista jovem que partilha o mesmo amor por padrões" |
Quem conhece o meu trabalho andarilho de mediação cultural sabe privilégio o trabalho inclusivo e foi isso mesmo que aconteceu ontem com duas estruturas da cidade de Loulé que visitaram a exposição e desenharam as pedras que tinham nos bolsos. É justo destacar o trabalho de qualidade da ASMAL que trouxe um grupo variado (nas suas situações), muito participativo e bem humorado que se prenderam bastante aos conteúdos da exposição opinando e vendo para além do olhar. O primeiro grupo que recebi no Convento era do quarto ano o que insuflou uma energia especial ao meu trabalho – entenderam muito bem o que é o desenho figurativo e foi nisso mesmo que investiram experimentando lápis estranhos, completamente desconhecidos. Falaram muito de sentimentos e atribuíram humores ás peças fazendo analogias com a realidade, ou seja, dominando as metáforas desenhadas. Grande proeza. Este foi o ambiente, profundo nos sentimentos. No final, já a sala estava vazia um menino veio ter comigo e falou de pedras que sentem. A conversa continuou e acabou por falar sobre o Pai que tinha morrido na véspera do Natal. Depois começou a chorar, contando como tinha assistido à degradação rápida da saúde do Pai. Depois demos um abraço e ele secou as lágrimas. Quando saiu da sala e se juntou aos colegas, ia choroso. Perguntaram-lhe o que se tinha passado. Nada, já passou – respondeu. Assim a manhã ficou marcada profundamente, como um traço.
Fica aqui um recado para Ricardina Inácio: Olha amiga, gostei imenso de trabalhar convosco! A vossa equipa aligeirou imenso o meu trabalho e esteve sempre atenta às sessões. Temos de repetir!
Nos dias 25, 26 e 27 de Outubro estarei de volta a Loulé para desenvolver, junto de um público muito variado, um conjunto de oficinas e visitas guiadas à minha exposição de desenho. Trata-se de uma iniciativa da equipa educativa dos museus de Loulé. No sábado 28, dia de encerramento, conto estar também no espaço, da parte da tarde, para receber os amigos que resolverem aparecer.
A inauguração da minha exposição “Tinha uma pedra” no Convento de Santo António em Loulé foi um momento marcante neste ano; insuflou energia no meu trabalho plástico, trouxe mais interrogações e abriu novos campos de pesquisa. É uma boa sensação de ter conseguido erguer a exposição que contou com um grande apoio da Câmara de Loulé. Aproveito para enviar um abraço à Dália Paulo que acompanhou sempre, ao longo de dois anos, o nascimento deste projeto de desenho. O curador é um amigo, Miguel Cheta; foi incansável e sem o olhar estético e a generosidade deste artista as pedras não teriam “brilhado”.
Loulé tem estado no mapa das minhas intervenções enquanto formador/artista como foi o caso do projeto 10x10 (Descobrir/Gulbenkian) e o seu irmão mais novo, ArtexEducação ( proposto localmente pela Câmara Municipal) isto para além da formação que dei aos companheiros dos museus. No dia 22 de Setembro teve lugar a inauguração simultaneamente de duas exposições , a minha no Convento e outra, muito boa, de Diogo Pimentão na Galeria Alfaia. O resultado foi um grande numero de pessoas que circularam entre as dois espaços expositivos de Loulé. Boa energia!A exposição seguirá para o Cine-Teatro de Pombal onde inaugurará a 6 de Janeiro, mais uma vez apoiado por uma boa equipa.
Miguel Horta .Sem título. lápis e ponta seca sobre papel. 100x70. 2023 |
Talvez uma pedra, como tantas outras, encontrada num caminho. Ir para além do objeto, da geologia, acrescentando outros sentidos revelados, transformados pelo observador. Esta exposição apresenta um conjunto de desenhos de diferentes dimensões, resultado de um trabalho de pesquisa que se vem desenvolvendo em torno desta disciplina expressiva, estruturante para o trabalho do pintor, que nos convida a mergulhar em atmosferas temporais e luminosas, onde as rochas ganham vida, convidando o público à imersão.
(Sinopse)
No
meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do
caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma
pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de
minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do
caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no
meio do caminho tinha uma pedra.
Carlos Drummond de Andrade
O tempo passa e tal é a voragem dos dias que nos esquecemos de falar do que vivemos, de sublinhar momentos importantes fruídos em comunidade. Foi o caso do I Festival de Resistência e Arte Urbana da Charneca da Caparica que contou com a presença de amigos do conto (Thomas Bakk, Adriano Reis e Rosa Gonçalves) para além de outros artistas que se reuniram em torno desta ideia nos dias 3 e 4 de junho (2023) no pavilhão dos Asas Vermelhas. Pelo meu lado, realizei a oficina construindo cidades para as famílias que estiveram connosco naquele fim de semana. A Biblioteca Central das Ideias do Senhor Valentim está de parabéns por continuar o seu labor interventivo numa freguesia de Almada que ainda não tem um espaço de leitura pública. Saravá, Companheiro!
Ler e dar a ler
Ao longo deste ano letivo, levámos ao Alto Alentejo e a Trás-os-Montes as nossas oficinas de mediação leitora, inseridas no programa “Ler e dar a Ler”/ Plano Nacional de Leitura (“leitura orientada na sala de aula”), a turmas do 3º ano de 10 escolas do país, em preciosa articulação com os Professores Bibliotecários locais. Cada turma tem uma realidade distinta, um Perfil Leitor específico, ditando um modo próprio de desenvolver a atividade. Trabalhei com turmas que aderiram imediatamente à proposta, demonstrando grande autonomia criativa, outras crianças tiveram mais dificuldade em mergulhar no pensamento poético por estarem mais formatadas na resposta “como deve ser”. Ainda, outras turmas, mereceram uma atenção especial pela inclusão de alunos com necessidades educativas específicas. No geral, considero que estas intervenções correram muito bem, tendo siso muito bem preparadas pela coordenadora interconcelhia da RBE, Fátima Bonzinho. Em vários casos foi bastante evidente a “cumplicidade” dos professores bibliotecários e os professores titulares de turma, a quem deixo um abraço reconhecido – não é qualquer uma que aceita que as crianças desarrumem a sala de aula, logo no início, preparando a ambiente para a leitura, a voz e a escrita.
A cada projeto desta natureza, a Laredo Associação Cultural aprimora as suas propostas e o mediador de serviço aprende mais um pouco; sobretudo fica-se com um retrato mais completo da situação educativa no nosso país – o interior não cessa de nos surpreender... O fotógrafo Samuel Amaral registou as sessões da Laredo, estando em fase de montagem um pequeno vídeo que dá ideia dos dias vividos aos saltinhos de terra em terra.
De olhos vendados, a Poesia... |
Diz a Laredo sobre este trabalho...
Ler e Dar a Ler foi um convite endereçado pelo Plano Nacional de Leitura em 2022 a alguns mediadores da leitura para abordar a Leitura em sala de aula no 3º ano do ensino básico. Dividimos a nossa intervenção em duas partes, uma primeira de experimentação poética, onde não faltou a leitura em voz alta, com ritmo e expressão das intenções próprias das palavras e um segundo momento, seguindo a metodologia “Máquina da poesia”, propusemos um mergulho no universo poético, brincando com as palavras, escrevendo pequenos versos originais e construindo, no final, um grande poema coletivo. Trabalhámos sempre em sala de aula, com os alunos de uma turma, e os seus professores.
O Graduate Management Admission Test (GMAT) é um exame reconhecido mundialmente e uma peça fundamental no processo de admissão em programas de pós-graduação em administração de empresas. A pontuação obtida no GMAT é frequentemente um fator determinante para ingressar em algumas das melhores escolas de negócios do mundo. Neste artigo, exploraremos três casos reais de candidatos bem-sucedidos que atribuíram seu sucesso à pontuação no GMAT, destacando a importância do curso GMAT na preparação para o exame.
O post Estudos de caso de candidatos bem-sucedidos que atribuíram seu sucesso à pontuação no GMAT aparece primeiro no Mundo de Livros.
Foi assim que Miguel Horta começou cada uma das duas sessões de Mediação Leitora que tiveram lugar no auditório do Colégio Valsassina nos dias 7 e 9 de junho.Compareceram quatro turmas do 7º ano ( 2 por sessão) num encontro participado e animado com o autor/mediador, da Laredo Associação Cultural, que se socorreu da “tecnologia sofisticada” da escrita para resolver o desafio poético: A “Máquina da poesia”. Trata-se de uma metodologia simples de escrita imaginativa que parte de um quadro de palavras construído sobre uma grande folha de papel de cenário que apresenta diferentes categorias gramaticais tornando mais acessível a imersão no universo poético. O resultado foi bastante positivo a avaliar pela produção poética individual dos jovens que se atreveram a “brincar com as palavras”.. As sessões terminaram partindo de um soneto sobre o Amor de Luís de Camões para a escrita de um grande poema coletivo, onde cada um contribuiu com um verso. Todas as sessões contaram ainda com a participação de docentes das turmas e da Bibliotecária do Colégio, Manuela Santos. Maria José Vitorino e Miguel Horta foram os dois interventores de serviço.
Para se ter uma ideia...
A 14 de janeiro teve lugar uma animada oficina de “Construindo cidades” no Museu de Almada (Casa da Cidade). A turma que apareceu era tida como “complicada” - não dei por nada... Foi bem divertido ver aquela gente pequena e ruidosa numa azáfama criativa, cola e madeirinhas na mão. Estejam atentos à agenda cultural dos museus de Almada, onde apresentarei diversas oficinas ao longo deste ano.
No dia 5 de Janeiro os participantes no Pegar pela Palavra/Contador de Histórias da União de Freguesias de Montelavar, Pêro Pinheiro e Almargem do Bispo voltaram a encontrar-se. Técnicos (mediadores) e seniores almoçaram em D. Maria. O repasto foi acompanhado por poesia, canções, rimas populares, tudo com a habitual boa disposição. Fico a pensar como é importante dar continuidade a toda esta energia criativa que conseguiu vencer a solidão dos mais velhos com a realização desta iniciativa da responsabilidade da Câmara de Sintra (programa “a Cultura sai à rua"), em que a Laredo Associação Cultural se envolveu profundamente. Hoje comecei a fazer um esboço do que poderia dar força e continuidade ao trabalho desenvolvido na União de Freguesias de coração rural, em Sintra.